terça-feira, 14 de novembro de 2023

Exercitando o sonho nada veio
Sequer alguma imagem do futuro
E quando na verdade eu me asseguro
O mundo se desenha em devaneio,
O porte mais atroz dita o receio
E nisto a todo instante, mais escuro
O tempo com certeza não perduro
E bebo este sentido ou sigo alheio,
Escárnios entre risos e chacotas
E quando no final mais nada notas
Assentas dentro da alma a solidão,
Espúrio sentimento dita o quanto
E nisto noutro sonho não garanto
Sequer outros momentos que virão.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Querendo caminhar em meio ao nada
Espero pelo menos algum cais
E sei dos desencantos, são normais
E a luta a cada instante desagrada,
Matando no que possa esta alvorada
Exposto aos mais terríveis vendavais
Os cantos noutros rumos mais banais
O errático momento dita a forma
Do quanto sem sentido a vida informa
E marca com terror o que mais pude,
Vestindo esta quimera, a solidão,
Apenas outros erros mostrarão
Caminho sem ter paz, audaz e rude.

domingo, 12 de novembro de 2023

O medo se aproxima de quem tenta
Sentir outro momento em festa e luz
E o quanto do meu passo não conduz
Senão à fantasia mais sangrenta
A luta se mostrara tão sedenta
Gerando no final o farto pus
E quando noutro rumo eu já me opus
A sorte se transforma e violenta,
Apenas poderia ser diverso
Do quanto acreditasse e sempre verso
Nos ermos de minha alma sem valia,
Ainda que tivesse algum alento
Produzo na verdade o alheamento
E o corte a cada instante se veria.

sábado, 11 de novembro de 2023

Ainda não pudera ver além
Do caos gerado em nós pelo vazio
E quando novo passo eu desafio
A vida se desenha em tal desdém
E o quanto na verdade não mais vem
Deixando para trás o desvario
O sonho se mostrasse mais sombrio
Marcando os dias todos que o contém,
Não tento adivinhar o que viria
E sei do meu caminho em agonia
Matando pouco a pouco o que me resta
Da sorte sem sentido nem razão
Alheio aos dias tantos que virão
Visão que inda carrego, mais funesta.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Ocupas todo o imenso pensamento
E sigo cada rastro que te visse
Amar e ter nas mãos esta crendice
Aonde o meu caminho eu alimento,
Entregue ao que se pôde em raro vento
Jamais outro momento inda se ouvisse
E nisto cada canto onde cobice
A sorte se propõe num raro alento,
Escuto este marulho e nos convida
Ao quanto se entregasse inteira a vida
Gerando dentro da alma a luz serena,
O tempo a cada instante, este mutável
Traduz o quanto possa ser arável
Embora seja agreste a vaga arena.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Amor que contentasse um sonhador
Gerando dentro da alma a enorme paz
E quantas vezes sito onde faz
O tempo noutro rumo um escultor
Seguindo da maneira como for,
O passo desenhado mais audaz
E o coração deveras tão falaz
Gestando dentro da alma a fina flor.
Pendões entre diversas formas belas
E nisto a fantasia onde revelas
Traduz o quanto pude e mais queria,
Depois de certo tempo, sem mais nada
A sorte se mostrando desenhada
Aonde se renasce a fantasia.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Passando pelos olhos de quem sonha
A vida se desenha de tal forma
Enquanto a cada dia se transforma
Por vezes mais feroz, mesmo bisonha,
E quando no passado o passo enfronha
A luta se denota em nova norma
E o peso a cada dia nos deforma
Sem nada que decerto ora envergonha
Quem tanto quis apenas liberdade
E o pranto no final mais forte brade
Mesquinhas noites dizem do futuro,
E o parto se negando em duro aborto
O canto se mostrara agora morto,
E apenas o vazio eu asseguro.

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Origens mais diversas, sentimento
Transcende ao quanto quis e não podia
A vida se transforma dia a dia
E um novo amanhecer suave, eu tento,
E quando no final eu me alimento
Do sonho feito em luz e fantasia
O quanto deste canto tocaria
O que em verdade sinto e até fomento,
Atormentando o passo sem poder
Arcar com o que pude merecer
Vencido pelo ocaso e pela dor,
Já nada poderia sendo assim
Iniciando agora o próprio fim
Sem nada que pudesse redentor.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Desfazes cada passo que eu pudera
Ousar noutro momento sem sentido,
E o quanto se apresenta e já duvido
Marcando em sortilégio a primavera,
A noite noutra face destempera
E gera tão somente o que ora olvido,
O mundo noutro canto repartido
A luta sem temor dominando a era,
Esqueço dos meus cantos, sou lacaio
Do sonho e por ventura me distraio
Arcando com as pedras do caminho,
Ausência de esperança ou quase tanto,
Sementes do vazio hoje garanto,
Num velho e vão cenário tão daninho.

domingo, 5 de novembro de 2023

Num céu iridescente, esta esperança
Rondando cada estrela em brilho farto,
Aonde todo o sonho em vão descarto
E o tempo no vazio já nos lança,
A solidão deveras nos alcança
E tento o quanto possa e não reparto,
Ainda que pudesse novo parto
A vida não se livra da lembrança,
Aprendo com momentos mais diversos
E sei dos infinitos universos
Que a palma desta mão inda contém,
Depois de tanto tempo em solitária
Ausência de quem tanto se fez vária
Somente o nada ser nos faz refém.
Num céu iridescente, esta esperança
Rondando cada estrela em brilho farto,
Aonde todo o sonho em vão descarto
E o tempo no vazio já nos lança,
A solidão deveras nos alcança
E tento o quanto possa e não reparto,
Ainda que pudesse novo parto
A vida não se livra da lembrança,
Aprendo com momentos mais diversos
E sei dos infinitos universos
Que a palma desta mão inda contém,
Depois de tanto tempo em solitária
Ausência de quem tanto se fez vária
Somente o nada ser nos faz refém.

sábado, 4 de novembro de 2023

Deleitas com meus erros, e sei disso,
O manto se puindo a cada dia
Aonde novo passo se teria
O mundo traz este ar mais movediço
Apenas a alegria ora cobiço,
Embora seja simples fantasia
O tanto quanto eu pude e não viria
A vida perde aos poucos o seu viço.
Jogado nalgum canto desta sala
O tempo na incerteza me avassala
E gera tão somente a solidão,
Os tempos se aproximam do final,
O passo sem saber do ritual
Traduz diversidades da emoção.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

O tempo traz a todo passageiro
O mesmo itinerário vida e morte,
No quanto se diverge então a sorte
Momento sem o qual tudo é ligeiro,
O caos neste tormento derradeiro
Aonde se desenha o nosso aporte,
Vasculho cada enredo onde suporte
As ânsias de meu canto costumeiro
Já não me negaria a ter além
Do pouco que em verdade sei que tem
A vida sem motivos ou razão,
Após a tempestade de verão
O outono se transforma em calmaria
E o fim após o inverno se veria.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Efêmera vontade me assolando
E sei que no final já nada resta
Sequer o quanto pude noutra fresta
Tentar saber agora como e quando,
O mundo num instante desabando
O verso sem sentido não se empresta
Ao corte mais audaz e quando gesta
Os pensamentos vagam como um bando,
Pudesse discernir qualquer razão
Nos templos que os meus dias mudarão
Cenário iridescente sem proveito,
No quando poderia e não aceito
Apenas outro dia dita o não
E neste desenhar enfim me deito.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Dos sonhos de esperança um peregrino
Adentra nas desérticas entranhas
E quando se percebem velhas sanhas
O tempo sem domínio desatino,
E perco a direção do cristalino
Cenário entre as diversas, grãs montanhas
E sei do quanto podes e já ganhas
Sabendo que me verdade eu me fascino,
Sem ter qualquer lugar onde ancorar
O parto se revela a desvendar
Ocasos entre casos, caos e medo
E quase ser feliz é o que pudera
Sentir em turbilhão a vida fera
O manto desvalido alheio e ledo.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Adoro esse teu corpo cheio de mistério,
Desnudo sob a lua nesse terno rito
Contendo na garganta o rouco e morno grito
Que brota das entranhas desse teu império.

Esse teu corpo no meu corpo assim inscrito,
Quais rutilantes astros lá no véu sidério,
Nas noites sem luar, no manto seu cinéreo,
Sentindo no prazer a força do infinito.

Adoro esse teu corpo, suas mil veredas,
Caminhos que me levam aos íntimos espaços
Das mornas águas tuas borbulhando em mim

Sentir dentro em mim as tuas labaredas,
E de prazer morrer-me nesses teus enlaços,
Entregue ao teu fulgor, ao teu amor, enfim.


Edir Pina de Barros

Beber dessa loucura e não temer sequer
Cada momento atroz em rude solidão
E sei noites gentis que sempre moldarão
O quanto mais anseio e sei quando vier

Trazendo a magnitude e nisto o que puder
Tramar na mesma luz a imensa dimensão
Do amor que se fez tanto ousando em explosão
Em plenilúnio a noite expressa o quanto quer.

E percorrer o mar do amor quando nos toca,
Vencendo uma borrasca, expressando alegria,
E mesmo tão distante o olhar já concebia

Das praias da esperança, o quanto nos provoca,
A sede de seguir teus passos, rastros, sonho,
Ventura onde se tece o amor que te proponho.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Quisera apenas ter mais um minuto
E nada se veria de tal forma
Aonde a solidão já nos conforma
E nisto sem defesas não reluto,
O corte desenhando o medo e o luto
O prazo sem valia se deforma
E marca sem sentido a velha norma
E o canto poderia ser astuto,
Resulto deste insulto, solidão
E sei dos meus momentos que virão
Negando cada passo a quem se dera
Ousando ser feliz onde não há
Sequer outro caminho e desde já
Matando dentro em nós a primavera.

domingo, 29 de outubro de 2023

A vida se desenha onde desarme
O passo ou mesmo o sonho em desencanto
E quando no final nada garanto
O todo se moldara em falso alarme,
A luta sem sentido ao revelar-me
Momento aonde o mundo dita o pranto
Resulto deste medo em desencanto
Sem nada que pudesse contentar-me.
Apenas o meu canto sem proveito
E nisto com certeza eu me deleito
Gestando a solidão dentro de mim,
Depois de tantos anos sigo só
Voltando ao mesmo estágio sendo o pó
Trazido pelo vento em pleno fim.

sábado, 28 de outubro de 2023

Já não mais caberia alguma sorte
A quem se fez aquém do quanto eu quis
E o tempo desenhando a cicatriz
Aonde o desvario não comporte
Apenas o meu mundo não conforte
Quem tanto se perdera onde desfiz
O corte da emoção pela raiz
E o vento se aproxima e dita o norte,
Apresentando o caos dentro do peito
Ainda que pudesse satisfeito
Negara qualquer rumo em desafio,
E nada mais tentara senão isto
E quantas vezes tento e assim desisto
Num átimo sem rumo em céu sombrio.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Havendo qualquer tom diverso e alheio
Vagando entre as escoras do passado
Meu dia noutro tempo já degrado
E o canto sem sentido não receio,
Espero a solidão e quando veio
O sonho num enredo desdenhado
Apresentando o caos no renegado
Cenário aonde em vão me devaneio,
Escusas não prometem novo canto
E o todo se mostrara e não garanto
Sequer alguma paz dentro de mim,
E assim ao me mostrar completamente
Aonde outro momento busque e tente
O rastro se seguindo até o fim.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Guardando-me do medo aonde um dia
O tanto quanto eu quis não mais sentira
A vida se propõe, dita a mentira
E o corte na verdade se veria,
A morte da mais bela fantasia
Espreita o passo atroz e nos retira
Do canto aonde a morte se prefira
Detendo com olhar em agonia,
Espero apenas isso e nada mais,
Ainda quando possa em temporais
Usar desta palavra: liberdade.
Meu mundo se aproxima deste ocaso
E o canto noutro tempo em vão atraso
E a solidão decerto nos invade.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Julgasse outro momento aonde eu tente
Vencer o quanto possa em rumo atroz
A vida se desenha e cala a voz
Daquele que pudera impertinente,
Vagando noutro instante, num repente
O mundo se desenha dentro em nós
O tempo desvendando a velha foz
Ainda quando o canto ora se invente.
Vencido pelo caos tão corriqueiro
As horas neste tempo, o derradeiro
Evadem dos meus olhos tantos sonhos
E os erros se acumulam neste fato
Destarte o descaminho hoje constato
Em dias mais ferozes e enfadonhos.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Contentamento igual já não veria
Quem tanto quis a paz e se aproxima
Da sorte mais diversa noutro clima
E morre a cada ausência em agonia,
A porta se mostrando sem valia
A vida não suporta o quanto prima
E gesta no final sem auto estima
A velha e mais cruel hipocrisia,
O verso sem sentido o tempo curto
O medo se deduz e quando encurto
O sonho em cenário degradante
A luta se aproxima do final,
Ainda se desenha em virtual
Caminho o que sequer a paz garante.
Contentamento igual já não veria
Quem tanto quis a paz e se aproxima
Da sorte mais diversa noutro clima
E morre a cada ausência em agonia,
A porta se mostrando sem valia
A vida não suporta o quanto prima
E gesta no final sem auto estima
A velha e mais cruel hipocrisia,
O verso sem sentido o tempo curto
O medo se deduz e quando encurto
O sonho em cenário degradante
A luta se aproxima do final,
Ainda se desenha em virtual
Caminho o que sequer a paz garante.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Há tanto o que fazer e nada tento
Somente perguntando a direção
Dos dias sem motivo que trarão
O velho e contumaz alheamento,
Mergulho noutro engodo e, desatento
A sorte se transcorre em negação
Depois de outros momentos se verão
O prazo em mais completo esgotamento,
A luta não termina e sei do quanto
Pudesse caminhar e se me espanto
A morte desdenhando algum futuro
Já nada mais conforta quem sonhara
E traz a solidão em noite amara
O tempo mais diverso além procuro.

