terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Organizando a luta
Enquanto o prazo finda,
A sorte dita ainda
A fúria mesmo bruta

E nada mais se escuta
Cenário se deslinda
E mesmo assim já blinda
Quem anda e não reluta,

O mundo se anuncia
Em clara letargia
Ou mesmo no vazio

Depois de tanto tempo
Enfrento o contratempo
Que aos poucos eu recrio...
De onde eu estiver, desejo para todos um 2020 cheio de alegrias e felicidades

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Fazer do coração
A nobre cidadela
Que tanto se revela
Em luz e mansidão,

Vencendo desde então
O sorte que se atrela
Abrindo cada vela
Tocando esta amplidão,

Meu canto em liberdade
Buscando a divindade
Exposta noutro encanto

E vago em noite imensa
Até que me convença
Da vida sem quebranto.

domingo, 29 de dezembro de 2019

O vento em liberdade
Ousando muito além
Do quanto já contém
Ou mesmo em paz invade,

Na solidariedade
Expressa e muito bem
O tom claro ninguém
Renegue a divindade

Pousando num olhar
Em expressão tão mansa
A vida então se lança

Moldando devagar
Suprema sensação
Do amor em redenção...

sábado, 28 de dezembro de 2019

No lacrimal dos sonhos
Passado sem sentido,
E agora presumido
Em dias mais risonhos,

Deixando para trás
Cenário em amargura
A sorte me assegura
Enquanto o brilho traz

De um sol eternizado
Nos olhos de um poeta
A vida se completa
E traz sempre a meu lado

Esta esperança clara
Que esta manhã prepara...

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Resplandecente encanto
No olhar de quem se dera
À nobre primavera
E nisto o quanto canto

Negando qualquer pranto
Sossega a velha fera
E sei da dor sincera
Gestada no quebranto,

Mas tento um pouco mais
Que apenas desiguais
Momentos onde eu possa

Viver sem nada além
Do quanto nos provém
A lida expressa e nossa...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Entoas melodias
Em hinos mais suaves
E sigo sem entraves
Aonde mais querias

Diversas sincronias
Vencendo os dias graves
Olhando enfim as aves
Jamais me conterias...

Vislumbrando este tanto
E nele se me encanto
Traduzo a mais sublime

Vontade que apresenta
A vida sem tormenta
E enfim em paz redime...

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Xamãs invoco quando
O tempo se presume
Diverso do costume
E o sinto desabando,

A sorte em contrabando
O medo além já rume
Atingindo em ardume
Um ar duro e nefando,

Procuro a claridade
E sinto-me liberto
Enquanto enfim deserto

Desejos, leda grade,
E visto esta esperança
Que aos poucos vem e alcança...

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Os mantras, versos, luzes
As mãos procuram paz,
E o quanto se é capaz
Deveras reproduzes,

E assim logo conduzes
Deixando para trás
O passo mais mordaz,
As lutas, ardis, urzes.

Mas quando se aproxima
A dita em novo clima
Suavizando o todo,

Depois da imensa lama
O sonho ora reclama
Negando algum engodo...

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

No turbilhão da vida
Liberta esta vontade
De rara claridade
Já tanto concebida,

A sorte não duvida
E traz em ebriedade
O passo que me invade
Desta missão cumprida,

Ousando ser feliz
E tanto quanto o quis
Pudesse ter o olhar,

Vagando em pleno espaço
E nisto o quanto traço
Permite o divagar...

domingo, 22 de dezembro de 2019

Os reinos que se tocam
Em planos tão diversos
Marcando os universos
Enquanto assim provocam

E não mais se entrechocam
Tampouco vão dispersos,
Nem mesmo ora submersos
Aos medos quando evocam,

Encontro em alma pura
O quanto se assegura
Num tempo mais sereno,

E quantas vezes traço
O mundo noutro passo
E à paz eu me condeno...

sábado, 21 de dezembro de 2019

A mística presença
Heterogeneidade
Transcende à divindade
E molda em nós a crença,

Sem ver a diferença
Real quando se evade
O tempo, afinidade
No quanto se convença,

Realço o verso em paz
O quanto em sonho faz
Uma expressão superna

Telúrico momento
Enquanto quero e tento
A dimensão eterna.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Na espiritualidade
A forma de expressão
Na qual outras trarão
Além da dualidade,

Vencendo qualquer grade
Rara libertação,
E nela se verão
O quanto nos agrade,

Presumo o que virá
E sei o quanto já
Pudera ser diverso,

Aquariana senda
Que aos poucos se desvenda
Espalha no universo...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Ouvindo a voz do peito
Marcada em harmonia
E assim se poderia
Viver mais satisfeito,

O tempo quando aceito
Presume novo dia
E mesmo em harmonia
Moldando outro conceito,

O vértice do globo
Presume ovelha e lobo,
Mas sei quanto isso é falso,

Sincrônica vontade
Expressa esta verdade
Sem medo e sem percalço...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Que o tempo seja farto
Em tons bem mais concisos
Marcando sem granizos
O quanto em paz reparto,

Insisto e quando parto
A vida sem avisos
Os passos mais precisos,
Além deixando o quarto,

Quarando esta vontade
Que tanto agora invade
E gera noutra esfera

A luz em plenitude,
E nada mais ilude
Quem tanto a luz espera...

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Olhando para trás
Enganos costumeiros
Matando os meus canteiros
Negando em mim a paz,

E agora mais audaz
Expresso os verdadeiros
Cenários em luzeiros
Que a vida em brilho traz,

Jazigos conhecidos
Os dias vãos perdidos
Num caos original,

E quando se apresenta
A face mais sangrenta,
Procuro outro degrau...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Conhecer o caminho
E ter a precisão
Do passo em direção
Ao quanto em paz me alinho,

E quando eu adivinho
Em nova dimensão
Além da escuridão
A vida em raro vinho,

O sangue libertário
Em raro itinerário
Levando à claridade,

Jamais se desconstrói
Um rumo como sói
Tramar a eternidade.

domingo, 15 de dezembro de 2019

Ascendo ao meu Nirvana
Englobando o meu sonho
E nisto o mais risonho
Momento não engana,

A vida é soberana
E quando a paz componho
Vagando e não me oponho,
Minha alma não se ufana,

Apenas bebe mansa
O quanto agora alcança
Libertação total,

Vestindo em plenitude
O encanto que transmude
Supremo ritual...

sábado, 14 de dezembro de 2019

Resumos de outras eras
Vasculho em luz e atento
Ao quanto o sentimento
Transcende ao quanto esperas,

A vida em tais esferas
Presume o encantamento
E bebo este momento
Em horas mais sinceras,

Explodem sensações
E quando tu repões
Os cantos mais sutis,

Permito-me dizer
Do quanto conhecer
Traduz o ser feliz...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Redimem-se meus erros
E sei do quanto possa
Vencendo o que destroça
E trace mais desterros,

Crateras no passado
Agora quem se guia
Na vida em poesia
Enquanto é revelado

O sonho em tal pujança
Imerso em mansidão
Assim tal sensação
Sublime nos alcança.

Liberto o pensamento,
O mundo em sol fomento...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Liberto dos anseios
E medos; sigo em frente
E quando se apresente
Em vida tantos veios,

Além dos devaneios
Abrindo a minha mente
No fundo se pressente
Ao todo vários meios.

E deixo-me seguir
Nas tramas de um porvir
Diverso e entronizado

A luz em dimensão
Suprema e desde então,
O sol anunciado...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Buscando uma saída
Que possa me trazer
Além de algum prazer
A dimensão da vida

A luta concebida
Embora a possa ver
Exprime-se o querer
E a noite envilecida,

Esqueço cada passo
E mesmo sendo escasso
O rumo que se abrira,

O tempo se anuncia
E sei do claro dia
Num sol, a imensa pira...

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Saudades do que fora
Apenas um momento
E quanto me alimento
Da sorte sonhadora,

E tento a redentora
Presença em claro alento
Tomando o pensamento
Em forma tentadora...

Uma expressão de paz
E nela o que se traz
Presume novo rumo,

Ainda que se visse
O todo sem crendice
Da vida eu bebo o sumo...

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Crisálida de um sonho
Que tanto redimisse
A vida; mas, tolice...
O passo ora enfadonho...

O canto onde me ponho
Vencendo o que desdisse
A senda permitisse
Bem mais do quanto oponho.

Jamais se faz assim,
O passo traça o fim
E o verso se anuncia

Um déspota segredo
Aonde mal procedo
E a noite invade o dia...

domingo, 8 de dezembro de 2019

Recordação ditando
O tanto que te quero
E sei do quanto espero
De um tempo calmo e brando,

O mundo desde quando
Moldasse mais sincero
Caminho onde tempero
O verso o transformando,

Vestindo em claridade
Rara felicidade
Após infausta sorte,

Apresentando o brilho
Do quanto em ti palmilho
E tanto me conforte.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Abrindo em primavera
As flores da esperança
Ao menos nada lança
Senão a velha espera,

O quanto destempera
A vida onde se cansa
O prazo em aliança
A sorte mais sincera.

A força inusitada
A luz desta alvorada
Na aurora em claros olhos,

Cevando o meu canteiro
O amor mais verdadeiro
Expulsando os abrolhos...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

As calmas noites dizem
O quanto desejei
Do amor que fosse lei
E as dores contradizem,

Ainda que divisem
Os sonhos; estarei
Deveras nesta grei
Que encantos polinizem.

Tramando em cada passo
A lua que ora traço
Desnuda sobre ti,

Na argêntea maravilha
O amor quer e polvilha
A luz que ora sorvi...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Enluarada senda
Exposta clara e nua,
Enquanto ali flutua
A sorte que se atenda

O prazo se desvenda
E gera o que cultua
Marcando a cada lua
O todo onde se prenda,

A prenda se envolvendo
Aprenda sem remendo
O tanto que se quer,

E bebo a fantasia
Tocada a cada dia
Nos sonhos da mulher...

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Rosais celestiais
Em claras evidências
E sei das coerências
Tomando o quanto esvais,

E bebo muito mais
Ousando em tais ciências
Bem mais que coincidências
Diversos temporais...

Assim se determina
A vida em doce mina
Marcada em luz solar,

Depois de tanto tempo
Imerso em contratempo
Encontro em ti meu par...

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Queimando além os círios
Numa esperança e prece
O quanto se oferece
Além destes martírios,

Os olhos em delírios
A voz na clara messe,
Bem antes que tropece
Gerasse da alma os lírios,

Bebendo a limpidez
Do canto onde se fez
O passo além do rumo,

E beijo em tua pele
O quanto me compele
E nisto eu me perfumo...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Em lacrimosa noite
Depois de tanto engodo,
A vida sem denodo
Ainda o medo acoite,

E sei do velho açoite
Marcando como um todo
O sonho expresso em lodo
E nisto outro pernoite...

Mas sei que na manhã
A sorte tão malsã
Deveras mudaria,

E o tempo radiante
Mostrasse doravante
Eterno e calmo dia...

domingo, 1 de dezembro de 2019

Acorda em rara festa
O dia nos teus braços
Os sonhos trazem laços
E neles tanto empresta

A dita que me resta
Depois dos tons devassos
E neles os cansaços,
Porém o sol adentra a fresta

E irrompe generoso
Trazendo em raro gozo
O tanto que se quis,

E vendo este momento
Aonde busco e tento
Deveras sou feliz...

sábado, 30 de novembro de 2019

Cristais sobre o vergel
Rocios da esperança
Em verdejante avança
E traz à Terra o Céu.

A vida em carrossel
O sol agora lança
Seus raios com pujança
E traça além seu véu.

