quinta-feira, 31 de julho de 2014

31/07


Promessas que fizeste e não cumpriste
O olhar se perde além deste horizonte
E nada do meu sonho ainda aponte
Além deste momento duro e triste,

O quanto com ternura tu cerziste
Perdera a dimensão, e já sem fonte
Traduz o que deveras desaponte
Sendo um câncer atroz toma e persiste.

Não tenho mais sequer ancoradouro
Morrendo desde o rude nascedouro
Eu vejo e silencio o meu caminho

Retorno ao que viria em tom sutil
Gerando o quanto possa e não se viu
Num velho coração tosco e daninho.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

30/07


Cigarro após cigarro a vida passa
E tanto quanto resta dentro em nós
Expresse a solidão em viva voz
E nisto a poesia, uma trapaça.

O velho caminheiro nada traça
Senão procura apenas o feroz
Cenário que trouxesse logo após
O quanto da esperança nos enlaça.

O rústico momento, ávida sorte
Transcende ao que pudera em ledo aporte
Gerando tão somente o mesmo não,

Alheio ao que viria não consigo
Trazer o farto sonho aqui comigo
Sabendo do caminho sempre em vão.

terça-feira, 29 de julho de 2014

29/07


Na certeza de um passo mais audaz
A verdade percebe sobre a mesa
O que possa trazer e não nos traz
Qualquer força em breve correnteza,

A palavra se mostra tão mordaz
Quando as cartas jogadas sobre a mesa
Deixo todo o caminho para trás
E pudesse vencer esta incerteza.

Já não vivo somente o quanto rege
O meu mundo sutil ou arrogante,
Quem nos fez com certeza algum herege

Noutro tom com firmeza não garante
Inda quando a saudade em nós lateje
Nada vejo nem tento doravante...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

28/07


Vestimentas da esperança
Ou quem sabe da alegria
O que tanto agora avança
Noutro tom se permitia,

Desmedida confiança
Entoando a melodia
Que se mostra e não se alcança
Resumindo o dia a dia.

Nada mais pudesse ter
Quem se fez assim presente
O momento do prazer

Ou quem sabe num repente
O que pude perceber
Novo tempo não desmente.

domingo, 27 de julho de 2014

27/07


Redimindo cada engano
Noutro vórtice moldado,
O sentido soberano
Trama as sendas do passado,

E se possa e já me dano,
Simplesmente agora evado
Do momento mais insano,
Vejo a sorte que pudera

Contornar velha quimera

Numa audácia mais sutil,
Presumindo o mesmo fardo,
O momento onde retardo

O que outrora o tempo viu.
Nas estâncias da ilusão
Bate lento o coração.

sábado, 26 de julho de 2014

26/07


Nada tenho contra a luta
De quem sabe ser diverso
O caminho e não reluta,
Mesmo quando desconverso,

A palavra mais astuta
O momento mais perverso,
Engajando em força bruta
Redimindo cada verso,

Nada encontro nos meus dias
E talvez nada encontrasse
Mesmo até não saberias

Demonstrar o desenlace
Ou ousando em fantasias
O vazio já se trace.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

25/07


Já não cabe mais promessa
De quem tanto quis enfim
O caminho onde se meça
A palavra feita em mim,

O cenário onde se impeça
Com certeza o ser ruim,
E tramando o que tropeça
Leva o mundo mesmo assim.

