terça-feira, 30 de abril de 2013

30/04

Jamais imaginasse nova sorte
Aonde o que se fez não mais quisesse
Saber da sensação desta benesse
E nisto cada passo não conforte,

O rumo se desenha em ledo norte
E bebo o quanto possa e já se esquece
A vida noutro instante não mais tece
Sequer o que inda reste em vago aporte.

Não tendo esta palavra que sanasse
O mundo não seria mais completo,
Na imensa solidão do desafeto,

Na rústica presença em desenlace
Do fardo que carrego há tanto tempo
O medo gera mais um contratempo

segunda-feira, 29 de abril de 2013

29/04

Legado que recebo: solidão
Deixando para trás todo o cenário
De um mundo muitas vezes solidário,
Agora do vazio uma expressão.

E sei dos meus anseios que virão
A cada novo passo, temerário
O sonho se perdendo e deste vário
Tormento eu bebo a rude dimensão.

Jamais acreditei e não pudera
Traçar dentro do sonho além quimera
Que tanto se prepara em novo bote,

O mundo se anuncia mais temível
E o quanto ora pudesse, previsível
Encontra o que deveras me derrote.

domingo, 28 de abril de 2013

Levado pela farsa mais dorida
A mansidão já tanto noutra senda
O verso sem sentido não desvenda
Matando a cada instante a leda vida.

Tentando muito além da despedida
Enquanto esta versão já não se estenda
Moldando o que pudera sem contenda
Trazer a mesma face além da ermida.

Senzalas que apresentas como fosse
Num átimo um cenário que agridoce
Talvez inda sanasse qualquer mal,

Eclodem dentro da alma velhas tramas
E sei do quanto possas e reclamas
De um dia; muitas vezes, usual.

sábado, 27 de abril de 2013

27/04

Quisera com lirismo te falar
De luas e de estrelas, versos, sóis,
Mas quando as esperanças tu destróis
Não resta nem sequer qualquer lugar.

O marco desta sorte a se moldar
Nos dias entre enganos tu corróis
Os olhos que procuram por faróis
E seguem sem poder mesmo encontrar.

O vértice invalida qualquer molde
E quando mais a vida assim nos solde
Ao tanto que pudesse nos trazer

Um dia mais suave em clara aurora,
Porém somente a bruma hoje decora
O quanto imaginasse amanhecer.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

26/04

Não mais acrescentasse qualquer toque
Ao quanto se desdenha e nada vês
Ainda se mostrando a insensatez
Que o próprio caminhar já nos provoque,

A vida se traduz em ledo estoque
E nada gera além da estupidez
E marca com temor o que, talvez,
Navegue noutro norte e em dor se enfoque,

O prazo determina o quanto atraso
Meu sonho e na verdade se defaso
Acolho o que restasse deste espaço

Pousando sobre estrumes, mero inseto
Apenas no vazio me completo
Tentando o que deveras nem mais traço.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

25/04

Livrasse dos meus erros contumazes
A senda mais diversa e mesmo bela
Enquanto a fantasia nos atrela
Ditames tão dispersos tu me trazes.

E bebo dos anseios, noutras fases
E a luta se desenha em rude tela
Arcando com o quanto houvesse e zela
Por todas as versões em toscas bases.

Presumo a cada fato um novo tempo
Seguindo tão somente o contratempo
Que possa me trazer alguma luz.

Tocando com argúcia o vendaval,
Sorvendo da esperança o fino sal,
A morte a cada passo se produz.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

24/04

O peso de uma vida sem juízo
Vergando o passo traça a sorte rude
E sei do quanto a dita nos transmude
Gerando um dia atroz tanto impreciso.

E quando noutro instante ora diviso
Com minha sordidez que agora ilude
O vasto desenhar enquanto mude
Meu passo que deveras mal matizo.

Grisalhos céus moldando o que me espera
A luta noutra farsa degenera
E marca apunhalando cada engano.

O tanto quanto possa e não se afaga
Trazendo tão somente a velha adaga
Percurso diferente; em vão, explano.

terça-feira, 23 de abril de 2013

23/04

Iluminada senda aonde traças
Em verticais caminhos, o infinito,
E sendo que tal fato eu necessito
Tentando presumir diversas praças.

As horas tantas vezes mais escassas
O manto que pudera e não permito
Ousando acreditar em qualquer mito
E nisto sei das horas, meras caças.