domingo, 22 de outubro de 2023

Na ponta desta faca o fio, o corte
E o sangue se escorrendo a todo medo
E quando no final eu me concedo
Apenas o vazio se suporte,
Não pude mais conter a velha sorte
E o tempo desenhando em desenredo
O caos onde se vendo o mundo ledo
Sem nada que deveras me conforte,
Ainda quando pude acreditar
Nas ânsias e no tempo a se mostrar
Desnuda realidade em desafio,
O quanto se renega e nada vem
A sorte se apresenta muito aquém
Trazendo este momento mais sombrio.

sábado, 21 de outubro de 2023

Ninguém já me traria algum sentido
Ao quanto se perdera sem alcance
E quando se percebe num nuance
O passo noutro encanto presumido,
Além do quanto pude e não duvido
O mundo se desenha e nunca avance
Ainda quando invento e já me canse
O resto se desenha desprovido,
Ocasionando a queda de quem tanto
Pudesse desejar o que garanto
Ser mais que meramente o caos e o fim,
Já nada mais comporta o velho sonho,
Apenas o que tanto decomponho,
Matando o quanto resta vivo em mim.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Não quero mais sentir a solidão
Nem mesmo outro momento tão venal
O corte se mostrara em ritual
Matando em nascedouro a geração
Os erros na verdade mostrarão
Apenas o caminho sem degrau
E o tanto que pudesse bem ou mal
Gerara no meu peito indecisão,
Ouvindo em noite clara um bandolim
O tempo se desenha dentro em mim
E visto a fantasia de um passado
Aonde fui feliz e não pensara
Na sorte mais audaz e a vida rara
Por onde sem temor e em paz invado.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A pútrida faceta da verdade
Sem nada que pudesse me trazer
Algum momento feito em tal prazer
E nisto o quanto resta a vida evade,
E o passo se desenha em claridade
No tanto sem sentido a se colher,
Ainda noutro rumo eu posso ver
O todo sem destino ou liberdade,
Alçasse dentro em nós novo momento
E quando no final ainda tento
Vencer a solidão e não consigo
Meu verso se calando sem sentido
O prazo determina o quanto olvido
E marco o sentimento em desabrigo.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Jogado pelas ruas, um mendigo
Apenas ledo pária não espera
Sequer quanto trouxe a vida fera
E nisto outro momento em vão maldigo,
Espreito e na verdade não prossigo
Ousando muito além do que pudera
Marcando a vida quando destempera
E gera após o medo o desabrigo,
Esqueço dos meus dias e permito
A vida se mostrando no finito
Caminho; aonde o pude desenhar
Depois de cada passo a se mostrar
No tempo mais audaz, duro granito
Trazido pelo sonho, devagar.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Himeneu dos sonhos, fantasia
Gerando esta esperança sem sentido
E quando na verdade inda duvido
Do tempo aonde o nada mais viria
A luta se desenha em noite fria
O corte noutro passo resumido,
O prazo determina o distraído
Cenário aonde o canto se esvaía.
Bagagens que carrego dentro em mim
O tanto quanto possa traz no fim
Ultrizes cicatrizes de quem tanto
Vencido pelo ocaso em noite rude
Aos poucos com certeza desilude
Amordaçada voz já não garanto.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Sonhara com momento mais diverso
Do quanto poderia noutro sonho
E quando este tormento decomponho
Ousando neste passo em universo
A sorte desdenhosa hoje eu disperso
E bebo do cenário mais bisonho
Repare cada passo e quando enfronho
Esqueço ou mesmo alheio, desconverso.
Desprezas cada lavra do meu solo
E nada no final ainda assolo
Gerando a solidão invés da luz,
Apresentando ao fim de certo tempo
Somente o que inda trago em contratempo
E a sorte na verdade não traduz.

domingo, 15 de outubro de 2023

Jamais eu poderia acreditar
Em tantas ironias do destino
E sei do quanto possa e não domino
Sequer algum instante o céu e o mar,
Vagando sem saber onde ancorar
O prazo determina o que no ensino
Expressa o doloroso desatino
E mata a cada instante devagar,
Apresentando assim minhas escusas
Ainda quando em vão decerto abusas
Esqueço o meu passado e sigo a ti,
Do todo que eu quisera nada vindo
Apenas o momento enquanto blindo
O amor que bem já sei, não mereci.

sábado, 14 de outubro de 2023

Respondes a quem tanto quis um mundo
Diverso do que existe ou mesmo crê
A vida se anuncia sem por que
E nisto em todo engodo eu me aprofundo
O velho coração de um vagabundo
A sorte sem juízo nada vê
E o tempo se mostrara sem um quê
De sorte ou de alegria, nauseabundo.
Escassas noites dizem do abandono
E o canto aonde enfim me desabono
Moldara dentro em nós o sentimento,
Audaciosamente sigo em frente
Ainda quanto mais a sorte eu tente
Apenas o vazio experimento.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Tentáculos da sorte nos tocando
E o prazo determina o fim de tudo
E quando no final me desiludo
O gesto noutro caos se anunciando
O mundo se desenha desde quando
O corte se anuncia e não desgrudo
Do ocaso aonde houvesse um tempo mudo
E nada mais pudesse desolando,
O cândido caminho não se dera
Jogando para longe a primavera
Marcando em consistência mais sombria
O todo desejado e nunca visto,
A sorte na verdade ora desisto
E apenas o tormento me traria.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Ungida maravilha feita em glória
Presença de um amor que sem fronteiras
Desenha aonde o todo sempre queiras
Sem nada mais do quanto fosse escória,
Marcando cada passo na memória
Da luta entre diversas vãs bandeiras
E o marco mais audaz noutras roseiras
Gerando no final cor merencória,
Aromas em constante mutação
Os olhos na verdade não verão
Sequer a menor luz neste horizonte
E tanto se pudera ser assim
Matando o quanto resta dentro em mim
Ainda quando o tempo em vão desponte.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

A vida não pudera ser assim
E o tempo desenhasse novo rumo
Aonde com certeza eu não me aprumo
E morro um pouco mais dentro de mim,
O vento se moldara e sei que enfim
Da sorte sem caminho eu já consumo
Apenas o vazio e me resumo
No canto sem saber do quanto eu vim,
Em nada se garante o amanhecer
De quem já conhecendo o desprazer
Pudesse adivinhar outro lamento,
E quando mergulhasse no teu mar
Ainda quando pude navegar
O coração entregue inteiro ao vento.

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Não quero novamente
Sentir o que se possa
E mesmo sendo nossa
A vida tanto mente
E a lua pertinente
Ousando além da roça
Vestindo esta palhoça
De prata iridescente,
Vestígios de outras eras
E quando me temperas
Com todo o teu encanto
Apenas o vazio
No fundo desafio
E o medo não garanto.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Bramindo com a fúria
De quem se fez audaz
A sorte não me traz
Senão farta penúria
E o todo desta incúria
Gerasse o que se faz
Matando o passo atrás
Da vida em tal lamúria
Perdendo a direção
Dos dias que verão
Apenas descaminhos
Meus passos sem sentido
O todo resumido
Em traços tão daninhos.

domingo, 8 de outubro de 2023

Bebesse cada gole
Da vida em aguardente
Ainda se ressente
do quanto sempre bole
E o tempo no assole
Matando o imprevidente
Caminho onde se sente
A vida e já se atole
Engodos são comuns
Momentos sei de alguns
E nada me consola
Apenas meu vazio
Enquanto desafio
A dor entra de sola

sábado, 7 de outubro de 2023

Aprendo com apenas outro engano
E sei do quanto pude e não viera
Marcando o que deveras destempera
Gerando noutro passo o velho dano,
E não pudesse mais seguir profano
Trazendo no vazio esta quimera
E a luta sem sentido algum não gera
Sequer o quanto quero e não explano
O medo se mostrara mais constante
E nada do que possa se garante
Após a tempestade mais feroz,
Dos erros e delírios costumeiros
Apenas os cenários sem canteiros
E o rio se perdendo dentro em nós.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Vestígios de outros tempos na verdade
Expressam o que tento e não consigo
Ainda dentro da alma o desabrigo
Aonde o meu caminho se degrade
E quanto se traduz em realidade
E deixo para lá ou não prossigo
Vencido caminheiro em tal perigo
O prazo se mostrara em falsidade
Esqueço do meu mundo e me percebo
E quando noutro sonho este placebo
Desenha o que inda rege esta esperança
Marcando em tom atroz o que me resta
A vida adentra então em leda fresta
E o nada noutro passo não se alcança.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Jogado sobre as pedras e somente
Vestindo o quanto pude não se quis
O tempo na verdade contradiz
O que meu coração apenas mente,
E soma do passado esta semente
Gerando dentro em nós o tempo gris
Mergulho aonde o nada me desdiz
E o verso se mostrara imprevidente
Um verso libertário não pudesse
Reger minha emoção em nova prece
Tampouco desenhar novo momento
E sem sentido algum já nada marca
A luta aonde o tempo dita a parca
Vontade em tal diverso complemento

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

O prazo terminando, a vida rege
O quanto não sabia nem buscava
Minha alma da emoção a mera escrava
O passo se anuncia quase herege,
E o tanto quanto pude não me traz
Sequer algum caminho em providência
A vida se mostrara sem ciência
E o medo noutra face é mais voraz
Acolho cada engodo em nova luta
Ainda quando a sorte em vão reluta
Desanimado sigo sem saber
O quanto do meu canto pude ver
A noite se anuncia bem mais bruta
E a morte se desenha, entardecer.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Amor já não seria mais teórico
Nem mesmo outro sinal me orientasse
Gerando em discordância novo impasse
Aonde poderia estar eufórico
Um passo noutro instante, meteórico
O rústico cenário se mostrasse
Aonde sem defesas modulasse
O tempo noutro encanto mais retórico
O prazo determina o fim de tudo
E quando no final me desiludo
Apenas não conheço o tempo em paz
Assisto a derrocada deste sonho
E sei do quanto pude ser tristonho
E neste delirar já nada faz.