E bebo cada brilho
Expresso em magnitude
O quanto nos ilude

Trazendo um claro trilho
E sei do sonho vivo
E dele sou cativo...

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Tristeza dita o passo
Em tal desarmonia
Que nada me traria
Sentido vago e escasso,

Cerzindo o quanto traço
No peso em agonia
Marcando a fantasia
No vento onde é devasso

Sentindo sem alento
O verso que hoje tento
Após a tempestade.

Reparo cada engano
E sei quando me dano
Enquanto a dor invade...

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Manhãs ensolaradas
Em sertanejo sonho,
E quando me proponho
Estendes alvoradas

Tocando estas estradas
Num ato mais risonho
Na paz que te proponho
Nas linhas desenhadas.

As horas sem proveito
O prazo já desfeito
E o corte se anuncia,

Mas quando vejo o sol
Bebendo este arrebol
A sorte fantasia...

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A luz se desenhara
Crucificada na alma
E quando o tempo acalma
Vazia esta seara,

A luta desprepara
O verso gera o trauma
E o passo a cada palma
Resume a noite amara,

Não pude perceber
O quanto deste ser
Seria mesmo audaz,

A voz já se perdendo
O tempo traz no emendo
O rumo que desfaz...

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Enquanto extasiada
Adentras o teu quarto
Depois do sonho farto
Não resta quase nada,

A vida ora moldada
No quanto em ti comparto
Do prazo enquanto parto
Vagando em leda estada,

O tempo se anuncia
E vendo a fantasia
Tão próxima do fim,

Ainda que se visse
Além de uma crendice
Encontro o que há em mim...

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Resplandecente sol
Tomando este cenário
E sei do solidário
Caminho em arrebol,

Teus olhos, o farol
Deveras necessário
E neste itinerário
Eu sou teu girassol,

Vestindo cada encanto
Trazendo ao helianto
Anseio sem igual,

Vagando e te buscando
No todo imaginando
Um tom consensual...

domingo, 24 de novembro de 2019

Tanta misericórdia
Pudesse ainda ver
E sei do meu querer
E nele esta discórdia

E sinto em tal mixórdia
Meu passo a se perder
E quando ao bel-prazer
Buscasse uma concórdia

O peso não traria
O fim de uma esperança
O passo em vão avança

E sei da tez sombria
Marcada a cada dia
No vago onde se lança.

sábado, 23 de novembro de 2019

E desta luz nascente
O manto a descoberto
O tempo aonde alerto
O passo em que se sente,

A sorte de um demente
O vento no deserto
O prazo sempre incerto
E o canto invade a mente,

Lembranças de outras eras
E quando desesperas
Já nada mais se vê,

Pousasse aonde eu vi
Um sonho colibri
Agora sem por que...

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Brotando sem amor
Em torpe primavera
A dor que não se espera
Refaz velho louvor

Pudesse crer na flor
Que fora mais sincera
E nesta torpe esfera
Expressa o vão calor.

Acordo e nada vejo
Somente o meu desejo
Encontra a solidão

E bebo do vazio
Aonde desafio
Os dias que virão...

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

A dor brotando em mim
Vagando sem destino
E quando mal domino
O tempo em ledo fim

Ocaso traz assim
O peso onde alucino
O verso em desatino
Ao longe este clarim,

E o corte se anuncia
Trazendo em ledo dia
A amarga desventura,

Do todo que se preza
A vida quis ilesa,
Porém nada assegura...

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Dessas manhãs claras
Perdidas na vaga
Verdade que indaga
E nada declaras

As sortes amaras
O tempo se afaga
Nas mãos esta adaga
As lendas e escaras.

O mundo sem nexo
E sigo perplexo
Sem nada a fazer

Senão meu passado
Que tanto cevado
Em dor e prazer.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Recorda o coração
Dos tempos magistrais
E sei que nunca mais
Eles repetirão

Na vaga sensação
Dos dias tão iguais
Quebrando os meus cristais
O passo sempre em vão...

Depois do quanto pude
Viver sabendo rude
O tempo sem proveito,

E brindo com ardor
As tramas de um amor
Eterno insatisfeito...

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A dor que nos invade
Nos ermos de um sertão
Vagando em direção
Ao quanto se degrade.

Meu verso desagrade
E mostre desde então
Diversa sensação
Sem ter felicidade;

Fidelidade ao vago
Tormento onde divago
E bebo esta amargura,

Depois de tanta luta
Ninguém hoje me escuta
E o sonho me tortura...

domingo, 17 de novembro de 2019

Despeço-me da vida
E volto ao velho porto
Aonde quase aborto
Inicia a partida,

E a sorte resumida
No olhar de um semimorto
Num passo atroz e torto
Não tendo outra saída,

E cada golpe acolhe
Os cacos que recolhe
A sorte sem proveito,

E vejo dentro em mim
Apenas termo e fim,
E aos poucos, sei que aceito...

sábado, 16 de novembro de 2019

Eu tento acreditar
Num dia mais feliz
E quando me desfiz
Do passo a desenhar

Vencido e já sem par
O quanto outrora quis
Marcando por um triz
Meu mundo a sonegar,

Escondo os meus farrapos
E sei dos velhos trapos
Que esta alma em tal retalho

Trouxera em desenganos
São rotos os meus planos,
Porém inda batalho.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Amada o teu perfume
Tocando esta janela
Aos poucos se revela
O amor que em luz resume,

Porém a noite, o lume
A voz não mais se atrela
A lua é frágil vela,
O mundo em tanto ardume,

Jamais imaginara
O fim desta seara
Amarga e decadente,

Já nada mais comporta,
Fechando a velha porta,
O fim ora apresente...

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Não tendo o que inda trace
O velho caminhar
Apenas desejar
Vencer o mesmo impasse

E quanto se mostrasse
No prazo a desenhar
Ainda algum lugar
Que tanto desejasse,

Mas nada do que sinto
Expressa o rude instinto
Agora sem sentido,

Meu passo então deriva
Da sorte onde é cativa
E aos poucos, dilapido.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Saudades de outras eras
Dispersas; pensamento...
Agora o desalento
Enquanto nada esperas

Somente destemperas
A vida contra o vento
E mesmo quando atento
Encontro as velhas feras.

Na cândida expressão
Do amor em sedução
Brilhantes noites calmas,

Mas hoje só te vejo
Distante do desejo
Dispersas; nossas almas.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Um dia pude crer
Nas sortes variadas
Seguindo por estradas
Marcadas por prazer,

A cada amanhecer
Após enluaradas
Vontades desenhadas
Nas ânsias do querer,

Agora o tu vês
Ditando a insensatez
É sombra e nada mais,

O corte na raiz
O verso onde me fiz
São frases tão banais...

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Meu verso sem proveito
A vida nada traz
Somente o que é capaz
De ter em vago leito,

E quanto mais me aceito
A luta se compraz
Deixando para trás
O amor insatisfeito,

Não sigo contra a fúria
Nem mesmo em tal lamúria
Cessando o mar em mim,

Porém a lua outrora
Exposta, não aflora
E o tempo molda o fim.

domingo, 10 de novembro de 2019

Falando deste amor
Que tanto desejei
E ao fim quando me dei
Partindo em tal rancor,

Marcando aonde for
A imagem desta grei
Que agora deixarei
Aos poucos, decompor,

Vestindo a fantasia
De quem sempre queria
Apenas ser feliz,

O velho caminheiro
Encontra no espinheiro
Canteiro que desfiz...

sábado, 9 de novembro de 2019

Amar é conceber
O sonho em perfeição
E nesta dimensão
Pudesse perceber

A sorte a se tecer
E a vida sem senão
Meus dias não verão
Sequer este prazer.

Porém valendo a pena
O encanto que serena
Nas noites solitárias

Lembranças de nós dois,
Deixando p’ra depois;
Quem sabe? Luminárias...

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Aprendo a cada instante
Olhando para trás
Sabendo ser fugaz
O prazo onde se espante

A vida doravante
Pudesse ser audaz,
Porém tanto mordaz
Num ato tão marcante,

A senda se procura
E traz em amargura
Sementes do vazio,

E bebo em cada gole
O quanto agora assole
No marco em desvario...

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Restasse alguma voz
A quem não pode outrora
Vestir o quanto aflora
Em tom ledo e feroz,

Vagando dentro em nós
O tempo desancora
E quando me apavora
Mostrando ser o algoz

Já nada me restasse
Sequer o mesmo impasse
Em tétrica paragem,

No caos que ora me vejo
Opaco e sem desejo
Amor? Vaga miragem...

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Não concebendo a sorte
Que tanto quis um dia
O sonho não traria
Sequer algum suporte,

Mas sei do quanto aborte
Em leda fantasia
A vida em utopia
O tempo desconforte.

Vacante coração
Já nada vendo então
Expressa em tom venal

Este abandono e enfim
Vivendo dentro em mim
Um mundo tão banal.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Banquetes de esperança
Em cálices sangrantes
E quando me adiantes
A vida segue e avança;

O vento que balança
Os ermos me garantes
E nada além de instante
Presumem tal mudança.

Após colher enganos
E tantas ironias,
Aonde mostrarias

Apenas rotos planos
Em dias quando imersos
Aquém dos velhos versos...

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Vibrar em emoção
E ter próspero sonho,
Vestindo este enfadonho
Momento sem senão,

A sorte em dimensão
Diversa que proponho
Expressa o mais tristonho
Cenário mesmo em vão,

Pudesse de tal forma
Vencer o que deforma
O prazo em tom sutil,

Depois do que vivera
A vida se perdera
E nada em nós se viu.

domingo, 3 de novembro de 2019

Transito neste nada
E vago entre estrelares
Caminhos que ao notares
Expressam quanto enfada

A vida desenhada
Jogada em lupanares
Vagando em tantos bares
Marcando a madrugada.

O beijo se transforma
Numa arma que infalível
Expressa o tão sofrível

Cenário em turva forma,
E quando me arremeta,
Um pária em vã sarjeta...

sábado, 2 de novembro de 2019

Meu barco que à deriva
Perdido em alto mar
Pudesse se mostrar
Enquanto a sorte priva

E o vento se deriva
De um tenso navegar
Ousando a divagar
Aonde a morte criva.

O prazo em desafeto
O peso de um passado
Deveras maltratado

E sei quanto o completo
A cada instante audaz
Enquanto além se faz...

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O sonho se elevando
Ao quanto poderia
Mostrar em fantasia
O tempo, o como e o quando,

Esqueço sonegando
Alguma alegoria
E vendo o que viria,
O termo desenhando,

Legar ao que virá
Apenas o vazio
Tecido em desvario

E sendo desde cá
Meu passo em rumo incerto,
O verso a descoberto...

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Acreditar na sorte
Privando o meu sentir
E nisto o que há de vir
Já não mais me comporte,

Vacante o rumo e aporte
Matando o presumir
De um tempo a permitir
O canto noutro norte,

Vasculho e nada vejo
Somente o que no ensejo
Pousasse dentro da alma.

Amortalhando o passo
Aonde quero e traço
O verso que me acalma...

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Olhando para trás
Bem pouco me restara
Somente esta seara
Em passo tão fugaz,

O verso nada traz
A vida não prepara
A sorte sendo amara
O mundo se desfaz,

E o vento me tocando
O olhar enamorado
De um templo desenhado

Num tempo em contrabando,
A sorte se mostrando
No altar já profanado...

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Mergulho no passado e vejo apenas
As sombras do que um dia fora um homem,
Imagens distorcidas logo somem
E restam tão somente meras cenas,

E quanto mais ao nada me condenas
Torturas entre farsas já consomem
E o tempo entre fantasmas que me tomem,
Negando sortes calmas e serenas.