Onírico cenário que imagino,
Ao menos se inda fosse cristalino
Talvez me convencesse de algo mais,

Porém quando em verdade nada resta
Somente a mesma face mais funesta
Tramando dias rudes e banais.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

22/04

Não possa acreditar em liberdade
Enquanto não vencer meus desalinhos,
E quando vejo os sonhos mais mesquinhos
O tempo noutro engodo desagrade,

Versando sobre a velha tempestade
Que ousasse demonstrar fartos caminhos
Tentando adivinhar mesmo em daninhos
O todo que deveras se degrade.

Não quero ter nas mãos esta expressão
De quem se fez apenas sempre o não
E tenta acreditar no que não veio,

E corto na raiz esta esperança
Que tanto quanto chega e nos alcança
Expressa a queda e gera este receio.

domingo, 21 de abril de 2013

21/04

Alio cada passo com meu sonho,
Mas sei das dissonâncias de uma vida
Há tanto noutra face consumida
Gerada pelo medo onde me enfronho.

Perfaço cada passo e sei bisonho
O mundo sem saber desta guarida
Vagando aonde a luta já perdida
Expressaria o canto tão medonho.

Encontro especular cenário aonde
O medo tão somente corresponde
Ao que deveras toca e me protege,

Pudesse o pensamento ser herege
Ou mesmo até sutil, noutro momento,
Mas traz o quanto quero e assim me alento.

sábado, 20 de abril de 2013

20/04

No encanto que; entretanto, eu não teria
A luta em discordância gera o fim
Do tanto quanto pode haver em mim
E agora noutro tom gera a agonia,

A noite se aproxima e mais sombria
Amordaçando o quanto possa enfim
Tramar e ser deveras sempre assim
Um sonho sem guarida a cada dia.

Na senda mais diversa o passo segue
Ainda quando o tempo se renegue
E gere o medo apenas, nada mais.

O tanto que pudera e não sentisse
Realço a cada engano esta mesmice
Enquanto noutro passo tu me trais.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

19/04

Zarpando para além do pensamento
Vagando em noite escusa ou mesmo aquém
Da leda sensação que sempre tem
Um tempo após o tempo em sentimento.

Ourives do vazio eu sempre tento
Beber o desafio que não vem
E disto da esperança de outro alguém
Enquanto qualquer passo eu alimento.

A vida se transforma e deste limo
Apenas o que possa e não redimo
Meus erros costumeiros e tenazes.

A lenta caminhada se perfaz
No engodo costumeiro e sem a paz
Somente este vazio ora me trazes.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

18/04

Num verso mais audaz e mesmo quando
O mundo não viesse transformar
A sorte que procure a divagar
No tempo tendo os olhos lagrimando,

Barreiras tantas vezes enfrentando,
O todo não pudera e sem lugar
Ainda que entranhasse céu e mar
Minha alma se vertera em termo infando.

Lacunas tão comuns ao pensamento
De quem pudesse ter o olhar atento
Aos velhos traiçoeiros desenganos.

Os dias entre tantos se perdendo,
Perambulando sou mero remendo
Entre cenários toscos e profanos.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

17/04

Loquazes sortes ditam o sereno
Momento aonde eu pude e não tivera
Senão a mesma face que insincera
Transcende ao quanto possa e me enveneno.

A cada novo engodo me condeno
E bebo a solidão que destempera
Marcando com terror a primavera
E nisto sei do mundo amargo e pleno,

Num átimo mergulho noutras tramas
E sinto quando vens e logo clamas
Arcando com meus fátuos sonhos rudes,

E breve madrugada se desenha
Aonde essa vontade até ferrenha
Traduz o quanto quero e tanto iludes.

terça-feira, 16 de abril de 2013

16/04

O medo se transforma em comum fato,
E nesta solidão já nada vejo
Somente o quanto possa e num trovejo
O enredo persistindo; ora o constato.

Meu passo noutro passo; se o reato
Ouvindo o quanto queira em novo ensejo
Meu mundo sem saber do que prevejo
Expressa da ilusão mero retrato.

