terça-feira, 31 de maio de 2022

Não tento adivinhar sequer o quanto
Do tempo que inda resta se aproveita
Amor já não seria mera seita
Nem mesmo algum momento em desencanto,
E sei do meu tormento e não garanto
Sequer o que o cenário onde deleita
Marcando a minha sorte se rejeita
E marca cada passo em medo e pranto.
Ocasionando a queda de quem tenta
Vencer a vida amarga e mais sangrenta
Ousando nalgum rumo mais diverso,
Depois de certo tempo sem destino
Aos poucos o que eu quis diamantino
Esqueço e sem sentido algum disperso.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Narcísica loucura de quem ama
O tempo se aproxima do final
E o cais imaginário, um vendaval
Aonde se desdenha a velha trama,
E o corte se anuncia enquanto clama
Num ato mais comum e até banal,
Esbarro sem sentido e sigo a nau
Naufrágios do que busco e se proclama.
Escalo as minhas dores e presumo
O vago delirar e em tal resumo
O errôneo mergulhar em tom sombrio,
Escasseando os versos, vou pagão
E sei dos meus tormentos, negação
Do quanto sem sentido ora desfio.

domingo, 29 de maio de 2022

Já não mais poderia após a queda
Tentar outro caminho e mesmo assim
A sorte desdenhando o quanto em mim
Na tola fantasia ora se enreda,
O quanto poderia, mas se veda
O templo desenhado diz do fim
E neste mausoléu presumo enfim
A porta onde a verdade me degreda.
Escárnio? Quem desdenha quer comprar...
E o farto deste tolo caminhar
Esbarra nos meus erros mais comuns,
Dos sonhos do passado sem proveito
Apenas no vazio eu me deleito
E os cantos mesmo os vis, restam alguns.

sábado, 28 de maio de 2022

Das liras e das harpas, sonhos vagos,
Mergulho no passado e nada havendo
Sequer o quanto pude em tal remendo
Os ermos desenhando dias magos,
Expresso o que tentasse em teus afagos
E os erros contumazes se desvendo
Traduzem o meu pranto sem adendo
Ao poluir meus mares, rios, lagos...
E o prazo determina o fim de tudo
E quanto mais pudesse cego e mudo
Jamais me permitisse o desengano?
No fundo sei da vida e sigo alheio,
Mas quando volta e meia devaneio
Aos poucos me iludindo, em vão me dano.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Imolas com palavras e atitudes
Os ermos da emoção que desdenhaste
A vida se produz em tal contraste
Aonde na verdade tu me iludes,
Os dias se aproximam e sei dos rudes
Momentos onde nada mais que o traste
Marcando as emoções onde se arraste
Os olhos nos engodos tais que escudes.
As tramas entrelaçam descaminhos
E sei dos meus amores mais mesquinhos
Na fácil conseqüência de um engano,
E quando poderia ser diverso
O todo se aproxima e me disperso
Enquanto no final volto e me dano.

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Unindo cada sonho que inda resta
Em noites diferentes, mesmo engano
No fundo sem saber do desumano
Cenário aonde a sorte é mais funesta.
O tanto quanto pude não se empresta
Ao ledo caminhar onde me dano
E sei do mais puído e velho pano
Traçando o que deveras não mais presta.
Expressos do oriente e do acidente
Aonde o meu delírio se apresente
Após a velha curva da esperança,
Jardins abandonados da memória
A vida não traduz o quanto inglória
Noção da própria vida agora cansa.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Apresentando sempre o quanto pude
Depois de certos anos, solidão.
Os dias na verdade não verão
Mudança que se tente de atitude,
O manto se desdenha e desilude
Os ermos de um vazio coração
E o caos transforma engano em estação
Diversa da que tanto nos transmude.
Os tantos desenganos contumazes
Os erros onde sonhos tu desfazes
E os cantos sem sinais de luz e glória
O prazo derradeiro se esgotando
O mundo se desnuda desde quando
A vida desenhada é merencória.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Urdindo escapatória aonde o nada
Pudesse dominar cada momento,
Por vezes me iludindo sigo atento
E sei do quanto é vaga cada estrada.
A sorte aos desenganos tanto evada
Do passo sem total acolhimento
E bebo o quanto possa e mesmo invento
Tentando a noite aonde o sonho invada.
Ousando ser Teseu sem Minotauro
Errático delírio onde restauro
Os passos sem sentido e sem razões
Arremessando o sonho no vazio
O peso noutro rumo desafio
E nisto cada engano tu me expões.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Resgato os meus anseios, sigo em frente
E tento novo engano aonde a vida
Desenha a mesma face construída
No quadro mais dorido onde se tente
Vencer o quanto possa em inclemente
Momento enquanto a sorte não duvida
Tampouco noutro passo já divida
O quanto poderia plenamente.
Servindo de alimária a quem pudesse
Traçar outro cenário sem benesse
Matando o quanto resta em minha história
De todo este momento mais sublime
Apenas o vazio me redime
Da luta tantas vezes mais inglória.

