Acreditar na sorte
Privando o meu sentir
E nisto o que há de vir
Já não mais me comporte,
Vacante o rumo e aporte
Matando o presumir
De um tempo a permitir
O canto noutro norte,
Vasculho e nada vejo
Somente o que no ensejo
Pousasse dentro da alma.
Amortalhando o passo
Aonde quero e traço
O verso que me acalma...
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
terça-feira, 29 de outubro de 2019
Mergulho no passado e vejo apenas
As sombras do que um dia fora um homem,
Imagens distorcidas logo somem
E restam tão somente meras cenas,
E quanto mais ao nada me condenas
Torturas entre farsas já consomem
E o tempo entre fantasmas que me tomem,
Negando sortes calmas e serenas.
No cálice quebrado perco o vinho
E sei do meu momento mais mesquinho
Aprofundando os olhos num passado
Aonde fui feliz e bem sabia,
Vivendo vigorosa fantasia
Agora perco a vida e sigo ao lado...
As sombras do que um dia fora um homem,
Imagens distorcidas logo somem
E restam tão somente meras cenas,
E quanto mais ao nada me condenas
Torturas entre farsas já consomem
E o tempo entre fantasmas que me tomem,
Negando sortes calmas e serenas.
No cálice quebrado perco o vinho
E sei do meu momento mais mesquinho
Aprofundando os olhos num passado
Aonde fui feliz e bem sabia,
Vivendo vigorosa fantasia
Agora perco a vida e sigo ao lado...
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Abrindo o coração a quem se dera
Bem mais do que qualquer vontade atroz
O vento se espalhando mais feroz,
O véu do céu tomado noutra esfera,
O verso se esquecendo – primavera-
Apenas o que vejo vem após
Mesquinharias tantas, louca voz
Rondando minha casa, esta quimera,
E o passo traduzisse esta Medusa
E quando a sorte dita mais confusa
A estrada sem ter nexo ou sem sentido,
Do quanto poderia e nada veio
Somente o que me resta em devaneio
Deixando meu destino a ser cumprido.
Bem mais do que qualquer vontade atroz
O vento se espalhando mais feroz,
O véu do céu tomado noutra esfera,
O verso se esquecendo – primavera-
Apenas o que vejo vem após
Mesquinharias tantas, louca voz
Rondando minha casa, esta quimera,
E o passo traduzisse esta Medusa
E quando a sorte dita mais confusa
A estrada sem ter nexo ou sem sentido,
Do quanto poderia e nada veio
Somente o que me resta em devaneio
Deixando meu destino a ser cumprido.
domingo, 27 de outubro de 2019
Jamais encontrarás qualquer lembrança
Do ser que inda tentara alguma luz
Decerto o quanto resta e reproduz
Transcende ao próprio engodo enquanto avança.
Não trago dentro da alma esta fiança
E vejo na aliança o corte e o pus
Aonde sem certeza alguma eu pus
O sonho nada resta e só me cansa,
Vestindo hipocrisia feita em ódio,
A dor se transformando em louro e pódio
Na insólita presença do vazio,
E bebo deste cálice – vinagre,
Espero que; quem sabe; se consagre,
Mas quando me percebo; nada crio.
Do ser que inda tentara alguma luz
Decerto o quanto resta e reproduz
Transcende ao próprio engodo enquanto avança.
Não trago dentro da alma esta fiança
E vejo na aliança o corte e o pus
Aonde sem certeza alguma eu pus
O sonho nada resta e só me cansa,
Vestindo hipocrisia feita em ódio,
A dor se transformando em louro e pódio
Na insólita presença do vazio,
E bebo deste cálice – vinagre,
Espero que; quem sabe; se consagre,
Mas quando me percebo; nada crio.
sábado, 26 de outubro de 2019
Não posso e nem queria novo sonho
O velho já bastou. Estou sozinho
E quando me encontrava em vão, mesquinho
Apenas todo engano em ti componho.
Vencido pela audácia do enfadonho
Momento onde buscasse mesmo um ninho
E a vida sonegando – pleno espinho-
O tempo se esgotando em ar medonho,
Mas sei que no final me bastaria
O pouco que inda tenho em ironia
Vestindo as fantasias de bufão,
Ainda quando ouvisse a voz do vento
Trazendo esta lembrança, o sentimento,
O tanto quanto resta traça o não.
O velho já bastou. Estou sozinho
E quando me encontrava em vão, mesquinho
Apenas todo engano em ti componho.