No cálice quebrado perco o vinho
E sei do meu momento mais mesquinho
Aprofundando os olhos num passado

Aonde fui feliz e bem sabia,
Vivendo vigorosa fantasia
Agora perco a vida e sigo ao lado...

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Abrindo o coração a quem se dera
Bem mais do que qualquer vontade atroz
O vento se espalhando mais feroz,
O véu do céu tomado noutra esfera,

O verso se esquecendo – primavera-
Apenas o que vejo vem após
Mesquinharias tantas, louca voz
Rondando minha casa, esta quimera,

E o passo traduzisse esta Medusa
E quando a sorte dita mais confusa
A estrada sem ter nexo ou sem sentido,

Do quanto poderia e nada veio
Somente o que me resta em devaneio
Deixando meu destino a ser cumprido.

domingo, 27 de outubro de 2019

Jamais encontrarás qualquer lembrança
Do ser que inda tentara alguma luz
Decerto o quanto resta e reproduz
Transcende ao próprio engodo enquanto avança.

Não trago dentro da alma esta fiança
E vejo na aliança o corte e o pus
Aonde sem certeza alguma eu pus
O sonho nada resta e só me cansa,

Vestindo hipocrisia feita em ódio,
A dor se transformando em louro e pódio
Na insólita presença do vazio,

E bebo deste cálice – vinagre,
Espero que; quem sabe; se consagre,
Mas quando me percebo; nada crio.

sábado, 26 de outubro de 2019

Não posso e nem queria novo sonho
O velho já bastou. Estou sozinho
E quando me encontrava em vão, mesquinho
Apenas todo engano em ti componho.

Vencido pela audácia do enfadonho
Momento onde buscasse mesmo um ninho
E a vida sonegando – pleno espinho-
O tempo se esgotando em ar medonho,

Mas sei que no final me bastaria
O pouco que inda tenho em ironia
Vestindo as fantasias de bufão,

Ainda quando ouvisse a voz do vento
Trazendo esta lembrança, o sentimento,
O tanto quanto resta traça o não.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Vento traz na madrugada
Entre nuvens o sombrio
Caminhar em desvario
E tentar a nova estada,

Venço a sorte ou resta o nada
E tampouco desafio
O que possa e mal espio
Esta face degradada

Noutro ponto da cidade
Sem sentido ou liberdade
Linear anseio eu vejo

E tramando novo rumo
Onde quer que em vão me aprumo
Só me resta o ledo ensejo...

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Ao brindar em festa e luz
Este palco determina
A verdade cristalina
Onde o pouco além propus,

Verso quando enquanto opus
O desejo sem a mina
A saudade se extermina
Quando outrora recompus

A vencida solução
Entre farta exposição
E o caminho ou mesmo a sorte

No que tange à poesia
Do meu sonho se exporia
O tormento desconforte...

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Nunca pude conviver
Com vontades discrepantes
Onde quer que me adiantes
Não consigo me envolver

E tivesse tal poder
Entre luzes deslumbrantes
Os caminhos torturantes
Impedindo o amanhecer,

De tal sorte a vida trama
O que tanto vivo em drama
E mergulho insanamente

Bebo a morte em largos goles
E decerto se me imoles
O meu tempo ora se ausente...

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Eu não quero esta verdade
Que decerto não foi minha
Esta luta tão mesquinha
Quanto mais nos desagrade

Ouço a voz da liberdade
Que em meu peito ora se aninha
E bebendo o que continha
Na esperança em claridade,

O vazio sem destino
O meu passo desatino
E o cenário se reflete

Noutro tanto que pudera
Desvendar cada quimera
E esta história se repete...

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

A carga que é pesada
Não deixa prosseguir
E sem qualquer porvir
O todo ora se evada

A sorte desenhada
Nas tramas, perseguir
E quando conseguir
Vencer ou quase nada

Seguindo cada passo
Do quanto quero e faço
Deixando para trás

O medo em heresia
A sorte que traria
O que já nada faz.

domingo, 20 de outubro de 2019

Se acaso a sorte mude
O prazo continua
Marcando a face nua
Da morta juventude

O quanto desilude
E além ora recua
Matando o que flutua
Sem tomar atitude.

O verso se presume
No quanto em tal ardume
Não possa mais colher

A primavera explode
O inverno na alma eclode
Gerando o desprazer...

sábado, 19 de outubro de 2019

Acaso se vieres
Verás o quanto resta
Do que já fora festa
E tanto agora feres.

Bem mais do que tu queres
A voz sendo funesta
O quanto além empesta
Quebrando tais talheres

Num frenesi audaz
Meu mundo se desfaz
E nada resta aqui,

Somente a mera sombra
Que ainda vem e assombra
Lembrando o que perdi.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Não tendo outro caminho
O quanto pude crer
No torpe amanhecer
Em ar duro e daninho

Apuro e me avizinho
Em raro desprazer
E sei que a me perder
Cevara mero espinho

E brado em voz ferida
A sorte decidida
Nos antros da esperança

Macabra noite traz
O ledo tom voraz
Que em luto sempre avança.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Apenas sendo assim
O início da falência
A vida em tal demência
Gerasse outro jardim,

Mas sei enquanto eu vim
E tendo esta ciência
Da expressa virulência
O nada resta em mim,

Vestindo a sorte atroz
Já nada dita a voz
De quem se fez além

Do canto em sensação
Na rude dimensão
A morte cedo vem...

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Jogado sobre as rocas
O barco da esperança
Apenas nada alcança
E nisto me provocas

Vencendo o quanto alocas
Decerto em tal vingança
A vida em temperança
E os ermos já convocas

E trazes sem sinal
O passo em ritual
Diverso e sem proveito,

Mas quando me inundasse
A sorte sem repasse
Caminho onde me aceito...

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Macabra sensação
Do passo sem destino
E quando mal domino
A velha provisão

Encontro a dimensão
Por onde desatino
E sinto este ladino
Cenário em divisão.

Cercando com a fúria
A sorte em tal incúria
Já nada me traria

Somente o desafeto
E quando me completo,
Apenas a agonia.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Já não me caberia
Saber o quanto veio
O mundo segue alheio
Em tez dura e sombria,

Vagando dia a dia
Em vão tento e rodeio
Apenas sei do meio
Que tanto perderia,

O prazo se findando
O dia desabando
Em vórtice profundo,

No turbilhão nefasto
Se eu posso até me afasto,
Mas sei do quanto inundo...

domingo, 13 de outubro de 2019

O preço a se pagar
Do quanto desejei
Tomando inteira a grei
Vagando sem parar

E possa em tal lugar
Dizer o que sonhei
Mil mares naveguei
Sem poder descansar,

Agora não porfio
Descendo o velho rio
E nele outro momento

Buscando uma resposta
A face sendo exposta
Ao duro desalento.

sábado, 12 de outubro de 2019

O que jamais eu poderia ver
Depois de tanto tempo solitário
O barco naufragando, itinerário
Tragado pelo etéreo renascer,

E quando se aproxima amanhecer
O mundo cobra além seu honorário
E o canto se anuncia temerário
Fazendo cada canto padecer

Expresso esta verdade em tom cruel
E sei do quanto possa em meu papel
Ao léu sem direção, seguindo o vento,

Meu verso se trajando deste luto
Ainda quando possa em vão reluto
Deixando no passado o sentimento...

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Já não tento
Novo passo
Descompasso
Quando invento

Pensamento
Segue escasso
E devasso
Bebo o vento

Ao se erguer
O mundo nega
O que apega

Sem querer
Vida cega
Sem poder...

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Não me cabe quase nada
Nem saber o que talvez
No princípio, todo mês
Trouxe a morte desenhada

A verdade sempre enfada
De concreto o que tu vês
Gesta a pouca lucidez
Sorte sempre mal lançada

Presunçosa fantasia
Onde o todo deveria
Ser ao menos mais suave,

Mas sem ter qualquer domínio
Meu caminho sem fascínio,
Cada passo um novo entrave...

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Bebo o passo e me abandono
Outro tento e nada vindo
O que outrora quis infindo
Com certeza não abono,

Entregando ao velho sono
O meu passo ora deslindo
E pudesse quando o blindo
Ter certeza do que adono,

Mas se ufana esta mentira
Do que envolve e me retira
Sem sentido em tom mordaz,

Tomo um gole de cerveja
Que esta história sempre seja
Da esperança que se faz...

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Já não cabe qualquer chance
De saber a dimensão
Da verdade em rumo vão
Onde o todo não alcance

E inda mais quando descanse
Da sobeja promissão
O caminho traz missão
Mesmo aquém do quanto avance

Esperando qualquer dia
Pelo quanto inda viria
Em momento desigual,

Da saudade que restara
Derramando na seara
Talvez reste algum sinal...

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Na inconstância da passada
A versão que não se dera
No caminho da pantera
A visão enviesada

A esperança se degrada
A vontade nega espera
O meu mundo destempera
A saudade desenhada

Nesta lua que comove
E em verdade além se move
Num rastro de pura prata

O meu canto sem paragem
O meu verso em tal miragem
Nada mais tenta e retrata.

domingo, 6 de outubro de 2019

Marcas velhas que inda trago
Do meu mundo em tom atroz
E negando a minha voz
O que fosse mero afago

Presumindo e assim divago
No cenário mais feroz
E seguindo logo após
Da esperança bebo um trago,

Mas perdida a dimensão
Dos caminhos que virão
Sortilégio ou privilégio?

A verdade não produz
O que tanto foge à cruz
Num momento quase régio...

sábado, 5 de outubro de 2019

Apresento tais escusas
E no fim em paralelo
O que posso e não revelo
Na verdade ora entrecruzas,

Cenas rudes e confusas
Meu destino enfim eu selo
No caminho onde me atrelo
Ao buscar as fúteis musas,

Já não pude revelar
Expressão onde pudesse
Não desdenhando esta messe

Nem tentasse outro lugar
Presunçosa madrugada
Não me traz sequer mais nada...

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Arrogante caminheiro
Dos vazios deste espaço
O que possa e nega o traço
Já não forma este canteiro,

E se posso e não me inteiro
O momento segue lasso
E deveras me desfaço
Do não ser, o derradeiro.

A mortalha se tecendo
Na verdade outro remendo
Sobreposto ao que se fez

Não pudesse mais prever
O que tanto quis saber,
Mas se mostra insensatez...

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Ao colher os nascimentos
Do vazio que se empresta
Ao que tanto fora festa
Expressando tais tormentos

Na verdade desalentos
Ditam sorte mais funesta
E o caminho desembesta
Sem trazer sequer proventos

Nada tendo no final
O que possa em tal sinal
Presumir qualquer carinho

O meu verso em desafeto
Este palco em dor repleto
Traz o tempo mais mesquinho.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Vou vivendo o que me dera
O caminho sem vestígios
Das vontades em litígios
Espreitando a dura fera

O cenário se produz
Sem qualquer alento, pois
Entre agora e até depois
O que resta não faz jus.

O meu canto sem juízo
O caminho destoando
Do que outrora brando
Hoje em vão não me matizo,

E sem nada que me reste
O meu mundo segue agreste...

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Nos meus tempos de menino
Esperança desce o morro
E sem ter qualquer socorro
Cada passo eu não domino

Vou bebendo o meu destino
E podendo além eu corro,
Mas decerto quando escorro
Perco o rumo, cristalino.

E vencer a tempestade
Neste vórtice voraz
Desenhando o que traz

No vazio quando invade
Sendo assim já nada resta
Senão sorte má, funesta...

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Ao levar a voz além
Do que tento ou poderia
A saudade em sintonia
Provocando o que convém

Vibração que nunca tem
A certeza mais sombria,
Quando muito o passo esfria
Não restando em mim ninguém.