Jamais pude ser feliz
E não sei por qual razão
O que tento e mesmo quis

Traz diversa dimensão,
Do momento aonde em gris
Vejo toda esta amplidão.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

24/07

Sendo apenas a crisálida
Que tentara liberdade
A palavra mais esquálida
A loucura que me invade,

Mesmo quando em sorte cálida
Traduzisse claridade,
Na incerteza segue pálida
Onde fora ansiedade,

Jamais pude revelar
Outro anseio em desalento,
O que tanto a se mostrar

Permitisse o quanto tento
Noutro rumo a divagar,
Vasculhando outro momento.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

23/07


Não teria qualquer chance
E tampouco a desejei
O que possa e não alcance
Mergulhado em rude lei

Traz da vida este nuance
Que decerto desenhei
Onde quer que a vida lance
O momento eu mal sonhei,

Vislumbrando do passado
Vistorias do que outrora
Noutro rumo enlameado,

Ou decerto me apavora,
O caminho desregrado
Onde a sorte mal ancora.

terça-feira, 22 de julho de 2014

22/07

Historias nossa vida
E jamais se pode ver
O que trama outra saída
Ou quem sabe possa haver

A verdade sendo urdida
Numa tarde em tal prazer
Redimindo esta partida,
Que eu pudesse recolher.

Vejo apenas o presente
E sonhando com futuro
O que a vida me apresente

Neste solo mesmo duro,
O caminho que se tente
Segue aquém, atroz e escuro.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

21/07


A palavra mais inglória
Outro tempo destoando
Do momento onde a memória
Traz o verso amargo ou brando,

O sentido desta escória
Ou talvez rememorando
Quem me dera uma vitória,
Mas não sei nem como ou quando.

Vicejasse no meu peito
A expressão que nos tempera
Mergulhando aonde aceito

A versão bem mais sincera,
Neste amor, antigo pleito,
Renovada primavera.

domingo, 20 de julho de 2014

20/07


Trafegando em tal destino
Onde aviva certa luz
O meu tempo onde alucino
O cenário que seduz,

Sonho tosco de menino,
Ou até fazendo jus
Ao que possa o desatino,
Outro tanto reproduz.

Vagamente vejo a sorte
Que pudera me encantar
Nada trama além da morte

E decerto a divagar,
Não teria quem conforte
Nem tampouco algum lugar.

sábado, 19 de julho de 2014

19/07

Represento a cada passo
O que nunca mais viera
Escondendo a imensa fera
Que deveras também traço,

Ouso em tempo claro e escasso,
Revivendo a primavera
Na verdade o que se espera
Trama o sonho a cada abraço,

Nos enganos desta sorte
A verdade se desnuda
O que possa e não aporte

A incerteza mais aguda,
Transferindo após o corte
A ilusão que nada muda.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

18/07


Vicejando dentro em mim
O que outrora fosse nosso,
O momento enquanto vim,
Este anseio já nem posso

Traduzir noutro jardim
O que sempre quando aposso
Traz o todo e sei que enfim,
Superasse algum destroço

Da vertente mais audaz
Desta estrada imprevisível
Do caminho que se faz

Na expressão decerto incrível
Deixo tudo para trás
Mesmo o quanto é impossível.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

17/07

Vejo apenas o passado
E não pude resistir
O que tanto por legado
Permitira-se sentir,

O cenário desbotado
Meu momento sem porvir,
O que pude, desolado,
Nada mais vai resumir,

Tão somente vejo o fato
De quem pôde brevemente
Traduzir o que constato

Ou deveras também mente
O caminho em desacato,
A certeza mais descrente.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

16/07


Vivo apenas cada instante
E se possa ser diverso
O que tento e se garante
Noutro passo mais disperso,

O momento doravante
Onde aquém do sonho eu verso
Nada mais nos adiante
Quando estou aquém e imerso.

Marcas deste tempo quando
A loucura se apresenta
O meu canto se moldando

Na paixão tão violenta
E deveras se mostrando
Muito além do que aparenta.

terça-feira, 15 de julho de 2014

15/07

Não quero nem saber do que teimara
Na luta que se fez em medo e treva,
A vida noutro instante tenta a ceva
E rega com brandura esta seara.

Porém a solidão quando escancara
Nesta alma sem descanso tanto neva
E a sorte que pensara ser longeva
Ao fim e simplesmente, nos prepara.

Resulto deste infausto, mas prossigo
Sem ter sequer talvez qualquer amigo
Num único momento, o derradeiro.