Vencido pela audácia do enfadonho
Momento onde buscasse mesmo um ninho
E a vida sonegando – pleno espinho-
O tempo se esgotando em ar medonho,
Mas sei que no final me bastaria
O pouco que inda tenho em ironia
Vestindo as fantasias de bufão,
Ainda quando ouvisse a voz do vento
Trazendo esta lembrança, o sentimento,
O tanto quanto resta traça o não.
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
Vento traz na madrugada
Entre nuvens o sombrio
Caminhar em desvario
E tentar a nova estada,
Venço a sorte ou resta o nada
E tampouco desafio
O que possa e mal espio
Esta face degradada
Noutro ponto da cidade
Sem sentido ou liberdade
Linear anseio eu vejo
E tramando novo rumo
Onde quer que em vão me aprumo
Só me resta o ledo ensejo...
Entre nuvens o sombrio
Caminhar em desvario
E tentar a nova estada,
Venço a sorte ou resta o nada
E tampouco desafio
O que possa e mal espio
Esta face degradada
Noutro ponto da cidade
Sem sentido ou liberdade
Linear anseio eu vejo
E tramando novo rumo
Onde quer que em vão me aprumo
Só me resta o ledo ensejo...
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
Ao brindar em festa e luz
Este palco determina
A verdade cristalina
Onde o pouco além propus,
Verso quando enquanto opus
O desejo sem a mina
A saudade se extermina
Quando outrora recompus
A vencida solução
Entre farta exposição
E o caminho ou mesmo a sorte
No que tange à poesia
Do meu sonho se exporia
O tormento desconforte...
Este palco determina
A verdade cristalina
Onde o pouco além propus,
Verso quando enquanto opus
O desejo sem a mina
A saudade se extermina
Quando outrora recompus
A vencida solução
Entre farta exposição
E o caminho ou mesmo a sorte
No que tange à poesia
Do meu sonho se exporia
O tormento desconforte...
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
Nunca pude conviver
Com vontades discrepantes
Onde quer que me adiantes
Não consigo me envolver
E tivesse tal poder
Entre luzes deslumbrantes
Os caminhos torturantes
Impedindo o amanhecer,
De tal sorte a vida trama
O que tanto vivo em drama
E mergulho insanamente
Bebo a morte em largos goles
E decerto se me imoles
O meu tempo ora se ausente...
Com vontades discrepantes
Onde quer que me adiantes
Não consigo me envolver
E tivesse tal poder
Entre luzes deslumbrantes
Os caminhos torturantes
Impedindo o amanhecer,
De tal sorte a vida trama
O que tanto vivo em drama
E mergulho insanamente
Bebo a morte em largos goles
E decerto se me imoles
O meu tempo ora se ausente...
terça-feira, 22 de outubro de 2019
Eu não quero esta verdade
Que decerto não foi minha
Esta luta tão mesquinha
Quanto mais nos desagrade
Ouço a voz da liberdade
Que em meu peito ora se aninha
E bebendo o que continha
Na esperança em claridade,
O vazio sem destino
O meu passo desatino
E o cenário se reflete
Noutro tanto que pudera
Desvendar cada quimera
E esta história se repete...
Que decerto não foi minha
Esta luta tão mesquinha
Quanto mais nos desagrade
Ouço a voz da liberdade
Que em meu peito ora se aninha
E bebendo o que continha
Na esperança em claridade,
O vazio sem destino
O meu passo desatino
E o cenário se reflete
Noutro tanto que pudera
Desvendar cada quimera
E esta história se repete...
segunda-feira, 21 de outubro de 2019
domingo, 20 de outubro de 2019
sábado, 19 de outubro de 2019
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
quarta-feira, 16 de outubro de 2019
Jogado sobre as rocas
O barco da esperança
Apenas nada alcança
E nisto me provocas
Vencendo o quanto alocas
Decerto em tal vingança
A vida em temperança
E os ermos já convocas
E trazes sem sinal
O passo em ritual
Diverso e sem proveito,
Mas quando me inundasse
A sorte sem repasse
Caminho onde me aceito...