A mortalha se ascendendo
Ao que possa ser horrendo
E presume o fim da tarde,

Sensação do caos total
Da vontade nem sinal,
No caminho onde a retarde.

domingo, 29 de setembro de 2019

Se jogado sobre os ermos
Do cenário em pedra e pus
O que possa reproduz
O vazio em torpes termos,

E sem nada a convencermos
O final já se traduz
No que tanto ora supus
Em meus passos vãos e enfermos.

Bebo em goles fartos tédio
E sem ter qualquer remédio
Adentrando a solidão

Num errático momento
O que tanto busco e tento
Diz da imensa negação.

sábado, 28 de setembro de 2019

Já não coube dentro em mim
O momento em raro ardil,
E o que tanto ora se viu
Desenhasse cedo o fim,

Vogo em tempo sem jardim,
Tento ser até gentil,
Mas cenário torpe e vil
Se desenha sempre assim,

O meu canto sem promessa
A vontade onde se expressa
Rege o passo sem proveito,

E o meu tempo dita o quando
Todo o mundo desabando
Tento a paz que não aceito...

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

O meu prazo se esgotara
A vontade não porfia
E o que possa em agonia
Dominando tal seara,

A saudade desampara
O caminho da utopia
Na verdade a voz sombria
Do meu sonho já zombara,

E não tendo sequer fato
Onde possa e me retrato
Bebo apenas solidão,

E não pude acreditar
Na vontade de lutar
Ou sequer noutra emoção.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Nesta vã contradição
O que possa já não cabe
E decerto assim desabe
Os caminhos que virão,

E moldando na estação
O que sei deveras cabe
Sorte traz antes que acabe
A verdade em tal versão,

O meu passo se desenha
No que tanto traz em lenha
Procurando a frágua e a luz,

Mas ao fim do dia nada
A saudade mutilada
Outra igual já reproduz.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Se deveras fosse rei
Quem moldasse a direção
E sem ter qualquer razão
Hoje eu sei por quanto errei,

Vasculhando o que encontrei
Novos dias se farão
E meu passo mesmo em vão
Encontrando o que sonhei,

Esperando qualquer luz
E se tange o que produz
Vagamente vejo o fim,

Mas vestindo esta quimera
O caminho não espera
O que resta dentro em mim...

terça-feira, 24 de setembro de 2019

O meu mundo se mostrasse
A verdade sem viés
Tão somente por quem és
Preparando algum impasse,

Na esperança que mudasse
E rompesse tais galés
O meu barco sem convés
A saudade dita a face,

E seria muito bom
Ter decerto o raro dom
De saber felicidade,

Porém nada se aproxima
E mantendo baixa a estima,
Cada instante me degrade...

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Já não pude perceber
O que tanto desenhara
Nos anseios da seara
A vontade de viver,

E não tendo o que fazer
Sorte apenas dita escara
E a verdade desampara
Impedindo o sol nascer,

Vejo bem cada momento
E deveras tento e invento
O cenário que não veio,

Perfeição que tanto quis
Hoje é mera chamariz
Para a queda em tal anseio...

domingo, 22 de setembro de 2019

O meu verso poderia
Expressar alguma luz,
Porém quando o que conduz
Dita a sorte mais sombria,

Relegando a poesia
E marcando o quanto pus
Em verdade e em contraluz
Nos caminhos da agonia,

Versejando sobre o nada
Ou deveras já me evada
Da verdade que corróis,

E pudesse dentro da alma
Ter a sorte que me acalma
Desenhando estes mil sóis...

sábado, 21 de setembro de 2019

O meu verso se transforma
E gerando novo espaço
Onde tento busco e traço
A verdade noutra forma,

O quanto já se deforma
Ou percebo ser escasso,
Desenhando traço a traço
O que seja velha norma,

Adentrando o descaminho
Sei do quanto em vão me aninho
E bebera a solidão,

Mas no fundo sigo só
E voltando ao velho pó
Refazendo a dimensão...

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Já não
Pudera
Na fera
Senão,

O chão
A espera
Esfera
Em grão,

O solo
Assolo
E morro,

Após
Atroz
Socorro...

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

O amor
Sem nexo
Reflexo
Compor

No ardor
Complexo
Perplexo
Em dor.

Vestindo
Infindo
Caminho

E sei
Que errei,
Daninho...

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Jurasse
Cenário
Tão vário
Na face

Mudasse
O horário
No erário
Rondasse

Rumando
No quando
Apenas

Serenas
Quem tenta
Sangrenta.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Viceja
Jardim
Em mim
Que seja

Andeja
No fim
Assim
Poreja

Imola
Assola
E toma,

Momento
Que invento
Sem soma...

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Jazigo
Apenas
Condenas?
Abrigo...

Prossigo
Em penas
Serenas?
Não ligo...

Morresse
Temesse?
Nem tanto

O beijo
Desejo.
Quebranto...

domingo, 15 de setembro de 2019

Teclando
Passado
Gerado
Em bando

Selando
Degrado
Evado
Pousando

No fim
Da rota
Esgota

Em mim
E em medo
Procedo...

sábado, 14 de setembro de 2019

Já não
Cabendo
Adendo
Em vão

Sertão
Prevendo
Cedendo
Ser tão.

Ouvisse
Tolice
Credito

Ao nada
A estada
No aflito.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O verso
Se veste
Reveste
Disperso

E verso
Celeste
No agreste
Diverso,

Bebendo
Entendo
O todo

No corte
Comporte
O engodo.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Meu canto
Meu mundo
Profundo
Encanto

E tanto
Me inundo
Do imundo
E espanto

No raro
Preparo
A luta

A voz
Após
Reluta...

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Havendo o sol
Reinando além
O todo vem
Toma arrebol,

E sempre em prol
Do que convém
Olhando bem
Cadê farol?

Navego em mar
Sem ter lugar
Aporto em vão

E bebo o sumo
Que ora resumo
Em turbilhão...

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Deleites? Nada...
A senda nua
Sempre cultua
A mesma estada.

E tanto enfada
Ou continua
Tentando a lua
Em velha estrada,

Sevícias sinto
No ledo instinto
Extinto o sonho

O passo finge
Além da esfinge
Não me proponho...

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Vivificar
Escaras tantas
E me garantas
Frágil lutar

A divagar
Onde agigantas
E quando espantas
Posso notar

Apenas isso,
O que cobiço
Ou mesmo pude

Deixando atrás
O canto audaz
E a juventude...

domingo, 8 de setembro de 2019

Bradando em vão
Sem ter sentido
Já dilapido
Outro verão,

Nesta estação
Enfim olvido
E desprovido
Sou negação,

Matando em fome
O que me dome
E gere o medo

Nada pudera
Na sorte fera
Onde a concedo...

sábado, 7 de setembro de 2019

Rendido ao quanto
Pousasse além
E quando vem
Gerando espanto

Sonego o canto
E sigo bem
Sem ter desdém
O marco em pranto,

E vejo após
A velha foz
A voz do nada

A sorte mude
Diversa e rude
Já desolada...

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Meu erro apenas
E nada mais
Vagos sinais
Quando envenenas

Revendo as cenas
Tons tão venais
Já nada atrais
E me condenas

Bisonhamente
A vida mente
E molda o fim,

Já nada trago
Sequer o afago
E morro em mim.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Bradando à toa
A vida mente
E assim somente
Tola revoa,

A sorte boa
Vaga semente
Que enfim se ausente
E além ecoa.

Escoa a sorte
Moldando em porte
Diversidade,

Pudesse ter
Amanhecer
Em liberdade...

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Meu mundo em queda
A sorte escassa
Velha trapaça
Ali se enreda

Já nada seda
Quem em devassa
Jamais se faça
E o passo veda

Vencido bebo
Cedo o placebo
E sei do ocaso,

Sem tempo sigo
Em desabrigo
E enfim me atraso.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Já não
Soubera
A fera
Em vão

Verão
Na austera
Sincera
Visão.

E vejo
Desejo
Mortalha...

O corte
Aporte
Navalha...

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

domingo, 1 de setembro de 2019

Mudando o foco
Sem rumo ou zoom
Sou mais algum
Morrendo in loco,

E se desloco
Culpa do rum?
Por ser nenhum
Eu te provoco;

E bebo a morte
Que me conforte
A cada dia

Cactos eu planto
E o desencanto
Enfim veria...

sábado, 31 de agosto de 2019

Piano bar
A noite passa
A sorte escassa
E sem luar,

Ledo piano
Tocando em tédio
Sequer remédio
Ao desengano,

E bebo assim
O gim sem cota
O que denota
Perto meu fim,

E brindo à noite
Que tanto açoite...

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Encarniçada
A luta vejo
E sei sobejo
Após o nada

Vencendo estrada
Sem azulejo,
O que prevejo
Em derrocada

Mergulho em vão
E vou ao chão
Sem mais saber

Do todo em nós
Da amarga foz
Em desprazer...

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Já não veria
O que inda trago
Bebendo um trago
De poesia

Vivendo o dia
E sem afago
Tanto divago
Melancolia.

Mas tanto insistes
Cenários tristes
Em riste o sonho

Apenas traz
A dor tenaz
Canto medonho...

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Já não se quer
Apenas isto
E se conquisto
O tom qualquer

Do que vier
E sei que nisto
Sendo malquisto
Feito em qualquer

Cenário ou mote
Quebrando o pote
Denote a guerra

E assim desnuda
A luta muda
E o caos me aterra...

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Reconheci
Meus erros tais
Enquanto trais
E me perdi,

E desde aqui
Velhos sinais
Disperso cais
Mal concebi.

Bebendo o fel
O tom cruel
Da boca amarga

De quem se fez
Estupidez
E o sonho embarga.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Não tendo o todo
Sequer o pouco
Se eu me treslouco
Enfrento o lodo,

E bebo a morte
Sanguíneo passo
E sei devasso
O quanto aporte

Medonhamente
O não se espera
Velha quimera
Rosnando mente,

E o caos digere
E nada espere...

domingo, 25 de agosto de 2019

54

A rude voz
De quem se fez
Em altivez
E rompe os nós

Na fonte atroz;
A insensatez
Onde me vês
E nada após,

Presumo o corte
E bebo o norte
Em dimensão

Diversa e traça
A leda e escassa
Compilação.

sábado, 24 de agosto de 2019

Por este mundo
Que tanto quis
Vencer a atriz
Onde aprofundo

E assim me inundo
Em cicatriz
Da geratriz
Tom turvo, imundo.

Negar o quanto
Ainda espanto
Trazendo enfim,

Meu mundo escasso
Aonde eu traço
Restos de mim.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

E longamente
A vida traça
A sorte escassa
E mesmo mente

Nada se sente
Nesta fumaça
E o tempo passa
De mim ausente,

Bebendo a morte
Que não comporte
Sequer o prazo

E quando vejo
Em mesmo ensejo
Somente ocaso...

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Peregrinei
Sem ter descanso
O quanto alcanço
Em triste grei

Tanto expressei
No verso manso
Que tento e avanço
Sem rumo e lei,

Marcado então
Na sensação
Do caos em mim,

Apenas vivo
O ser cativo
Do início ao fim...

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

O rock errou
Meu tempo em caos
Outros degraus
Tempo tomou,

Verso negou
Diversos graus
Frotas sem naus
O que restou?

Some e divise
O quanto pise
Nos cacos meus

E parco verso
E nele imerso
Preparo adeus...