domingo, 22 de maio de 2022

Ouvir quanto pudesse da alegria
E crer no que viria após o tanto
Aonde a cada engano desencanto
E morro um pouco mais a cada dia,
Esqueço o quanto pude e deveria
Marcando o meu caminho em medo e pranto
Ousando muito além deste quebranto
Na luz que na verdade eu não veria,
Esbarro nos meus passos sem destino
E o quanto tantas vezes mal domino
Esboça o desengano contumaz
De quem se fez alheio ao sonho em vão
Morrendo sem certeza e precisão,
Deixando esta emoção bem para trás...

sábado, 21 de maio de 2022

Neste oceano feito em turbulência
As sendas mais audazes catastróficas
As horas entre luas tão amórficas
E o canto se pressente em indulgência.
As sendas que eu buscara, polimórficas
E os termos onde a dor dita ingerência
O tempo se desnuda e dá ciência
As esperanças morrem quase atróficas.
Esgarces destes planos entre fúrias
E navegando em vãs loucas, penúrias
Esqueço o quanto pude e não teria
Sequer outro momento mais feliz
A vida noutro instante se desdiz
E gera no final noite sombria.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Havia muito mais que mero sonho
Aonde na verdade o tempo acolhe
E sei da solidão quando se escolhe
Caminho mais diverso ao que proponho,
E o canto noutro engano se recolhe
Vagando bar em bar neste medonho
Cenário sem desenhos; recomponho
Palavra que sem nexo tudo tolhe.
Esqueço dos meus ermos e prossigo
Vencido navegando em tal perigo
Esquiva realidade sempre acena
E o manto desdenhoso e sem juízo
O quanto pude crer sendo impreciso
A sorte não seria mais amena.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Num único momento eu pude ver
O quanto nada vale uma esperança
E o passo quando em rumo atroz se cansa
Deixando no passado o meu querer
Impede o quanto pude amanhecer
E o vasto delirar onde se avança
A luta se mostrando sem pujança
Meu canto sem vontade a se perder.
Esgoto minha vida neste vão
E sei dos meus caminhos que virão
Toando dentro da alma a vaga e rude
Imagem tresloucada de um estio
E nisto cada engano eu desafio
Enquanto a própria história desilude.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Na parte que me cabe deste sonho
Os restos se desenham muito aquém
Do quanto na verdade já não vem
Ou mesmo traz o encanto mais bisonho,
Apenas outro rumo eu me proponho
E sei da realidade aonde tem
O manto sem sentido e sem alguém
Que possa traduzir o quanto ponho
Do verso noutro engano ou mesmo até
No canto sem sentido, e em tal maré
Adentro imaginando outra procela
Meu canto sem seguir qualquer caminho,
Expressa o meu delírio onde, mesquinho
Meu vago caminhar já se revela.

terça-feira, 17 de maio de 2022

Uníssono delírio de quem ama
A sorte porventura não se traça
Além do quanto embute em tal fumaça
Matando sem ter força a vaga chama,
E após algum momento vem o drama
E o tanto no final em luz escassa
Transforma todo o rumo e nos embaça
O passo sem sentido, em leda trama.
Espúria fantasia desenhada
Nas ânsias mais comuns e o quanto invada
Do sonho esta vertente mais dorida,
Escuto a voz do vento na janela
Enquanto o meu passado se revela
Na face mais atroz da minha vida.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Num átimo mergulho no vazio
E sei do quanto pude e não consigo
Vencer este cenário, ao ir contigo
Ousando noutro engodo, um desafio,
E quando se aproxima em tom sombrio
O mundo se transforma e não prossigo
Restauro cada engodo e do perigo
Apenas outro tanto em desvario.
Escuto a voz de quem já não pudera
Apascentar em mim a louca fera
Gerada pelos erros do passado
E quantas vezes vendo o teu retrato
Os erros mais comuns; vejo e constado
E destas ilusões, decerto evado.