O barco da esperança
Apenas nada alcança
E nisto me provocas
Vencendo o quanto alocas
Decerto em tal vingança
A vida em temperança
E os ermos já convocas
E trazes sem sinal
O passo em ritual
Diverso e sem proveito,
Mas quando me inundasse
A sorte sem repasse
Caminho onde me aceito...
terça-feira, 15 de outubro de 2019
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
domingo, 13 de outubro de 2019
sábado, 12 de outubro de 2019
O que jamais eu poderia ver
Depois de tanto tempo solitário
O barco naufragando, itinerário
Tragado pelo etéreo renascer,
E quando se aproxima amanhecer
O mundo cobra além seu honorário
E o canto se anuncia temerário
Fazendo cada canto padecer
Expresso esta verdade em tom cruel
E sei do quanto possa em meu papel
Ao léu sem direção, seguindo o vento,
Meu verso se trajando deste luto
Ainda quando possa em vão reluto
Deixando no passado o sentimento...
Depois de tanto tempo solitário
O barco naufragando, itinerário
Tragado pelo etéreo renascer,
E quando se aproxima amanhecer
O mundo cobra além seu honorário
E o canto se anuncia temerário
Fazendo cada canto padecer
Expresso esta verdade em tom cruel
E sei do quanto possa em meu papel
Ao léu sem direção, seguindo o vento,
Meu verso se trajando deste luto
Ainda quando possa em vão reluto
Deixando no passado o sentimento...
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Não me cabe quase nada
Nem saber o que talvez
No princípio, todo mês
Trouxe a morte desenhada
A verdade sempre enfada
De concreto o que tu vês
Gesta a pouca lucidez
Sorte sempre mal lançada
Presunçosa fantasia
Onde o todo deveria
Ser ao menos mais suave,
Mas sem ter qualquer domínio
Meu caminho sem fascínio,
Cada passo um novo entrave...
Nem saber o que talvez
No princípio, todo mês
Trouxe a morte desenhada
A verdade sempre enfada
De concreto o que tu vês
Gesta a pouca lucidez
Sorte sempre mal lançada
Presunçosa fantasia
Onde o todo deveria
Ser ao menos mais suave,
Mas sem ter qualquer domínio
Meu caminho sem fascínio,
Cada passo um novo entrave...
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Bebo o passo e me abandono
Outro tento e nada vindo
O que outrora quis infindo
Com certeza não abono,
Entregando ao velho sono
O meu passo ora deslindo
E pudesse quando o blindo
Ter certeza do que adono,
Mas se ufana esta mentira
Do que envolve e me retira
Sem sentido em tom mordaz,
Tomo um gole de cerveja
Que esta história sempre seja
Da esperança que se faz...
Outro tento e nada vindo
O que outrora quis infindo
Com certeza não abono,
Entregando ao velho sono
O meu passo ora deslindo
E pudesse quando o blindo
Ter certeza do que adono,
Mas se ufana esta mentira
Do que envolve e me retira
Sem sentido em tom mordaz,
Tomo um gole de cerveja
Que esta história sempre seja
Da esperança que se faz...
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Já não cabe qualquer chance
De saber a dimensão
Da verdade em rumo vão
Onde o todo não alcance
E inda mais quando descanse
Da sobeja promissão
O caminho traz missão
Mesmo aquém do quanto avance
Esperando qualquer dia
Pelo quanto inda viria
Em momento desigual,
Da saudade que restara
Derramando na seara
Talvez reste algum sinal...
De saber a dimensão
Da verdade em rumo vão
Onde o todo não alcance
E inda mais quando descanse
Da sobeja promissão
O caminho traz missão
Mesmo aquém do quanto avance
Esperando qualquer dia
Pelo quanto inda viria
Em momento desigual,
Da saudade que restara
Derramando na seara
Talvez reste algum sinal...
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Na inconstância da passada
A versão que não se dera
No caminho da pantera
A visão enviesada
A esperança se degrada
A vontade nega espera
O meu mundo destempera
A saudade desenhada
Nesta lua que comove
E em verdade além se move
Num rastro de pura prata
O meu canto sem paragem
O meu verso em tal miragem
Nada mais tenta e retrata.
A versão que não se dera
No caminho da pantera
A visão enviesada
A esperança se degrada
A vontade nega espera
O meu mundo destempera
A saudade desenhada
Nesta lua que comove
E em verdade além se move
Num rastro de pura prata
O meu canto sem paragem
O meu verso em tal miragem
Nada mais tenta e retrata.
domingo, 6 de outubro de 2019
Marcas velhas que inda trago
Do meu mundo em tom atroz
E negando a minha voz
O que fosse mero afago
Presumindo e assim divago
No cenário mais feroz
E seguindo logo após
Da esperança bebo um trago,
Mas perdida a dimensão
Dos caminhos que virão
Sortilégio ou privilégio?