Encontro os meus sinais e bebo o fim
Marcando o quanto possa vivo em mim
Ousando crer em mar, sendo ribeiro.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

14/07

Bradando contra a fúria de tentar
Seguir o meu caminho livremente,
O passo que esta vida ousando invente
Não deixa quase nada em seu lugar,

O verso noutro tom a desenhar
Entranha sem defesas, nossa mente
E traça o quanto possa impunemente
Às vezes sem sentido magoar.

Deságuo nestas rotas e afluência
Levando à discordante consciência
E quem buscara ao menos sua paz,

Não tendo outra saída, sigo só
E volto novamente ao velho pó
E sei que tal retorno satisfaz.

domingo, 13 de julho de 2014

13/07

Se o máximo que eu possa não permite
A vida além do quanto desejaste
No fundo a cada dia este desgaste
Chegando, na verdade, ao vão limite.

E mesmo que de ti eu necessite
O tempo destruindo enfim esta haste
Deixando para trás o que notaste
E sei que mesmo até não se acredite.

O rumo quando fora mais conciso,
A sorte num desejo que matizo
Em tantas dissonantes emoções,

Refaz o dia a dia e se perdendo
Num toque tantas vezes mais horrendo
Expressa o quanto eu quis e não me expões.

sábado, 12 de julho de 2014

A vida nos ensina a ter a cada instante
O passo mais seguro ou mesmo o que refaça
A luta quando a sorte aos poucos, mesmo escassa
Transcende ao que pudera em ar tão fascinante.

E quando se apresente o quanto nos garante
Vencendo o descaminho enquanto o sonho grassa
Adentrando infinito e nisto tendo a Graça
De quem se fez além do encanto deslumbrante.

Amiga esta jornada expressará decerto
O quanto se prepara e nisto me desperto
Ousando ser além do quanto em vida expressa,

Nas tramas enveredo e posso mergulhar,
Kathleen, querida amiga; em ti vejo o luar
Reflexo da esperança envolta em tal promessa.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Cultivo com vigor este trigal
E bebo desta sorte inebriante
Pudesse caminhar em outro instante
Vagando sobre o raro e belo astral.
O passo se desenha sem igual
O mundo se anuncia e não garante
Apenas o que pude e me adiante,
Momento sem sentido ou mais banal.
Escuto a voz do vento me clamando
O tanto quanto possa desde quando
A luta se fizera insanidade,
O rústico cenário se desnuda
A ponta da saudade, fria e aguda
O canto noutro tom agora evade.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

E traz tanta alegria que; em verdade,
O tempo não traduza qualquer luta
E vejo esta palavra mais astuta
Enquanto noutro passo se degrade,
A rústica expressão da tempestade
A mansa solidão que não escuta
A voz de quem pudesse em tal labuta
Viver outro cenário, em liberdade;
Meu verso se apresenta desde então
Nas ondas que decerto moldarão
Areias entre enganos e promessas,
Sabendo do cenário mais sutil,
O verso quando muito não mais viu
O quanto noutro passo recomeças.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

E nada de esperança me tocando,
Nem mesmo quando quis felicidade
O verso se mostrara em realidade
A face mais cruel de um mundo infando;

Aonde meu cenário transmudando
O tempo não traduz saciedade
Na rústica emoção que já degrade
O passo se desenha, contornando,

Às vésperas do quanto pude ter
Apenas desejando amanhecer
Num ermo caminhar, noite suave,