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Não vejo qualquer fonte de esperança
Sequer outro momento aonde um dia
Mergulho no vazio e em tez sombria
A sorte em desenredo ora se lança
O sortilégio dita esta mudança
Matando o quanto houvera e ora jazia
Matando dentro em mim a melodia
Tornando sem sentido o que me alcança,
Esquivo-me dos erros no abandono
E quando noutro caos eu já me adono
Expresso a solidão e nada vejo
Senão a solução bem mais distante
E o passo na tormenta não garante
Talvez a menor sombra de um desejo.

domingo, 1 de outubro de 2023

Ainda quando possa em aquarela
Ousar novo momento, a minha vida
De todo descaminho desprovida
Apenas o vazio ora revela
E sendo de tal forma a velha tela
A sorte noutra luta mais sentida
Expressa a solidão e não duvida
Do quanto dia a dia em vão se atrela
Presentear a dita com tal fato
Aonde sem sentido algum constato
Retrato discordante do futuro
Meu mundo discorrendo sobre o nada
A luta a cada passo foi selada
Somente pelo cais mais inseguro.

sábado, 30 de setembro de 2023

O quanto ora se adensa
A vida sem segredos
Os dias morrem ledos
A sorte sendo tensa,
E tendo a luz intensa
E nela outros enredos,
Cerzindo além dos medos
O sonho que convença
Resumos de passados
Diversos e entranhados
Nos passos mais doridos
Destinos entre quedas
E nada mais enredas
Além dos teus sentidos.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

O quanto desabara
A senda mais sutil
E nisto não se viu
Sequer nova seara,
A vida não prepara
E o todo mais gentil
Aonde fosse vil
A luta tão amara,
Esqueço o verso em vício
E volto ao precipício
Propício caminhar
Neste abissal cenário
O canto é temerário,
Imenso e turvo mar.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

O quanto se domina
De um tempo sem juízo
Ainda onde matizo
O corte dita a sina,
A noite em rara mina
O vento mais preciso
Do quanto aromatizo
A luta não termina,
Vestindo de esperança
O nada agora avança
Domando o passo lento,
E quando a sorte emana
A noite soberana
Traçasse o desalento.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

O quanto em olivais
Pudesse imaginar
Etéreo divagar
Vencendo os temporais,
A vida sem jamais
Ousar e devagar
Seguir a me embalar
Em dias magistrais,
Ocasos de uma sorte
Enquanto não aporte
Ao todo em direção
Aos ermos de minha alma
A luta gera o trauma
E trama a solidão.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

O quanto a vida traz
E nada mais pudera
Ousando a velha fera
Num passo mais mordaz,
A sorte segue atrás
Da velha e vã quimera
E tudo degenera
Aquém do que se faz
Mergulho neste ocaso
E quando em vão me atraso
Meu medo não se vendo
Além da mesma história
Apenas merencória
Memória em turvo adendo.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

O quanto quero e nada
Da sorte se mostrasse
Oferecendo a face
À dita aonde enfada
Meu passo em alvorada
Aonde demonstrasse
O todo sonegasse
A luta encarniçada.
Vencido pelo medo
Enquanto me concedo
Ao tanto quanto quis
O mundo não permite
Além de algum limite
Gerando a cicatriz.

domingo, 24 de setembro de 2023

O quanto o tempo dita
E gera após o caos
Momentos mesmo os maus
Traçando esta infinita
Noção em que explicita
A sorte em vários graus,
Pudesse em minhas naus
Vencer esta desdita
Recebo em meu caminho
O tanto aonde aninho
Ocasos sem sentido
E o canto se resume
Aonde em tal ardume
O mundo eu dilapido.

sábado, 23 de setembro de 2023

O quanto desta vida
Pudesse ainda ter
No encanto a se perder
A sorte desprovida
E o tanto que duvida
Da lida em tal querer
Pudesse amanhecer
Seara dividida.
Esqueço o descaminho
E quando aquém me alinho
Ouvindo este marulho
Dos sonhos mais sutis
Pudesse ser quem quis
E disto ter orgulho.

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

O quanto pude ou não
Gerar dentro do sonho
Um mar onde componho
Diversa embarcação
As horas não verão
Sequer o que proponho
Ousando aonde exponho
A mesma direção
Meu tempo se dilui
E o todo não influi
Na parte que me cabe,
Ouvindo o mar em mim
O tanto diz do fim
E o sonho em paz desabe.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O quanto nada diz
Do pouco ou mesmo até
Dos vários tons da fé
O ser/não ser feliz,
E o caos se por um triz
Gerasse por quem é
O todo sem galé
Liberta geratriz.
O canto sem proveito
Momento onde me deito
Nos ermos do talvez,
Quem sabe ao fim de tudo
Enquanto desiludo
Já nada ainda vês.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

O quanto em turbilhão
Trouxesse algum alento
E quando o fim invento
Gerando imprecisão
Os dias não verão
Além do sofrimento
E neste meu tormento
Os cantos? Negação.
Aprazo algum descanso
E quanto mais avanço
Maior a queda em mim,
Depois de tantos anos
Apenas desenganos
O tempo dita o fim.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

O quanto em cativeiro
A vida nos traria
Matando a poesia
Num sonho costumeiro
E sinto alvissareiro
Desenho onde veria
A luta em agonia
Sequer sem um luzeiro,
Apenas nada tendo
Cenário diz remendo
E o vago nos domina,
O prazo determina
O quanto noutro adendo
Secara a velha mina.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O quanto se renova
E nada mais pudera
Ousando sem espera
A sorte dita a cova,
E o medo gera a sova
Errática quimera
Marcando com a fera
A luta e nada aprova
Sequer o quanto pude
Embora seja rude,
Atrocidade imensa,
A luta se presume
Enquanto a cada ardume
Fortuna não compensa.

domingo, 17 de setembro de 2023

O quanto me torturas
Com medos e tormentas
As horas mais sangrentas
As noites/amarguras,
O prazo onde procuras
As noites que tu tentas
Vencer as turbulentas
Vontades em loucuras,
Esqueço o passo e tento
Apenas um momento
De paz ou de calor,
Ainda mergulhara
Nas ânsias desta amara
Verdade a decompor.

sábado, 16 de setembro de 2023

O quanto diz da crença
A sorte que não veio
E o tempo em devaneio
Já nada mais convença
A luta em desavença
O canto sem receio
O prazo onde rodeio
O todo que me vença
Navego em mar atroz
E nada diz da foz
Sem prazo e sem vontade,
Ainda quando luto
Apenas trago o luto
E a dor agora invade.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

O quanto a vida humilha
Quem busca libertário
Caminho, itinerário
Distante em nova trilha,
A luta compartilha
O tempo necessário
E rege o temerário
Momento onde se pilha
A nossa noite traz
Apenas o mordaz
Cenário aonde eu pude
Traçar a desventura
E o nada me assegura
Da vida amarga e rude.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

O quanto da verdade
Pudesse ser diverso
Do todo onde disperso
O passo em falsidade,
Velha tranqüilidade
Apenas desconverso
E sei deste perverso
Cenário onde se evade
A luta sem fastio,
O corte onde recrio
O medo sem senti-lo
Ainda se eu pudera
Apascentar a fera
E ser bem mais tranquilo.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

O quanto me ameaça
O passo sem sentido
E nisto ora duvido
Da sorte em vã fumaça,
A luta sendo escassa
O corte presumido
Aonde resumido
O medo rege e traça,
Acasos entre fúrias
Esperas; tais incúrias
Expressam solidão,
E sobra tão somente
A dor onde se sente
O verso em negação.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

O quanto diz a guerra
Sem ter sequer motivo
E quando enfim me privo
A solidão desterra
O corte onde se encerra
O tempo este cativo,
Nos erros que cultivo
O passo em vão se emperra.
Já nada mais tivesse
Sequer a sorte em messe
Ou nova garantia
Apenas o vazio
E sei do quando crio
Ou nada mais teria.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

O quanto um carniceiro
Caminho se desenha
Aonde nada venha
E o tempo é derradeiro
E tento outro luzeiro
A vida dita a lenha
E nada mais convenha
A quem se fez cordeiro,
Jamais eu pude crer
No raro amanhecer
Em meio às tempestades
Destarte já não trazes
Sequer as duras fases
E em vão vazia, evades.

domingo, 10 de setembro de 2023

O quanto deste bem
Jamais sonegaria
A rude fantasia
E nada mais convém
Audácia segue além
Do quanto poderia
E nesta alegoria
Do sonho sou refém,
Perdera algum sentido
E sinto e dilapido
Meu verso sem razões
E nada mais pudera
Ainda enquanto a espera
Não dá mais soluções.

sábado, 9 de setembro de 2023

O quanto perde o viço
A vida sem a glória
E sendo merencória
Num solo movediço,
Trazendo um desserviço
A quem leda memória
Revela a vaga história
Em tom atroz, mortiço
Escrevo em verso frágil
O dia quando em ágil
Desenho poderia,
Depois de certo tempo
Envolto em contratempo
Matasse a fantasia.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

O quanto em recompensa
Pudesse imaginar
Ao ver novo luar
A sorte me convença
Do quanto seja tensa
A senda além do mar,
E nada mais que amar
Talvez em desavença.
Escravo da ilusão
Os olhos não verão
Verões nem primaveras,
Apenas neste inferno
A luta em pleno inverno
Alimentando feras.

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O quanto a vida esquece
Do dia que passaste
Gerando no contraste
Aquém da velha prece
O rumo onde se tece
O tanto em vão desgaste
E nada mais legaste
A quem nada merece,
Esqueço os meus enganos
São rotos toscos planos
E mortas ilusões,
Deveras sem limites
Aonde não permites
Tampouco o sonho expões.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

O quanto do trabalho
Expressa a luta e a paz,
A guerra não compraz
Nem mesmo o que batalho,
E quando além espalho
O canto mais mordaz
Jamais se satisfaz
Um dia amargo e falho,
Esqueço cada verso
E bebo ou me disperso
Acolho novo engano,
Depois de tanta luta
A sorte mais astuta
Traduz onde me dano.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

O quanto a companheira
Trouxesse em doce alento
A vida enquanto tento
Aos poucos já se esgueira
Amar mera bandeira
Exposta ao forte vento
E gera o sofrimento
Além do que se queira,
Não pude e nem devia
Ousar em fantasia
Aonde o nada rege
Somente o passo em vão
A leda direção
No encanto de um herege.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

O quanto excelso e claro
Cenário aonde um dia
A luta moldaria
O mar onde declaro
O prazo em desamparo
A marca em poesia
A sorte esta arredia
Esgota um mundo raro,
Espelhas neste olhar
O nada a se moldar
Nas ânsias de quem sonha,
Vagando sem destino
Aos poucos determino
A sorte vã, medonha...

domingo, 3 de setembro de 2023

O quanto se tortura
Nas ânsias mais atrozes
Procuro meus algozes
Nos ermos da loucura
E nada em amargura
Desenha novas fozes
E trazes os velozes
Caminhos já sem cura,
A voz não mais se ouvira
A luta diz mentira
E a pira se apagando,
A chama na verdade
Enquanto se degrade
Transforma o mundo infando.

sábado, 2 de setembro de 2023

O quanto em voz imensa
A sorte se aproxima
E muda todo o clima
Aonde não compensa
A sina não convença
Quem tanto ora se prima
No verso enquanto estima
A rústica e vã crença.
Depois do caos o fato
E enquanto mal constato
O quanto inda virá
A sorte se desenha
E nada mais contenha
A luta desde já.

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

O quanto é mais sombria
A tarde dentro em mim,
O tempo diz do fim
E o mundo não se adia,
A vida em agonia
E nunca traz enfim
Porém o mundo assim
A leda fantasia.
O caos já não trouxera
Ainda a primavera
Do tanto quanto pude
Vencendo a tempestade
O mundo ora se evade
E mata a juventude.

