segunda-feira, 31 de julho de 2023

Jamais pudera, enfim, saber do todo,
A vida se parcela e nos degrada
Adentro cada nova madrugada
E sigo tão somente em tal engodo.

Mergulho meus anseios no que um dia
Tentasse ser diverso do que trago,
O mundo que conheço, amargo e vago,
Apenas noutro tom se percebia.

Um ermo tão distante, meu deserto,
Amores espalhados pelos chãos,
Inúteis, na verdade, ledos grãos,
E o tempo que me resta já deserto;

Não quero acreditar em tal loucura,
E o próprio crer na vida me tortura.

domingo, 30 de julho de 2023

Ainda quando rumes
Em noite mais sombria
Já nada poderia
Senão velhos costumes
A vida em seus ardumes
Apenas moldaria
A leda fantasia
Meus sonhos são cardumes
E perco a direção
Dos dias que verão
Somente o medo e o fim,
O rústico cenário
Num canto temerário
Matando o todo em mim.

sábado, 29 de julho de 2023

Os dias fossem teus
As sortes sendo nossas
Ainda quando roças
Os olhos neste adeus
Mergulham sobre os meus
E nisto também possas
Ousar enquanto adoças
Os passos entre os breus,
Resumos de outras eras
Aonde destemperas
Prepara nova queda
E sendo de tal forma
A luta não conforma
E ao nada se envereda.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Apenas sei de ti
E nada além do fato
Aonde eu já constato
O todo que perdi
Ainda resumi
Meu mundo em tal retrato
E nisto eu me arrebato
Marcando o quanto cri,
Espero aquém da sorte
O que inda me conforte
E geste em novo dia,
O todo onde me encargo
Do sonho mais amargo
E nada se veria.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Seguindo longe, além
Do quanto ainda resta
Apenas na funesta
Noção que nada tem,
Do canto sou refém
E busco a mera fresta
Meu sonho ora se empresta
Ao fim deste desdém,
Resumos de outros laços
Os sonhos mais devassos
E os pântanos que adentro,
O charco em fantasia
Aonde eu poderia
Além do ledo centro.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

A solidão enflora
E rege o duro outono
A luta em desabono
O manto sem demora
O corte então aflora
E gera este abandono
O medo diz do sono,
O sonho desancora,
Apraza-me sentir
O quanto se há de vir
No infausto de um momento
Depois de certo engano
Aos poucos se me dano
Um novo cais invento.

terça-feira, 25 de julho de 2023

Diversas solidões
Em prazos diferentes
E quanto mais urgentes
Os dias tu me expões
As tantas soluções
E mais do que inda tentes
Os olhos pertinentes
Fartas exposições
Não pude e não teria
Sequer a fantasia
De ser além do nada,
A vida em avidez
Aos poucos já desfez
Em mim cada alvorada.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Quisera uma saída
Aonde nada veio
Somente este receio
A sorte desvalida
O quanto não decida
Encanto mais alheio
Bebendo em ledo veio
A morte entorpecida,
Ocasos entre enganos
Os dias soberanos
Os ermos caminhares
E quando mal percebes
Vislumbras nestas sebes
O todo que entornares.

domingo, 23 de julho de 2023

A lua fosse minha
O verso nosso cais
E nestes vendavais
O pouco nos detinha,
E sei desta mesquinha
Vontade enquanto vais
Traçando em desiguais
Cenários; quanto eu tinha.
Mergulho neste encanto
E busco e não garanto
Sequer a menor chance
Do vago em rumo atroz
Negando aquém a voz
Sem nada que me alcance.

sábado, 22 de julho de 2023

Ainda pude em risos
Acreditar no nada
E a noite enluarada
Dissera em prejuízos
Os rumos imprecisos
A sorte deflagrada
A vida ora se evada
E gera aquém os sisos,
Espero alguma vida
Aonde não duvida
Nem mesmo acida a dita
O corte se aprofunda
A cena nauseabunda
Invalidando grita.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

O sonho em solidão
A vida não demora
Posterga a sensação
Do quanto me apavora
E nesta dimensão
A sorte sem ter hora
Resume os que virão
Num ato onde devora,
O prazo determina
O fim desta que fora
Além da leda mina
Deveras tentadora
O quanto me fascina
Senda libertadora.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Ciência sem um quê
De fantasia e sonho
Traçando um ar medonho
Aonde o fim se vê
Gerando o quanto crê
E nisto ora componho
O mundo mais bisonho
Procuro; mas, cadê?
A sorte em teoria
Decerto não traria
Real felicidade,
E o tempo se desnuda
Aonde sem ajuda
O caos tanto degrade.