A sordidez ditando o descaminho
E sendo na verdade mais sozinho
O ninho se expressando num vazio,

A morte não traria melhor passo
E quando na verdade me desfaço
Apenas outro ser- vão- eu recrio.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

15/04

Ausento-me deveras do que possa
Traçar um dia novo após a queda
Do tanto quanto a vida apenas veda
O passo rumo ao quanto dita em fossa.

O manto na verdade se destroça
E o prazo noutro tempo se envereda
Marcando com terror e nada seda
Sequer a solidão somente nossa.

Versando sobre os ermos de quem sonha
A luta se moldando ora enfadonha
Enfronha no vazio aonde um dia

Vivera sem sentido e sem por que
O quanto com certeza, ninguém vê
E sei que a própria vida não teria.

domingo, 14 de abril de 2013

14/04

Havendo qualquer chance, escapatória
O mundo traça apenas um detalhe
Que tanto quanto possa me retalhe
E gere a farsa amarga, sou escória.

E nada resistindo em vã memória
Apenas o que tanto agora falhe,
E quando noutro passo ora se atalhe
Palavra não seria meritória.

O custo sem saber de benefício
Recende ao quanto houvesse em precipício
Marcando com temor o que não vira,

E sei das mais diversas ilusões
Gerando o descaminho aonde pões
Do sonho destroçado, cada tira.

sábado, 13 de abril de 2013

13/04

Unindo nossas vozes poderia
Traçar novo futuro ou mesmo a sorte
Que tanto deveria e não comporte
Sequer o quanto veja em agonia.

O mundo se perdendo em sincronia
E o verso noutro tempo não suporte
A vida que invadisse a própria morte
Tentando eternidade – uma utopia?-

Singrando os oceanos mais diversos
Ousando qual timão tímidos versos
E os medos coletando a cada queda.

Meu prazo determina o fim do jogo
E sei quanto mergulho neste fogo
E a vida no vazio se envereda.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

12/04

Não queira acreditar na velha farsa
Que tantas vezes trago e até presumo
Vestindo da esperança o ledo sumo,
A sorte sem caminho mal disfarça.

O verso noutro tempo já se esparsa
E a luta continua em frágil prumo,
Blindando o quanto possa num resumo,
O sonho se corrói e já se esgarça.

O vento se espalhando em noite sórdida
A velha sinfonia atroz e mórbida
Embebo-me no vago da esperança,

Mas sei que no final nada restando
Apenas noutro passo desenhando
O quanto; com certeza, marca e cansa.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

11/04

Não quero a paz servida de bandeja
Tampouco o quanto pude desvendar
Nas ânsias de quem tanto quis amar
Além do que pudesse e mais deseja.

O prazo determina o quanto veja
Do simples e sobejo caminhar
Ousando noutro instante, outro lugar
Saber enquanto a vida em vão dardeja.

Olhando de soslaio simplesmente,
Grassando sobre o nada, a sorte tente
Vencer os mais dispersos desenganos,

No quanto me restara e sei que é pouco
Ainda sem defesas me treslouco
E trago tão somente velhos danos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

10/04


Não quero ser apenas o que um dia
Expresse a morte em vida ou mesmo a sina
Da solidão deveras assassina
Que a cada novo tempo se veria,

O prazo decorrendo em ironia
A luta muitas vezes me fascina
E sei que na verdade determina
O fim do quanto pude em utopia.

Não quero e nem pudesse ter nas mãos
Momentos mais felizes, ou tão vãos
Erguidos do vazio de minha alma,

Nesta expressão diversa, uma alameda
Que tanto quanto possa nos conceda
A doce sedução que nos acalma.

terça-feira, 9 de abril de 2013

09/04

Repare cada sonho e veja após
O medo que presumo ser comum
E saiba da esperança onde nenhum
Momento traduzisse nossa voz,

O risco se mostrando a cada passo,
O medo em consonância trama o fim
E vejo tão somente o quanto em mim
Expressa a solidão que agora traço.

Vencendo este cansaço corriqueiro
Procuro novamente a sedução
Dos tempos mais suaves de um verão
Invés deste tormento costumeiro

Sabendo ser a trama assim diversa
O meu olhar aquém do encanto versa.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

08/04

Repare cada queda e veja bem
A farsa desenhada em cada ausência
A vida não teria a paciência
E o sonho com certeza não mais vem.

Navego sem saber o que retém
Meu canto a se mostrar sem indulgência
E nisto o quanto trace em tal ciência
E nada mais teria nem desdém.