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

A folha de caderno, o tempo rude,
As mãos tentando escarpas e montanhas
E quando em novo rumo tu te assanhas,
O verso sem sentido desilude.
Já morta há muito tempo, a juventude,
Ainda quando vês em duras sanhas,
Partidas que julgávamos já ganhas
Mudando a cada passo de atitude.
Vicejas nosso encanto em turbulência
E a vida sem querer qualquer clemência
Jamais se apresentara noutra face.
Meu tempo em agonia; vã promessa,
Aos poucos cada engano recomeça
E nada do que busco a vida trace.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Além do verso e fato
O mar não mais diria
Da sorte em fantasia
Ou mesmo não constato
Sequer algum regato
Em noite amarga e fria,
A leda poesia
O passo não resgato,
Escravo do futuro
Ainda me asseguro
Nas lendas do passado
E quando se apresente
O fato mais freqüente
Demonstra o amargo fado.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Além do descuidado
Canteiro da esperança
Meu passo não avança
E o resto é desolado,
O corte anunciado
O medo em aliança
Aonde quis pujança
Apenas eu me enfado.
Esqueço o descaminho
E sei de cada espinho
Senzalas de minha alma,
Depois de tanto medo
O quanto eu me concedo
Jamais enfim me acalma.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Além do mais diverso
Caminho em noite fria
O todo não traria
Um passo onde submerso
Ao nada sempre verso
E gestas a utopia
Matando a sintonia
Negando este universo,
Amar e ser além
Do quanto sempre vem
Reinando sobre nós
O prazo determina
A luta é nossa sina
A morte, nossa foz.

domingo, 27 de agosto de 2023

Além do sortilégio
Da vida sem paragem
Enquanto sempre ultrajem
O medo em privilégio
O canto outrora régio
Mudando a paisagem
Gerando esta miragem
Aonde quis egrégio.
Apenas na verdade
O todo se degrade
E nada mais viria
Somente o caos e o fim
E quando diz de mim
Só resta a fantasia.

sábado, 26 de agosto de 2023

Além de qualquer fato
Não pude constatar
Sequer o caminhar
Aonde o não resgato,
A luta neste ingrato
Cenário a torturar
Pudesse devagar,
Porém só me maltrato.
Exponho em verso e prosa
A noite majestosa
E nela apenas isso,
O corte na raiz
Matando o que já quis
E agora não cobiço.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Além do medo e caos
A sorte não trouxera
O quanto em rude espera
Anseia em tais degraus,
As rotas, velhas naus,
A morta primavera
A vida amarga e fera,
Momentos rudes, maus.
Gerando do vazio
Apenas desafio
A luta já perdida,
Batalhas entre tantas
E quando desencantas
A morte nos convida.

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Além da vida o quanto
Pudesse ser diverso
Vagando no universo
Em pleno desencanto
Aonde eu me quebranto
E sei quando disperso
Meu rumo em todo verso
Gerado em rude manto,
Negando algum anseio
O todo que receio
Esboça o ledo fim,
Arcando com engano
Enquanto hoje me dano,
Mortalha viva em mim.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Além do quanto sei
O rumo sem sentido
O tempo decidido
Mantendo a velha lei
E o manto que entranhei
Ou mesmo ora duvido
Do quanto não divido
E nisto eu vejo a grei,
Cerzindo a discordância
A vida numa instância
Diversa da que eu pude
Trazer no olhar sem luz,
Ausência reproduz
A farsa em atitude.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Os velhos sentimentos
Dos sonhos são tiranos
E trazem desenganos
Aonde em desalentos
Adentre os pensamentos
Os cantos noutros planos
E disto após mil anos
Ainda sinto os ventos,
Vestígios do que fora
Uma alma sonhadora
Jogada no porão
Apenas noutro engodo
O mundo diz do todo
Em medo e profusão.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Já não pudera mais
Pousar meu pensamento
Ainda quando enfrento
Os velhos vendavais
E nada nem jamais
Houvera algum alento
E sei do sofrimento
E nele tu me trais,
Resplende dentro da alma
A lua que me calma
Argêntea maravilha,
Mas quando a sorte evade
Matando a claridade
O nada em mim polvilha.

domingo, 20 de agosto de 2023

Um canto em profusão
A luta não cessara
E sei desta seara
Aonde não verão
E desta alegação
O manto se prepara
E nada se escancara
Tornando o passo vão,
Esvaio num segundo
E quando ora me inundo
Profundo delirar,
A carne apodrecida
A morte dita vida
Tocando-a devagar.

sábado, 19 de agosto de 2023

Os sonhos mais visíveis
Os tempos entre nadas
E quando tu te evadas
A sorte noutros níveis
Pudessem mais incríveis
Audazes tais jornadas
E nisto anunciadas
As mãos jamais plausíveis
O mundo palatável
O campo aonde arável
Tentara acreditar
No fruto que deveras
Esboça em primaveras
Vontade de sonhar.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Do nada quando venho
Apenas a carniça
Que a vida jamais viça
E mata a cada empenho,
O tanto em tal desenho
Marcado por cobiça
Na sorte mais mortiça
O corte trago e tenho
Espero alguma luz
E nada reproduz
Cenário onde buscara
Além da minha luta
A marca amarga e bruta
Da vida mais amara.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Nos termos da matéria
O nada se viria
E o tempo em agonia
A sorte em tal miséria,
A luta sendo séria
Bem mais do que seria
O todo em agonia
Apenas sou bactéria
E vejo este momento
Aonde ainda tento
Um novo itinerário
Nanômetros apenas
Enquanto me condenas
Mero protozoário

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

As horas mais diversas
Na cósmica loucura
A vida nos tortura
Em ânsias tão perversas
E quando aquém tu versas
Marcando esta procura
No todo em amargura
Histórias que dispersas,
Esqueço o rumo quando
Meu mundo se moldando
Apenas no vazio,
Carcaça da esperança
Meu sonho também cansa
Do ledo desafio.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

O tempo aonde infindo
Pudesse ter encanto
Diverso do que canto
Do lodo se emergindo,
O sonho ora evadindo
Deixando este recanto
Aonde o que garanto
Com sorte jamais blindo,
Ousasse em novo passo
O quanto sei escasso
O rumo em tom atroz,
De toda a podridão
Desta alma se verão
Os cantos deste algoz.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Num ato elementar
Pudesse discernir
As horas sem porvir
A vida sem lugar
Já nada a se moldar
O preço a se sentir
No quanto inda há de vir
Na noite sem luar,
Lutando pela sorte
Que quando me conforte
Gerasse a fantasia,
Depois do desalento
Aonde o mundo eu tento
O fim iludiria.

domingo, 13 de agosto de 2023

Além destas substâncias
Herdadas do passado
Aonde o nada invado
Marcando tais estâncias
As sortes, discrepâncias
Do todo onde inundado
Presumo este pecado
Em rústicas instâncias.
Esquivo companheiro
No canto derradeiro
Ousando algum sinal,
Matando dentro em pouco
O quanto me treslouco
Num ato mais banal.

sábado, 12 de agosto de 2023

A vida mais remota
Nos ermos do infinito
Apenas acredito
Na sorte em velha rota
A luta se denota
E disto necessito
Ainda quando um grito
Somente aquém se nota,
Esquivo sonhador
Gerando aonde for
O passo em turbulência
A vida não traria
Nem mesmo a poesia
Sequer a consciência.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Donde venho eu posso
Traçar o desvario
E sei que desafio
O quanto não endosso,
E sendo este destroço
Apenas já desfio
O que jamais eu crio
E nisto me remoço.
Recolho cada engano
E quando enfim me dano
Bebendo amargamente
A pútrida noção
Da vida sem razão
Enquanto o todo mente.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Ainda fosse um bardo
Cantando em lira e verso
O quanto hoje disperso
E sei não mais resguardo,
E tento enquanto aguardo
O prazo mais diverso
E nisto este universo
Expressa apenas cardo,
O pranto se transforma
Na luta em leda forma,
Formalizando o caos
O manto se desnuda
A sorte tão miúda
Momentos turvos, maus.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A sonhadora senda
Aonde pude um dia
Vencer esta agonia
E tudo ora se estenda
Enquanto se desvenda
A sorte moldaria
Em mim nova utopia
Ou mesmo a velha lenda,
Resulto deste insulto
E quando em tal tumulto
A vida se previsse,
Amor sem ter futuro
Somente eu asseguro
A torpe e vã crendice.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Vislumbro em tua fronte
O quanto mais quisera
Pousando além da espera
Aonde desaponte
O risco não confronte
Com tudo ou se pudera
Vestir a primavera
E crer noutro horizonte,
A morte se aproxima
E sei do quanto a rima
Espera redenção,
Porém no mesmo nada
A vida desolada
Sonega a direção.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Minha alma não veria
O quanto se tentara
Apenas nesta clara
Noção em agonia,
Gerando a mesma escara
O todo não traria
Sequer a alegoria
E a morte se escancara,
Preparo cada bote
Bem antes que se note
Na traiçoeira senda,
Ainda que pudesse
Viver em plena prece
O nada se desvenda.

domingo, 6 de agosto de 2023

Minha alma se perdendo
A cada novo engano
E quando me profano
Num tempo mais horrendo
Apenas vou revendo
O fado soberano
E sei que mais um ano
Aos poucos num remendo,
O preço a se pagar
O nada a desbravar
O mar de amor em mim,
Apenas não veria
Sequer a fantasia
Caminhos para o fim.

sábado, 5 de agosto de 2023

Enquanto houvesse a fonte
E nada mais pudera
Além do quanto espera
O dia que desponte,
No fundo desaponte
Matando noutra esfera
A solidão mais fera
Desfila no horizonte;
Escusas não se ouvira
E morto em tal mentira
Não resta nada além
Do quanto poderia
Em tom de alegoria
O nada que convém.

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Aonde não desdenho
Sequer o novo passo
E quando aquém eu traço
A sorte deste empenho
Mergulho enquanto eu tenho
Apenas o cansaço
E o medo sendo escasso
Deveras não detenho,
Resumos de outras eras
E nisto destemperas
Marcando com constante
Cenário sem proveito
E quando em vão me deito
A vida não garante.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Na primitiva sorte
Apenas solidão
E os dias não terão
Sequer quem nos conforte
O passo em novo norte
O tempo em previsão
As horas mostrarão
Somente o mesmo corte,
Não pude acreditar
Nas ânsias e ao lutar
Audaciosamente
Meu mundo descaído
E nada mais convido,
A vida sempre mente.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Voassem tais libélulas
Ousando noutro encanto
A vida eu não garanto
Matando velhas células
Ainda sem as pérolas
Que possam noutro canto
Gerar o tanto quanto
Trouxesse além das férulas.
Acasos entre ocasos
E sei dos meus atrasos
E casos sem remédio,
A luta me cansava
Minha alma agora escrava
O medo rege em tédio.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Embrionário sonho
Gerando um pesadelo
E quanto mais revê-lo
Num ar tanto medonho
Aonde em vão me enfronho
E nada em tal desvelo,
A vida nega o zelo
Nos medos decomponho,
Espero apenas isto
E sei que já desisto
Do todo sem valência
Perdendo esta eloqüência
Do encanto ora me disto
Em leda convivência.

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Jamais pudera, enfim, saber do todo,
A vida se parcela e nos degrada
Adentro cada nova madrugada
E sigo tão somente em tal engodo.

Mergulho meus anseios no que um dia
Tentasse ser diverso do que trago,
O mundo que conheço, amargo e vago,
Apenas noutro tom se percebia.