Mas quando em plena bruma se anuncia
Tormenta que avassala o novo dia,
O sonho se transforma noutro entrave.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Agindo no meu peito seca o pranto
E traça tão somente o que não veio
A sorte se moldando em devaneio,
Apenas o vazio ora garanto,
Não quero e nem pudera em tal espanto
Vencer o meu caminho mais alheio
Ousando na verdade onde rodeio
A vida sonegando qualquer manto,
O parco desejar já não trará
O quanto se presume desde já
Nos ermos da saudade mais cruel,
E sigo contra a fúria das marés
E sei do quanto possa e de viés
Somente brindarei com farto fel.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Mas vento que transforma a velha brisa
Na louca tempestade que se vê
O mundo já não tendo mais por que
Deveras do que venha não avisa,
E sei do quanto possa e não divisa
O manto quando muito tento crê
Palhoça que coberta de sapê
O tempo noutro tanto se matiza.
Pousando mansamente em primavera
A vida com certeza nada espera
E gera o meu passado mesmo agora,
A luta se anuncia mais sutil,
O amor que se perdera e ninguém viu,
A fúria pouco a pouco nos devora.

domingo, 6 de julho de 2014

A voz que tanto amei emudecida
A sorte desenhando novo fim,
O mundo se perdendo em estopim
Diverso do que possa e não divida,

A morte se anuncia e torna a vida
Dispensa cada instante dentro em mim,
Ousando acreditar no quanto eu vim,
Alimentando apenas tal ferida.

Dos sonhos que tivera nem vestígios
Somente se moldando estes litígios
Na dura sensação de nada ter,

Aspiro ao quanto quero e nada venha
A vida se traçando não convenha
A quem não percebera amanhecer.

sábado, 5 de julho de 2014

Moldando em sofrimento cada dia
O todo se presume muito aquém
Do tanto quanto a vida ora contém
Mostrando o que pudera em tal sangria,

A luta na verdade não viria
E sei do meu caminho em teu desdém,
Renunciando ao sonho, nada vem,
Somente a mesma voz em ironia.

Na sórdida presença de quem teima
Ousando acreditar após a queima
No que tanto viera claramente,

O fogo se desenha em turbilhão,
Dos sonhos cada noite em erupção
Palavra que transforma e não desmente.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sem calma, sem carinho. Só tormentas
E nada do que possa ser diverso
Ousando acreditar em cada verso
Embora saiba sortes tão sangrentas,
Ainda quando o rumo que apresentas
Representasse todo este universo,
O prazo determina e desconverso
Tentando o que não trazes nem sustentas.
As trágicas palavras do passado
O verso noutro tempo desenhado
O corte mais profundo se anuncia
E bebo da incerteza que se engaja
No olhar de quem sonhara vejo a naja
Matando qualquer sonho e fantasia.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Trazendo imensa angústia dentro da alma
A solidão se molda a cada instante
E sei do que pudesse doravante
E nada neste tanto nos acalma,
A luta se desenha em tom feroz
O tempo se deixando no passado
O quanto noutro rumo ora me evado
Calando da esperança a mera voz,
Prenunciando a queda noutro engodo
A sorte se aproxima e não resgato
O mundo que pudera a cada fato,
Gerando a charqueada, a lama e o lodo,
E sei do quanto eu pude, mesmo exangue
Beber cada momento deste mangue.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Abrindo o coração ao que se faça
Diverso da esperança mais sutil
O tempo quando o nada se previu
Perdendo-se sem ter da paz a Graça.

O medo que deveras nada traça
Senão este cenário duro e vil
Resumo cada engano e do gentil
Momento nada resta nem fumaça.

O mundo que em trapaça nos traduz
O manto mais audaz em contraluz
E o vértice que trama o fim de tudo,

Apenas o que possa noutro fato
Expressa o quanto tento e mal constato
Enquanto no final me desiludo.

terça-feira, 1 de julho de 2014

01/07

Arcando com meus erros tão vulgares
Apenas desenhando em rude sonho
O tanto que pudera e não proponho,
Vagando sem destino em tais lugares.

Os olhos que de tanto provocares
Expressam o caminho mais risonho,
Somente preparando o que componho
Invadem com certeza tantos mares.

Caindo já por terra este momento
E nada do que possa eu alimento
Vivendo por viver, em tudo ou nada,

Aprendo com meus erros, mesmo quando
A vida noutra face desarmando
Perambulando em rude madrugada.