quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Enfrento com destreza, o furacão
Sabendo deste cais que me ofertaste,
A dores vão tomando arribação
Fazendo com o sol raro contraste.
Deveras encontrei a solução,
Podendo me apoiar na incrível haste

Formada pelos braços bem mais fortes,
Do amor que já me toma plenamente.
Ao ter em minha vida tais suportes,
Enfim, posso dizer que vou contente.
Cicatrizando sempre os frios cortes
Vislumbro a eternidade, num repente.

Enxergo finalmente um bom futuro,
Já tendo totalmente o que procuro...
Um 2021 pleno de realizações para todos abraços Marcos

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Contigo eu aprendi como viver,
Depois de tropeçar em tantos erros,
Vislumbro o mais sublime amanhecer
No sol que surge sobre os altos cerros,
Erguendo o meu olhar eu posso ver
Aprisionadas dores, firmes ferros.

No aço do punhal que me ferira,
Há tempos esquecido sobre a mesa.
O amor acende em fúria, eterna pira
Deixando para outrem qualquer tristeza.
A terra em carrossel, não pára e gira
Mudando o rumo desta correnteza

Sabendo neste amor, a direção,
Enfrento com destreza, o furacão.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Nas fortes corredeiras da alegria
Eu deixo-me levar e não discuto,
O amor trazendo paz a quem sofria,
No canto mavioso que ora escuto
Eu sinto tanta paz, farta harmonia
Deixando para trás um gesto bruto.

Refém deste querer; assim me entrego,
Desejo sempre ser seu prisioneiro,
Outrora um andarilho em rumo cego,
Agora um benfazejo caminheiro,
Encontro o mar imenso em que navego
Sabendo do destino alvissareiro.

Teus lábios, minha fonte de prazer,
Contigo eu aprendi como viver.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Nos braços deste amor, um prisioneiro
Não quer e nem permite o seu resgate,
Nas teias destes sonhos, vou inteiro
Tramando em dia claro, um arremate
Roubando cada cor do teu tinteiro
Distante da tristeza que maltrate.

Menino que encontrou o seu brinquedo,
Astrônomo que vê um astro novo,
Sabendo decifrar qualquer segredo,
O mel de tua boca agora eu provo,
Deixando o meu passado, amargo e ledo,
Nos lábios de quem amo, eu me renovo.

Podendo desfilar tal fantasia
Nas fortes corredeiras da alegria.

domingo, 27 de dezembro de 2020

Não quero e nem permito mais adeus,
Depois de ter enfim, o raro sol,
Sabendo que encontrei nos olhos teus,
Após a negra noite o meu farol,
Seguindo cada lume, enfrento os breus
Bebendo de teu brilho- girassol...

Os dias, sei que foram mais cruéis,
Perdi o meu caminho em meio ao vento,
Alçando uma esperança nos corcéis
Ligeiros e libertos, pensamento.
A vida vai girando em carrossel,
Nas mãos do sonhador, um cata-vento.

Nos mares deste amor, sou timoneiro,
Nos braços deste amor, um prisioneiro...

sábado, 26 de dezembro de 2020

O amor com seu poder; chega e repele,
As dores que vieram como em bando.
A cada novo sonho em que se atrele
Permite um novo dia, anunciando
A glória que se entranha em cada pele,
Contínua sensação, tudo tomando.

Guardara nos armários as saudades;
Heranças de um momento vil, cruel,
Ao ver nascer enfim, felicidades,
Um novo azul tomou todo o meu céu,
Promessas benfazejas, divindades
Entornam sobre nós o puro mel.

Sentado calmamente junto a Zeus,
Não quero e nem permito mais adeus...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Encontro o paraíso que eu queria
Depois de padecer por toda a vida.
Erguendo o pensamento à poesia
Percebo finalmente uma saída.
Repleta de emoção e de alegria,
Decerto pelos Céus já protegida.

Caminhos que perfaço sem cansaço,
Adentro ao mar imenso feito amor.
Deitando meu prazer em cada abraço,
Eu sinto o mundo inteiro a me propor
Um dia de bonança que ora traço
Os rumos deste bem libertador.

Passado que entranhara em minha pele,
O amor com seu poder; chega e repele.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Invadem em momentos mais bonitos
Falenas procurando um vago lume,
Fazendo deste sonho, nossos ritos
Encharco a minha vida no perfume
Nascido nos canteiros infinitos,
Matando erva daninha, este ciúme...

Em versos e poemas não me canso,
Emérita emoção que já transborda.
O rio que percorro; agora manso,
Floresce mavioso em cada borda.
O sonho alvissareiro enfim alcanço
Atado em teu amor, serena corda.

Vibrando de emoção, vou todo dia,
Encontro o paraíso que eu queria.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Flechado por Cupido e sua seta,
Não tenho mais escolha, sou teu par.
Colheita que se faz sempre completa
Desfruto toda a glória do pomar
Cevado pelo amor que se completa
Nos olhos que se emprenham de luar.

Persigo a cada noite a estrela guia,
Deixando o sofrimento em outra esfera.
O mundo se fartando de alegria
Permite reviver a primavera
Matando com suave fantasia
A dor da solidão, temível fera.

Somando nossos sonhos, infinitos
Invadem em momentos mais bonitos...

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vencendo qualquer forma de perigo
Não temo mais a noite e os pesadelos,
Sabendo que encontrei em ti, abrigo,
Sentindo os teus carinhos. É bom tê-los,
Vivendo esta emoção sinto o perfume,
No toque mais suave em teus cabelos...

Encontro, finalmente o meu destino
Diverso da terrível solidão,
Um novo amanhecer, já descortino
Nos braços deste amor feito em paixão.
Depois de tanto tempo em desatino,
Já sei tudo o que eu quero, e a direção

Seguida por amor, louco cometa,
Flechado por Cupido e sua seta...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O sonho em que perceba este remanso,
Depois das duras curvas do caminho,
A sorte que buscara, enfim alcanço
Sabendo que não vou jamais, sozinho.
No amor que me tornou suave e manso,
Decerto cada passo, agora alinho.

Erguendo para além destas montanhas
Meus olhos na procura deste olhar,
Mudando, de repente, minhas sanhas,
Percebo como é bom poder sonhar.
As luzes ao teu lado são tamanhas,
Fazendo a nossa estrada rebrilhar.

Eu sei o quanto quero estar contigo,
Vencendo qualquer forma de perigo...

domingo, 20 de dezembro de 2020

Na eterna sensação de um carnaval,
Festejo nosso amor indivisível,
O gosto em tua boca, sem igual,
Além do que pensara previsível.

Recebo o doce alento de um carinho,
Entrego o coração a cada encanto.
Da glória soberana eu me avizinho,
Coberto pelo amor, perfeito manto.

As sendas que percorro; tão floridas,
Trazendo este perfume inebriante.
Atando dia-a-dia nossas vidas,
Eu quero usufruir a todo instante

Da força que tu dás só por amar,
De cada vez mais firme procurar.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Libertos, sem grilhões, senões ou amos,
Levamos nossos barcos mar afora.
Perfeita sintonia que encontramos,
Permite esta viagem sem ter hora

Certeza que se tem de um manso cais,
Explica esta fantástica alegria,
Os dias são decerto magistrais,
Vivendo o bem maior da poesia.

Agora, companheira, em cada verso
Eu quero te dizer quanto eu te adoro,
Amor vai adentrando este universo
Em suas mansas mãos já me decoro

Trajando a paz que sei fenomenal,
Na eterna sensação de um carnaval...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Contigo a vida ganha novo viço,
Encontro finalmente o que buscava.
O amor interminável que eu cobiço
Não sabe em seu caminho, qualquer trava.

Em plena liberdade, prosseguimos,
Sem nada que nos cale, nem impeça.
Timões dos nossos barcos; conseguimos
Trazer na mesma rota, peça a peça.

Alvissareiro sonho que desfruto
A cada novo dia, mais te quero,
Bendito seja sempre o caro fruto
No amor que em minha vida é bom tempero.

Sabendo dos janeiros que passamos,
Libertos, sem grilhões, senões ou amos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

E agora está comigo em harmonia
A dona dos meus sonhos, minha musa.
A vida do teu lado, em alegria,
Distante ela se torna mais confusa.

Nos olhos da pantera eu me vicio
Embora o bote seja assim fatal
Sorvendo do prazer em cada cio,
Amor que sei sem fim, descomunal.

Vencido pelos olhos desta fera,
Eu sinto que encontrei felicidade.
Amor que em amor vida tempera
Permite à vida sempre qualidade.

Eu sou o que tu queres, sabes disso.
Contigo a vida ganha novo viço...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Meu barco no teu mar, desejo e ponho
Encontro a praia feita de emoções
Certeza de um momento mais risonho,
Tocando bem mais fundo os corações.

Acesas esperanças que nos guiam
Transportam pensamentos, vou além,
Invernos tenebrosos ora estiam
Entregues ao calor do nosso bem.

Servindo a quem cativa, ama e parceira,
Não deixo um só segundo de buscar,
Estrela que se mostra a derradeira
Deitando fluorescências no meu mar.

Mulher que um dia eu quis, e não sabia,
E agora está comigo em harmonia...

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Amor tudo renova, dia-a-dia
Moldando este cenário fabuloso,
Seguindo cada passo da alegria,
Expressa a divindade em cada gozo.

Por mais que inda resista, não consigo
Vencer a tempestade que me tinge
Bebendo deste vinho eu vou contigo
Nas mãos abençoadas desta esfinge.

Trazendo em cada enigma a solução
Vencendo ao fim de tudo os meus problemas,
Da força deste amor, revolução
Marcando em paz e glória seus emblemas.

Não vejo e nem pretendo o fim do sonho,
Meu barco no teu mar, desejo e ponho...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Um mundo tão sublime, agora eu vejo
Legando o medo estúpido ao passado.
Aproveito da noite cada ensejo
E bebo o teu prazer, extasiado...

Num repente que chega e me domina,
Calcando minha vida nos teus passos,
O vento das paixões quando alucina
Ocupa o coração, não deixa espaços.

Na barca dos meus sonhos aprisiono
Fazendo-te refém destas vontades.
A vida do teu lado nega o sono,
Prisões já representam liberdades.

Assim, em destemida romaria,
Amor tudo renova, dia-a-dia...

domingo, 13 de dezembro de 2020

O paraíso chega ao nosso quarto
Em forma constelar de raro brilho.
Do corpo desta estrela não me aparto
Bebendo extasiado cada trilho.

Sem nada que me impeça, alçando os céus,
Estampo em tua pele a tatuagem,
Marcando com meus lábios, rasgo os véus
Perfaço sem parada esta viagem.

Buscando em cada lume, o meu destino,
Vencido, o vencedor se mostra eterno.
O tempo de sonhar de ser menino,
Rasgando o paletó, desmancha o terno.

Salgando a minha pele; o teu desejo,
Um mundo tão sublime, agora eu vejo...

sábado, 12 de dezembro de 2020

Nos braços deste amor que nos desperta,
Eu faço a refeição, farta merenda,
O amor quando demais, pra sempre alerta
Retira dos meus olhos qualquer venda.

Aos poucos adentrando no Nirvana,
Do amor eu faço a mais perfeita droga,
De um jeito mais moleque e tão sacana,
Minha alma em teus prazeres já se afoga.

Galgando mil galáxias num momento,
Vislumbro o raro céu em farta luz.
Montada em meu corcel, tomando assento
Estrela em tua pele, vem, reluz...

Do quanto eu te desejo e não me farto,
O paraíso chega ao nosso quarto...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Vencemos os antigos, mortos, medos
A cada alvorecer em pleno gozo
Deixando mais distantes os degredos
De um tempo tantas vezes caprichoso.

Colhendo cada fruto do pomar,
Quarando as nossas roupas no varal,
Sentindo esta emoção aqui chegar,
Florindo em paz serena o meu quintal.

Das ladeiras que outrora transpassei,
Dos espinhos que foram tão freqüentes,
Destes cardos que tanto cultivei
Os acúleos; decerto, não mais sentes.