Um ermo tão distante, meu deserto,
Amores espalhados pelos chãos,
Inúteis, na verdade, ledos grãos,
E o tempo que me resta já deserto;

Não quero acreditar em tal loucura,
E o próprio crer na vida me tortura.

domingo, 30 de julho de 2023

Ainda quando rumes
Em noite mais sombria
Já nada poderia
Senão velhos costumes
A vida em seus ardumes
Apenas moldaria
A leda fantasia
Meus sonhos são cardumes
E perco a direção
Dos dias que verão
Somente o medo e o fim,
O rústico cenário
Num canto temerário
Matando o todo em mim.

sábado, 29 de julho de 2023

Os dias fossem teus
As sortes sendo nossas
Ainda quando roças
Os olhos neste adeus
Mergulham sobre os meus
E nisto também possas
Ousar enquanto adoças
Os passos entre os breus,
Resumos de outras eras
Aonde destemperas
Prepara nova queda
E sendo de tal forma
A luta não conforma
E ao nada se envereda.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Apenas sei de ti
E nada além do fato
Aonde eu já constato
O todo que perdi
Ainda resumi
Meu mundo em tal retrato
E nisto eu me arrebato
Marcando o quanto cri,
Espero aquém da sorte
O que inda me conforte
E geste em novo dia,
O todo onde me encargo
Do sonho mais amargo
E nada se veria.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Seguindo longe, além
Do quanto ainda resta
Apenas na funesta
Noção que nada tem,
Do canto sou refém
E busco a mera fresta
Meu sonho ora se empresta
Ao fim deste desdém,
Resumos de outros laços
Os sonhos mais devassos
E os pântanos que adentro,
O charco em fantasia
Aonde eu poderia
Além do ledo centro.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

A solidão enflora
E rege o duro outono
A luta em desabono
O manto sem demora
O corte então aflora
E gera este abandono
O medo diz do sono,
O sonho desancora,
Apraza-me sentir
O quanto se há de vir
No infausto de um momento
Depois de certo engano
Aos poucos se me dano
Um novo cais invento.

terça-feira, 25 de julho de 2023

Diversas solidões
Em prazos diferentes
E quanto mais urgentes
Os dias tu me expões
As tantas soluções
E mais do que inda tentes
Os olhos pertinentes
Fartas exposições
Não pude e não teria
Sequer a fantasia
De ser além do nada,
A vida em avidez
Aos poucos já desfez
Em mim cada alvorada.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Quisera uma saída
Aonde nada veio
Somente este receio
A sorte desvalida
O quanto não decida
Encanto mais alheio
Bebendo em ledo veio
A morte entorpecida,
Ocasos entre enganos
Os dias soberanos
Os ermos caminhares
E quando mal percebes
Vislumbras nestas sebes
O todo que entornares.

domingo, 23 de julho de 2023

A lua fosse minha
O verso nosso cais
E nestes vendavais
O pouco nos detinha,
E sei desta mesquinha
Vontade enquanto vais
Traçando em desiguais
Cenários; quanto eu tinha.
Mergulho neste encanto
E busco e não garanto
Sequer a menor chance
Do vago em rumo atroz
Negando aquém a voz
Sem nada que me alcance.

sábado, 22 de julho de 2023

Ainda pude em risos
Acreditar no nada
E a noite enluarada
Dissera em prejuízos
Os rumos imprecisos
A sorte deflagrada
A vida ora se evada
E gera aquém os sisos,
Espero alguma vida
Aonde não duvida
Nem mesmo acida a dita
O corte se aprofunda
A cena nauseabunda
Invalidando grita.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

O sonho em solidão
A vida não demora
Posterga a sensação
Do quanto me apavora
E nesta dimensão
A sorte sem ter hora
Resume os que virão
Num ato onde devora,
O prazo determina
O fim desta que fora
Além da leda mina
Deveras tentadora
O quanto me fascina
Senda libertadora.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Ciência sem um quê
De fantasia e sonho
Traçando um ar medonho
Aonde o fim se vê
Gerando o quanto crê
E nisto ora componho
O mundo mais bisonho
Procuro; mas, cadê?
A sorte em teoria
Decerto não traria
Real felicidade,
E o tempo se desnuda
Aonde sem ajuda
O caos tanto degrade.

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Diversidade dita
A maravilha em vida,
No quanto se duvida
E mesmo necessita
A noite se infinita
Na luta em vão urdida
A sorte ora contida
E nisto se acredita,
Espera após o canto
O rumo aonde encanto
O passo mais audaz,
Assim a cada instante
A vida me agigante
Ou nada enfim me traz.

terça-feira, 18 de julho de 2023

O amor que se renega
A luz em abandono,
O todo desabono
Na sorte alheia e cega,
O prazo desta entrega
E nela sempre outono
Matando em ledo sono
O mar não se navega,
Ausência de esperança
A luta não avança
E dita a solidão,
Do quanto poderia
E nada em agonia
Da morte é tradução.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

O parecer e o ser
Diverso do que existe
No todo sempre em riste
Permite o conceber
Aonde algum prazer
No quanto ora persiste
Marcando o que se insiste
E gera o bem querer,
Não tento na verdade
A vida onde me invade
O mar em alegria,
Apenas neste sonho
O quanto em paz componho
E o nada que viria.

domingo, 16 de julho de 2023

Retrato caricato
Da turva realidade
Enquanto se degrade
Ao mesmo tempo eu ato
E vejo o meu retrato
Aonde a claridade
Pudesse na verdade
Traçar um rumo ingrato,
Esqueço o desafeto
E quando me completo
Nos ermos de meu sonho,
Errático cometa
A vida não prometa
O quanto ora proponho.
Retrato caricato
Da turva realidade
Enquanto se degrade
Ao mesmo tempo eu ato
E vejo o meu retrato
Aonde a claridade
Pudesse na verdade
Traçar um rumo ingrato,
Esqueço o desafeto
E quando me completo
Nos ermos de meu sonho,
Errático cometa
A vida não prometa
O quanto ora proponho.

sábado, 15 de julho de 2023

Perdoe se te firo
E sei que agindo assim
Pudesse dentro em mim,
Apenas dar um tiro,
E o quanto em paz prefiro
Gerando após o fim,
Momento de onde vim,
E nada além retiro,
Expresso em virulência
O quanto diz ciência
De um tempo mais atroz,
Embora esteja aberto
O rumo onde deserto
Transgride em turva voz.

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Quem cala não diz nada,
Mas pensa de tal forma
Que mesmo não informa
A sorte desenhada
E quando o sonho brada
Supera qualquer norma
E o todo que se forma
Traduz nova alvorada,
Silenciosamente
A vida nos contente
Ou mesmo desagrade,
Nos ermos do vazio,
O tempo eu desafio
Além da realidade.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Se as dores compartilho
Prazeres não consigo,
Ainda sendo amigo
Diverso é cada trilho,
E além de qualquer brilho
Deveras eu persigo
Ousando no perigo
O todo em empecilho,
Escassa noite clara
E quando se declara
Expressa novo rumo,
E quantas vezes; tento
Vencer o alheamento
E nisto em vão resumo.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Enquanto sou mutante
A cada instante vivo
E nisto não me privo
Do quanto se garante
A vida noutro instante
Audaz onde me crivo
E traço o passo altivo
Além do que se espante,
Vencendo os meus enganos
Rompendo velhos planos
O rumo se transmuda,
A sorte dita o porto
E não estando morto
O novo sempre ajuda.

terça-feira, 11 de julho de 2023

O quanto se aprendesse
A cada nova queda
Aonde se envereda
A vida noutra messe
Aos poucos isto tece
E gera além, não veda
E nisto ora se enreda
O todo que acontece,
Gerando a consistência
Da farta experiência
E o tanto quanto possa
Além de mero ocaso
A sorte quando aprazo
Supera qualquer fossa.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

O que não fosse espelho
Diverso do que sou
Ainda me mostrou
Em vão qualquer conselho,
E quando me ajoelho
Buscando o que restou,
Caminho se entranhou
E o sonho; em vão, destelho,
Esquivos dias vejo
E sei deste desejo
Embora não consiga
Trazer dentro do peito
O quanto agora aceito
Ou mesmo em vão prossiga.

domingo, 9 de julho de 2023

Errar ensina tanto
Enquanto diz futuro
Diverso deste escuro
Aonde o vão garanto,
E quando fosse quanto
O manto onde procuro
Vencer o solo duro
E nisto não quebranto,
Vestindo a luz diversa
Meu sonho segue e versa
Além da mera foz
Pudesse de tal forma
Gerar o que reforma
O todo dentro em nós.

sábado, 8 de julho de 2023

Ainda se apresenta
A vida em tal faceta
E nada me arremeta
Na sorte virulenta,
Luta nunca apascenta
E noutro vão cometa
O passo se prometa
Em noite turbulenta
Ausente do passado
O corte desenhado
Presume o meu futuro,
Os erros são diversos,
E rondo os universos
Sem ter porto seguro.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Pudesse desenhar
Um ser tão diferente
Deste que se apresente
Num passo a divagar,
O todo a se moldar
Não deixa que se tente
Vencer o canto urgente
Sem prumo e sem lugar,
A luta não se acaba
Do palacete à taba
Do duro ao sempre terno,
Fastios ditam regras
E quando desintegras
Adentras tal inferno.
Pudesse desenhar
Um ser tão diferente
Deste que se apresente
Num passo a divagar,
O todo a se moldar
Não deixa que se tente
Vencer o canto urgente
Sem prumo e sem lugar,
A luta não se acaba
Do palacete à taba
Do duro ao sempre terno,
Fastios ditam regras
E quando desintegras
Adentras tal inferno.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Razão que tanta vez
Impede algum futuro
No tempo mais escuro
O todo se desfez,
Imensa estupidez
Num porto não seguro
Vagando salto o muro
E o canto já não vês,
Apenas posso ser
O quanto recolher
Dos ermos do caminho,
Apresentando a sorte
Que nada mais comporte
Além do ser mesquinho.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

O quanto não veria
Não nega a persistência
Da vida em tal ciência
Ou trama outra agonia,
Vestindo a fantasia
A sorte em providência
Do todo em evidência
No caos transformaria,
Espúrias cenas vejo
Envolto no desejo
Que possa me trazer
Após a tempestade
O quanto desagrade
Brumoso amanhecer.
O quanto não veria
Não nega a persistência
Da vida em tal ciência
Ou trama outra agonia,
Vestindo a fantasia
A sorte em providência
Do todo em evidência
No caos transformaria,
Espúrias cenas vejo
Envolto no desejo
Que possa me trazer
Após a tempestade
O quanto desagrade
Brumoso amanhecer.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Ousar noutro momento
Após o inicial
Trazendo triunfal
Caminho onde me alento,
E sei do quanto tento
Vagando sem final
Resumo desigual
Sonega o alheamento,
O passo rumo ao cume
Ainda que se aprume
Não deixa se perder,
Neste horizonte a lua
Expressa a noite nua
E dita ao bel prazer.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

O quanto se recorda
Da dor, do sofrimento
E nada mais eu tento
Além do que me acorda,
Rompendo a velha corda
Apenas num momento
Invade o pensamento
E gera além da borda,
Ocasos dentro em mim
Ditame dita o fim
Do nada sem sentido,
E quando a dor se vê
A vida sem por que
Deveras dilapido.
O quanto se recorda
Da dor, do sofrimento
E nada mais eu tento
Além do que me acorda,
Rompendo a velha corda
Apenas num momento
Invade o pensamento
E gera além da borda,
Ocasos dentro em mim
Ditame dita o fim
Do nada sem sentido,
E quando a dor se vê
A vida sem por que
Deveras dilapido.

domingo, 2 de julho de 2023

Os atos refletindo
Uma alma a cada instante
Se vendo degradante
Ou mesmo quase infindo,
Ainda fosse lindo
O nada se garante
Expressa doravante
O quanto ora deslindo,
Resumos dos meus cantos
E nestes meus quebrantos
Os erros entre enganos
Os prazos se expressando
Aonde e desde quando
Verdades dizem danos.

sábado, 1 de julho de 2023

Destarte mergulhara
Nas ânsias contumazes
A sorte quando trazes
Moldando outra seara
E nisto se escancara
Na vida em suas fases
Aonde o quanto fazes
No topo se prepara,
A luta não descansa
E gera outra esperança
Mudança em rota e rumo,
E sei do quanto tente
Viver o pertinente
Momento onde me aprumo.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Aprender na verdade
Traduz a persistência
E tanto na ciência
A vida não degrade
O rumo em penitência
Aos poucos claridade
Traçando em liberdade
Gerando a consciência,
Enquanto quando apressa
A vida é ré confessa
Da espúria estupidez
Destarte nada tendo
Apenas um remendo
Do que tu já não vês.
Aprender na verdade
Traduz a persistência
E tanto na ciência
A vida não degrade
O rumo em penitência
Aos poucos claridade
Traçando em liberdade
Gerando a consciência,
Enquanto quando apressa
A vida é ré confessa
Da espúria estupidez
Destarte nada tendo
Apenas um remendo
Do que tu já não vês.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Apenas a verdade
Liberta o coração
E nesta dimensão
Encaro a realidade,
Ainda quando invade
Os tempos que virão
Marcando a decisão
E mesmo desagrade,
A noite se aproxima
Regendo em novo clima
O quanto ora desfio,
E sei desta censura
E nela vejo a cura
Bem mais que no elogio.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Poupar de uma esperança
Inútil, sem caminho
Não sendo tão daninho
O rumo onde se lança
A vida em tal mudança
Gerando novo espinho
E sendo mais sozinho,
O fim dita a lembrança,
Não quero e não espero
E sendo mais sincero
A fera pouco importa
Abrindo o velho peito
O nada agora aceito
E fecho a leda porta.