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Diversidade dita
A maravilha em vida,
No quanto se duvida
E mesmo necessita
A noite se infinita
Na luta em vão urdida
A sorte ora contida
E nisto se acredita,
Espera após o canto
O rumo aonde encanto
O passo mais audaz,
Assim a cada instante
A vida me agigante
Ou nada enfim me traz.

terça-feira, 18 de julho de 2023

O amor que se renega
A luz em abandono,
O todo desabono
Na sorte alheia e cega,
O prazo desta entrega
E nela sempre outono
Matando em ledo sono
O mar não se navega,
Ausência de esperança
A luta não avança
E dita a solidão,
Do quanto poderia
E nada em agonia
Da morte é tradução.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

O parecer e o ser
Diverso do que existe
No todo sempre em riste
Permite o conceber
Aonde algum prazer
No quanto ora persiste
Marcando o que se insiste
E gera o bem querer,
Não tento na verdade
A vida onde me invade
O mar em alegria,
Apenas neste sonho
O quanto em paz componho
E o nada que viria.

domingo, 16 de julho de 2023

Retrato caricato
Da turva realidade
Enquanto se degrade
Ao mesmo tempo eu ato
E vejo o meu retrato
Aonde a claridade
Pudesse na verdade
Traçar um rumo ingrato,
Esqueço o desafeto
E quando me completo
Nos ermos de meu sonho,
Errático cometa
A vida não prometa
O quanto ora proponho.
Retrato caricato
Da turva realidade
Enquanto se degrade
Ao mesmo tempo eu ato
E vejo o meu retrato
Aonde a claridade
Pudesse na verdade
Traçar um rumo ingrato,
Esqueço o desafeto
E quando me completo
Nos ermos de meu sonho,
Errático cometa
A vida não prometa
O quanto ora proponho.

sábado, 15 de julho de 2023

Perdoe se te firo
E sei que agindo assim
Pudesse dentro em mim,
Apenas dar um tiro,
E o quanto em paz prefiro
Gerando após o fim,
Momento de onde vim,
E nada além retiro,
Expresso em virulência
O quanto diz ciência
De um tempo mais atroz,
Embora esteja aberto
O rumo onde deserto
Transgride em turva voz.

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Quem cala não diz nada,
Mas pensa de tal forma
Que mesmo não informa
A sorte desenhada
E quando o sonho brada
Supera qualquer norma
E o todo que se forma
Traduz nova alvorada,
Silenciosamente
A vida nos contente
Ou mesmo desagrade,
Nos ermos do vazio,
O tempo eu desafio
Além da realidade.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Se as dores compartilho
Prazeres não consigo,
Ainda sendo amigo
Diverso é cada trilho,
E além de qualquer brilho
Deveras eu persigo
Ousando no perigo
O todo em empecilho,
Escassa noite clara
E quando se declara
Expressa novo rumo,
E quantas vezes; tento
Vencer o alheamento
E nisto em vão resumo.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Enquanto sou mutante
A cada instante vivo
E nisto não me privo
Do quanto se garante
A vida noutro instante
Audaz onde me crivo
E traço o passo altivo
Além do que se espante,
Vencendo os meus enganos
Rompendo velhos planos
O rumo se transmuda,
A sorte dita o porto
E não estando morto
O novo sempre ajuda.

terça-feira, 11 de julho de 2023

O quanto se aprendesse
A cada nova queda
Aonde se envereda
A vida noutra messe
Aos poucos isto tece
E gera além, não veda
E nisto ora se enreda
O todo que acontece,
Gerando a consistência
Da farta experiência
E o tanto quanto possa
Além de mero ocaso
A sorte quando aprazo
Supera qualquer fossa.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

O que não fosse espelho
Diverso do que sou
Ainda me mostrou
Em vão qualquer conselho,
E quando me ajoelho
Buscando o que restou,
Caminho se entranhou
E o sonho; em vão, destelho,
Esquivos dias vejo
E sei deste desejo
Embora não consiga
Trazer dentro do peito
O quanto agora aceito
Ou mesmo em vão prossiga.