Seguimos; peito franco em alma aberta
Nos braços deste amor que nos desperta.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

No beijo sem igual que me alucina,
Eu mato a minha sede totalmente.
A lua num instante se declina
E toca a nossa pele, claramente.

Loucuras que fazemos toda noite
Certeza de um desejo saciado.
Sem medo da tristeza, duro açoite,
Sem remorsos, libertos do pecado.

Aguando com delícias este jardim,
Decerto colheremos mil perfumes,
Mostrando o que melhor carrego em mim,
Eu tenho nos teus olhos, belos lumes.

Assim, num jogo aberto e sem segredos,
Vencemos os antigos, mortos, medos...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Sentir a mansidão de um paraíso
Depois do duro inferno que eu tivera.
No toque carinhoso o que eu preciso,
Bastante pra verter a primavera.

As cartas sobre a mesa, sorte/azar
A vida em correnteza nunca pára,
Depois de tanto tempo, vim buscar
A flor que com certeza me aguardara

Fazendo do canteiro um lugar nobre,
Perfumes adentrando na janela.
Amor que em maravilha se descobre,
Na glória que decerto se revela

Na boca sedutora da menina
No beijo sem igual que me alucina...

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Encontra o cai perfeito em teu desejo
O amor que tantas vezes vagou só.
Bebendo a claridade que ora vejo,
Da saudade não sinto nem o pó

Deixado nas estradas que passei,
Em fartas ventanias levantado.
Agora que o caminho eu encontrei
Tristezas já são coisas do passado.

Retrato deste amor que me liberta,
Fornalhas em carinhos e prazeres.
A lágrima em meus olhos já deserta
A sorte está; querida onde estiveres.

E sinto ser possível, num sorriso,
Sentir a mansidão de um paraíso.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

De cada vez mais firme procurar
Saída para as dores que carrego,
Invado num momento o teu luar
E bebo do teu rumo, feito cego.

No rum de tua boca, me embriago,
Sentindo o teu perfume pelos ares.
Tomando de teu corpo cada trago,
Estendo o meu prazer a raros mares.

A moça poetisa se mostrando
A deusa que eu queria em minha vida,
A fonte dos desejos me entornando
A glória de encontrar clara saída.

Assim um navegante benfazejo
Encontra o cais perfeito em teu desejo.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Tramando um belo e raro amanhecer
A noite se prepara em bela prata
No claro plenilúnio eu posso ver
As folhas dançarinas nesta mata.

Convite para a festa e pro prazer
Que aos poucos, vem chegando e me arremata.
Amor que não tem fim vem me dizer
O quanto esta paixão sempre arrebata

O peito enamorado. Rondo estrelas,
Nas asas deste sonho eu me liberto.
Contando vaga-lumes, tu atrelas

Teu barco e assim chegamos a um remanso.
Vivendo o nosso amor, em rumo certo,
Eu quero o teu carinho, e não me canso.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Olhares no futuro em paz, eu boto
E vejo o dia claro que vem vindo.
O vento feito em brisa, agora eu noto,
Amor faz este mundo ser tão lindo.

A fonte do prazer jamais esgoto
E sinto o belo sol que vem surgindo,
Depois de um tempo amargo, ora remoto,
O medo de viver vai se extinguindo.

O quanto sou feliz contigo, amor,
Não cabe nos meus versos descrever,
O bom da vida mostra o seu valor

Em forma de alegria e de prazer.
Um novo mundo eu vejo recompor
Tramando um belo e raro amanhecer.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Felicidades; feito um chafariz
Brotando num olhar enamorado,
Gritando ao mundo todo: sou feliz!
Rompi com os grilhões do meu passado.

Agora que já tenho o bem que quis
A sorte me acompanha lado a lado.
O céu vai renovando o seu matiz
E o dia com certeza, iluminado.

Colhendo o que plantei em minha vida,
Minha alma no teu cais não mais perdida,
O tempo em sofrimento é tão remoto.

Nos lábios de quem amo mato a sede,
Deitando meu amor em mansa rede
Olhares no futuro em paz, eu boto.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Colhendo as flores raras da emoção
Fazendo uma corbelha divinal.
Tocando mais profundo o coração,
O amor vai se tornando sem igual.

E mesmo que isso seja uma ilusão
Mergulho carinhoso e triunfal;
Caminho que me leva à sedução
Do corpo mais perfeito e sensual.

As mãos que se procuram noite afora,
O medo vai distante, se perdendo.
Prazer que eternamente revigora

Promessas desta vida que eu bem quis,
No gozo deste amor, sinto vertendo
Felicidades; feito um chafariz.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

A luz que é libertária, assim se aflora
Moldando um dia claro, enlanguescente.
Vivendo o paraíso desde agora,
Percebo o quanto é bom o amor da gente.

A paz que num momento se assenhora
E toma a nossa vida num repente,
Promete: não irá jamais embora,
Deitando nos teus braços, tenramente.

Somamos nossos sonhos, sem temores.
O tempo se repleta nos amores
Que a vida já nos trouxe há tanto tempo.

Ao suplantarmos, juntos, contratempo,
Lavramos na aridez de um duro chão,
Colhendo as flores raras da emoção...

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Felicidade imensa, enfim se acena
Depois da amarga curva do caminho.
A sorte que se mostra, tão serena,
Expõe em suas mãos, manso carinho

A vida se promete agora plena,
Retira desta senda um duro espinho,
O vento do passado inda envenena,
Porém em teu amor, eu já me aninho.

Farrapos do que fui; o fogo queima
E deles vem surgindo um claro manto.
Às vezes um temor ainda teima,

Mas quando em calmaria, amor eu canto
Funéreas tempestades vão embora,
A luz que é libertária, assim se aflora.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Alçando ao infinito em fluorescências
Estendo em nosso quarto; mil estrelas,
Sentindo a raridade das essências,
Aromas sensuais que me revelas.

Delícia que se faz; doces ardências,
Culminam no prazer de assim contê-las
Dos raios do luar, calmas dolências
Permitem que se possa conhecê-las.

Assim caminha a terna madrugada
Na espera de um sublime amanhecer.
A lua tão serena, enamorada

Abraça a tua tez; prata morena,
E em meio a tantas ondas de prazer
Felicidade imensa, enfim se acena...

domingo, 29 de novembro de 2020

Trazendo a paz sincera que eu desejo
Manhã vai renascendo em raro brilho.
A vida em mansidão; assim prevejo
No amor, doce refrão, belo estribilho.

A vida aproveitando o raro ensejo
Perfaz este caminho que hoje eu trilho,
E nele toda a glória que eu almejo
Da vida feita em paz, sem empecilho.

Vasculho pela casa e quando vejo
Tua nudez divina e maviosa,
Acende logo a chama do desejo

E o jogo recomeça em transparências,
Colhendo em minha cama, rara rosa
Alçando ao infinito em fluorescências.

sábado, 28 de novembro de 2020

A seca do passado, enfim, deserto
E sinto a chuva mansa e promissora,
Prepara todo o solo e desde agora
Terei felicidade aqui por perto.

Quem veio de um caminho tão incerto,
Já sabe valorar a redentora
Presença de quem ama. A vida aflora
Tornando o coração bem mais experto.

No olhar de brilho farto, reluzente,
A maciez das mãos sobre meu peito,
Amor que assim domina toda a gente

Invade qual posseiro, benfazejo.
Felicidade plena é um direito
Trazendo a paz sincera que eu desejo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Eu sinto a brisa mansa, em calmo vento
Roçando a minha pele, o teu sorriso
Poeira no meu peito toma assento
E o toque dos teus lábios; mais preciso.

A vida vem trazendo sem aviso
De todo o que passei; cada tormento,
Um novo amanhecer em que diviso
O fim dessa amargura e sofrimento.

Sabendo da colheita prometida,
Nos braços deste nobre jardineiro,
Amor vai transformando a minha vida,

Permite que eu mantenha o peito aberto,
Aguando em emoções o meu canteiro,
A seca do passado, enfim, deserto.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Verdeja em nosso peito, a liberdade,
Rompendo estes grilhões que nos atavam,
Nas mãos que há tanto tempo já mostravam
Quanto é possível ter tranqüilidade.

Deixando para trás e sem saudade
Os dias em que as horas não passavam,
As frias madrugadas não deixavam
Sequer raiar aurora. Ansiedade...

Agora que percebo ser possível
O canto matinal dos passarinhos
Tornando o coração quase invencível

Mudando toda a sorte em um momento,
À sombra tão serena dos carinhos
Eu sinto a brisa mansa, em calmo vento.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Surgindo nos meus olhos, poesia;
Fazendo rebrilhar um sonho bom,
A lua se espalhando invade o dia,
E mostra a claridade em mesmo tom.

O quanto a noite em luzes principia
Garante ao manso dia o raro dom
Que é feito da beleza em fantasia,
A melodia acalma; suave som.

Trazendo para a vida a sensação
Da eterna juventude, inesgotável;
Aos poucos vem raiando uma emoção

Que entorna sobre nós felicidade,
Tornando o nosso solo mais arável
Verdeja em nosso peito, a liberdade...

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Rompendo do passado, estas algemas
Que tanto maltrataram. Não me engano:
Amores vêm e vão; em piracemas,
Qual fossem estações várias de um ano.

Por isso, coração, a dor não temas;
Por mais que venha cedo o desengano,
Renascem outros sonhos destas gemas
E o tempo vai passando soberano.

Assim como os cometas libertários,
O amor não se permite prisioneiro.
Na amargura sem par dos solitários

Eu bebo desta fonte noite e dia,
E dela num mergulho alvissareiro,
Surgindo nos meus olhos, poesia...

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Eu quero o teu carinho, e não me canso
De cada vez mais firme procurar
O sonho em que perceba este remanso,
Gostoso de viver e desfrutar.

O coração batendo calmo e manso
Procura nos teus braços descansar.
Paraísos contigo eu sempre alcanço,
E sonho com delícias deste mar

Do amor que se mostrou ser mais capaz
De ter a solução para os problemas,
No riso mais feliz decerto traz

Riqueza que se encontra em raras gemas,
Amor que assim nasceu, em tanta paz,
Rompendo do passado, estas algemas...

domingo, 22 de novembro de 2020

Contraditória luz aonde se permite
Apenas o vazio e nisto passo a crer
Possível fantasia em vasto amanhecer
Embora se perceba ausente algum limite

Atrevo-me a sonhar e nisto delimite
O quadro mais sombrio, e quando o pude ver
Tecendo dentro da alma o céu a se perder
No quanto em sordidez ainda se acredite.

Ultrizes emoções imolam quem se dera
Matando o que pudesse, imensa e vã quimera
Restando dentro da alma o medo e nada mais.

a vida se aproxima e nada mais traria
senão a mesma fonte espúria em fantasia
e nisto com certeza aos poucos tu me trais

sábado, 21 de novembro de 2020

Não posso caminhar e ter esta incerteza
Apenas por sentir vontade de lutar
E o tempo se desenha aonde navegar
Seguindo contra a forte e imensa correnteza.

A vida se servindo em rara e vã surpresa
O medo não pudesse ao quanto denotar
Meu verso que atormenta o quanto quis amar
E nada mais se molde em dor mesmo se ilesa.

Ousando a crença enquanto o passo não vencesse
O mundo sem ternura o vasto oferecesse
Vagando sem destino, e nisto me presumo

Ao sórdido caminho imerso e sem guarida,
A noite desenhada há tanto resumida
No ocaso enquanto eu bebo inteiro o amaro sumo.


A morte na tocaia, o vento no meu rosto,
O sonho sem sentido o quanto fora exposto
Traçando dentro em nós momentos vis, venais.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A morte vem rondando mansamente
E toca o quanto pude acreditar
Ousando no momento a se moldar
Toando sem sentidos corpo e mente

O mundo se mostrasse mais descrente
Regendo cada dia e me mostrar
Desnuda fantasia a remontar
O quanto na verdade impunemente.