terça-feira, 27 de junho de 2023

Negar cada vontade
De quem nos ama tanto
Pudera em ledo espanto
Matar a claridade,
O sonho já se evade
E nada mais garanto
Além do como e quanto
Tentasse a liberdade
E ao ver em cada irmão
A nobre sensação
Do amor em tal milagre.
A vida se traçando
Bem mais do que este brando
Momento ora consagre.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Errar ensina tanto
No quanto se permite
Apenas o limite
No passo onde garanto
O rumo em raro encanto
E assim se delimite
Além e se acredite
No tempo eu me agiganto,
Percebo nova luz
E o todo me conduz
Ao quanto desejasse
Vencendo de tal forma
A luta que deforma
E gera algum impasse.

domingo, 25 de junho de 2023

Gerando a imensa luta
Na força que não cessa
Além desta promessa
A sorte não reluta
E a paz tanto desfruta
Do quanto recomeça
E segue sem ter pressa
Vencendo e sendo astuta,
Não deixe para após
O quanto viva em nós
Na voz do sentimento,
Assim em novo rumo,
Aos poucos me acostumo
Enquanto a meta alento.

sábado, 24 de junho de 2023

Olhando para trás
Não vemos o futuro
E quando além procuro
O nada já me traz
Passado mais mordaz
E nisto eu me torturo
No canto aquém do muro
O mundo se desfaz,
Enquanto o novo dia
Decerto não veria
Não tendo outra esperança
Meu passo desvalido
Aonde não lapido
E o sonho não se alcança.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

O quanto se renova
O passo noutro fato
E o nada mais resgato
E tento em nova prova
A lua sendo nova
Do sonho este retrato
E nisto ora constato
A vida que comprova,
Após o descaminho
Aonde me avizinho
Do etéreo em tom audaz,
Melhor do que vestir
O mesmo vão porvir
Que aos poucos se desfaz.

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Presumo num anseio
O quanto pude ou possa
Vivendo além da nossa
História em devaneio,
O canto onde permeio
A luta que se endossa
Teimando enquanto roça
O tanto em tom alheio,
Celeiro da esperança
A vida nos amansa
E gera enfim a paz,
Destarte ao conhecer
O raro amanhecer
Um mundo em nós se faz.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Aonde poderia
Haver sempre o bom senso
No quanto mais intenso
O sonho em agonia
Deveras não traria
Sequer o que ora penso
E aos poucos em convenço
Da mera fantasia,
A sorte em tal discórdia
Ousando na mixórdia
Acalentando o fim,
Depois de tanto ocaso
O passo eu sempre atraso
Mudando o que há em mim.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Extremos são perversos
E ditam destempero
Aonde em raro esmero
Os dias matam versos
E sinto os mais dispersos
Caminhos, desespero
Ousando outro tempero
Adentro os universos
Que se tocam deveras
Em sensações mais feras
Marcando o fim do sonho,
E quanto mais for rude
A vida desilude
Num ato atroz, medonho.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

O quanto me maltrato
Não traz sequer um traço
Do todo onde desfaço
O passo mais ingrato
E assim neste retrato
O mundo mais escasso
Presume sem espaço
O nada onde constato
Mergulhos no vazio
E sei quanto é sombrio
O todo que se dita,
Na tétrica aventura
A vida se amargura
E molda-se maldita.

domingo, 18 de junho de 2023

O quanto se percebe
No passo mais sutil
Deveras já não viu
Beleza em rara sebe,
A vida onde se embebe
Do canto mais gentil,
Aonde repartiu
O todo se concebe,
A sorte dita o mérito
E o coração emérito
Expressa a liberdade,
Bem mais do que a beleza
Que exposta sobre a mesa
Aos poucos já se evade.

sábado, 17 de junho de 2023

A esperança brota eternamente no peito do homem. Ele nunca é, mas espera sempre ser feliz.
Alexander Pope

Pudesse ser feliz
E crer noutro cenário
Ainda imaginário
E nisto sempre quis
Traçando por um triz
O mesmo itinerário
Num conto do vigário
A nova cicatriz,
Mas quanto mais se espera
A vida sendo fera
No fim nos apascenta,
Em vão cada momento
Dizendo em pensamento
Da vida em vã tormenta.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Quem confessa os seus erros é mais sábio hoje do que ontem.
Alexander Pope

A sorte num desenho
Diverso de quem tenta
Saber desta tormenta
E nisto se me empenho
No fundo não desdenho
A noite até sedenta
E marco a turbulenta
Vontade enquanto venho,
Escassos dias tendo
Além do quanto horrendo
O mundo se trouxesse,
Ainda em construção
Ausente perfeição
Permite uma benesse.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Uma mente nobre tem vergonha de não se arrepender.
Alexander Pope

O quanto se permite
Neste arrependimento
A vida num momento
Supera algum limite
E o todo necessite
Enquanto me atormento
Vestindo o sofrimento
Ou nada se acredite,
Esquivas noites; vejo
E sei do meu desejo,
Também de cada engano,
Reconhecer seu erro
Supera algum desterro
Conserta qualquer dano.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Um pouco de cultura é uma coisa perigosa.
Alexander Pope

O quanto nos traísse
A vida em mera fonte
Enquanto desaponte
Gerando outra mesmice,
E nisto esta crendice
Pudera ser a ponte
Matando este horizonte
Aonde nada visse,
Esqueço cada passo
E sei do quanto traço
Vestindo a negação,
Depois de cada engodo
O tempo traz o lodo
E mata os que virão.

terça-feira, 13 de junho de 2023

O divertimento é a felicidade daqueles que não sabem pensar.
Alexander Pope

Hedônico caminho
Renega o pensamento
E traz no alheamento
O bem sempre mesquinho,
E quando me avizinho
Do fim e não lamento
Presumo outro momento
Envolto em mero espinho,
Fortuna desigual
Num ato mais banal
Gerasse uma esperança
Sem ter qualquer futuro
O passo do inseguro
Depressa já se cansa.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Não é um lábio ou um olho o que chamamos de beleza, / Mas a força global e o resultado final de todas as partes.
Alexander Pope

O belo se traduz
No quanto pôde a vida
Traçar de uma ferida
A imensa e rara luz,
Ao quanto nos conduz
E nisto não duvida
A dita proferida
No templo onde reluz,
Vencer a correnteza
Gerando esta beleza
De um dia mais suave,
Assim nada se cala
Jamais sendo vassala
Uma alma não se entrave.

domingo, 11 de junho de 2023

Quem pensa ver algo sem falhas / pensa naquilo que nunca existiu, que não existe, e que nunca existirá.
Alexander Pope

Enganos fazem parte
Da eterna aprendizagem
E nesta vã miragem
O todo se reparte
E o canto não comparte
Além mesma viagem,
A sorte é vaga pajem
E nega qualquer arte,
A leda sensação
Dos dias que virão
Traduz o quanto havia
E anda mais se vendo
Após o vão remendo
O resto? Uma utopia.

sábado, 10 de junho de 2023

Suprimir a distância é aumentar a duração do tempo. A partir de agora, não viveremos mais; viveremos apenas mais depressa.
Alexandre Dumas

O tempo não se mede
Apenas em momento
E nisto quando tento
E nada mais impede,
O todo se procede
E gesta em sentimento
Além do sofrimento
O quanto se concede,
Bebendo deste encanto
O sonho onde garanto
Expressa novo passo,
E sinto claramente
A vida onde se sente
O canto enquanto o traço.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

O mais feliz dos felizes é aquele que faz os outros felizes.
Alexandre Dumas

Felicidade é ter
O quanto dividir
E nisto permitir
Além algum prazer
E tanto em bem querer
O mundo diz porvir
E molda o persistir
Aonde o possa ver,
Escolho cada passo
E nisto agora eu traço
A paz em tal constância
E desta forma vejo
O mundo noutro ensejo
Traçando a clara estância.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Nos negócios não existem amigos, apenas clientes.
Alexandre Dumas

O quanto poderia
Haver em amizade
Não traça aonde brade
O todo em noite fria,
A sorte em agonia
O passo desagrade
Quem bebe a claridade
E mata a fantasia,
Ainda que se ausente
Do tanto onde o poente
Trouxesse nova lua,
Mas quando se aproxima
A vida noutra estima,
Apenas leda atua.

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Os maridos das mulheres que nós admiramos parecem-nos sempre estúpidos.
Alexandre Dumas

As uvas que eu pudera
Ainda desejar
No quanto amadurar
Trouxesse a primavera,
Depois de tanta espera
Já nada mais notar
Senão somente olhar
A vida destempera,
Gerando após o nada
Versão já desolada
Embora mentirosa,
Espinho me impedira
De ter o quanto atira
A sorte em bela rosa.

terça-feira, 6 de junho de 2023

Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão.
Alexandre Dumas

Negar esta ventura
A quem se dera tanto
Pudesse em desencanto
Gerar farta amargura,
E nada se procura
Nem mesmo o que garanto
E nisto quando espanto
A sorte me tortura,
Esqueço o que fizeste
E sendo aquém e agreste
Apenas poderia
Na ingrata face turva
A história então se curva
E mata a fantasia.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Não poderá a velhice chegar tão depressa que não tenhamos de fazer meio caminho para ir ao seu encontro ? De resto, o que é que nos faz velhos ? Não é a idade, são as doenças.
Alexandre Dumas

O quanto da tolice
Presume o nosso fim,
E o tempo diz enfim
Do quando não se visse,
Ainda que eu cobice
Cenário sempre assim
Matando o quanto em mim
Ainda se desdisse,
Espero após o lodo
A vida noutro todo
Em renascer suave,
Mas quanto mais avança
A sorte em tal mudança
Deveras mais se agrave.

domingo, 4 de junho de 2023

O fardo do casamento é tão pesado que precisa de dois para carregá-lo - às vezes, três.
Alexandre Dumas

O quanto se divide
O peso do contrato
Aonde o que resgato
Deveras não se olvide,
E trago e não duvide
Do sonho aonde ingrato
Traduz este retrato
E nele tanto agride,
O prazo determina
O fim da cristalina
Noção adormecida
Nos ermos de um medonho
Caminho onde proponho
A morte em plena vida.

sábado, 3 de junho de 2023

Tão logo a falsidade seja desmascarada, a violência nua terá que aparecer em toda sua hediondez - e a violência, derrotada, desaparecerá.
Alexander Solzhenitsyn

A hipocrisia rege
O espúrio passo além
Do quanto ainda tem
Um tempo mais herege,
E o quanto desprotege
Quem segue sempre aquém
Do todo em tal desdém
E apenas tanto inveje,
A falsa sensação
Denota os que verão
Após a tempestade
E o caos se aproximando
Ditando em ar nefando
O quanto nos degrade.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Justiça é consciência, não uma consciência pessoal mas a consciência de toda a humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias consciências normalmente reconhecem também a voz da justiça.
Alexander Solzhenitsyn

O quanto fosse justo
Em consciente passo
No todo em raro espaço
O prazo; agora ajusto
E sei do torpe custo
Do mundo onde desfaço
Apenas no cansaço
Aonde o quis robusto,
Não vejo após a liça
A luta em tal justiça
Marcada em desigual
Caminho onde a potência
Traçando esta ingerência
Num passo mais venal.