15

domingo, 15 de maio de 2022

Já nada mais pudera quem deseja
A nova solução que não viria,
Pousando muito além da fantasia
A sorte se procura benfazeja,
Nas artimanhas todas, de bandeja
Entrego o que jamais conheceria,
E a vida se aproxima tão vazia
Do quanto na verdade não se almeja
Espúria luz invade cada canto
E sei do quanto possa e não me espanto
Sequer com meus audazes pensamentos,
Errático cometa se perdendo
Do todo noutro rumo em vão adendo
E os dias transcorrendo sempre lentos.

sábado, 14 de maio de 2022

Meu mundo sem sentido e sem razão
Aventurando aonde nada existe
Senão a mesma imagem leda e triste
Dos erros corriqueiros, tradução,
Esbarro nos engodos sei que o não
Ainda se aproxima e não desiste,
Marcando o quanto resta e até persiste
Moldando as horas turvas que virão,
O fim se aproximando do cenário
E o canto; eu sei deveras necessário
Apenas como alento e nada mais,
Depois de tantos erros vida afora
A sorte se transforma e me devora
Em erros tão comuns, mas tão banais.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Haveria qualquer momento após
O tanto que se quis e não viria
O medo se aproxima e, mais sombria
A vida sonegando qualquer voz,
O rústico cenário, vago algoz
O tempo a cada engodo me traria
Ausência mais completa da alegria
E o tempo se deslinda mais feroz,
Já não comportaria uma esperança
Tampouco a sorte invade e quando avança
Deixando para trás qualquer saída,
Depois de tantos erros em comum
Do todo imaginável, mais nenhum,
A própria consistência dilapida.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Com toda a rapidez que a vida exige
Seguindo contra tudo e contra todos
Apenas desenhando meus engodos
A queda se anuncia e o medo erige
Esgotos de minha alma aonde eu queira
Em roedores sonhos, remoinhos
Os dias são deveras mais mesquinhos
E a sorte não se mostra corriqueira
Esgarço em verso e prosa o que podia
Ousar noutro caminho, e nada sendo
Somente da esperança algum remendo
E nisto a vida trama a teoria,
Na prática decerto o que me sobra
Aos poucos no vazio se desdobra.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Eu não renegaria todo o passo
Tampouco poderia ser diverso
Do tempo desenhando este universo
Aonde sem sentido algum eu caço,
O rústico cenário traço a traço
O medo se aproxima e em cada verso
Apenas o que havia e já disperso
Desfaz o quanto quero em vão compasso.
Esgoto cada engano e sei do todo
E nele se aproxima em lama e lodo
Nefasta realidade sem sentido,
E o manto se puindo devagar,
Somente o meu caminho a desdenhar
O quanto de meu medo em vão lapido.

terça-feira, 10 de maio de 2022

Já não mais comportasse uma esperança
Ousando noutro rumo em prepotência
O tempo se desenha em tal ciência
E a vida no vazio então se lança
A sorte se aproxima em temperança
E marca o quanto pude em indulgência
No fundo, o que procuro é tal clemência
E a morte sem sentido algum avança,
Esgoto cada tema em tom suave,
E sei do quanto possa e mais agrave
Engodos de quem sonha inutilmente,
Esplendorosa a vida de quem ama,
Porém ao mesmo tempo a dor e o drama
Dominam paulatinas, corpo e mente.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Escassas noites dizem do carinho
Daquela que podia se tão minha,
A vida na verdade não se alinha
E gera este momento mais mesquinho,
Do roseiral restando algum espinho
A luta se desdenha, e quando vinha
Traria tão somente a mais mesquinha
Imagem devorando cada ninho.
Escalo outros momentos e percebo
O quanto deste mundo não concebo
Por ser um sonhador e nada mais,
Esgoto os meus caminhos sem saída
E a morte há tanto tempo presumida
Demonstra cada estrada aonde vais.