O prazo se transcorre e tento ver
Ainda que pudesse amanhecer
Nas tramas mais dispersas da ilusão.

Ocasionando a queda de quem tenta
Vencer com mansidão a virulenta
Verdade se mostrando mesmo em vão.

domingo, 7 de abril de 2013

07/04

Não quero acreditar em meros sonhos
Nem mesmo nos vazios da esperança
Enquanto o dia a dia além se lança
Traçando descaminhos mais bisonhos.

Vagando por anseios enfadonhos
E tramas onde o tempo não avança
Marcando com terror cada mudança
E nisto os dias seguem tão medonhos.

Vacante coração procura a paz
E sabe que em verdade nada traz
O verso se moldando em rude espreita,

Já não mais poderia ser feliz
E tento acreditar no quanto fiz
E a sorte noutra face não me aceita.

sábado, 6 de abril de 2013

06/04


Navego contra todas as procelas
Vagando sem destino em mar imenso,
O quando noutro rumo não compenso
Traduz a solidão que ora revelas.

Os olhos sem temores vendo as celas
E nelas o que tanto quero e penso,
Galgando neste passo o quanto extenso
Cenário traz a sorte em raras telas.

E sei do quanto pude e não tivera
Sabendo a solidão esta insincera
Versão que nos devora simplesmente,

E o pendular caminho se esgotasse
Aonde a nossa vida num impasse
Traduz o quanto uma alma rude mente.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

05/04

Ocasos entre tramas divergentes
Astuciosamente a vida traz
O quanto poderia ser capaz
E no final deveras nada sentes,

As horas entre enganos inclementes
O sonho mais feroz porquanto audaz
O tempo se deixando para trás
E os olhos entre tantos são dementes.

Restauro os meus caminhos, ou procuro
Vencer o dia a dia em paz, seguro,
Mas sei das mais diversas ironias

Que a sorte trama e deixa como rastro,
E nesta sensação torpe me alastro
Enquanto no final nada verias.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

04/04

Apresentando os erros tão diversos
Comuns a quem procura pelo menos
Vencer os dias rudes e os venenos
Usando tão somente frágeis versos.

Tentando desvendar enquanto imersos
Os olhos entre dias mais serenos,
Porém sei que jamais seriam plenos
Ou mesmo dos meus passos tão dispersos.

Resulto deste insulto e me preparo
Neste insepulto corpo em tal estágio
Na decomposição vejo o naufrágio

Do quanto poderia ser mais claro,
Profetizando o enredo que desfio,
O tempo sempre fora atroz, sombrio.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

03/04

Jamais imaginei que um dia houvesse
Numa expressão diversa e dolorosa
A sensação do espinho frente à rosa
Tornando mais atroz a sorte, a messe.

No fundo o que deveras já se esquece
Transita pondo tudo em polvorosa
Sentindo a mais diversa e caprichosa
Loucura que meu sonho ora entorpece.

Vagantes noites frágeis e somente
O tempo que em verdade tanto mente
Marcando com angústias e tormentos.

O preço a se pagar transforma a vida
E traz desta verdade corroída
Apenas novos erros, desalentos.

terça-feira, 2 de abril de 2013

02/04

Apenas apresento uma desculpa
E sei que na verdade não convence
A vida se expressando no non sense
Enquanto este vazio a sorte esculpa,

Antes da liberdade sou crisálida
E tento abrir as asas e seguir,
Porém o quanto possa sem porvir
Traduz a sorte amarga e mesmo esquálida.

Escárnios tão somente o quanto escuto
E sei desta ilusão feita em tormenta,
A luta tão somente me apascenta
Minha alma num eterno e rude luto.

Cadenciando a vida chego ao fim
Traçando o quanto possa morto em mim.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

01/04/2013

Tempo que refere o quanto tenta
Vestígios de uma sorte lapidar
O vento noutro tempo a se mostrar
Deveras entre a brisa ou a tormenta.

Arcar com a esperança virulenta
Que possa tantas vezes nos marcar
E sem saber sequer onde ancorar
A dor demais sentida ela fomenta.

Pandora que ao abrir uma boceta
Às mais diversas penas arremeta
A humanidade e deixa para trás,

Aquela que não cessa o sofrimento
Traçando eternamente o vão alento
Que nem o próprio tempo enfim desfaz.