domingo, 9 de julho de 2023

Errar ensina tanto
Enquanto diz futuro
Diverso deste escuro
Aonde o vão garanto,
E quando fosse quanto
O manto onde procuro
Vencer o solo duro
E nisto não quebranto,
Vestindo a luz diversa
Meu sonho segue e versa
Além da mera foz
Pudesse de tal forma
Gerar o que reforma
O todo dentro em nós.

sábado, 8 de julho de 2023

Ainda se apresenta
A vida em tal faceta
E nada me arremeta
Na sorte virulenta,
Luta nunca apascenta
E noutro vão cometa
O passo se prometa
Em noite turbulenta
Ausente do passado
O corte desenhado
Presume o meu futuro,
Os erros são diversos,
E rondo os universos
Sem ter porto seguro.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Pudesse desenhar
Um ser tão diferente
Deste que se apresente
Num passo a divagar,
O todo a se moldar
Não deixa que se tente
Vencer o canto urgente
Sem prumo e sem lugar,
A luta não se acaba
Do palacete à taba
Do duro ao sempre terno,
Fastios ditam regras
E quando desintegras
Adentras tal inferno.
Pudesse desenhar
Um ser tão diferente
Deste que se apresente
Num passo a divagar,
O todo a se moldar
Não deixa que se tente
Vencer o canto urgente
Sem prumo e sem lugar,
A luta não se acaba
Do palacete à taba
Do duro ao sempre terno,
Fastios ditam regras
E quando desintegras
Adentras tal inferno.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Razão que tanta vez
Impede algum futuro
No tempo mais escuro
O todo se desfez,
Imensa estupidez
Num porto não seguro
Vagando salto o muro
E o canto já não vês,
Apenas posso ser
O quanto recolher
Dos ermos do caminho,
Apresentando a sorte
Que nada mais comporte
Além do ser mesquinho.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

O quanto não veria
Não nega a persistência
Da vida em tal ciência
Ou trama outra agonia,
Vestindo a fantasia
A sorte em providência
Do todo em evidência
No caos transformaria,
Espúrias cenas vejo
Envolto no desejo
Que possa me trazer
Após a tempestade
O quanto desagrade
Brumoso amanhecer.
O quanto não veria
Não nega a persistência
Da vida em tal ciência
Ou trama outra agonia,
Vestindo a fantasia
A sorte em providência
Do todo em evidência
No caos transformaria,
Espúrias cenas vejo
Envolto no desejo
Que possa me trazer
Após a tempestade
O quanto desagrade
Brumoso amanhecer.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Ousar noutro momento
Após o inicial
Trazendo triunfal
Caminho onde me alento,
E sei do quanto tento
Vagando sem final
Resumo desigual
Sonega o alheamento,
O passo rumo ao cume
Ainda que se aprume
Não deixa se perder,
Neste horizonte a lua
Expressa a noite nua
E dita ao bel prazer.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

O quanto se recorda
Da dor, do sofrimento
E nada mais eu tento
Além do que me acorda,
Rompendo a velha corda
Apenas num momento
Invade o pensamento
E gera além da borda,
Ocasos dentro em mim
Ditame dita o fim
Do nada sem sentido,
E quando a dor se vê
A vida sem por que
Deveras dilapido.
O quanto se recorda
Da dor, do sofrimento
E nada mais eu tento
Além do que me acorda,
Rompendo a velha corda
Apenas num momento
Invade o pensamento
E gera além da borda,
Ocasos dentro em mim
Ditame dita o fim
Do nada sem sentido,
E quando a dor se vê
A vida sem por que
Deveras dilapido.

domingo, 2 de julho de 2023

Os atos refletindo
Uma alma a cada instante
Se vendo degradante
Ou mesmo quase infindo,
Ainda fosse lindo
O nada se garante
Expressa doravante
O quanto ora deslindo,
Resumos dos meus cantos
E nestes meus quebrantos
Os erros entre enganos
Os prazos se expressando
Aonde e desde quando
Verdades dizem danos.

sábado, 1 de julho de 2023

Destarte mergulhara
Nas ânsias contumazes
A sorte quando trazes
Moldando outra seara
E nisto se escancara
Na vida em suas fases
Aonde o quanto fazes
No topo se prepara,
A luta não descansa
E gera outra esperança
Mudança em rota e rumo,
E sei do quanto tente
Viver o pertinente
Momento onde me aprumo.