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Hoje em dia não pensamos muito no amor de um homem por um animal; rimos de pessoas que são apegadas a gatos. Mas se pararmos de amar aos animais, não estaremos na iminência de pararmos de amar os humanos, também?
Alexander Solzhenitsyn

Quem nega o pleno amor
Jamais conhecerá
Da vida tal maná
Ou mesmo o redentor
Caminho em tal valor
Que sempre bordará
O sonho e desde já
Presume encantador
Cenário onde comporte
A sorte em tal aporte
Gerando a eternidade,
E quando no vazio
O tempo ora desfio
Apenas me degrade.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

A alma se entregado sem defesas
Não pude controlar meu sentimento
E quando algum instante novo tento
Dos templos do passado somos presas,
E vejo o renascer em incertezas
Gerando o mais complexo pensamento
E disto se moldando alheamento
Tentando preservar as gentilezas,
Surpresas desta vida sem descanso
E quanto mais o tempo em paz alcanço
Esplendorosa sorte se imagina,
No parto renegado, a morte em nós
O rio se perdendo em nova foz,
A vida não seria cristalina...

terça-feira, 30 de maio de 2023

A barca dos meus sonhos naufragara
Marcando com terríveis ironias
O quanto na verdade não trarias
Nem mesmo sendo a vida agora cara,
A luta enquanto ao nada se prepara
A sorte dita em nós tais heresias
E vago pelas noites duras, frias
A morte se espalhando me escancara,
Acordos sem limites, prazo infindo
O quanto poderia e não deslindo
Domina o sentimento de quem tenta
Vencer o quanto resta dentro em si,
No fim de cada passo eu percebi
A dita tantas vezes mais sangrenta.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

A cor dos olhos belos da morena
A luz irradiada pelo encanto
Aonde com fineza o bem garanto
E a sorte desejada em paz acena,
O manto com beleza não condena
E nisto se espalhando além o canto
O rumo se moldara e sem espanto
A luta se mostrando mais serena.
Amar é conceber um novo mundo
E neste desenhar eu me aprofundo
Marcando com ternura o quanto possa,
Ousando perceber tanta meiguice
E nada do que busque contradisse
A sensação da vida inteira e nossa.

domingo, 28 de maio de 2023

A esperança domina cada passo
Enquanto poderia acreditar
Nas ânsias mais supremas de um luar
Rondando sem destino pelo espaço
O tempo se aproxima e assim eu traço
O quanto pude outrora imaginar
Gestando a sorte intensa a desnudar
O rumo aonde o tempo fora escasso,
Esqueço qualquer luz e nada vejo
Somente o meu caminho e sendo andejo
Um andarilho sonho dita o rumo,
No canto da esperança sem proveito
No errático cenário eu me deleito
Enquanto os erros todos sempre assumo.

sábado, 27 de maio de 2023

A dor de ser tão só e não saber
Sequer algum momento de alegria
E nisto se perdendo a fantasia
A sorte desditosa sem prazer
O quanto poderia conhecer
Do mundo em raros tons, bela harmonia
A luta na verdade não se adia
E gera após o nada algum querer,
Seguindo passo a passo rumo ao todo
A vida não permite algum engodo
E o canto se presume sem sentido
Ainda quando eu possa imaginar
A sorte noutro enredo a me tocar
O todo se apresenta e em vão me agrido.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

A porta se trancando não permite
Que eu siga meu caminho em plena paz
O quanto do meu sonho fica atrás
A vida não se traça em tal limite,
Ainda que deveras acredite
No quanto poderia e já se faz
O dia se desenha mais mordaz
E nisto uma esperança ora palpite
Vasculho cada engano de um momento
Aonde mergulhara e sei que tento
Vencer os meus enganos; sendo assim,
O canto se adensando não se cala
Minha alma da alegria uma vassala
Prepara o meu caminho para o fim.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

A queda anunciada há tantos anos
Os erros mais comuns de quem procura
Vencer com mansidão qualquer loucura
E sabe dos terríveis desenganos
Os dias que pudera soberanos
A luta em noite amarga e sempre escura,
A sorte tantas vezes nos tortura
E muda sem sentir os velhos planos,
Etérea fantasia diz do quanto
Amar já não traria o raro encanto
Enquanto desfilasse novo rumo,
E o passo sem destino e sem razão
Expressa os dias turvos que virão,
E nisto com certeza em vão me esfumo.

terça-feira, 23 de maio de 2023

A onda que se transforma na procela
E adentra a minha praia, invade tudo
E quando no final me desiludo
Apenas o vazio se revela
Aprisionado sonho em dura cela
O todo se desenha atroz e mudo,
O canto se mostrasse tão miúdo
E o tanto quanto quero não se atrela
Espero alguma luz que não viria
E nisto se mostrando a noite fria
Aprendo com meus erros e somente
O quanto quis e nada mais pudera
Expressa a solidão, leda quimera
E o coração do nada se alimente.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

A nata da esperança dita o rumo
De quem se fez além de mero sonho
E quando na verdade até proponho
O mundo aonde em paz tento e resumo,
Ainda que pudesse noutro prumo
O canto mesmo até sendo medonho
Expressa cada rito onde componho
O todo sem sentir o raro insumo,
Espero qualquer luz que não viria
E sei da mais temível fantasia
Ao adentrar o cais sem mais defesas,
As dores se aproximam e vagando
No tempo mais atroz, ora nefando
As horas não seriam mais ilesas.

domingo, 21 de maio de 2023

A marca da pantera em presas, garras
A sorte se desenha após o cais
E nada mais impede os tão venais
Momentos onde tanto já desgarras
E sei dos meus ardores quando escarras
E geras outros tempos desiguais
Os olhos procurando sem jamais
Sentir o quanto queres e me amarras.
Ousasse acreditar noutro segundo
E quando nos teus braços me aprofundo
Resumos de outros dias neste encanto
Aonde o meu momento se aproxima
E sinto com certeza a rara estima
Enquanto no final nada garanto.

sábado, 20 de maio de 2023

A luta não cessara um só momento
E sei do quanto possa e mesmo até
Ousando noutra face sem a fé
O corte se desenha em vão provento
E quando do passado me alimento
Tentando caminhar ainda a pé
O sol adentra o templo e por quem é
Ao menos outro tempo ainda invento,
Esqueço do abandono feito em luta
E a força se desenha sempre bruta
Escuto a tua voz e nada vejo,
Apenas o receio de outra sorte
E nisto nem o sonho me conforte,
Matando em nascedouro algum desejo.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Do nordestino sonho, o litoral,
Mulata desfilando nesta Ilhéus,
O tempo se desenha magistral.
Mil sóis rebrilham, tomam belos céus.

Enquanto o coração deste mineiro
Trazendo a sutileza em luas mães
Procuras tantas rosas, Guimarães,
Usando da esperança qual tinteiro.

O sonho num momento iluminado,
Traçando do guerreiro santo o brilho,
E quando cada rastro agora eu trilho,
Concebo um mundo raro, claro, Amado.

E nestes dois momentos, o amor diz,
Da rara concepção dos meus Brasis.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Oh moça como é bom poder falar
Das coisas do sertão, da minha terra,
Aonde o coração em paz se encerra
Vertendo como fosse imenso mar.
No tanto que pudera navegar
Vencendo a solidão, temível guerra,
A própria fantasia além da serra
Tocada pelos raios do luar.
Nas ênfases sem par, esta alegria,
Permite o quanto esta alma buscaria
Em sonhos tão sublimes, sertanejos,
Assim adentro em paz tal paraíso
E sigo cada passo onde matizo
Na noite tão perfeita, meus desejos...

quarta-feira, 17 de maio de 2023

A idônea fantasia de quem ama,
Gerando após o todo novo mundo
E nisto quando mesmo me aprofundo
Tentando reviver a imensa chama
A sorte desenhando o quanto clama
E neste delirar do amor me inundo
Vibrando a cada passo num segundo
Exposto ao que pudesse sem tal drama,
esqueço dos meus erros e prossigo
Vivendo cada tempo ora contigo
Audaciosamente libertário,
Meu canto no teu canto se entranhando
A vida se desnuda desde quando
A dita muda o velho itinerário.

terça-feira, 16 de maio de 2023

A hora mais feliz entre diversas
Expressa o quanto quero e me aproximas
Das sendas mais sublimes, e redimas
Enquanto para além do todo versas,
O quanto poderiam ser dispersas
As sortes noutros ermos, velhos climas,
Do todo desenhando tais estimas
As noites muitas vezes são perversas.
Ouvir o mar que trazes no teu peito
Sentir este momento enquanto aceito
O todo desenhado em tom suave,
Sem nada que pudesse transformar
A vida se mostrando devagar
Liberto coração qual fosse uma ave.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Adoro esse teu corpo cheio de mistério,
Desnudo sob a lua nesse terno rito
Contendo na garganta o rouco e morno grito
Que brota das entranhas desse teu império.

Esse teu corpo no meu corpo assim inscrito,
Quais rutilantes astros lá no véu sidério,
Nas noites sem luar, no manto seu cinéreo,
Sentindo no prazer a força do infinito.

Adoro esse teu corpo, suas mil veredas,
Caminhos que me levam aos íntimos espaços
Das mornas águas tuas borbulhando em mim

Sentir dentro em mim as tuas labaredas,
E de prazer morrer-me nesses teus enlaços,
Entregue ao teu fulgor, ao teu amor, enfim.

Edir Pina de Barros

Viceja dentro em nós a primavera
Gerando em flórea senda este porvir
Que possa dentro da alma em paz florir,
Traçando a liberdade onde se espera.

Sentindo o teu perfume sem igual,
Adentro fantasias, teu fulgor,
E sei do quanto possa e sem me opor
Ao teu desejo mago e sensual.

Não pude e nem tivera outro caminho
Senão seguir teus rastros, bela lua,
Minha esperança além quer e cultua
Enquanto em belos seios eu me aninho,

E bebo deste néctar que em teus lábios
Guiando os meus delírios, astrolábios...

domingo, 14 de maio de 2023

A juventude exposta em carne viva,
Meu tempo se perdera sem razão
E os dias que inda restam me trarão
Esta alma tantas vezes mais cativa,
E quando uma emoção meu peito criva
Ousando noutros dias que virão
Marcando em consonante sensação
A luta mais audaz que sobreviva.
Esqueço dos meus erros e somente
O tanto quanto possa se apresente
Matando a minha luz e nada veio,
Somente o meu caminho se promete
E a vida no final já me arremete
Ao quanto pude ver em vão anseio.

sábado, 13 de maio de 2023

A imagem que inda trago viva em mim
Falando de um momento mais tranquilo
Enquanto a sensação de amor desfilo
O tempo traduzindo o quanto eu vim,
Vagando neste espaço já sem fim,
A sorte que transcendo e assim destilo
Mergulha no passado e sem vacilo
Expressa o que melhor conheço enfim,
Escondo estas vertentes do que fora
A luta tantas vezes sonhadora
Marcada pelo engano e nada além,
O tolo caminhar em noite fria
Aos poucos a promessa se perdia
E nada no lugar ainda vem.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Aurora da esperança o sonho em nós
Traduz o quanto pude ou mesmo quis,
E tendo este momento mais feliz,
A sorte desenhando nova foz,
Amar e ser deveras mais feroz
Seguindo cada rastro por um triz,
Expresso a solidão e nada fiz
Senão cada segundo, mesmo após.
O prazo determina o fim de tudo,
E quando no final me desiludo
Encontro a mesma face solitária
De quem se tenta além do mais provável
Caminho quando muito impenetrável
Minha alma, simplesmente leda pária.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Autômatos somente e nada mais
Assim já nos sentimos quando a vida
Expressa a mesma face presumida
Navega entre tantos vendavais,
Pudesse acreditar e se jamais
O tempo dita a sorte construída
Na cândida loucura permitida
Ousando na esperança como um cais.
Espero o desenhar de um novo tempo
Vencendo o mais diverso contratempo
Arcando com enganos costumeiros,
E tanto poderia ser feliz,
Mas quando a vida tanto me desdiz,
Esqueço no passado os meus luzeiros.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Aumento esta freqüência de emoções
E nelas entranhando o meu caminho
E quantas vezes tento ou adivinho
Os dias onde tanto tu me expões,
As sortes em diversas dimensões
O corte mais atroz, mesmo mesquinho
Bebendo em tua boca o doce vinho
Em festas sem igual, em explosões
Restauro cada passo aonde um dia
Pudesse e com certeza mudaria
O rumo de uma vida sem proveito,
Neste horizonte aberto nada vindo
O quanto poderia ser infindo
Expressa a solidão quando me deito.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Aumente o som enquanto a vida passa
E tente perceber outro sentido
Enquanto na verdade dilapido
O todo numa espécie de fumaça
A luta a cada instante mais embaça
O rumo aonde tanto presumido
Cenário se transforma e quando olvido
Adentro sem sentido algum tal praça,
A lua se escondendo em densa bruma
Minha alma sem proveito se acostuma
Aos erros de quem tenta ser feliz,
O tanto quanto um dia pude ver
Agora ao perceber já se perder
Deixando no passado amor que eu quis.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Autista pensamento toma tudo
E bebo a solidão de minha ermida
Trazendo mais aberta esta ferida
E neste caminhar me desiludo,
O rumo que pudesse e não ajudo
A sorte mesmo estando distraída
Do quanto poderia e já duvida
No fundo todo engano agora eu mudo,
Expresso solitário caminhar
E tento noutro tempo mergulhar
Ousando aonde a vida não traria
Sequer qualquer momento em paz e luz,
Aonde meu caminho reproduz
Apenas a vontade amarga e fria.