Invisto cada passo no futuro
E sei do quanto possa e me asseguro
Presumo meus enganos costumeiros

E tento embora tolo viajante
Vencer o quanto possa e se garante
Gestando dentro da alma estes canteiros.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Já nada mais pudera quem teimava
Na luta sem descanso ou sem proveito
E quanto deste tempo sendo aceito
Gestando o coração em sonho e lava,

Minha alma sem sentido algum e escrava
Do quanto noutro tempo em raro leito
Moldando sem temor onde deleito
O corte acentuado rompe a trava.

Vestindo a solidão nada mais tento
Sequer o que pudesse contra o vento
E sendo de tal forma a fantasia

Gerando novamente o quanto pude
Espero outro momento e mesmo rude
A noite com certeza me invadia.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Reparo cada ausência e nada mais
Do todo desejado se trouxera
A vida mergulhando em tal quimera
Traduz o quanto possa em dias tais,

Não quero e não tentando em vendavais
Unindo com terror o que me espera
A morte prematura nega a esfera
E nela outros momentos são banais,

Esquiva como fosse a que se deu
A luta renegando o sonho meu
Marcando com terror o dia a dia,

Não posso acreditar na solução
E vejo outro caminho em negação
E o tempo com terror, a vida adia.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Minha alma poderia ser mais pura
E ter esta certeza onde não vejo
Sequer o quanto quero em azulejo
E nada mais ainda em paz procura

A vida se apresenta em amargura
E trago o passo audaz e mais sobejo
O medo se traduz e não desejo
Sequer o quanto quero em vã ternura

Ausente da esperança; nada trago
Apenas da ilusão tal tosco afago
E o rumo se perdendo sem sentido,

No caos gerando em nós o dissabor
Sentindo o meu caminho aonde for
E neste desenhar me dilapido.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Meu tempo não pudera ser diverso
Do quanto acreditei e nada pude
O mundo se mostrando sempre rude
Aonde se desenha o quanto verso

Regendo cada passo no universo
Marcando com ternura a juventude
Ou mesmo o que deveras nos ilude,
E sei deste momento mais perverso,

Acordo sem saber aonde eu siga
A luta na verdade mais antiga
Não deixa qualquer marca nos meus passos

E os dias sem sentido nem razão
Apenas outros tantos mostrarão
Os dias mais atrozes vãos e escassos.

domingo, 15 de novembro de 2020

No límpido caminho em liberdade
O tempo não traduz outro elemento
E quando na verdade busco e tento
Apenas encontrando a velha grade,

O rumo sem sentido já degrade
E marque o que pudesse em sentimento
E nada do caminho onde alimento
Gerando dentro da alma a claridade,

E tento acreditar noutra esperança
Embora a vida segue e sempre cansa
Quem vive com ternura outra emoção

Jazendo este vazio dentro da alma
A noite em tempestade não acalma
E gera tão somente esta explosão.

sábado, 14 de novembro de 2020

Olhando cada parte deste tanto
Que a vida não trouxera ou renegara,
A luta se desenha e morta ou rara
A sorte no final já não garanto,

E bebo do caminho em tanto espanto
Arisco coração, leda seara,
A morte se desenha e se prepara
E traça o que pudesse e me adianto,

Esqueço cada verso e nada digo,
Ainda que pudesse algum abrigo
Apenas me condeno à solidão,

Espero a cada engano novo passo
E quando o coração em sonho escasso
Transbordo em dor e medo e negação.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Estrelas entre tantas dizem quanto
Do mundo se apresenta em novo rumo,
E quando nos teus passos me resumo
Bebendo cada sorte onde garanto,

E quero com ternura o que adianto
E neste desenhar eu me consumo
Tocado pela vida em raro sumo,
E nisto outro momento eu me agiganto,

Espero o que pudesse ser feliz
E dita o que em verdade já nos diz
Do mundo sem sentido e sem razão,

Não quero outro caminho senão isto,
E sei do quanto possa e não desisto
Sorvendo os dias claros que virão.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Subindo por escada imaginária
Vagando sem destino em raro espaço
A vida que deveras tento e traço
Ainda se desenha em procelária

A morte muitas vezes temerária
O corte se mostrara mais devasso
E o manto se traduz aonde eu caço
A noite como fosse uma corsária

A luta não se cansa de moldar
Além do que pudesse algum luar
Raiando no horizonte em luz intensa,

Minha alma sem temores segue em frente
E o todo quanto possa e se apresente
Traduz esta emoção que nos convença.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Aos raios de um luar a vida passa
E trama o quanto quero e mesmo possa
Vencendo esta emoção superna e nossa
Vagando sem sentido além da praça,

Meu mundo me arremete e sempre à caça
Do quanto poderia além da troça
Trazendo dentro da alma o que me endossa
E gera a solução embora escassa.

Vertendo em cada luta esta emoção,
Os dias com certeza me trarão
Momentos mais diversos, sonho e caos

Depois de certo tempo em tal cenário
A vida renegando o itinerário
Expressa o quanto nega estes degraus.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Talvez inda sonhasse com meus passos
Entregue às fantasias mais sutis
E neste desejar o quanto eu quis
Deixando para trás dias escassos,

Seguindo esta incerteza, velhos traços
O quanto poderia ser feliz
Em dias mais audazes e gentis
Deixando para trás velhos espaços.

Meu mundo se aproxima do seu fim
E o tempo se desenha dentro em mim
Marcando com temor a fantasia

E nada do que eu possa ou mais queria
Dourando em esperança o meu jardim,
E nisto transformando esta agonia.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A senda mais suave e tão tranquila
Ainda quando pude imaginar
Restando dentro da alma, o caminhar
Enquanto o meu cenário ora desfila

Marcando com ternura o que perfila
Gerando com brandura este luar
E o canto se aproxima do lugar
Aonde na verdade amor destila,

Vestindo a mesma face em paz e luz
Cenário noutro tanto reconduz
O passo ao que pudesse ser diverso,

Gestando uma esperança aborto à vista
E nada mais suporta nem resista
O quanto sem sentido algum disperso.

domingo, 8 de novembro de 2020

Não quero acreditar noutro momento
E nada mais pudesse imaginar
Ousando com ternura no lutar
E sei do quanto possa ou mesmo invento,

Não deixa este cenário em pensamento
E tanto poderia caminhar
Tramando dentro da alma este luar
E bebo com ternura o forte vento,

Seguindo cada passo rumo ao tanto
E nada mais pudera ou adianto
Acenos tão diversos da esperança

Quem luta sem saber de algum descanso
Trazendo este momento onde me canso
E a vida na verdade ao fim se lança.

sábado, 7 de novembro de 2020

Já não pudesse mesmo acreditar
Nos erros costumeiros de quem tenta
A sorte se aproxima e mais sangrenta
Impede qualquer raio de um luar

E toma com terror cada lugar
Ainda que se veja em tal tormenta
O mundo que deveras não aguenta
Sequer o quanto pude desejar,

Apenas o vazio desta vida
A sorte há tanto tempo corroída
E a luta sem certeza, ou mesmo rude

Na luta sem destino e sem proveito,
O quanto na verdade sempre aceito
E nisto este caminho desilude.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Apenas desafio e nada mais
Os erros de que falo neste instante
Traduzem o que nada mais garante
E bebe da esperança os vendavais,

E sei do quanto possa até jamais
Vencendo o que pudera e se adiante
Marcando com ternura doravante
E nisto se presumem mais banais

Os tempos entre termos, sensações
E sei do quanto quis e agora expões
Na face verdadeira da emoção,

A luta sem cansaço, o medo expresso
E o canto que em verdade mal confesso
Ditando os dias turvos que virão.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Meu canto se aproxima do que eu quero
E tento acreditar em novo dia,
A luta quando mais o tempo adia
Traduz este momento atroz e fero,

Ainda que pudesse ser sincero
Não trago dentro da alma a fantasia
E sei do quanto resta em agonia
E bebo este momento mais austero,

No prazo determina o que virá
E sinto o desvario e desde já
Somente o que inda trago diz do fim,

Alheio ao que viesse noutro passo,
Ao mesmo tempo tento e sempre traço
O quanto inda resiste dentro em mim.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Apenas mostraria alguma sorte
Se o todo em paz trouxesse alguma luz,
E o quanto se deseja e nos conduz
Deveras noutro rumo não comporte,

A vida se desenha e sem suporte
O mundo se aproxima e nos seduz
Mostrando a solidão e traz por cruz
O dia sem sentido, audaz e forte.

Não tento outro momento e na verdade
O quanto se deseja e mesmo brade
Resulta do passado sem proveito

E quando no final o mundo esgota
A luta se desenha em nova rota
E neste caminhar eu me deleito.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

O tempo se desenha de tal forma
E nada mais impede o que talvez
A vida noutra face já desfez
E pouco a pouco toma e nos transforma,

Ao menos o caminho se reforma
E gera o que em verdade tu não crês
Alheio ao quanto pude; insensatez
Moldando o que já fora alguma norma,

E o peso do passado me envergando
O todo que julgasse bem mais brando
Agora não permite novo sonho,

Ausento dos meus dias e presumo
O quanto poderia em raro sumo
E sinto este momento vão, medonho.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Não quero acreditar noutra ilusão
E ter a cada passo um novo engano
E quando no final torto eu me dano
Marcando com terror a negação

Os dias doloridos mostrarão
Aonde se pudesse soberano
Vencer o que aproxima e mais profano
Momento dita a rara imprecisão,

Espero após a queda o novo passo
E quando na verdade o sonho eu traço
Expresso com meu verso o quanto eu quis

E sei do quanto pude e mesmo até
O mundo não vivesse além da fé
E molda a nossa vida em tal matiz.

domingo, 1 de novembro de 2020

Ousar na poesia e crer no fato
Do qual não mais escapa esta ilusão,
As horas noutro tempo moldarão
O quanto na verdade mal constato,

E bebo o que pudesse em tal regato
Vestindo dentro da alma a solidão
Aonde se pudera em solução
O rumo se aproxima mais ingrato,

Esbarro nos enganos e presumo
O todo desejado em raro sumo,
Resumo de momentos variados,

E nada que pudesse ser diverso
Traçasse com ternura cada verso
Envoltos noutros dias velhos fados.

sábado, 31 de outubro de 2020

Já não me caberia outro tormento
Bebendo cada gole da esperança
E quando a vida traz o que se cansa
O medo na verdade eu alimento

E sinto sem sentido este elemento
Gerando o que pudera e não se alcança
A vida transbordando em leda lança
Marcando o quanto possa em sofrimento,

Matando a sensação de ser feliz
O mundo sem proveito contradiz
E traça o quanto pude num segundo,

Aquém desta emoção ainda unindo
O passo que queria ser infindo
Ao nada me levando e me aprofundo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Um barco que enfrentasse a correnteza
Marcando com temor o quanto pude
Espero com certeza esta atitude
E nisto a vida gera outra surpresa,

A luta se mostrasse mais ilesa
E nada do que possa em juventude
Enquanto cada engano desilude
A vida dita sempre esta certeza,

Esqueço os desenganos do passado
E quando outro momento busco e invado
Tramando algum alento após o fim,

Não quero acreditar neste vazio
E quando noutro passo eu desafio,
Marcando o quanto quero dentro em mim.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Na sorte mais ingrata que se veja
O tanto quanto pude e não viera
O corte desejado além da espera
Traduz realidade que lateja

E bebo esta esperança mais sobeja
E vendo atocaiada a antiga fera
Não posso e muito menos primavera
Transcende ao quanto quero e se preveja,

Mergulhos nos insanos sentimentos
E bebo dos audazes pensamentos
Vagando sem saber onde pudesse

A luta se desenha e marca e tece
E nisto os meus caminhos em lamentos
Sonegam o que trouxe em rara messe.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Não pude e não teria alguma chance
Sequer acreditasse noutro intento
E quantas vezes busco ou mesmo invento
Ainda que talvez já nada alcance

O mundo que deveras tanto canse
Traduz o quanto quero em sentimento
E vejo muito além o alheamento
E nada mais pudesse enquanto lance

Resumos de momentos variados
E neles outros dias mais ousados
Tramando o quanto possa em luz imensa,

Meu canto sem sentido e sem razão
As horas com certeza moldarão
Além do que minha alma quer e pensa.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

As horas mais diversas entre as quais
Pudesse adivinhar qualquer momento
E quando na verdade sempre tento
Os dias não seriam mais iguais,

Meu canto não teria em atos tais
Além do que tentasse o sentimento
E nada mais trouxesse onde alimento
Em rumos mais diversos, magistrais,

Não pude acreditar noutro cenário
E vejo o meu caminho temerário
No itinerário feito em dor e tédio,

Depois de certos dias, nada resta
Uma ilusão entrando pela fresta
A vida se aproxima em raro assédio.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Ainda quando passa e não procedo
Da forma que queria quem pudera
Traçar a solidão maldita fera
Cerzindo o quanto nega algum segredo,

Meu mundo na verdade se concedo
E bebo a solidão aonde espera
A luta sem sentido destempera
E traça em meu olhar apenas medo,

O cântico em louvor já bastaria
E nada mais pudesse dia a dia
Tramar senão a queda inevitável,

Assim ao me tornar um sonhador,
Matando o quanto pude em raro amor
Traçando outro caminho indesejável.

domingo, 25 de outubro de 2020

Telúrica ilusão trazendo ao sonho
Momento mais diverso do que pude
E sei o quanto morta a juventude
E nisto o todo audaz quero e proponho

E nada mais pudesse e se reponho
Meu canto aonde o nada mais ilude
Gerando dentro da alma o que transmude
E o tanto quanto possa mais risonho.