A verdade não produz
O que tanto foge à cruz
Num momento quase régio...
Do meu mundo em tom atroz
E negando a minha voz
O que fosse mero afago
Presumindo e assim divago
No cenário mais feroz
E seguindo logo após
Da esperança bebo um trago,
Mas perdida a dimensão
Dos caminhos que virão
Sortilégio ou privilégio?
A verdade não produz
O que tanto foge à cruz
Num momento quase régio...
sábado, 5 de outubro de 2019
Apresento tais escusas
E no fim em paralelo
O que posso e não revelo
Na verdade ora entrecruzas,
Cenas rudes e confusas
Meu destino enfim eu selo
No caminho onde me atrelo
Ao buscar as fúteis musas,
Já não pude revelar
Expressão onde pudesse
Não desdenhando esta messe
Nem tentasse outro lugar
Presunçosa madrugada
Não me traz sequer mais nada...
E no fim em paralelo
O que posso e não revelo
Na verdade ora entrecruzas,
Cenas rudes e confusas
Meu destino enfim eu selo
No caminho onde me atrelo
Ao buscar as fúteis musas,
Já não pude revelar
Expressão onde pudesse
Não desdenhando esta messe
Nem tentasse outro lugar
Presunçosa madrugada
Não me traz sequer mais nada...
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Arrogante caminheiro
Dos vazios deste espaço
O que possa e nega o traço
Já não forma este canteiro,
E se posso e não me inteiro
O momento segue lasso
E deveras me desfaço
Do não ser, o derradeiro.
A mortalha se tecendo
Na verdade outro remendo
Sobreposto ao que se fez
Não pudesse mais prever
O que tanto quis saber,
Mas se mostra insensatez...
Dos vazios deste espaço
O que possa e nega o traço
Já não forma este canteiro,
E se posso e não me inteiro
O momento segue lasso
E deveras me desfaço
Do não ser, o derradeiro.
A mortalha se tecendo
Na verdade outro remendo
Sobreposto ao que se fez
Não pudesse mais prever
O que tanto quis saber,
Mas se mostra insensatez...
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
Ao colher os nascimentos
Do vazio que se empresta
Ao que tanto fora festa
Expressando tais tormentos
Na verdade desalentos
Ditam sorte mais funesta
E o caminho desembesta
Sem trazer sequer proventos
Nada tendo no final
O que possa em tal sinal
Presumir qualquer carinho
O meu verso em desafeto
Este palco em dor repleto
Traz o tempo mais mesquinho.
Do vazio que se empresta
Ao que tanto fora festa
Expressando tais tormentos
Na verdade desalentos
Ditam sorte mais funesta
E o caminho desembesta
Sem trazer sequer proventos
Nada tendo no final
O que possa em tal sinal
Presumir qualquer carinho
O meu verso em desafeto
Este palco em dor repleto
Traz o tempo mais mesquinho.
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
Vou vivendo o que me dera
O caminho sem vestígios
Das vontades em litígios
Espreitando a dura fera
O cenário se produz
Sem qualquer alento, pois
Entre agora e até depois
O que resta não faz jus.
O meu canto sem juízo
O caminho destoando
Do que outrora brando
Hoje em vão não me matizo,
E sem nada que me reste
O meu mundo segue agreste...
O caminho sem vestígios
Das vontades em litígios
Espreitando a dura fera
O cenário se produz
Sem qualquer alento, pois
Entre agora e até depois
O que resta não faz jus.
O meu canto sem juízo
O caminho destoando
Do que outrora brando
Hoje em vão não me matizo,
E sem nada que me reste
O meu mundo segue agreste...
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Nos meus tempos de menino
Esperança desce o morro
E sem ter qualquer socorro
Cada passo eu não domino
Vou bebendo o meu destino
E podendo além eu corro,
Mas decerto quando escorro
Perco o rumo, cristalino.
E vencer a tempestade
Neste vórtice voraz
Desenhando o que traz
No vazio quando invade
Sendo assim já nada resta
Senão sorte má, funesta...
Esperança desce o morro
E sem ter qualquer socorro
Cada passo eu não domino
Vou bebendo o meu destino
E podendo além eu corro,
Mas decerto quando escorro
Perco o rumo, cristalino.
E vencer a tempestade
Neste vórtice voraz
Desenhando o que traz
No vazio quando invade
Sendo assim já nada resta
Senão sorte má, funesta...
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