domingo, 7 de maio de 2023

Autenticar os erros de um passado
Atravessando os ermos de um vazio
Cenário aonde o canto eu desafio
E trago a solidão porquanto evado,
E o tempo noutro tanto desenhado
Gerando tão somente o ledo estio,
Ainda quando possa em desvario
Vencer o dia sempre desolado,
Apresentando além desta desculpa
A sorte que em verdade não esculpa
Sequer o quanto pôde ou mais queria,
No ocaso desta vida, anoitecer
Tomado pelo enorme desprazer
Traçando tão somente esta agonia.

sábado, 6 de maio de 2023

Autêntico cenário aonde um dia
O sonho poderia ser tranquilo
E quando nos teus braços me perfilo
O tempo na verdade não se adia,
Ainda quando quero em fantasia
O tanto sem destino ora desfilo
E bebo da ilusão em raro estilo
Tentando pelo menos a alegria,
Ousando e com certeza, magoado
O tanto quanto a quero e sei e brado
Ouvindo deste mar a imensidão,
Gerasse dentro da alma simplesmente
O canto que em verdade a vida tente
Traçar como se fosse meu timão.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Aurífera expressão de amor e glória
Perdida no passado mais diverso
E quando para além eu desconverso
A sorte se desenha merencória,
Não trago mais sequer nesta memória
O todo desenhado em luz e verso
Perdido nos anseios do universo
A vida se moldando, velha escória,
Espero qualquer sonho que não veio,
E nisto tão somente ora receio
O prazo determina o fim de tudo,
E quantas vezes tive em minhas mãos
Momentos mais felizes, hoje vãos
Porquanto a cada dia mais me iludo.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Áureas as sensações que pude crer
E nelas meu tesouro adormecido,
Aos poucos quando o sonho em mim lapido
Traduzo o quanto resta em bem querer,
O passo se traduz noutro prazer
E vejo o teu olhar enternecido,
E o canto que pudesse ser ouvido
Ainda noutro tom a me envolver,
Vasculho cada ponto desta casa
E o tempo a cada instante se defasa
Ousando no vazio após o todo,
Dos sonhos que inda trago, nada resta
Senão a mesma imagem mais funesta
Gerada pelo medo e pelo engodo.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Autuas com teus ermos meu caminho
E tentas novamente me guiar
Aonde poderia algum luar
Eu vejo o meu cenário mais sozinho,
E sei quando pudera e assim me aninho
Nos cantos onde pude imaginar
O todo se aproxima a divagar
Gerando dos meus sonhos, ledo ninho,
Apresentando enfim a solidão
Expresso os dias tantos que trarão
Apenas no vazio este momento,
E o canto se perdendo sem razão
A vida não encontra a dimensão
Exata que em verdade, sempre tento.

terça-feira, 2 de maio de 2023

Ativista dos sonhos, o poeta
Pudesse acreditar em cada verso
Traçando dentro da alma este universo
Aonde a vida inteira se repleta,
Palavra onde o tempo já completa
E traça este caminho onde disperso
E nisto mesmo um mundo mais perverso
Expressa a minha senda predileta,
Vestindo a fantasia mais vulgar
O manto se puindo devagar
O corte expondo a chaga de minha alma,
Sangrias entre tantas, noutro engodo
Ainda vejo em mim o velho lodo
E nem a fantasia em paz me acalma.

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Atípicos momentos de uma vida
Jogada pelos cantos, sem defesa
O amor quando nos pega de surpresa
E a sorte noutra face em vão acida
Prepara para além a despedida
Ousando com terrível sutileza
Deixando para trás por sobre a mesa
Apenas ilusão mera, estendida.
As flores no jardim, cada canteiro
Traduz aonde possa e se me esgueiro
Esbarro nos tormentos mais venais,
E bebo em tua boca esta saliva
Que tanto com certeza me cativa
E gera dentro da alma os temporais.

domingo, 30 de abril de 2023

Atrozes noites vagas, solidão
E o tempo não desenha novo rumo,
Ainda quando mesmo me resumo
Nos ermos que deveras me trarão
Os sonhos mais audazes de um verão
E bebo a fantasia em raro sumo,
O todo noutro fato se me esfumo
Da vida a mais ingrata tradução.
Esqueço cada passo e não tendo
Sequer outro momento, sou remendo
Dos erros em retalhos já tecidos,
E os dias quando os tenho mais presentes
No fundo com terror tu me apresentes,
Caminhos sem sentido, ora perdidos.

sábado, 29 de abril de 2023

Atrelo cada sonho que tivesse
Aos tantos que me deste de presente
A vida noutro rumo se apresente
E nisto se desenha tal benesse,
O quanto deste amor se estabelece
E gera novo fato imprevidente,
O marco se apresenta quando eu tente
O vasto caminhar que me entorpece.
Resumos de outros tantos quando um dia
O tempo noutro cais aportaria
Gerindo cada passo rumo ao farto,
Depois de certo tempo sem ninguém
Apenas o vazio ainda vem
E nisto cada dia em paz reparto.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Atônito; eu percebo o fim de tudo
E a vida não prossegue após o caos,
Ainda que me restem velhas naus
Ao fim não me concebo e desiludo,
A sorte se afastando e me transmudo
Ousando nos momentos torpes, maus
Faltando como sempre alguns degraus,
O coração expressa um sonho mudo,
Apresentar a luta a cada instante
E ao fim de certo tempo não garante
Sequer o quanto quis e não teria,
Amar sem ter noção de ser amado,
E nisto a vida dita o mesmo fado,
Num misto de terror e de alegria.

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Atenciosamente a vida traz
A quem delira um fato a cada instante
De um mundo mais diverso e fascinante
No passo que se mostre mais audaz,
O manto se recobre em rara paz,
E o pranto na verdade não garante
O caos que tanto quis e doravante
Somente se deixando para trás.
O prazo determina o ledo fim
E vivo cada frase estando em mim
A etérea sensação de plenitude,
A noite se adentrando na minha alma,
Nem mesmo a solidão vaga me acalma,
Deveras novo sonho desilude.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Atuas como fosses soberana
Reinando sobre todo o pensamento
E quando algum refúgio além eu tento
A vida noutra face desengana,
O tanto quanto possa e se profana
A luta já não tem discernimento
E deixando aflorar o sofrimento
Deveras se desenha desumana.
O canto se espalhando pelos ares
E quando perceberes e notares
Verás o meu olhar a te seguir,
Estrela radiante, noite imensa
Do tanto quanto quero mais convença
Vontade de viver o que há de vir.

terça-feira, 25 de abril de 2023

Ativas noites seguem passo e rastro
De quem se fez além de tão somente
Da vida e do sentir rara semente
Vagando pelos céus um divino astro,
Os sonhos do passado já não castro
E quanto mais a vida se alimente
Do sonho ainda vivo e mais presente
Aos ermos do infinito então me alastro,
Escravo das vontades mais audazes
A noite se emoldura enquanto trazes
Os brilhos prateados de tais luas
E nelas entre tantas maravilhas,
As sortes pelas quais decerto trilhas
Expressam raros sóis que ora cultuas.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Atravessando as ruas e avenidas
Tentando novo rumo aonde um dia
O tempo noutro tempo fantasia
Ousando caminhar em novas vidas,
As horas mais audazes, despedidas
O tanto quanto possa e não teria,
Somente este cenário em agonia
E nele novas chagas e feridas,
Ainda quando pude ter nas mãos
Momentos de ilusão, audazes, vãos
Errara a direção e sem proveito,
O mundo desabando em caos e medo,
Aos ermos de minha alma eu já concedo
A sensação atroz onde me deito.

domingo, 23 de abril de 2023

Atento ao que viria após o nada
Expresso a solidão em absoluto
Caminho aonde tanto já reluto
E a noite nesta cena degradada
Apenas a emoção enquanto invada
E nisto se desenha o velho luto,
O passo mais audaz, e mesmo astuto
Enveredando além na velha estrada,
Esqueço dos meus erros e prossigo
Na curva da saudade, vou contigo
E bebo cada gota de um passado
E nesta maravilha de poder
Tentar adivinhar algum querer
Dos ermos de minha alma enfim me evado.

sábado, 22 de abril de 2023

Arando com o verso a lavra rara
Pousando o sentimento em teu abraço
O mundo que em verdade bebo e traço
A sorte noutro rumo se escancara
E vendo este cenário cara a cara
O quanto poderia ser escasso
Agora se aprofunda noutro traço
E a vida neste fato se prepara
Ainda que pudesse ser alheio
Ao quanto na verdade inda rodeio
Esbaldo-me dos sonhos onde um dia
Pousasse dentro da alma a luz intensa
E nela esta alegria se compensa
Marcando o quanto a ti sempre eu queria.

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Arestas apontadas sigo em frente
E nada mais permite qualquer queda
A sorte quando em ti hoje se enreda
Marcando com ternura o conseqüente
Caminho aonde o todo sempre tente
Gerando o que deveras já nos seda
E vence com ternura e se envereda
Ousando no final ser plenamente
Do quanto imaginário sei o sol
Que toca a tua pele e qual farol
Conduz esta barcaça ao infinito,
Deveras tanto sonho se presume
E a vida se entranhando chega ao cume
E nisto todo o canto eu necessito.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Arisca madrugada sem ninguém
Deitando na sarjeta da esperança
A sorte na verdade já balança
E traça tão somente este desdém,
O quanto na certeza nunca vem
O passo sem destino nada alcança
E o rumo desolado ora me cansa
Marcando cada passo muito aquém,
O todo transformando cada cena
E o tanto quanto possa não condena
E gera outro momento em plena luz,
Assim ao mergulhar sem mais defesas
Dos olhos os meus olhos, meras presas
Teu canto neste instante me conduz.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Arcaicas ilusões, momento rude
Aonde o meu caminho se perdendo
Traduz cenário torpe e mesmo horrendo
Ainda quando tudo sempre mude,
Não tendo mais comigo a juventude
O passo noutro rumo diz remendo
Remando contra tudo, não me emendo
Apenas desfilando em plenitude,
Acaso se vieres tu verás
O quanto deste amor traduz em paz
O todo desejado e muito além
Do tanto em sintonia e nisto traço
O sonho com certeza passo a passo
E o mundo mais tranquilo sempre vem.

terça-feira, 18 de abril de 2023

Aríetes visíveis noutra vila
A sorte de quem ama e se permite
Vencer qualquer temor e sem limite
O canto desenhado em paz desfila
Ainda que pudesse não destila
O medo aonde o todo necessite
Do sonho mais bonito e se acredite
Na paz que na verdade não vacila,
Esqueço dos enganos sigo em ti
O quanto da esperança eu concebi
Ousado caminheiro do futuro,
E o tempo se apresenta em calmaria
A brisa com certeza nos traria
Um porto mais suave e mais seguro.

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Arrisco cada passo rumo ao tanto
E bebo gota a gota esta esperança
Meu canto novamente a ti alcança
E assim o meu futuro em paz garanto
Aonde se pudesse em novo canto
Traçar o quanto quero em confiança
A vida sobrepõe no quanto avança
Moldando com beleza em raro encanto.
Esqueço dos meus erros e presumo
A sorte desenhada em raro sumo
Audaciosamente sigo em ti
O quanto quero e bebo deste sonho.
E sei que mesmo sendo mais tristonho
Meu mundo no teu mundo eu persegui.