Ausento dos caminhos e procuro
Ainda que se mostre mais escuro
Cenário em turbulência ou mais atroz,

Seara se aproxima do que eu quero
E sendo este momento audaz e fero
Calando dentro da alma a velha voz,

sábado, 24 de outubro de 2020

Segredos entre tantos que carrego
O mundo não pudera ser assim
O tanto que trouxera vivo em mim
Num passo sem destino em rumo cego,

O todo determina aonde emprego
O tempo demonstrando enquanto eu vim
O nada se desenha e segue enfim,
Aonde poderia e além navego,

Meu canto se transforma em quase um hino
E quando o meu momento eu determino
Usando da esperança como apoio,

A senda mais suave dita em glória
Mudando com certeza a minha história
Separa o nobre trigo deste joio.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Qual larva que tentasse uma crisálida
Após metamorfoses vida afora,
Meu tempo noutro engano se demora
Na sorte que pudesse e segue esquálida,

A vida se desenha aonde pálida
Moldando o quanto vejo e me apavora
Nadando contra a fúria que vigora
E mata esta expressão suave e cálida,

Apenas deixo a casca para trás
E o quanto sem destino se desfaz
Transforma o dia a dia em negação,

A marca mais dorida da esperança
Ao nada com certeza enfim me lança
E traz os dias torpes que virão.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Recônditos que adentro em paz e vejo
Somente algum detalhe e nada além
Do quanto poderia e me convém
E nisto outro momento diz desejo,

A cada novo passo um novo ensejo
E sei do quanto possa e sigo aquém
Viceja dentro da alma o mesmo alguém
E neste caminhar nada prevejo.

Seguindo cada passo sem destino
Aos poucos o final eu determino
Ousando na verdade o quanto quero

E trago no sentido da emoção
Os olhos sem saber da direção
E nisto não seria mais sincero.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Cosmopolita sonho dita um rumo
Diverso do que possa em claridade,
E o mundo se desenha e já degrade
O todo que tentasse e não resumo,

Apenas solidão enquanto esfumo
E o tanto se desenha atrás da grade
Enquanto mais lutasse a liberdade
Traduz o quanto quero em novo prumo.

Meu erro é conceber um raro sonho
E neste desejar tanto proponho
Vestindo tão somente esta ilusão,

Os dias mais audazes e doridos
Os olhos entre dias resumidos
As sombras com loucura tocarão.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Das eras mais diversas poderia
Ousar noutro momento enquanto rude
A senda mais audaz que tanto ilude
Não deixa que veja em harmonia

O quanto na verdade esta alegria
Marcasse com fervor a juventude
E o todo desenhando esta atitude
Aonde se imagina a fantasia.

A vida não renova o quanto houvera
E desta já findada primavera
Apenas este inverno inda virá,

A luta sem descanso não sossega
Minha alma se presume alheia e cega
Mudando o meu caminho desde já.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

No mar imenso aonde pude ver
As procelárias tantas e sequer
Ainda se imagina o quanto quer
Quem vive neste mundo em desprazer,

O manto se recobre e posso crer
No todo que decerto se vier
Trará o meu caminho onde qualquer
Manhã já renegasse o frágil ser,

Ao menos ser feliz quem sabe um dia,
E o mundo noutra face se veria
Gerando dentro da alma algum instante

E nada do que eu quis já se aproxima
Do tanto quanto pude e mata a rima
Aonde o meu vazio se garante.

domingo, 18 de outubro de 2020

Espraia o pensamento e bebe o sol
Tramando com terror o dia a dia
E nada do que possa me traria
Sinais do quanto existe em arrebol,

A vida se desenha e em tal farol
O quanto da emoção deveras guia
Marcando o que pudesse em utopia
Gerando amor que eu quis em raro escol.

Vacante coração já não comporta
E deixa sempre aberta a velha porta
E nada mais pudera além do vago,

E quando no final a sorte dita
O quanto se presume e se acredita
Traçando esta emoção enquanto a afago.

sábado, 17 de outubro de 2020

Não tento outra saída e nem pudera
A vida em avidez dita o futuro
E quando na verdade eu configuro
O passo mais feroz da leda fera

Ainda que pudesse nesta esfera
Gerar outro momento atroz e duro,
Apenas do vazio eu me asseguro
E nada mais ditasse a primavera.

Espero o que inda resta e não mais veio
O mundo se aproxima e sigo alheio
Ao quanto na verdade não teria

Sequer o que pudesse noutro rumo
Bebendo com terror o que consumo
Vibrando a solidão tosca e sombria.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Olhando para trás já não percebes
Sequer o quanto pude acreditar
E nada mais se traça em teu luar
Ainda que invadisse as mesmas sebes

O quanto da esperança tu recebes
E o medo noutro rumo a se tomar
A luta não cansando de buscar
Os dias que doridos tu concebes.

Ascendo ao que pude e nada veio
Apenas meu olhar em tal anseio
Jogado sobre as pedras deste cais,

E quando me percebo solitário
Ainda sem saber do necessário
Cenário me aproximo em vendavais.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O manto consagrado da esperança
Gerasse a proteção que tanto quero
E sei que de tal forma sou sincero
Enquanto o tempo mesmo sempre avança

Ainda quando pude em aliança
Vencer o descaminho atroz e fero,
O mundo sem sentido, quando espero
Gerasse no final desconfiança,

A rústica lembrança de um passado
O tempo no vazio anunciado
E o corte sem sentido do que tento,

Invisto cada verso no meu erro
E sei do quanto possa em tal desterro
Viver o meu imenso sofrimento.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Já mais do que se pensa ou mesmo queira
A vida em avidez seria apenas
O quanto na verdade me condenas
E nada desta sorte derradeira.
A noite da esperança mensageira
Ouvindo vozes mansas e serenas
Enquanto no final tu me envenenas,
E sei que das estradas tudo esgueira.
Sepulcro da esperança, eu nada levo,
O tempo que pudera ser longevo,
Abreviado morre pouco a pouco.
O passo sem sentido e sem por que
A vida noutro tom não mais se vê
Aonde me deixaste eu me treslouco.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Um gole da aguardente que trouxeste,
A lenda que se espalha sem sentido,
O mundo noutro tom já resumido,
E o pânico traduz a turva peste,
O quanto no final nunca me deste
O tanto noutro passo agora olvido
E bebo do meu caos vão presumido
Nos termos mais doridos, velho teste?
O fim se aproximando, lentamente,
E o tanto que se quer e mesmo sente
Uma alma sem saber desta expressão,
A palidez domina a tua face,
E o pouco que talvez a vida trace
Eclode num diverso e rude não.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Meu passo sem sentido e sem proveito
O ledo desejar do que não venha,
Ousando mergulhar da imensa penha
Apenas no teu colo, sei meu leito.
E tanto quanto assolo enfim aceito
Ou mesmo que deveras me convenha
O passo nesta mata ora se embrenha
E o rio se perdendo, vai sem jeito.
O cântico que um dia me trouxeste
Na paz que poderia ser celeste,
Agora se anuncia mais temível,
O vento noutro tom se esvoaçando
O marco se anuncia desde quando
O todo se moldara inverossímil.

domingo, 11 de outubro de 2020

Negar qualquer afeto ou mesmo até
O transitar de uma alma sem valia,
Marcando o quanto possa em harmonia
Gerando no vazio o ser quem é,
A vida não pudesse e sem tal fé
O medo noutro tom se mostraria,
Enquanto em sortilégio, a hipocrisia,
Tramasse o que em verdade segue à pé.
O pânico gerado em noite sórdida
A luta se desdenha e sei que mórbida
Não possa mais tramar qualquer cenário
Diverso do que trago em palco rude,
E vivo com temor o quanto ilude
O verso que se fez desnecessário.

sábado, 10 de outubro de 2020

Num tempo tanto atípico e fugaz,
A noite se enluara e se desnuda
A sorte que também tanto me iluda
E o verso que esperança não mais traz.
O medo quando apenas me compraz
O corte na faceta mais aguda
E a luta sem saber de alguma ajuda
Do quanto poderia ser capaz.
No todo ou na metade do caminho,
Apenas mergulhando onde, daninho,
O vento se espalhasse sem ter rumo,
Quarando estas lembranças no quintal,
A vida se anuncia em bem ou mal,
E o pouco que me resta em vão consumo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Acrescentando ao fim apenas fatos
E neles outros tantos que pudera
Vencendo a solidão, teimosa fera,
E nela discernindo vãos retratos,
Os olhos tantas vezes mais ingratos,
Os cândidos caminhos; nossa espera,
E sei da sensação atroz e austera
Coloco agora em limpos, rasos pratos.
O presumir do ocaso dentro da alma
No fundo sem sentido não me acalma
E gera tão somente a ingratidão.
O tétrico momento se aventura
Marcando com terror o que procura
Minha alma nesta vasta imensidão.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

O mundo se moldara de tal forma
Que tudo não passou de mera farpa
A sorte se perdendo aquém escarpa
A lua no vazio se transforma,
O peso noutro tom tudo ansiasse
Vagando sem sentido em ledo rumo
O quanto sei deveras e se resumo
Expressaria apenas rude face.
O canto sem sentido ou sem proveito
O manto desenhado em lenta sorte
E a vida que decerto não conforte
Nem mesmo o quanto quero e sei e aceito.
Um novo caminhar em testamento
Deixando para trás o quanto alento.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

No quanto em tais instantes denegrisses
A face que se faz especular,
A vida noutro tom a se moldar
Apenas na verdade consumisses.
Não posso suportar tantas mesmices
Nem mesmo as minhas noites a vagar
Nos ermos que pudesse imaginar
Criando ou vasculhando tais tolices.
Errático, sem ter qualquer momento
Aonde poderia estar atento
Vencendo os meus diversos desacordes,
Mas quando se aproxima o fim da festa
Apenas o que tenha e nada resta
Deveras noutro tom sei que concordes.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Não quero acreditar que noutro tom
A vida se anuncia em egos vários
E sei do que pudera ser tão bom
E mesmo em dias turvos, solitários,
Amar não é deveras nenhum dom,
Os sonhos sempre foram necessários,
Não tire desta boca este batom,
Mudando sem sentido, itinerários.
O prazo não termina quando queres,
Tu és a mais bonita entre as mulheres?
Nem sei se importaria e mesmo assim
Vagando por teus mares, oceanos,
Encontro os portos raros, soberanos,
E o mundo renascendo dentro em mim.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O mundo em profecias tão diversas
Desnuda a farsa a cada novo culto,
E o tanto que pudesse o povo inculto
Tramar o que deveras desconversas,
As loucas heresias mais dispersas,
A cada novo tom, supremo insulto,
E o corpo do Senhor, sempre insepulto,
Trazendo sendas claras ora emersas.
Há tanto o que fazer e mesmo assim,
Abrolhos feito joios no jardim
Dominam; rudes pestes, tal cenário.
Bem sei do quanto a vida nos redime
No amor que Me ensinaste ser sublime
No encanto de poder ser solidário.