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Jamais se vira
O olhar venal
Num ritual
Em leda mira,

Tanto retira
Consensual
Caminho igual
Rude mentira,

A senda atroz
E já sem voz
Apenas tenho

O olhar vazio
E desafio
Em torpe empenho.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Não posso mais
Ousar no canto
E quando e quanto
Tu derramais,

Olhando o cais
Vislumbro o manto
Puído encanto
Entre chacais,

E vejo bem
O mundo tem
E vem sem nexo

Do quanto eu quis
O ser feliz
É tão complexo...

domingo, 18 de agosto de 2019

Bebendo à farta
O quanto possa
Vencer a nossa
Mostrando a carta

E se descarta
O que remoça
Ou mesmo em troça
Não mais comparta,

Eu bebo o fim
E sei que enfim
Já nada cabe

Somente o vago
Em ledo afago
Que ora desabe...

sábado, 17 de agosto de 2019

Já não pudera
Saber sequer
O quanto quer
Noite sincera

Da vida a esfera
Dita o que der
E da mulher
A faca espera,

O beijo rude
O quanto pude
E sei que é vão,

Jamais previsse
Nesta mesmice
A solução.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Mereço o corte
Ferida e chaga
No quanto vaga
Esta alma em porte

E não suporte
Sequer a plaga
Aonde afaga
A lenta morte,

E me enveneno
Já sendo pleno
No beijo em falso

Momento escasso
Onde desfaço
E me descalço.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

nútil fardo
O tempo audaz
A voz se faz
E nela o bardo

Morrendo em cardo
Preço tenaz
Que tanto traz
E nada aguardo,

Espero apenas
Após as cenas
As negações

E quando tento
Vencer o vento
Me decompões.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Mudando o rumo
Felicidade?
Jorrando invade
O velho sumo

Em podre aprumo
A queda brade
Matando e enfade
Onde me esfumo,

Vestindo a cota
A vida nota
O fim do prazo,

E sei do quanto
Ainda em pranto
Gera o descaso.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

O verso em trama
Vivida luta
Já não se escuta
Sequer o drama

E quando clama
Vencida e bruta
Outrora astuta
A sorte é lama.

Vestindo o sonho
E assim componho
Meu marco zero,

Jamais teria
Além do dia
Atroz e fero...

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O caos num canto
O vago passo
E nada faço
Só me quebranto

E sei do pranto
O rumo escasso
E o tempo lasso
Em desencanto.

Marcando a sorte
No quanto aporte
Além do cais

Encontro em neve
O que se atreve
E agora trais...

domingo, 11 de agosto de 2019

Já não mais veria
O todo sem rumo
E quando me esfumo
Vital fantasia

Marcando agonia
Do passo onde aprumo
O corte em resumo
Em senda sombria,

Apenas desato
E sei que em tal ato
O fim se presume,

Pudesse traçar
Além do luar
A noite em tal lume...

sábado, 10 de agosto de 2019

Já nada se faz
Sem ter tal alento
Do quanto me invento
E sei ser audaz,

Mas sendo tenaz
O verso em momento
Diverso apresento
Embora mordaz,

Fartura do nada
A mesma alvorada
Deveras perdida

Nos ermos da vida
Por sorte lembrada
Em cada ferida...

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O prazo se esgota
A sorte também
E nada contém
Perdendo esta rota

A luta sem cota
O medo em desdém
E o quanto retém
Esbarra na frota

Vestindo o passado
O quanto inda evado
O todo que é meu,

Jamais poderia
Na sorte sombria
Que o prumo perdeu.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Já não me cabe
O quanto trago
Vencido afago
Tudo desabe

A morte sabe
Do preço e vago
Quando divago
Tanto se acabe,

O preço e a forma
O que deforma
Permite o fim

E bebo o sangue
Em lodo e mangue
Guardado em mim...

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Desodoriza
Esta alma rude
E nela pude
Aquém da brisa

O que matiza
E mesmo mude
O passo ilude
E nada avisa,

O canto em paz?
Jamais se faz
E nada temo

Somente o passo
Deveras lasso
Em tom extremo.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

O verso em vão
Podada senda
A luta atenda
A dimensão

Da negação
E não desvenda
Sequer entenda
Os que verão

Após o caos
Os dias maus
Degraus e quedas

E sei do fútil
Cenário inútil
Onde me vedas...

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Renego o sonho
E sigo alheio
O quanto veio
Traduz medonho

E nada oponho
Em vão receio
E tramo em veio
O ser bisonho

Matando a sorte
O que comporte
Já não me basta

E o preço rude
Que tanto ilude
Também desgasta...

domingo, 4 de agosto de 2019

A vida renega
E nada resgata
A sorte desata
Deveras mais cega

E quando se apega
Também me maltrata
E assim já retrata
O mar que navega.

A senda desfeita
Ousando na espreita
Tocaias e tramas

Diversa armadilha
A dor se polvilha
E nada mais clamas.

sábado, 3 de agosto de 2019

As luzes se apagando
As cinzas do que sou
Apenas sigo e vou
No tempo sem ter quando,

O corte sonegando
O quanto desenhou
Matando o que restou
E mesmo desabando.

O prazo acaso o ocaso
E nada onde comprazo
Presume uma saída

Jogado pelos cantos
E neles ledos prantos
Mesclando morte e vida...

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A vida sem proveito
Em face discordante
No quanto se garante
Matando o quanto aceito,

E vejo insatisfeito
Seguindo doravante
O prazo que inconstante
Volvesse de outro jeito,

Aprendo com meus erros
E sei dos meus desterros
Vagando em cerros, vales,

Jamais contendo o grito
Que tanto necessito
Na dor que em morte exales.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

O sonho desta infame
A luta sem sentido
O passo removido
O quanto em vão se clame,

O bêbado ditame
O marco consumido,
A morte que lapido
As dores em enxame,

Examinando o caos
Ascendo em vários graus
Ao quanto nunca pude,

E vejo mais de perto
Enquanto me deserto
Inércia em atitude...

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Desonra-se a verdade
No prazo que se finda
A luta já não blinda
E marca insanidade,

Procuro claridade
E nada enfim me brinda
Somente o quanto ainda
O tempo ora degrade.

O prazo determina
O fim da cristalina
Vontade sem proveito,

Esmeraldina fonte
Enquanto desaponte
Marcando o velho leito...

terça-feira, 30 de julho de 2019

Ao ser aquela que
Deveras poderia
E nada me traria
Sequer o que se vê,

O sonho não se crê
A luta em agonia
Expressa a rebeldia
Sem rumos, num cadê...

O verso inverso e rubro
E quando me descubro
Em sanguinário espaço

O quanto tanto tive
Agora não contive
E sigo em rumo escasso.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

A voz prostituída
A sorte sem capricho,
O quanto em velho nicho
Desfaz a própria vida

Olhando e de saída
Apenas fero bicho
Qual fora mero lixo
Na luta indefinida.

O verso em desafeto
Retenho e me completo
Nos vácuos: solidão.

Marcasse assim tal fato
E nisto o que constato
Expressa a dimensão...

domingo, 28 de julho de 2019

Dormindo sobre pregos
Os dias entre fúrias
Marcados por incúrias
Em passos rudes, cegos,

Moldasse a dimensão
Dos erros costumeiros
E sigo teus luzeiros
E neles a expressão

Do quanto pode e deve
A luta sem proveito
E quando enfim aceito
Caminho bem mais leve

O tempo desafia
E mata o dia a dia...

sábado, 27 de julho de 2019

Respeito os meus tropeços
Em atropelos tantos,
E sei dos desencantos
E neles adereços

Pousando em velhos cortes
Gerados pelo nada
A sorte anunciada
Traduz apenas mortes,

Não quero qualquer trilha
Supérflua nem vital
O dia em tal sinal
No nada não palmilha

E bebo apenas isso,
O tempo mais mortiço.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Ousando estar desnudo
Sem ter a proteção
Que sirva de ilusão
Enquanto me transmudo,

O passo eu sei, contudo
Marcada dimensão
E nele outros verão
O grito atroz e agudo,

Arcando com enganos
Tocado pelos danos
Esbarro no não ser,

E aqueço a noite fria
No sonho onde traria
Um novo amanhecer.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Presentes que recebes
Dos quanto ora ajudaste
Apenas rota esta haste
Destroçam velhas sebes,

E assim enfim percebes
O todo em vil desgaste,
E quanto sonegaste
E nisto o não concebes

Eu trago em carne viva
A sorte que se priva
Sanguínea tempestade,

O prazo determina
A velha vã neblina
E o tempo após se evade...

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Marcando em amizade
Pousando em sonho falso,
Preparo o cadafalso
E nisto me degrade,

Travando a liberdade
O sonho ora descalço
O mundo este percalço
Que tanto desagrade

Rompendo o próprio caos
Os dias ledos maus
Olhos sem horizonte,

E o quanto nos redime
Explica qualquer crime
Que além inda desponte.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Amigo eu poderia
Se amigos eu tivesse,
A vida nada tece
Somente a voz sombria

E gera em agonia
Aquém da rara prece
E o que inda me enobrece
Semente ora vazia

E feito em aridez
O todo se desfez
Sem ter qualquer alento,

E bebo em ti cicuta
A sorte não reluta
Exposta ao vão tormento...

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Coxins em pedra e espinho
O quanto me legaste
E o tempo em tal contraste
Traduz-se mais daninho,

Negando o quanto alinho
No prego que cravaste
No sonho, ora em desgaste
Amargo e rude vinho.

Bebendo em tua pele
Ao quanto me compele?
Repulsa e nada mais.

Expulsa de minha alma
Tal luz que ainda acalma
Restando os temporais...

domingo, 21 de julho de 2019

Vestal? Que hipocrisia...
A sílfide falida
Marcada pela vida
Em nada mudaria,

Ainda fantasia
Em ares; presumida,
Porém tão desvalida
Já nada mais teria,

O vento noutro rumo,
Aos poucos se me esfumo
Presumo o que não trace

Sequer o quanto é rude
Vencer o que não pude
E mostre a velha face...

sábado, 20 de julho de 2019

Escravidão somente
O que na mão me trazes
E sei dos incapazes
Terrenos, vã semente.

O fim já se apresente
E toque co’as tenazes
Em sendas mais mordazes
A luta de um demente,

O caos se aproximando
Aonde mais nefando
Marcasse o fim e o nada,

Depois de já perdido
O mundo revolvido,
A história sonegada.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Cidade que maldita
Adentra dentro em mim
Traçando agora o fim
E nada se permita

Somente o quanto irrita
A vida sempre assim,
Jogado bebo enfim
A sina mais aflita.

O prazo determina
O quanto em tal neblina
Adentro em suicídio

Dos sonhos o dissídio
Promete apenas ermo
Cenário em turvo termo...

quinta-feira, 18 de julho de 2019

A vida se anuncia
Bebendo em cada gole
Carpindo o quanto esfole
Deixando a sorte fria

Erguendo a voz sombria
Falhando enquanto bole
Girando o quanto role
Habito o que não via.

Ilusionário passo
Jogado em tom devasso
Levando ao fim o tanto

Marcando sem sentido
Nascendo desvalido
Ousando em desencanto...

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O verso se sonega
No passo sem proveito
E quanto mais aceito
Percebo a sorte cega,

E sei do que navega
O mundo em ledo pleito
Vencida de tal jeito
Esta alma em nada apega,

Vestindo a mesma sorte
Trazendo em paz a morte
No olhar já sem caminho,

Meu verso se iludira
E tanto em vã mentira
Encontro o mais mesquinho.

terça-feira, 16 de julho de 2019

O rastro se percebe
No corte e sem sentido
E quando fui ferido
A sorte noutra sebe

A luta se concebe
O prazo resumido
E o tempo revolvido
Aonde o tanto embebe

A vida em tom venal
O sonho em desigual
Caminho se traduz,

E a morte nos redime
Do quanto em medo e crime
Deixei além a luz...