domingo, 8 de maio de 2022

Atento ao que virá; já não prossigo
Vencido pelos ermos de quem busca
A noite mesmo quando a sorte é brusca
E nada se traduz além perigo
No canto sem sentido e sem promessa
A tempestade dita o quanto trago
Além da solidão, em longo afago
Meu passo que, impreciso, recomeça;
Aprendo e sei dos erros costumeiros
De quem se fez aquém do quanto pude,
O mundo desenhado, agora rude,
Os olhos seguem vagos, sem luzeiros.
Se espúrio, na verdade o que me resta
Não se deixa antever sequer a fresta.

sábado, 7 de maio de 2022

Aprendo com meus erros, mas insisto
E vejo após o nada outro desenho
Do mundo aonde além do quanto tenho
O tempo se anuncia tão mal visto,
Apenas poderia e já desisto
O canto se demonstra em ledo empenho,
O marco traduzindo e não mais venho
Vagando sem sentido além do tempo
A cada novo engodo um contratempo
A vida em contraponto me sonega
A sorte desdenhosa e quase cega
Invento qualquer porto e nada vem,
Somente o mesmo olhar, velho desdém...

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Urdindo uma saída onde não há
Sequer imaginei qualquer momento
E sei por quantas vezes teimo e tento
Vencer e ter nas mãos este maná.
Errático caminho moldará
Apenas o temor e o sofrimento,
Mas sei e se persisto além e atento
O tempo na verdade negará.
O caos dentro de mim, ocaso e queda
Aonde o passo envolto inda se enreda
Nas teias de um passado tenebroso,
E o pânico tomando toda a cena
E nisto a solidão feroz se acena
Num rumo sem sentido ou pedregoso.

quinta-feira, 5 de maio de 2022

A liberdade é sonho e nada mais,
Ainda que pudesse me rondar
Aos poucos noutro rumo a me entregar
Errando em atos frívolos, banais,
E sei dos dias tanto desiguais
Quais fases de uma vida até lunar,
Ausente dos meus olhos no embrenhar
Imensos e diversos matagais.
Apenas poderia crer no fato
De um tempo onde em verdade não constato
Sequer a menor sombra da ilusão
E ao sonegar meu passo sem sentido
O quanto se demonstra não duvido
Expressa os dias turvos que virão.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Falar de amor em tempos tão bicudos
Aonde uma esperança não habita,
Por quanto esta ilusão eu sei finita
Os passos seguem vagos, cegos, mudos.
Não pude acreditar noutros momentos
Diversos do que a vida traz em si,
E o quanto deste rumo já perdi
Tramando tão somente os desalentos,
Vencido pelo infausto corriqueiro
E o cântico desdenha qualquer luz
Ainda que pudesse, trago a cruz
E nela em todo engodo ora me inteiro
Dos erros de quem tenta novo passo
E sei do meu caminho turvo e escasso.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Já nada poderia se tentasse
Vencer as minhas dores inerentes
E quantas vezes vês e mesmo tentes
Após sentir na pele o ledo impasse,
Vagar sem ter sequer onde ancorasse
Nos ermos mais doridos, indigentes
Caminhos tantas vezes prepotentes
Aonde a vida inteira se mostrasse.
Resumos de outras eras, de outros dias
E neles mal percebes, tocarias
Com toda a tua fúria inigualável
Num incessante sonho sem porvir
O quanto poderia se sentir
Jamais se mostraria mais tragável.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Verdeja em nosso peito, a liberdade,
Quarando nossas roupas no varal
Dos sonhos estampados na saudade
Que ronda a nossa casa em vendaval.

Aval que procurara no passado
Insônias provocadas pela ausência
De quem andara sempre lado a lado
E agora me deixou. Vã penitência.

Não quero estar liberto, pois cativo
Do sonho mais feliz que eu pude ter.
Apenas, tão somente sobrevivo
Distante deste amor, vou sem prazer.

Maldita liberdade que verdeja,
Em lágrimas meu peito, assim goteja...

domingo, 1 de maio de 2022

Enquanto amor deveras me desperta
Relembro desta rua abandonada
Deixada no passado, vã deserta
Aos braços da saudade malfadada.

Janela há tanto tempo descerrada
Impede que eu consiga penetrar
Nos braços da princesa imaginada
Jogada num terrível lupanar

A rua aonde amor, frágil, nasceu
Agora se transforma em simples beco
A voz que tantas vezes se perdeu
Distante não produz sequer mais eco.

Quem dera se eu tivesse um canto amável,
Tornando o nosso solo mais arável.