domingo, 4 de outubro de 2020

As tantas ilusões que me trouxeste
O rústico momento se desnuda
A face desta faca pontiaguda
O mundo noutro tom bem mais agreste,
O quanto se desenha em rude peste
E a sorte na verdade nada muda,
Apenas o cenário que se iluda
Parindo o quanto quis e não vieste.
Ocasos entre dias mais doridos
E tento acreditar embolorados
Cenários onde os sonhos degradados
Presumem dias falsos, condoídos,
E nisto sobre a mesa rolam dados,
Há tanto estes caminhos decididos.

sábado, 3 de outubro de 2020

Jogado sobre as rocas e os penedos
O barco da ilusão nada traria
Senão a mesma face em agonia
Deixando para trás velhos segredos,
As sortes entre tantos desenredos
O mundo na verdade em sintonia
Diversa do que possa hipocrisia
Expressa meus caminhos rudes, ledos.
Jamais se apresentara minha vida
Destarte sem saber do quanto valho,
Em cada sonho eu vejo outro retalho,
E beijo a solidão, discreta amiga.
A luta não traria melhor sorte
Tampouco o que deveras nos conforte,
Somente o quanto a morte desabriga.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

As tramas tão diversas da esperança
Não têm sequer valor ou dimensão,
As horas escondidas no porão
A luta sem saber não mais avança.
O vértice expressando o quanto cansa
A morte traz no fim a podridão
E o prazo derrotando a negação
Sem ter sequer no olhar tal confiança.
E quando as nossas noites são macabras
Ainda que em verdade os sonhos abras
Presumo qualquer verso que liberte
Bebendo em goles fartos tal vontade
A vida se promete e desagrade
Ainda que esperança ao fim deserte.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Não mais se apresentasse sem sentido
Os erros de quem possa acreditar
No tempo noutro tempo resumido,
Ou mesmo numa sorte a divagar.
O canto sem poder já presumido
A vida se moldando devagar,
O corte na palavra não duvido
O mundo se distando do luar,
A manta que recobre em cada passo
Apenas na verdade frágil xale
E o todo que tramasse neste escasso
Caminho aonde o sonho enfim exale
O sonho que deveras tento e traço
Minha alma num instante já se cale.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Um erro a mais pudesse traduzir
Os tantos que esta vida me cedesse,
E mesmo que pudera e percebesse
Jamais seria assim nosso porvir.
O cântico suave em flauta doce
O amor que na verdade tanto quis
Apenas num instante mais feliz,
Quem dera se deveras assim fosse.
No fundo o que me resta, uma ilusão
Da agônica expressão em sortilégio
Marcando com terror o sacrilégio
Buscando no final algum clarão.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Nas trágicas notícias dos jornais
Nas tramas entre tantas heresias
O quanto no final tu me trarias
E os dias entre tantos tão iguais,
Preparo com carinho os funerais
E bebo das diversas agonias,
Tocando o quanto queiras, melodias
E nelas outras lutas tão venais.
Não pude adivinhar cada palavra
Do quanto a solidão invade e lavra
Arcando com meus erros contumazes,
Nas tétricas loucuras do passado
O verso que se fez enamorado
Esquece tão somente o quanto trazes.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Um eco repercute dentro da alma
De quem se fez poeta e no final,
Olhando para trás em ritual
Apenas no vazio bebo o trauma.
O prazo se findara há tanto tempo,
No caos que me deixaste como herança
A luta se perdera e enquanto cansa,
Apresentando novo contratempo.
Rusticidade e nada mais que possa
Tramar esta ilusão que nos embala,
Minha alma de tua alma, qual vassala,
Quem dera no final somasse em nossa.
Mas sei que seguirei em solidão,
Num mundo sem sentido, amargo e vão.

domingo, 27 de setembro de 2020

Tu foste a derradeira luz. A vida
Expressa em tons diversos solidão,
E sei que desde sempre ou mesmo então,
A sorte noutro tom já decidida.
Amor ao fim da tarde, sem saída,
A lua se mostrando em dimensão
Maior que pudera o coração,
E nisto a minha sorte, resumida.
Fugazes esperanças? Não senhora...
O tanto que te quis hoje devora
E me apavora, apenas por saber,
Que a vida não traria melhor sorte,
Porém o sentimento não se aborte
Num misto de terror e de prazer.

sábado, 26 de setembro de 2020

Esperaria ao menos novo dia
E sei que talvez tudo seja assim,
O prazo derrotando o que haveria
O mundo desabando dentro em mim.
A sorte se desenha em guerra-fria
E o tempo se moldara quando vim,
Mostrando algum sorriso de alegria,
Porém uma esperança diz motim.
Não quero o que pudesse trazer luz
Tampouco o meu caminho se faria
Diverso do que possa e me conduz
Vivendo com ternura a poesia,
O mundo discordante se aproxima
E apenas denegrisse cada rima.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Quisera pelo menos uma chance
A mais para poder lutar e ter
Nas mãos o quanto quis em teu prazer
Embora a morte agora venha e alcance.
Um átimo talvez, mero nuance
Da vida sem sentir o que irá ser
Do todo sem temor no amanhecer
Enquanto o dia a dia não avance.
Meu fim se aproximando quando vejo
Nos meus quintais a morte do pomar,
A luta se mostrara em cada ensejo
E nela novo tempo a desenhar
As vagas ilusões; vago desejo,
Morrendo sem poder te acompanhar.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Apresentando apenas o que um dia
Pudera ser diverso do que trago,
A luta se moldando em falso afago
Acrescentando enganos, heresia.
O tanto que se fez e não traria
Sequer o quanto busco se divago,
O preço a se pagar, no fundo em pago,
E não terei sequer tal mordomia.
Bisonhas noites vagas em velórios
E os olhos solitários quando inglórios
Mergulham nas entranhas do passado,
Angustiadamente a mente rege
O tom mais solitário feito herege
Que trama o que pudera enquanto evado.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Já não mais se vivesse o quanto trazes
E nesta farsa vejo o teu retrato
Há tanto noutro ponto em vão constato
A luta que se trama em rudes fases.
Os olhos tantas vezes são fugazes
E o prazo derrotando o que resgato
Do tanto que pudera e sendo ingrato,
Expressaria a vida em vãs tenazes.
O caos se aproximando de nós dois
Não restará sequer algo depois,
Senão a mesma escusa solidão,
E tanto quanto possa acreditar
Meu verso noutro tom a se mostrar
Traduz o que ora trago em meu porão.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Deixar fluir além do quanto possa
Expondo tal nudez onde haveria
A sorte em mais diversa sintonia
Trazendo o quanto a vida diz em troça,
Palavra sem sentido não endossa
O sonho onde decerto eu poderia
Tramar a farsa em luz ou ironia
E a senda desdenhada em vão acossa.
Atrais a morta lua e quando além
Do tanto que não reste e nem convém
Convenço-me do nada que sou eu,
No quanto apenas tonto eu poderia
Vagar em noite atroz, mera e sombria,
O mundo noutro tom já se perdeu.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Jamais imaginasse algum anseio
Diverso da terrível face escusa
Acentuando a dor que tanto abusa
E traz este vazio onde o rodeio.
Velejo tão somente e de permeio,
A luta se transforma e sei que obtusa
Versando sobre a dita o fim se acusa
E gera este desmando em vão receio.
Jogado sobre as rocas, sem a praia.
A areia não viria, apenas pedras
E mesmo quando além de tudo medras,
O vento noutro rumo já nos traia
E tendo em minhas mãos cada batalha,
O preço a se pagar, o vento espalha.

domingo, 20 de setembro de 2020

Navego contra o pouco que me resta
E bebo as mais ingratas fantasias
No quanto tantas vezes poderias
A sorte reproduz ao fim, a aresta.
A luta me sobrasse e sei que desta
Imensa dimensão tu trairias
Em velhas e diversas ironias,
O tempo noutro tempo me detesta.
Restasse muito ou pouco do que eu tive
O mundo sem sentido não me prive
Do sonho que alimenta e me mantém,
Meu tempo se moldando num repente
E quanto mais a dor, a vida sente,
Percebo que vagueio sem ninguém.

sábado, 19 de setembro de 2020

Jamais imaginasse nova sorte
Deveras sou apenas o vazio
E quando no final, eu desafio
O todo que sem paz me desconforte.
Meu tempo se esvaindo não comporte
Sequer o quanto fosse mais sombrio
E bebo deste espúrio desvario
Preparo mansamente corte e morte.
Regendo cada passo eu posso ver
O tanto quanto eu quis a fenecer
E sei que nada houvera em redenção.
Aonde se perdesse o meu caminho
Seguindo velhas tramas, vou sozinho,
No olhar vejo enfim, devastação.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O quanto a própria vida não responde
Sequer ao que eu queria noutro instante
Apenas o caminho se garante
Sem mesmo procurar nem quando ou onde.
Meu verso que ao vazio corresponde
O tempo se presume e, doravante,
Rumino sobre os erros; inconstante,
O mundo simplesmente ora se esconde.
E vejo tão somente esta rudez
E quanto deste sonho se desfez
Nas tramas mais diversas de um amor.
Vivesse a cada impasse o que me resta
A luz que penetrasse a cada fresta
Pudesse ser o encanto redentor.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Obscuras vertentes de outras eras
Rondando o quanto possa e não terias,
As honras são somente em ironias
Enquanto rudemente as destemperas.
Palavras que já fossem mais sinceras
E noutras em totais desarmonias
O quanto a cada instante mentirias
Marcando a farsa em lúdicas esferas.
Rudimentar cenário envolto quando
O verso noutro rumo se moldando
Expressaria ao menos o que busco.
Sabendo que se entorna a cada engodo,
O tempo tão somente sem denodo
Tramando o quanto sou, deveras, brusco.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Um tempo após o tempo da existência
Gerasse novo rumo em nossa vida,
E quando se aproxima a despedida
Eu vejo no final a permanência

E o todo se transforma em tal ciência
E gera a mesma estrada repartida
E nisto o que pudesse e não duvida
Trazer dentro do olhar rara clemência,

O canto mais audaz, o vento manso,
A tempestade imensa quando avanço
E o ranço de um passado vivo ainda,

E nada do que possa ser diverso
Reinando sem limites no universo
Deveras com firmeza já nos blinda.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Não mais me caberia qualquer canto
Nem mesmo o que pudesse ainda ter
A vida se aproxima em desprazer
E nada mais deveras eu garanto,

E sei do quanto possa e se me espanto
Bebendo o que pudesse mais conter
No rumo desdenhoso passo a crer
E o mundo se desenha em dor e pranto,

Apenas o que tenho dentro em mim
Expressa o que pudesse até o fim,
Marcando com ternura um verso nobre,

Assim ao se moldar em ilusão
O tempo muda a velha direção
E o sonho noutro tanto nos recobre.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Quisera tão somente um novo dia
E ver com minha luta o que virá
O todo se aproxima e desde já
A sorte com certeza não veria,

Apenas o que dita a fantasia
E nela uma esperança diz maná
O rumo sem sentido moldará
O quanto a noite invade e assim porfia,

Esbarro nos engodos de um passado
E quando solitário ainda brado
Tentando com certeza outro momento

Destarte a sensação de liberdade
Aos poucos meu caminho já degrade
E apenas o meu medo hora fomento.

domingo, 13 de setembro de 2020

Não tento novo passo e nem queria
Ousando dentro da alma um novo verso
O mundo se pudesse ser disperso
E trago o quanto é rude a sintonia,

Vagando sem saber o que teria
O manto mais audaz, rude e perverso
Navego sem saber e sigo imerso
Na noite sem sentido e mais sombria,

Meu canto se perdendo ao longe dita
A noite que pudesse ser bendita
Finita sensação de sonho e paz,

Ainda que tentasse novo rumo,
Aos poucos sem certeza eu me resumo
No quanto poderia ser capaz.

sábado, 12 de setembro de 2020

Jazigo da esperança o desamor
Expressa o que tu sentes e destarte
O quanto de um desejo não reparte
Traduzindo nesta alma algum rancor,

A sorte dita espinho e mata a flor,
O canto se traduz e não comparte,
A luta se desenha em toda parte
E traça o que pudesse em rara dor,

Não tento uma saída que não tem,
Seguindo tantas vezes sem ninguém
Apenas o vazio diz do rumo,

E quantas vezes tento a solução
Dos ermos que pudesse em direção
Ao todo quanto tento e em vão consumo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Meu tempo de sonhar já se findara
E nada mais pudesse senão isto
E quando na verdade enfim desisto
A vida se apresenta mais amara,

E apenas poderia em tal seara
Viver o quanto quero e não insisto,
Mergulho no passado e se persisto
O tempo noutra face se escancara.