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Não quero outro detalhe
Apenas o que inda resta
Na sorte feita em fresta
Aonde se batalhe

E sei do quanto espalhe
Marcando em medo e festa
O todo que se empresta
Ao momento aonde falhe.

E nada mais se vendo
Somente este remendo
Do que deveras fora

Esta alma sem segredo
O mundo onde concedo
Esta voz vã, sonhadora...

domingo, 14 de julho de 2019

Natal no pensamento
Marcando pelo medo
Do passo onde concedo
O verso em tal lamento

O quanto quero e tento
Embora seja ledo
Expressa desde cedo
O velho alheamento,

Seguindo em procissão
As sortes se verão
No nada ou no vazio,

E quando se presume
A vida em leme e lume
Esqueço o próprio fio.

sábado, 13 de julho de 2019

O tanto contemplando
Maravilhosamente
O corpo nada sente
A morte desde quando

O todo anunciando
Aonde o passo sente
E vejo plenamente
A luz já se expressando

Após o que inda houvera
Na leda primavera
No caos em rastro e espaço,

Os astros se em conflito
A sorte enquanto imito
O sonho agora escasso...

sexta-feira, 12 de julho de 2019

A morte atocaiada
E o fim se traz inteiro
E nisto o mensageiro
Não trama quase nada

Somente a mesma estrada
E o velho e derradeiro
Caminho sem canteiro
Negando uma florada,

A parte que me cabe
Bem antes que desabe
Jamais se fez inteira

E bebo em penitência
A vida em vã ciência
E enquanto ela se esgueira...

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Tu és o que jamais
Pensasse ser diverso
E neste passo verso
Ousando além do cais,

Os dias/temporais
O quanto desconverso
E mesmo se disperso
Adentro os funerais,

O mundo em tuas mãos?
São rasos os teus chãos
E vãos os teus caminhos,

Mas deves persistir
Mesmo que sem porvir
Engodos são daninhos...

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Não pude acreditar
Nem mesmo na vontade
Que tanto e até agrade
Em tom claro e solar

Mesquinho caminhar
Recende à fria grade
Negando a liberdade
Sem pouso e sem lugar,

O sonho se antepondo
E quando em vão me escondo
Apenas vejo o fim,

Vender falsa ilusão?
Prefiro a escravidão
Que habita dentro em mim...

terça-feira, 9 de julho de 2019

Já não mais me coubesse
A sorte em tom gentil,
O quanto ora se viu
Tramando em leda prece

O todo não se tece
E o prazo se extinguiu
Marcando em tom mais vil
O quanto em vão padece,

O corte em carne exposta
Do quanto quer e gosta
A sorte em heresia

Na tétrica presença
Da dor que me convença
Do que eu jamais teria...

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Bebendo gole a gole
O amargo da ilusão
Gerada em decepção
No quanto em vão me assole,

O tempo nos degole
Em leda gestação
Marcando em dimensão
Diversa o que me esfole,

O prazo determina
O fim da leda sina
E o pranto derramado,

Nas ânsias do que eu posso
Embora em vão destroço
Ainda inútil, Brado...

domingo, 7 de julho de 2019

Meu verso inverso e solto
Presume o que não possa
Viver além da nossa
Vontade onde é revolto

O passo que ora escolto
E marco enquanto apossa
A sorte desta fossa
Num sonho jamais douto.

Inclino-me ao que fosse
Diverso deste agridoce
Cenário onde me dou,

E sei que a morte rege
E não se faz herege
Devora o que restou...

sábado, 6 de julho de 2019

O passo que se dera
Sem rumo ou vão sentido
No todo resumido
Traçando esta nova era

E dela o que se espera
Gerando além do olvido
O canto suprimido
A sorte amarga e fera?

Já não me caberia
Sequer a fantasia
Na déspota ilusão,

E bebo da sangria
Vital patifaria
Em torpe dimensão.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Expandindo os limites da potência
Vontade se traduz satisfação,
E o quanto destes passos; moldarão
Além em explosão vital ciência,

Acentuando o passo em imanência
E nisto novos templos se erguerão
Ao gozo da verdade em expressão
Gerada sem qualquer nova ingerência.

A vida se traduz em tal aporte
E nisto o que me importa ora conforte
Vivendo por viver o que inda resta

Ousando nos sentidos sem temores
Seguindo o quanto queres ao propores
Aproveitando então a menor fresta...

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Potência se traduz em conseguir
Chegar à magnitude além, suprema
E quando na verdade já se extrema
Trazendo limitado algum porvir,

Viver cada momento como um todo
Sem medo do que possa acontecer
E nisto o que trouxesse algum prazer
Jamais se formaria num engodo,

Caminho que se trace não harmônico
Nem mesmo noutro mundo, estágio e sina
O gozo sem limites que fascina
Presume este cenário enfim hedônico

O gosto que se emana desta sorte
Que tanto nos seduza e nos conforte.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Um mundo que termina por si só
E traz somente o quanto aqui se vê
E o traço mais audaz tendo o seu quê
E não se renovando após o pó.

Vontade de existir e nisto traz
Potencialmente o todo em ar descrente
E vivo tão somente o que se sente
Sabendo se decerto até mordaz,

Sentir cada prazer e nele a sorte
Gerada tão somente nos conforte
E traga a sensação de plenitude

A morte finda a história e sem a glória
O corpo se desfaz em leda escória,
Promessa tola e vã jamais me ilude...

terça-feira, 2 de julho de 2019

Gerando após o medo
O tanto que se fez
Na velha insensatez
No canto onde concedo,

A vida em desenredo
E nela já não vês
O quanto a cada vez
Pudesse bem mais cedo,

Sedento em vária luz
Bebendo o que produz
Somente em fel e tédio,

Do quanto que se quis
Apenas infeliz
Vagando em ledo assédio...

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Um tempo sem proveito
O verso sem sentido,
Ainda se lapido
O mundo onde me deito,

Caminho que ora aceito,
Há tanto resumido
No canto presumido
E nele me deleito,

Vestindo esta mortalha
A sorte não se espalha
E gera o mesmo nada,

Depois da senda exposta
A vida decomposta
A carne destroçada...

domingo, 30 de junho de 2019

Negar cada momento
E ter a presunção
Dos tempos noutro não
E quanto me atormento...

Bebendo em raro vento
Ou mesmo outros virão
Na sórdida impressão
Do dia em desalento,

Não canto, nem tentara
Vencer a sorte amara
Amarras em vão cais

Dos tantos que inda queira
Minha alma sorrateira
Domina cães venais.

sábado, 29 de junho de 2019

Blindagem da esperança
Em tolo desafio,
E o quanto em poderio
O passo não alcança

A sorte sendo mansa,
O medo por um fio,
Concreto em desvario,
E a morte em frente à lança

Vestígios de uma luta
Já tanto se reluta
E bebo sem sentir

O prazo determina
O fim da velha sina
E nada no porvir.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Bisonhamente a vida
Expressa o que não veio
E sei do passo alheio
Na sorte desprovida

Do quanto dilapida
E marca em devaneio,
E sinto o que rodeio
Na luta esvaecida,

Escalo esta montanha
Aponto e nada ganha
Senão a morte e o fim,

Vibrando em consonância
A vida em abundância
Sonega enquanto eu vim.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Negar o meu cenário
E ter sequer o quanto
Deixara em qualquer canto
Do vago itinerário,

Amor este operário
Marcando o desencanto
E quando me garanto
Somente sou corsário,

Esbarro nos meus erros
E sei dos tais desterros
Vencendo o caos em mim,

E bebo tão somente
O passo imprevidente
Tocado pelo fim.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

A paz já não se faz
E nada se apresente
Do quanto impertinente
A luta é mais mordaz,

Pudesse ser audaz
E nada me contente
Apenas o que atente
E meça em tom tenaz,

Vestindo o mesmo enfado
Aonde eu sigo e evado,
Do fado mais ferrenho,

Tentando novo dia
E nele enfim teria
O quanto em luz convenho.

terça-feira, 25 de junho de 2019

Ruínas tão diversas
E gera noutro passo
Marcando o rumo escasso
E nele não dispersas

E quando sempre versas
Medonho e vão espaço
Enquanto agora traço
Aonde desconversas

Negando o dia a dia
E nada mais teria
Senão este caminho,

Bebendo o que restara
Depois nesta seara
Seguindo mais sozinho.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Meu canto sem sentido
O prazo determina
A vida que me ensina
O tanto resumido,

No caos onde duvido
Da pouca ou rara mina,
E quando é cega a sina
E nela vou perdido,

Cansado desta sorte
Trazendo o que comporte
E nada mais se vendo,

O prazo se espreitando
A nisto desde quando
A vida diz remendo.

domingo, 23 de junho de 2019

Predominantemente
A vida não marcasse
Além do velho impasse
O quanto traz em mente,

E vejo, de repente
O mundo onde se trace
Vencendo o que moldasse
Na luta mais premente.

Somando o quanto queira
Na sorte derradeira
E nada mais se vendo,

Apenas o que possa
Traçar e sei da fossa
Aonde eu vivo; horrendo.

sábado, 22 de junho de 2019

Não tive outro caminho
Nem mesmo inda quisera
Vencendo a torpe fera
Em clima mais daninho,

Repare o ser sozinho
E mate a primavera,
Negando esta quimera,
Gerando após espinho,

O verso se presume
E nada em vão perfume
Permite a sorte em paz,

Do quanto pude ou não
Bebendo a ingratidão
Somente o nada traz.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Cardíaco temor
De quem se fez além
E o tanto quanto vem
Expressa o desamor,

Marcando com amor
Aonde houve desdém,
A morte sempre tem
Dos sonhos, refletor,

Vestindo a sorte aonde
O tempo agora esconde
O mundo sem tormento,

Depois de cada engano
O dia dita o dano
E em vão nada alimento.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Uma ânsia sem sentido
O mundo não traria
Além desta agonia
Aonde em paz lapido

O dia desprovido
Da vaga fantasia
Gerando esta harmonia
Em sonho resumido,

Vestindo a fonte em dor
E nisso o dissabor
Transcende o quanto pude,

Depois de tanto tempo
Apenas contratempo
Num dia amargo e rude...

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Esta influência dita
A vida sem fluência
E sei da consistência
De uma alma mais aflita

E sendo ora maldita
Em vária negligência
Aporta-se a ciência
E nada mais permita

Vencendo os meus anseios
A vida em tantos veios
Pudesse desvendar,

Caminhos divergentes
E mesmo quando tentes
Enfrento o ledo mar...

terça-feira, 18 de junho de 2019

Infante sensação
Já não me traz a sorte
E bebo a rara morte
E nela outro verão,

Ainda não virão
E nada me conforte
Ainda que suporte
As armas noutro chão,

Encontro o que se fez
E nesta insensatez
Narcísica verdade

O prazo determina
O quanto em voz ladina
A vida nos degrade

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Na gênese do engano
A fúria sem sentido,
O beijo resumido
Na parte onde me dano,

Aparte que profano
Ou verso onde me olvido
Do todo presumido
E nada sinto humano,

O corte nesta artéria
A vida diz miséria
E vejo em senda fria

Apenas o que quis
E sendo este infeliz
A luta não se adia...

domingo, 16 de junho de 2019

Um monstro em face escusa
Amante do vazio
Andando no sombrio
Cenário onde se cruza

A porta não abusa
E o medo dita o frio,
E quanto em desvario
Traduz a alma reclusa,

Vestindo tão somente
O quanto mesmo tente
Ou nada em paz se veja,

Entrego-me de fato
E vejo e assim constato
Cabeça em tal bandeja...

sábado, 15 de junho de 2019

Harmônica loucura
Domando cada passo
E quanto mais desfaço
A sorte me procura,

E bebo a desventura
Em velho e vão cansaço
Bebendo em descompasso
A noite sempre escura,

Emoldurando o fato
E nada mais retrato
Senão a minha morte,

Vestígios de uma espera
Marcando quem me dera
Um dia que conforte...