Jogado sobre o solo, nada levo
Senão este caminho duro e sevo
Resquícios de uma vida sem razão,

Ao menos poderia acreditar
No quanto meu momento a se moldar
Traria com certeza a direção.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Já não me comportasse outro cenário
Tampouco o quanto resta dentro da alma,
A vida tantas vezes se me acalma
Não traz este caminho imaginário,

Vencendo a solidão, guardo no armário
A solidão de quem se fez em trauma
E bebo da incerteza em cada palma
E sei do meu viver e itinerário.

Depois de certo tempo, a negação
Dos ermos que deveras moldarão
A cena mais dorida em vida e pranto,

Após o descaminho mais ousado,
O corte me aproxima do passado
E ao nada que inda reste eu me adianto.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Já não me caberia qualquer sorte
Nem mesmo a que trouxesse novo sonho
E quando na verdade eu me proponho
Vencendo o quanto pôde ser a morte

Aprofundando assim o imenso corte
Gerado pelo passo mais bisonho,
No fundo este momento onde me oponho
Transcende ao que talvez inda suporte,

Vestígios de um passado sem razão
As lutas noutra senda moverão
Os braços já cansados; velho embate

E quanto mais procuro algum alento
Maior o meu desejo e não invento
Senão este delírio que arrebate.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

No fim de certo tempo, solidão
Encontra o que pudesse em novo dia
E a sorte com certeza não viria
E sei da luta imensa e indecisão,

Meus dias noutros erros moldarão
O quanto tantas vezes mais queria,
Revoltas dentro da alma e a fantasia
Expressa o que tentasse em direção.

Agora pouco resta do que sou,
Apenas o que tanto mergulhou
Nos ermos desta furna sem proveito,

E o quanto poderia ser diverso
Somente ultrapassando em cada verso
O sonho que em verdade quero e aceito.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Meus dias entre tantos sentimentos
Minha alma em erros tantos não pedisse
Sequer o que pudesse na mesmice
Viver entre os diversos pensamentos,

Expresso o coração e enfrento os ventos
A sorte se desdenha, uma tolice,
E o corte se anuncia enquanto o visse
Jogado contra as pedras, sofrimentos

E bebo destes goles com fartura
A vida não traduz outra procura
Senão a que se trama dia a dia

Depois de certo tempo o que me resta
Imagem tantas vezes mais funesta
E nada mais deveras eu teria.

domingo, 6 de setembro de 2020

Mentiras entre engodos e não mais,
A senda mais audaz se trama aquém
Do quanto na verdade ainda vem
Marcando o meu destino em temporais,

Diversas ilusões em desiguais
Cenários onde o corte traz também
A senda aonde o mundo quis alguém
E os ermos de meus sonhos são banais

Pudesse acreditar em novo dia,
Tocando com ternura o que viria
Gerando meus momentos entre os medos,

Os dias se afastando dos meus olhos,
Aonde imaginei colheita, abrolhos
E os passos com certeza sempre ledos.

sábado, 5 de setembro de 2020

Já não me cabe apenas o que sinto
Tampouco poderiam ser diversos
Do quanto imaginara em poucos versos
E sigo o que me traz o velho instinto

Vulcânica expressão de um tempo extinto
E nele outros caminhos e universos
Os rumos tantas vezes são perversos
E deles com firmeza eu teimo e minto.

Vencido caminheiro das estrelas
Pudesse nos meus dias recolhê-las
E crer noutro momento em plena paz.

Mas quando se aproxima do futuro
Distante do que tento e mais procuro
Apenas o não ser me satisfaz.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Já não me cabe apenas o que sinto
Tampouco poderiam ser diversos
Do quanto imaginara em poucos versos
E sigo o que me traz o velho instinto

Vulcânica expressão de um tempo extinto
E nele outros caminhos e universos
Os rumos tantas vezes são perversos
E deles com firmeza eu teimo e minto.

Vencido caminheiro das estrelas
Pudesse nos meus dias recolhê-las
E crer noutro momento em plena paz.

Mas quando se aproxima do futuro
Distante do que tento e mais procuro
Apenas o não ser me satisfaz.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Ainda que pudesse acreditar
Nas ânsias costumeiras de quem sonha
E ter em minhas mãos a mais risonha
Vontade de viver e de lutar,

A sorte se desenha devagar
E o todo se demonstra aonde o ponha
E em cada novo verso que componha
Beber um claro raio de luar,

Singrar pelo passado e ter nas mãos
Além do que pudera em raros grãos
Sentidos sem proveito, noites ocas,

E quando percebesse o fim de tudo,
Galgando esta emoção, tanto me iludo
Unindo em frágil beijo as nossas bocas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Meu passo se traduz em nada além
Do quanto quis no mundo sem sentido
E nada mais pudesse e quando olvido
Bebendo este cenário aonde vem,

E trago o que seguisse e sei tão bem
Marcando com ternura o que lapido
E gera sem saber o manto ungido
No caso que deveras dita alguém,

Aquele que pudesse ser melhor
O mundo se apresenta num maior
Caminho mais feliz ou mesmo rude,

A vida não traduz tranqüilidade
E quando o mundo perde ou se degrade
Apenas a saudade enfim me ilude.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Bebendo cada gota deste sonho
E nada mais pudesse acreditar
Gerando o quanto tento caminhar
E trago meu caminho onde o componho,

Vencendo o dia a dia eu me proponho
E sei do quanto possa navegar
Ousando na incerteza do lutar
E nisto outro cenário onde me ponho,

Ascendo ao que tentasse ser melhor
Apenas cada passo diz suor
E o manto se puindo noutro engano,

A vida se desenha em tom cruel
Somente procurando um novo céu
E nisto com certeza enfim me dano.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Não possa acreditar noutra saída
E nisto nada trama outro caminho
O mundo tantas vezes mais mesquinho
Traduz a sorte amarga e dividida,

Meu canto na verdade sem saída
E o tempo se apresenta em cada espinho,
E quando no vazio enfim me aninho
A luta noutra face resumida,

O medo de quem tanto quis a paz
E o rumo com certeza se desfaz
Gerando esta ilusão e nada além

Do quanto poderia e não soubera
Ousando ao enfrentar a dura fera
Enquanto na verdade o mal contém.

domingo, 30 de agosto de 2020

Apascentar em frágil lucidez
O muito que abandono e não veria,
Apenas desenhando em tal sangria
O que a cada passo se desfez.

Meu verso se desfaz e nada vês
Somente a mera face, hipocrisia,
O todo desenhado em poesia
Aproximando a vera insensatez.

Ao ver o meu retrato noutra senda
Somente o que inda possa se desvenda
Marcando com constância a liberdade.

Um pária simplesmente e nada além,
O canto na verdade quando vem
Expressa o que decerto não agrade.

sábado, 29 de agosto de 2020

Legado de um passado milenar
Soneto faz, decerto, a diferença
E o quanto já se crê ou mesmo pensa
Permite à poesia o seu altar.

Ainda que se visse a desenhar
Diversa formação em nova crença
O tosco com certeza não convença
Quem sabe e tem firmeza ao desenhar.

O barco naufragado dita o sumo
Aonde a estupidez eu não consumo,
Ousando ter um cérebro capaz.

Enquanto o ser ignaro este idiota
Ao mesmo tempo quando nada nota
Somente este vazio já nos traz.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Jogado nalgum canto do passado
O velho sem sentido mesmo algum,
Matando o que seria mais comum
E o todo noutro rumo abandonado,

A sorte desdenhosa, outro recado,
Do tanto quanto eu quis restou nenhum,
Mesmo que para ver aumente zoom
O olhar deste imbecil é desfocado.

O caos gera do caos continuísmo
E o prazo determina o quanto cismo
Vagando em teimosia, mesmo além

Da estúpida figura carcomida
Que tanto se mostrara e até duvida
Do prazo que em verdade não detém.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

São poucos os que pensam. Na verdade,
O mundo só se faz para imbecis,
E o quanto do que tenta ou contradiz
Presume a mais atroz realidade,

A cada novo canto o sonho brade,
Mas vejo tão somente por um triz
Uma arrogância espúria do infeliz
Que pensa ter alguma qualidade.

A luta se fazendo a cada dia
Não deixa libertária a fantasia
Nem mesmo nos permite o pensamento,

E quando vejo a face mais bisonha
Do cego ou insensato, se proponha
Caminho aonde; em trevas, só lamento.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

É duro conviver com a arrogância
Dos imbecis disformes, caricatos,
E quando se mostrassem tais retratos
O pensamento em plena mendicância,

A sorte na verdade traz distância
E molda com certeza velhos atos,
Matando esta nascente e sem regatos
A vida traz em si tal discrepância.

E o ser ou mesmo até o querer ser
E não ter a menor capacidade
Enquanto o pensamento foge, evade

E o mundo se mostrando a apodrecer,
O tolo se permite; estupidez,
O que não saberia, já desfez.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

O ser atemporal nos mostraria
Esta imutável face do que trama
A luta se mostrasse além da lama
E assim se imortaliza a poesia.

O tétrico boçal não saberia
O quanto se desvenda após o drama,
E quando na verdade faz da grama
Repasto desejado a cada dia.

Lutar contra evidência, onde se visse
Além de simplesmente uma burrice
Expressa a farta imagem do incapaz,

Ao ter em suas mãos outro sentido,
Apenas se condena ao ledo olvido,
E nada, com vileza, enfim nos traz.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

As uvas estão verdes; com certeza
O quanto mostra ser um incapaz
O ser que no final já nada traz
Desfaz de quem desenha com firmeza,

Assim ao me moldar e com franqueza
Sentido se presume mais audaz,
E quanta coisa eu deixo para trás
Tentando o que pudesse em sobremesa.

Ignorância não traz sequer a face
De um espúrio caminhante que já trace
Seu passo sem sentido, cego e roto,

Vociferando o quanto não conhece
Traduz o que não pode ou não soubesse
Num cérebro que lembra imenso esgoto.

domingo, 23 de agosto de 2020

No quadro mais agudo, a sorte trama
O quanto da mortalha se apresenta,
Depois de tanto engodo, a virulenta
Noção dicotomiza e nada clama.

O mundo se mostrara em resto e lama
Vestindo a face turva e mais sangrenta,
Apenas no final se me atormenta
A luta não seria o quanto exclama.

Cerzindo o meu passado, sem ter nexo,
O medo se moldara e mais perplexo
Apenas escolhendo alguma voz

Não tendo a sensação de liberdade
Tampouco quando a sorte agora evade
O resto se anuncia dentro em nós.

sábado, 22 de agosto de 2020

Não tento desvendar alguma luz
Envolta tão somente no não ser,
Ainda que pudesse parecer
Cenário sem vestígios não produz

Sequer o quanto tento e jamais pus
Neste âmbito diverso do viver,
Ousando tantas vezes perceber
Somente sem saber se faço jus.

A cada instante volto e me percebo
Bem mais do que talvez quando o concebo
Expressa a voz sem nexo ou provimento.

A leda poesia morre vaga
E quando a sensação aquém divaga
Dos tantos que não pude, eu me alimento.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Há tanto o que fazer e nada possa
Vencer a mesma hipócrita expressão
Moldando a cada nova gestação
O quanto sem destino trama a fossa,

E quando do vazio o ser se apossa
Tramando sem sentido ou direção
Apenas vendo os ermos que trarão
A luta aonde o todo não se endossa.

Negar qualquer afeto e ver além
Do prazo que em verdade nunca vem
E dita incontestáveis heresias,

Assim ao se mostrar mais intratável
O ser que, desprezível é notável
Expressa apenas vagas ironias.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Um denso nevoeiro em noite amarga
Expressa a realidade que vivemos,
A via se perdendo sem os remos
Apenas o caminho em vão se alarga.

A voz já sem sentido algum se embarga
E aos poucos novos sonhos que queremos
Desenham tão somente toscos demos
Mal suportando a sorte em dura carga.

Arcaico caminhante do não ser
Ainda que pudesse amanhecer
No ousado caminhar em vasta fonte.

Sem nada que pudesse traduzir
Meu mundo se aproxima e sem sentir
Somente a cada engano desaponte.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Gementes ilusões, toscos ditames
E nada mais pudera acrescentar
Quem tanto quis da sorte o desenhar
E nisto novos erros, teus enxames

Ainda quando muito busques, clames
O passo num disfarce a modular
O quanto poderia me entranhar
Gerando do vazio tais reclames.

Os antros onde a súcia se escondia
No submundo asqueroso, a poesia
Expressa a dimensão desta impudência

E o fato de saber ou não só rege
A tez mais obsoleta de um herege
Distante do que fora consciência.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Aonde consagrasse algum caminho
Na busca pelo quanto ainda resta
Imagem distorcida nunca atesta
O quanto poderia além do espinho.

O mundo se moldando tão mesquinho
A luta em tom sombrio é desonesta
E o todo noutro engodo tenta a fresta
E nela se avizinha o mero ninho.

Isolo-me decerto e desta forma
O canto quando muito mal informa
O passo que jamais houvera dado,

Assíduo sonhador, por ser poeta
A vida noutra vida não completa
E o tempo num fastio, desolado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

No imenso caminhar em noite vaga
A luta prosseguindo nega a paz
E o quanto poderia ser capaz
Apenas no vazio tudo draga,

A marca penetrante desta adaga,
Engodo com certeza contumaz,
O mar aonde o prazo não se faz
Meu pensamento além tenta e divaga.

Escolto-me nos erros e presumo
A sorte sem defesas, mero sumo
Aonde mergulhasse em tom inerte

Meu mundo sem sentido ou direção
Esgota neste imenso turbilhão
E o canto em tom sombrio se converte.

domingo, 16 de agosto de 2020

Em flóreas ilusões a vida traça
O marco mais audaz e sem proveito,
E quando na verdade nada aceito
A sorte se desenha em vã fumaça;

Ao mesmo tempo o todo dita e passa
Gerando o quanto pude contrafeito,
Mergulho neste instante e me deleito
Tentando onde não há a mera graça.

Caminhos mais diversos dizem tanto
Do pânico gerado em desencanto
Amordaçando sempre o pensamento.

A imagem mais atroz do desvalido
Não faz, tenho certeza, algum sentido
Embora em direção diversa, eu tento.

sábado, 15 de agosto de 2020

As místicas imagens confundindo
Os passos entre tantos desenhados,
Os olhos quando traçam novos brados
O mundo se mostrasse agora findo.

Não pude disfarçar nem me oprimindo
Resolveria todos os enfados,
As noites entre passos degradados
Cenário se aproxima e não deslindo.

Um pânico tomando cada voz
E o quanto ainda se ousa logo após
Ao restaurar apenas o vazio,

Dos ermos mais audazes ou sutis,
O fato na verdade contradiz
E o espúrio navegante, desafio.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Deliberar apenas o que possa
Trazer algum alento ou mesmo até
Gerar outro momento e por quem é
A vida não seria mera fossa.

O quadro aonde o pouco já se endossa
E tenazmente o templo marca a fé
E gera o quanto pude e no sopé
Adivinhando além do que se apossa.

A fase mais audaz não se permite
E gesta tão somente este limite
Aonde se acredite noutro sonho.

E o pântano que adentro sem defesas,
A vida traz em si tais incertezas
E apenas meu vazio ora componho.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Já não me caberia a decisão
De ter além da face mais sombria
O passo aonde o todo moldaria
A vida sem sentido ou precisão.

Esgoto meu caminho e desde então
A sorte no final não preveria
Sequer o quanto pude e não teria
Marcante dentro em pouco esta ilusão.

Acordo em meio ao nada e sendo assim,
O pouco que reside dentro em mim
Expressa o vandalismo do insensato,

E quando me entranhando noutra senda
Meu verso noutro canto já desvenda
O que pudesse ser ou é ingrato.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Desintegrando o sonho em mil pedaços,
A corja acorda e corta a cordoalha
Ainda quando finda a vida espalha
Entranha por momentos mais devassos.

Os olhos traduzindo meros passos
Ou nada mais pudera em tal batalha,
Já não suportaria esta cangalha
Nem mesmo os ermos dias sempre lassos.

Na frialdade feita em heresia
O passo noutro engodo se faria
E o cérebro vazio do imbecil

Ultrapassando assim qualquer barreira
Somente se entranhando aonde queira
E nada este amaurótico ora viu.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

O tom nefasto quando em versos dita
A sorte sem proveito ou distorcida
Gerando o que pudera e sempre acida
Na luta se moldando em tal desdita,

O quanto na verdade se limita
E sangra após expressa esta ferida
No caos determinando o quanto agrida,
Um coração em pânico palpita.

Escárnios são comuns aos ignorantes
E neles outros tantos que agigantes
Ao dar ouvido a quem já nada escuta,

E quando se aproxima da verdade
A morte transcendendo à claridade
Espelha em seu olhar a face bruta.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Não mais me caberia qualquer fato
Sequer acreditar no quanto pude,
Vestindo a solidão, numa amplitude
Diversa da que agora em mim constato.

Apresentando o rústico retrato
Açoda-me beber em plenitude
Realidade tantos nos ilude
E o mundo se servindo em raso prato.

Hipócritas burgueses pelas ruas,
As deusas sem escrúpulos; cultuas
E bebes cada gota deste fel

Depois aquém do todo onde pudera
Detalha em cada passo a velha fera
Num ato tão venal quanto cruel.

domingo, 9 de agosto de 2020

Libertas que serás também liberto
E gere noutro dia a sorte imensa
De quem num vago instante, recompensa
O todo aonde apenas me desperto.

E o longo caminhar em campo aberto,
Na noite aonde aflora a luz intensa
Gestando esta emoção aonde tensa
A sorte não viria a descoberto.

Ascendo ao que pudesse em pensamento,
E o tanto quanto quero e não lamento
Expressa a dignidade de quem sonha,

Das ramas mais diversas do arvoredo
O quanto m novo rumo eu me concedo
Permite uma verdade mais bisonha.

sábado, 8 de agosto de 2020

Levando para além o olhar vazio
Depois das noites frágeis, ilusões
Ainda quando tanto não me expões
O vasto caminhar, nunca o recrio.

O prazo determina o desvario
E os ermos dentre tantos, expressões
Moldando ainda várias dimensões
Do mar aonde o passo eu desafio.

Na sólida faceta de uma vida
Cansado de lutar em dura ermida,
Vagando pela noite em tal segredo,

Ainda que pudesse nada tenho,
Senão a garatuja, o vão desenho
Aonde sem defesas me concedo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Num único momento a vida trama
O todo desenhado desde quando
O mundo noutro passo se tornando
Além do que pudesse em medo ou drama.

Apenas a verdade de quem ama
Traduz um sentimento imenso e brando,
Em consonância segue, pois vibrando
A sorte que deveras se reclama…

O prazo delimita o quanto pude
E sei da mais diversa plenitude
Aonde o meu desejo se permite.

No caos gerado após a tempestade
O tanto quanto possa se degrade
Jamais ultrapassando algum limite.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

A vida em tais facetas se diverge
Do passo aonde o todo não tramara
Além do que pudesse em tal seara
O canto mais feliz em paz emerge,

E nisto a fantasia enquanto imerge
Expressa a claridade audaz e rara,
No todo desenhado se escancara
Etéreo caminhar jamais se asperge.

O caos após o caos traduz novel
Cenário aonde o mundo traz o véu
E dele se desenha algum futuro,

O ocaso dentre tantas heresias
Aonde os meus tormentos tu verias
Num ato tão atroz onde perduro.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Podendo acreditar no amor eterno
E ter a sensação de ser só teu
Ainda quando o mundo se perdeu,
Criando este momento amável, terno.

O sonho de poder ser mais fraterno
E o manto que em belezas já se deu
Moldando o coração além do breu
Trazendo a primavera em pleno inverno.

O renovar das forças permitindo
Um dia mais suave, e mesmo infindo
Neste infinito feito em puro amor.

Vibrando este vital pressentimento
Aonde o que pudesse teimo e tento
Seguindo com firmeza aonde for.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Apascentar em frágil lucidez
O muito que abandono e não veria,
Apenas desenhando em tal sangria
O que a cada passo se desfez.

Meu verso se desfaz e nada vês
Somente a mera face, hipocrisia,
O todo desenhado em poesia
Aproximando a vera insensatez.

Ao ver o meu retrato noutra senda
Somente o que inda possa se desvenda
Marcando com constância a liberdade.

Um pária simplesmente e nada além,
O canto na verdade quando vem
Expressa o que decerto não agrade.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Pudesse acreditar num novo fato
E nisto desenhasse alguma fonte
Do quanto poderia e sempre aponte
Moldando o que tentara e não resgato.

O templo aonde o tempo em vão constato,
O rústico cenário em leda ponte,
Ainda polvilhando no horizonte
O tanto que pudera ser mais grato.

Não vejo sequer sombras do que fora,
Esta alma mais sensata e sonhadora,
Gestando cada passo rumo ao fim.

Ao embasar meu sonho no passado
Enquanto em solidão, eu já me evado
Traduzo o que inda resta dentro em mim.

domingo, 2 de agosto de 2020

Um ato sem sentido ou precisão,
A poesia dita o quanto crê
No mundo aonde o tempo sem por que
Já não demonstraria a direção.

Os erros cometidos moldarão
O todo aonde o nada inda se vê
Vestígios de uma luta e se revê
O farto desenhar em passo vão.

Escuras noites dizem do abandono
E quando no final me desabono
Apresentando o passo em tom disperso.

Ainda quando pude acreditar
No engano desdenhoso a divagar
Apenas para o nada agora eu verso.

sábado, 1 de agosto de 2020

Nasci em liberdade e sigo assim
Sem medo das amarras nem algemas
E quando na verdade ainda temas
O mundo trago inteiro e até o fim.

Resumo em todo passo de onde eu vim
Os velhos caminhares, ledos temas,
Traduzo o que sinto em meus poemas,
E trago dentro da alma este motim.

Já não me caberia novo engodo
Tampouco o que pudesse ser diverso
Do todo desenhado em cada verso,

E mesmo retratando a lama e o lodo,
A face mais sensata não viria,
Jamais se compartilha em poesia.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

O quanto a vida fosse e não trouxera
Sequer a menor chance de esperança
A luta noutro passo também cansa
E sei da solidão, diversa e austera.
Ainda quando o tempo degenera
E o fim noutro sentido ora se lança
Marcando com terror destemperança
E a vida noutro tom me desespera.
Poupando cada instante, nada vejo,
Somente o que pudesse num trovejo
Tramar novo caminho que não há
A senda mais distante e mais profícua
Trazendo a sensação suave e ambígua
Do todo que perdera aqui e lá.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Já não me caberia discutir
Nem mesmo imaginar algo diverso
E quando aquém do todo em luta eu verso
O marco se demonstra a traduzir.