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Imperceptivelmente
O tanto já se fez
Em rara estupidez
E assim decerto mente,

O nada se apresente
E mostre a insensatez
Do mundo em cupidez
Pousando em leda mente,

Descrédito total,
O verso mais banal
O canto em tom diverso,

Querendo ou não, perdido,
Do pouco que lapido
Num ato eu desconverso.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Eviscerado rumo
De quem buscara a paz,
E tanto quanto faz
Ou mesmo me consumo,

Vestindo em ledo prumo
O canto pertinaz
Vestígio contumaz
E nada mais assumo,

Errático cometa
A vida me arremeta
Contra as diversas rocas,

E sei do prazo findo
E quando me deslindo
Tempestas tu provocas...

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Minha alma concentrada
Nas lutas mais venais
E quando tu me trais
A sorte dita o nada,

A paz embolorada
Ardumes em cristais,
Os olhos magistrais
A morte anunciada.

Bebesse cada gota
Da vida mesmo rota
Na rota que previsse,

Além desta tolice
Tolhendo toda luz
E nela não me opus.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Circulo contra a fúria
De quem se fez audaz,
A sorte até tenaz
Traduz a velha incúria

E sei do quanto espúria
A tez leda e mordaz
O quanto não se faz
Matando em rara injúria,

A chaga prometida
Além desta ferida,
Cautérios não resolvem,

E os passos sem proveito
No quanto me deleito
Os dias se dissolvem...

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Olhando para o teto
Reflexos do demônio
E sei da alma em mecônio
Meu velho desafeto,

E quando me repleto
Do vasto pandemônio
Tomado pelo hormônio
Gerado em desafeto,

Arcádico momento
E dele me arrebento
No infarto que não quis,

Imerso neste vago
Cenário que ora trago
Cerzindo em cicatriz...

domingo, 9 de junho de 2019

Erguendo-me a tremer
Matando uma esperança
E quanto mais avança
A morte eu posso ver,

Bebendo o apodrecer
Da vida outrora mansa,
Marcante confiança
Jamais eu pude crer,

Esbarro no vazio
E sei do quanto crio
Do nada que me deste,

A sombra mais dorida
Do quanto me invalida
A sorte feita em peste.

sábado, 8 de junho de 2019

Um molho feito em mangue
E o corte aprofundado
No tempo desenhado
O corpo segue exangue,

Augúrios mais diversos
E neles outros tantos
Os olhos, desencantos,
Ausentes belos versos

Num beco sem saída
Num antro onde me escondo
O mundo se repondo
A porta destruída,

Bulindo em desencanto
A morte é o que garanto...

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Paredes entre ocasos
Nesta brumosa tarde
Aonde o que me aguarde
Vencendo turvos prazos,

E vejo em tais atrasos
O tanto que retarde
O passo sem alarde
Sangrando em vários vasos,

A manta consagrada
A luta desenhada
E o nada mais constante,

Destrói-se tal segredo
E quanto mais concedo
O fim já se garante.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Ígneo caminhar dita
A sorte em desvario
E quando a desafio
Percebo-a mais maldita,

A luta se transmita
A cada novo fio
E quanto mais sombrio
Meu verso ora me excita,

Bebendo a podridão
Esgotos mostrarão
Apenas o que resta

Da fúnebre verdade
E nisto se degrade
A vida em rara festa...

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Ardências entre dores
A morte se anuncia
E bebo a alegoria
E nela sem te opores

Vagando em tais olores
Mergulha a hipocrisia
E trama em agonia
Diversos dissabores,

Estúpido poeta
Filosofando a vida
Há tanto já perdida

E nada mais pudera
Entregue à velha fera
E a sorte se deleta...

terça-feira, 4 de junho de 2019

Orgânica loucura
Já não me deixa mais
Seguir em dias tais
A sorte que assegura,

Na tétrica figura
Esboços abissais
E sempre que me trais
Apenas desventura...

Mergulho neste caos
Em vagos dias maus
Esbarro no nefasto

Cenário nauseabundo
E quanto mais me inundo
Da vida enfim me afasto.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Ao veres o que fomos
Também nada verias
Sequer as fantasias
Dos dias velhos gomos,

E sei que quando somos
Ocaso em vis sombrias
Verdades e agonias
Dispersos, velhos tomos,

E o bêbado caminha
Enquanto a mais daninha
E pútrida verdade

Apetecendo ao sonho
Cruel vago e medonho
Que tanto me degrade.

domingo, 2 de junho de 2019

Recolho os meus farrapos
E sigo em tal caterva,
A sorte sendo a serva
Exposta nestes trapos,

Aonde se presume
O fim e nada mais,
Os meus restos mortais
Expressam tal ardume,

Vestindo em senda rude,
A morte se aproxima
E molda este atroz clima
Enquanto desilude,

Vestígios do que fui?
Castelo na alma rui...

sábado, 1 de junho de 2019

Ao meu quarto chegando
Em dura fantasia
O quanto não veria
Sequer em contrabando

A morte em tom infando
O passo serviria
Apenas de ironia
No todo desvairando,

O corte sem sentido
O verso resumido
Na podre e vã carcaça.

Caçado pelo infausto
Um ser que em holocausto
Do nada o nada traça...

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Em passos largos, segue
A vida sem sentir
O quanto do porvir
Pudesse e em vão consegue,

Ainda que navegue
O mar faz resumir
O tempo de seguir
E nada mais sonegue,

Apenas se veria
A luz em sintonia
O verso em tom suave,

Depois de tantos falsos
Os olhos cadafalsos
Aonde amor se agrave...

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Estrelas tão distantes
Olhares sem segredo,
O quanto me concedo
E logo ora adiantes

Presumem tão brilhantes
Os dias sem degredo
E sei que desde cedo
Os sonhos me garantes,

Depois de tanto engano
A vida não mais dano
E bebo em goles raros,

Somente esta ventura
Que amor tanto assegura,
Teus olhos belos, claros...

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Suspiros entre sonhos,
Mergulhos na esperança
E quanto mais se dança
Em dias tão risonhos,

Outrora em enfadonhos
Caminhos leda lança
A morte em tal fiança
Os medos mais bisonhos,

Refaço cada verso
Pensando no universo
Diverso de teu braço

E o passo segue além
Enquanto já contém
Amor que quero e traço.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Nesta vibrante corda
Viola em serenata
Ousando me arrebata
Amar quem quero acorda,

E vejo o quanto aborda
A noite que insensata
Tramando sem bravata
O amor que se recorda,

Rebordas entre tantas
E nelas tu garantas
As sortes mais audazes,

E quantas vezes busco
Sabendo o mundo brusco
O encanto que inda trazes.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

A mão mais ansiosa
Procura um cais em ti
Depois do que vivi,
A sorte busca a rosa,

Mulher que majestosa
Encontro ou já perdi,
Acendo o que embebi
Na luta caprichosa,

Forrando o dia a dia
Enquanto se queria
Querências mais diversas

Marcando o que se possa
Na vida sempre nossa
Aonde em paz tu versas...

domingo, 26 de maio de 2019

Amor diversa chama
Incendiando o peito
De quem se fez e aceito
Vencido a cada drama,

No quanto o tanto clama
E bebo de tal jeito
Amor tão satisfeito
Vestindo o quanto trama,

Bebendo sem temor
As tramas deste amor
Nas teias da esperança

Assim sem medo ou quase
A vida já se embase
Na sorte onde me lança.

sábado, 25 de maio de 2019

As músicas serenas
Tocadas pelo vento
Querendo ou não invento
O quanto me condenas,

Servindo em noites plenas
As sortes num alento
Tramando o pensamento
E nele tanto acenas,

Restauro os passos quantas
Verdades que acalantas
Marcantes emoções

Somando cada passo,
O mundo agora eu traço
Enquanto o canto expões...

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Quebrado pelo sonho
Enquanto quis o todo,
A vida sem denodo
O passo decomponho,

Do condor eu proponho
Além de sem engodo
Vencer o mar e o lodo
Num dia mais risonho,

Seguindo cada trilha
Aonde a sorte brilha
E molde novo rumo,

Bebendo inteiro o sumo,
Diversa maravilha
Em ti, o amor resumo...

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Ao planar de cada folha
Ao vento se entregando
O tanto quanto é brando
O mar que nos recolha,

A vida sem a bolha
Negasse desde quando
O corte nos rondando
A morte não escolha,

E sei do que tentasse
Mercando cada impasse
No palco em discordância,

Vestindo este fantoche
A vida já deboche
E marque esta distância...

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Nas noites de verão
Calores e temores
Aonde quer e fores
Teus olhos não verão

Sequer a precisão
Dos dias em rancores
E bebo destas cores
Olores da emoção,

Arcaico e velho engano
Aonde me profano
E dano cada passo,

Vestido de palhaço
O mundo segue escasso
Enquanto em vão me dano...

terça-feira, 21 de maio de 2019

Janelas onde um dia
Um pássaro aportara
Agora esta seara
Aos poucos se perdia,

Presumo o que traria
A voz de quem prepara
A sorte bem mais clara,
Ou mera fantasia,

No preço a se pagar
Na ausência de luar
No medo mais constante,

E sei do quanto é rude
Meu canto não me ilude
E nada mais garante...

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Chegando aos meus ouvidos
A voz de quem se fez
Em plena estupidez,
Momentos revolvidos,

Deixando repartidos
Os olhos onde vês
O quanto não mais crês
Em passos divididos

Ocasos entre noites
Marcadas por açoites
Vergastas da esperança

Procuro um raro sonho
E quando o decomponho
O fim em mim avança...

domingo, 19 de maio de 2019

Tristeza tão somente
O quanto me restara
Aqui nesta seara
Marcada plenamente

E ainda que se tente
Vencer a velha e amara
Verdade que escancara
E nisto sou poente,

Penando sem porvir
O tempo que há de vir
Sonega alguma luz

E quanto necessito
O canto mais aflito
Ao nada me conduz...

sábado, 18 de maio de 2019

Medidas do fastio
Irônica verdade
Que tanto desagrade
Enquanto a desafio,

O tempo sempre frio
Ausente claridade
Cadê felicidade?
Perdida em ledo rio?

Ascendo ao que pudesse
Trazer a rara messe
Talvez nalgum sorriso,

Mas sinto o meu destino
Em meio ao desatino
E nada mais preciso.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Devaneando sigo
Vencido pela sorte
Que trace cada corte
E nele o desabrigo,

Invisto e não consigo
Sequer quem me suporte
Marcando este árduo norte
Às margens do perigo,

O preço a se pagar
No prelo embolorar
Sentido sem razão

O verso quase espúrio
O tanto sem murmúrio
Ausente salvação...