Não tendo na verdade o que seguir,
Gerando dentro da alma este universo
Mergulho no passado e me disperso
Bebendo até meu sonho se esvair.

Ocasos finalmente em expressão
Diversa de outros tempos que virão
Grassando em tais anseios já sem rumo.

O preço a se pagar, não mais compensa
A vida desdenhada amarga e tensa
E nisto ao mesmo tempo em vão me esfumo.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Lacunas que deixaste em viva chaga
A senda mais audaz não poderia
Traçar além do caos, em heresia
A noite aonde o passo em vão divaga.

A sorte noutra face não me traga
Sequer o que pudesse ou tentaria,
Vencido pela fúria em agonia
Meu passo se perdendo em louca vaga.

Espectros do passado? Ainda os vejo
E sei do quanto possa algum desejo
Numa expressão diversa e caprichosa.

E vândalos momentos dizem tudo,
E quando no final me desiludo,
A sorte se desdenha, e o sonho glosa.
Lacunas que deixaste em viva chaga
A senda mais audaz não poderia
Traçar além do caos, em heresia
A noite aonde o passo em vão divaga.

A sorte noutra face não me traga
Sequer o que pudesse ou tentaria,
Vencido pela fúria em agonia
Meu passo se perdendo em louca vaga.

Espectros do passado? Ainda os vejo
E sei do quanto possa algum desejo
Numa expressão diversa e caprichosa.

E vândalos momentos dizem tudo,
E quando no final me desiludo,
A sorte se desdenha, e o sonho glosa.

terça-feira, 28 de julho de 2020

Plangentes noites vagas, frágeis vozes
Num vórtice meu sonho se aproxima
Do quanto se perdera em auto-estima
Gestada pelos ermos, meus algozes.

Ainda que buscasse mais velozes
Caminhos onde a sorte dita o clima,
No fundo a solidão não nos redima
Nem mesmo trace ritos tão atrozes;

Expresso a minha ausência quando tento
E sigo em linha escusa o pensamento
Vivenciado em todo vão instante.

No ocaso desta vida, anoitecendo,
O todo se provê neste remendo
A um tempo tão sutil quão provocante.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Vivendo tão somente o bem e o mal,
Girando essa coroa o tempo segue
No gesto mais humano, magistral
Amor já não concebe quem o negue.

O quanto de desejo é ritual
Permite que alegrias eu navegue,
Bebendo do licor fenomenal
A vida calmamente assim prossegue.

Retendo cada brilho desta lua,
Deitando essa beleza no meu quarto,
O amor fazendo em nós divino parto,

Trazendo a maravilha intensa e nua
Permite que eu te fale sorridente,
Louvando todo amor que é só da gente...

domingo, 26 de julho de 2020

A solidão morrendo, tão remota,
Explode num terrível pesadelo.
O amor que a gente tem, nunca tem cota,
Nos braços deste sonho a envolvê-lo.

Vontade de te ter jamais se esgota,
No doce balançar de teu cabelo
As luzes vêm chegando; em mansa frota
Os laços se entrelaçam num novelo.

Mosaicos infinitos, tantas cores,
Expressam os diversos sentimentos,
As flores invadindo os pensamentos

Dourando em esperança estes amores.
Atores desta peça universal,
Vivendo tão somente o bem e o mal...

sábado, 25 de julho de 2020

Cevando, vou colhendo o meu prazer;
Acendo a brasa intensa da paixão,
O quanto que inda tenho de saber
Às vezes me transtorna uma emoção.

Decrépito, este velho passa a crer
Que a vida tem sentido e solução.
A cada novo fruto passo a ver
Amor chegando à minha direção.

Preparo os alçapões, enteso a linha,
A fisga na mirada, já se alinha
E o tempo da colheita não se esgota.

Recolho o quanto posso, vou à luta,
Silêncio no meu peito não se escuta
A solidão morrendo, tão remota...

sexta-feira, 24 de julho de 2020

No encanto deste canto, eu sou feliz,
Expresso em cada verso uma alegria.
No riso escancarado deste dia
Eu ouço o que eu queria, amor me diz.

Menino que se fez bom aprendiz
Abrindo uma porteira, a fantasia,
Recebe das estrelas tal matiz
Mudando toda escura cercania.

As cercas que ultrapasso a cada sonho,
Os rios caudalosos da saudade.
Meu barco nos teus rumos; cedo ponho

E sigo sem qualquer contrariedade
Vivendo sem ter medo de viver,
Cevando, vou colhendo o meu prazer...

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Por mais que venha cedo o desengano,
O dia nascerá, tenha certeza,
A vida refazendo cada plano
Permite que se encare a correnteza

Amor um sentimento tão humano
Espalha em quem o sente tal beleza,
No gozo deste sonho soberano
A sorte põe comida sobre a mesa.

Leveza em cada passo, flutuando,
Alçando ao infinito, riso solto.
No mar anteriormente tão revolto

O barco calmamente navegando.
Palavras que se trocam, mais gentis,
No encanto deste canto, eu sou feliz...

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Um velho sonhador, vero aprendiz
Não cansa de aprender e quer bem mais.
O mesmo enunciado às vezes diz
Do barco que se foi sem ter um cais,
Ao mesmo tempo, amor já contradiz
E mostra ancoradouros magistrais.

Assim nas intempéries que encontrar,
Não deixe que o temor tudo destrua.
Seguindo cada raio de luar,
A noite com certeza é toda sua.
Vencendo a timidez, posso encontrar
A dama de meus sonhos bela e nua.

Amor não reconhece mais problemas,
Por isso, coração, a dor não temas.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Buscar as diretrizes de uma vida
Marcada por enganos e temores,
Destarte prosseguindo sem te opores
A luta ora se mostra decidida.

E quanto noutra face tudo acida
Minha alma se entranhando em tais rancores,
Os ermos do caminho, nossas dores,
A sorte há tanto tempo enfim se olvida.

Aprendo com a queda e sei tão bem
Dos ermos que deveras tudo tem
Traçados mais diversos, ledos passos;

Os brilhos onde vejo uma esperança
Apenas ao vazio a sorte lança
E os dias mais felizes, tão escassos.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

No fogo que me faz calmo e contente
Acendo o meu sorriso, e vou à plena.
Contagiando assim, toda essa gente,
A vida pode ser bem mais amena.
O quanto que plantei, amor pressente
Vivendo a noite clara e tão serena.

Não vejo mais sequer velhas fronteiras,
Andamos pareados pela vida.
As horas vão passando mais ligeiras,
A solidão agora anda perdida,
Couraças que criamos mais guerreiras
Protegem contra a dor, trauma ou ferida.

Espalhas pelas noites fluorescências
Calando as mais temíveis penitências...

domingo, 19 de julho de 2020

Ao mundo que entre nós vai se mostrando,
Adentro o pensamento libertário.
O céu de uma esperança iluminando
O vento que já foi mais temerário,
Agora o novo dia anunciando,
Demonstra um paraíso relicário.

São vários os motivos, te garanto,
Que fazem deste sonho, realidade.
Cevando em nossa vida tal encanto
Decerto encontrarei felicidade.
Eu quero te dizer que eu te amo tanto
Além do que é possível, na verdade.

Nas tramas deste amor eu sigo em frente,
No fogo que me faz calmo e contente...

sábado, 18 de julho de 2020

Minha alma na tua alma se completa
Esmeros delicados influindo.
A vida que eu queria qual cometa,
Aos poucos em carinhos diluindo.
Amar e ser feliz se mostra a meta
De quem quer um futuro claro e lindo.

Um límpido azulejo invade o espaço
Decoro em pedras raras, cristalinas
O campo do prazer, divino paço,
Em raras expressões diamantinas.
O amor cerrando assim, com firme laço,
Explode em luas fartas, belas minas.

Termino cada verso te clamando
Ao mundo que entre nós vai se mostrando...

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Legados que inda trago de outras eras
Mergulhos dentro da alma, mesmo quando
O tanto se pudera transformando
Meus ermos em diversas vãs esferas.

E quando noutro rumo destemperas
A sorte não prevendo e desabando
Escusa realidade em ledo bando
O nada se desenha aonde esperas.

Enclausurando o sonho em tal masmorra
Sem nada que suporte ou me socorra
Negar o quanto pude e não teria

Vibrando em consonância ou mesmo aquém
Do passo aonde o nada me detém
E nisto outro cenário em fantasia.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Sineiros entre sons diversos. Tramas.
O mundo se transforma a cada instante
E o nada noutra face se adiante
Gerando o que talvez deveras clamas.

No espúrio caminhar por entre as chamas
A face mais cruel e degradante
No todo poderia doravante
Vencer os mais doridos, ledos dramas.

Arcar com erros tantos e sentir
O todo noutra faca a se eximir
Dos dias onde pude acreditar

Nas sortes variadas e complexas
As noites solitárias e perplexas
Buscando sem sucesso algum luar.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Serenas e dispersas vastidões
Tocando o meu olhar, belo horizonte
Ainda quando a sorte aquém desponte,
Aos tantos sem destino tu me expões

Os ventos em diversas dimensões,
Apenas poderia haver a fonte
Gerando o que talvez não mais aponte
E mostre as variantes, direções.

O caos tomando parte deste engano,
E quanto mais procuro e em vão me dano,
Errático cenário se traduz,

No pouco que pudesse ser bem mais
Enquanto bebo os velhos rituais
O mundo perde a cor, ausente luz.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Aos velhos e temíveis caminhares
Depois de certo ocaso, uma alma dita
A luta que pudera em nova grita
Gerar outros dispersos, vãos altares.

E quando ao fim de tudo tu notares
A imagem refletida se permita
Ousando noutra luz rara e bendita
Ou mesmo nestas hordas, lupanares.

Expresso o quanto pude em redenção
As sombras do passado me trarão
Apenas o que resta e nada mais.

E sei do caprichoso pensamento
Aonde o que pudera, eu já não tento
E sinto que deveras, tu te esvais.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Aromas, tão diversos: primavera
E o prazo se transforma em leda fase
Ainda que pudesse e já me atrase
O todo na verdade não se espera.

O fato mais audaz se degenera
E o corte mais profundo cessa a base,
O canto denotando nova fase,
No olhar de quem pensasse; escusa fera.

Somáticas essências do não ser
E nisto presumindo o envilecer
De uma alma sem saber de qualquer porto.

Depois de tanto tempo solitário,
O mundo se desenha em santuário,
E o que inda resistisse agora é morto.

domingo, 12 de julho de 2020

Ouvindo ao longe o som dos campanários
Numa expressão diversa e dolorida,
Ausência traduzindo uma erma vida
Em ritos tantas vezes temerários.

Os olhos buscam tons imaginários
E a sorte de tal forma desprovida
Enquanto o dia a dia já se acida
Os sonhos de outros sonhos, estuários.

Expresso a desventura em verso e canto,
O traço mais puído; eu não garanto
E sigo sem saber de algum alento.

Porém o que pudesse ser além
Nos ermos de meu mundo, nada vem
Sequer esta expressão que, tolo, eu tento.

sábado, 11 de julho de 2020

Jamais se tentaria nova sorte
Aonde o que se mostra não permite
A vida sem saber de algum limite
Que tanto nos aporte e nos conforte.

Quem tem uma esperança como um norte
Deveras noutros tempos acredite
E mesmo quando a vida necessite
De um tempo mais suave, faz-se forte.

Os erros tão comuns da humanidade,
A falta de perdão, medos diversos
Ausência de alegria em turvos versos

E o quanto a cada passo desagrade
Quem tenta caminhar em lamaçais
Secando de um amor, mananciais.