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Ao meditar, absorto
Pensando no passado
No tempo desenhado
Em velho e torpe porto,

Meu canto como aborto
O verso onde me evado
O sonho ora cevado,
O canto agora morto,

E moribundo ser
Seguindo ao bel prazer
Num séquito demente,

A luta se anuncia
Sem ter alegoria
Apenas chega e mente...

quarta-feira, 15 de maio de 2019

A cada novo inverno
A vida se hibernando
Depois já desenhando
Em ar sobejo e terno,

O quanto assim externo
Sabendo desde quando
Meu mundo se traçando
Num templo audaz e interno,

Esqueço cada engodo
E deixo aquém o lodo
Vestindo a fantasia

De quem primaveril
Jamais pudera ou viu
A luz que mais queria...

terça-feira, 14 de maio de 2019

Na pardacenta tarde
O todo se perdendo
Meu passo mais horrendo
E nele nada aguarde

Somente o que retarde
O dia que desvendo
O tempo onde bebendo
A luta não resguarde,

E quanto pude além
O verso não contém
Sequer algum acorde,

Domínios mais diversos
Os passos são dispersos
E nada aquém recorde...

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Centenas de milhares
Enganos costumeiros
E sei dos meus canteiros
E neles teus altares

E quando cultivares
Os olhos derradeiros
Profanos, doces cheiros
Certezas ao domares,

Escuto o que traria
A noite em alegria
Na lua mais completa,

Porém mero cometa
Ao quanto me arremeta
Transforma a luz em seta...

domingo, 12 de maio de 2019

Lições de aprendizagem
Diversa e dolorida,
A sorte resumida
A vida em tal aragem,

Vestindo tal paisagem
E nela esta descida
Enquanto não regrida
Ao passo em tal miragem,

Mirabolante sonho
E nele decomponho
O todo sem valia,

Do quanto poderia
Ou mesmo outro bisonho
Escavo a poesia...

sábado, 11 de maio de 2019

Um livro em suas mãos
Os olhos no horizonte
E quando já desponte
Os termos noutros vãos,

Renego velhos grãos
E tento qualquer fonte
Sem nada que me aponte
Os dias, meus irmãos,

Reparo cada passo
E sei do quanto escasso
O verso acinzentado,

O mundo em tal matiz
Deveras já não quis,
Porém jamais me evado...

sexta-feira, 10 de maio de 2019

O quanto é mal vestido
O sonho em fantasia
E assim não me traria
Amor que ora lapido,

Evento presumido
Na senda em heresia
E sem a sintonia
O corte corroído,

O preço a se mostrar
A noite a destroçar
O pranto se recolha,

Ainda neste outono
Do quanto me abandono
Na brônzea e leda folha...

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Um mestre este ancião
Que sabe bem da vida
Deveras repartida
Em ermos que verão

No caos ou mesmo em vão
A luta presumida
Restando o que duvida
Divida a direção,

Esbarro no vazio
E tento ou mais recrio
O dia em guerra ou paz,

O preço a se pagar
O tempo a me afastar
Do quanto amor me traz...

quarta-feira, 8 de maio de 2019

O canto mais sonoro
O verso sem temor,
A vida num amor
Ainda mais canoro,

E o quanto disto em foro
Diverso e redentor
Do jeito como for
Caminho a ti decoro,

E bebo o privilégio
De um mundo mais régio
Restando dentro da alma,

Assim depois de tudo,
O mundo ora transmudo
E a senda assim me acalma...

terça-feira, 7 de maio de 2019

A mancha carmesim
A roupa já guardada
A sorte anunciada
Distando ora de mim,

Mas trago e sei enfim
Da bela madrugada
E tanto fora em nada
O quanto sigo ao fim.

Regendo cada passo
Somente o que inda traço
Fagulha de esperança,

A vida sem proveito
O tempo aonde aceito
O corte que se lança...

segunda-feira, 6 de maio de 2019

O sonho fugitivo
Ditame de uma vida
Há tanto dolorida
Num ermo mais cativo,

E quando enfim me privo
Da luta mais sofrida
A sorte dividida
A tempo eu sobrevivo,

Vestindo esta quimera
A boca sempre espera
Tocaia que não veio,

Servindo de repasto
Ao quanto em vão me afasto
Semeio este receio...

domingo, 5 de maio de 2019

A vida num cartel
O tempo sem juízo
O passo que preciso
Perdendo o velho céu,

O rumo em carrossel,
O manto em prejuízo
E quando me matizo
Meu canto é mais cruel.

Venal e prepotente
Aonde se contente
O risco sem afeto,

Pergunto e nada ouvindo
Meu mundo agora é findo
Ausente não completo.

sábado, 4 de maio de 2019

Trazendo estes cristais
Em neve frio e gelo,
A vida sem tal zelo
Dos dias desiguais

Pudesse em magistrais
Caminhos sem desvelo,
Amor quando eu contê-lo
Tentasse sempre mais,

Escuto a voz do vento
E bebo o pensamento
E tento outro cenário,

Mas sei que quando invento
O tempo temerário
Traduz ser solitário...

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Tanta monotonia
Regendo o passo aquém
Do quanto não mais vem
Nem mesmo se recria,

Bebendo a fantasia
Vestígios de outro bem,
Negando ser alguém
A luta não viria,

Expresso o quanto possa
Na sorte que foi nossa
E agora se perdera,

Assim ao refazer
Caminho sem prazer
Pavio esquece a cera...

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Sonhos colegiais
De tempos que se vão
Os olhos sem razão
Momentos desiguais

Em versos tão banais
Os templos da emoção
Depois da solidão
Cenários mais venais,

Versando sobre o fato
Aonde o que constato
Retrato em rude cena,

Vestindo o que pudesse
A sorte nega a prece
A pressa me condena...

quarta-feira, 1 de maio de 2019

A tarde fria e quieta
Sem sol e sem virtude
Ainda desilude
E nada mais completa,

Pudesse ser poeta
Ou mesmo em atitude
Manter a juventude
Antiga e rude meta,

Apenas o que vejo
Trazendo sem desejo
O rumo sem proveito,

Depois de cada engano
Aos poucos se me dano,
Sozinho então, eu deito.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Descansa sob a terra
A luta sem desvios
E sei dos vãos sombrios
Gerados pela guerra

Meu passo ali se encerra
E marca os velhos rios
Antigos desafios
Marcando cada serra,

No prazo que repleta
A vida de um poeta
Mergulha no non sense

E sei que sem sentido
O tempo dilapido
E nada me convence...

segunda-feira, 29 de abril de 2019

As gentes que se trazem
Em dias consonantes
E nisto se garantes
Os tempos não desfazem,

Os olhos que se aprazem
Dos sonhos delirantes
E sei dos diamantes
Que as sortes não comprazem,

Um gole de aguardente
O canto não se sente
Nem mesmo se pudera

Trazer com plenitude
O quanto nada mude
E gere a velha fera.

domingo, 28 de abril de 2019

Um dia como tantos
Os outros que passamos
Sem erros ermos ramos,
E sem teus desencantos

Verdade dita prantos
E sei que sem vãos amos
Os olhos que clamamos
Seriam tais encantos,

Vestindo a sorte plena
A vida não condena
E segue sem descanso,

Mas quando se presume
A vida sem perfume
Apenas vago, alcanço...

sábado, 27 de abril de 2019

Esta água refrescante
Neste calor atroz
Ainda mais feroz
O tempo se garante,

E sei deste escaldante
Cenário aonde algoz
A vida nega a voz
E marca doravante

Potencialmente sigo
O prazo aonde abrigo
Se fez uma aventura,

A porta já lacrada
A noite anunciada
A luta se assegura...

sexta-feira, 26 de abril de 2019

O vinho onde se brinda
O tempo sem sentido
O quanto revolvido
Caminho não se finda,

A noite sendo ainda
O verso onde me olvido
Do tanto resumido
E nada se deslinda,

Semente sem proveito
O quanto aquém aceito
E verto em plenitude,

Meu manto em tal discórdia
A luta sem concórdia
A vida desilude...

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Nos dias quando há festa
A boca não sacia
E bebe a poesia
E nela já se empresta,

Vagando o que me resta
De pouca alegoria
Vencida fantasia
Adentra em cada fresta,

Não pude e nem se quer
Saber o que sequer
Seria o quanto venha,

A luta sem descanso
O passo enquanto avanço
Negando o que inda tenha...

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Pergunta sem resposta
A vida não suporta,
E vendo a velha porta
Ainda aquém exposta,

O quanto se desgosta
E mesmo se comporta
Navego em luta e aborta
A sorte decomposta,

Encontro o mais sereno
No passo onde enveneno
Bebendo em farto gole,

O mundo sem razão
Os dias moldarão
O quanto em dor assole...

terça-feira, 23 de abril de 2019

O quanto se conhece
A mula pelo passo,
O tempo pelo escasso
Cenário sem a messe,

Vencida esta quermesse
O tanto quanto traço
Deveras já desfaço
E bebo o que merece

A sorte sem sentir
O mundo sem porvir
O quanto se consagre

Ao termo que se quis
E sendo este infeliz
Meu vinho, o seu vinagre...

segunda-feira, 22 de abril de 2019

O velho sentimento
Do tempo sem valia
A vasta fantasia
Aonde o nada invento,

Pudesse noutro intento
Beber esta alegria
Que tanto nos faria
Entregue ao raro vento,

E vejo do meu mundo
O senso onde aprofundo
O passo em inconstância

Depois de certo prazo,
O dia onde me atraso
Gerasse a velha estância...

domingo, 21 de abril de 2019

Cavalgo muito além
Tropéis de uma ilusão
Sabendo a sensação
Que tanto não convém

Procuro por alguém
Algemo a solidão
E bebo desde então
O tempo sem desdém,

Aprendo ou mesmo tento
Sentir o pensamento
Pesando sobre mim,

Vencido cavaleiro
Do mundo o mensageiro
Do início até o fim.

sábado, 20 de abril de 2019

Chegasse ao sitio aonde
O muno desenhasse
Além do velho impasse
O quanto corresponde

E nada mais se esconde
Aonde o desejasse,
Marcante a velha face
E nela o que responde,

Vestindo a fantasia
Do tanto que queria
E nada mais se visse,

Amar sem ter segredos
Em dias mesmo ledos,
Jamais será tolice...

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Os palmos já medidos
Das ânsias e temores
E quando além tu fores,
Os erros repartidos,

Assim velhos sentidos
Gestando os meus andores
Marcando os tais tumores
Em dias repetidos,

Esqueço o quanto pude
E vendo o vento rude
Bebendo a minha sina,

A luta determina
O fim do que pudesse
Sem medo regra ou prece...

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Laboram sobre o solo
E vergam a esperança
E quando mais amansa
O tempo não consolo,

Vislumbro cada dolo
E sei desta aliança
A vida traz a lança
E nega qualquer colo,

Apenas tais vestígios
Do mundo onde em litígios
Bebesse a solidão,

O tempo sem ter tempo
Negando o passatempo
Meus olhos não virão...

quarta-feira, 17 de abril de 2019

O quanto houvesse visto
Do tempo de partida
Marcando a minha vida
E nisto tanto insisto,

Bebendo e não resisto
A luta prevenida
A morte consumida
No sonho onde imprevisto

Escalo tal montanha
E quantas vezes ganha
A morte sem saber

O medo se transforma
E ronda a velha forma
Do pranto e do prazer...

terça-feira, 16 de abril de 2019

Empestando esta terra
Diversa da que um dia
Pudesse e até faria
Na sorte que me encerra,

Vestindo em plena guerra
A fonte em agonia,
O quanto ludibria
A luta onde desterra,

O passo sem proveito
Enquanto o nada aceito
Esbarro nos meus erros,

E sinto além dos cerros
O pouco que virá
E o mudo desde já...

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Má gente que buscando
A sorte noutro passo
Disfarça o seu cansaço
Num dia ameno e brando,

Ainda em contrabando
O tempo mais escasso
O dia que desfaço
O mundo se moldando,

Vestindo a inglória senda
E nada mais desvenda
Sequer o quanto eu quis,

Vagando em redondilha
A vida traça e trilha
Os sonhos do infeliz...