sábado, 30 de junho de 2018

Seguisse pela falda deste rio,
Até chegar ao fim neste estuário
O tempo muitas vezes necessário
Condena o dia a dia ao desvario,

E quando cada instante desafio
Nas fráguas da esperança, tempo vário,
O corte se presume e solitário
O manto se perdendo a cada fio,

Não pude e nem tivera o quanto quis,
A sorte tantas vezes segue ultriz
E marca com temor o meu caminho,

Vacante coração de quem sonhara,
O passo noutro rumo dita escara
E sei do meu momento mais daninho.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Ditosa realidade? Mero sonho.
Ao largo vejo apenas a esperança
E quando para além o tanto avança
E o rumo se define e o decomponho,

Ainda que pudesse mais bisonho,
Somente este cenário em paz amansa
Quem traz a solidão, leda lembrança
E trama o que deveras não proponho,

Apenas sortilégio e nada mais,
Ausente dos meus olhos outros tais
Tramassem qualquer luz e neste nada,

A vida não teria qualquer chance
E mesmo que o vazio agora avance
Somente vejo a morte desenhada.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Remiro o quanto houvera e não trouxesse
Marcando cada engano de tal sorte
Que nada na verdade me conforte
Nem mesmo trace em nós rara benesse,

O mundo se presume e nada tece
Sequer o que pudesse noutro norte,
A luta sem sentido não transporte
Nem mesmo o que esperança em vão merece,

O quanto se oferece e nada veio,
Apenas caminhante segue alheio
Aos passos mais diversos que inda vêm,

A vida sem remédio ou solução
Os cantos noutro fato em explosão
No olhar de quem amara este desdém.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Um ânimo diverso outro cenário
O marco desenhado noutro rumo
E o tanto quanto possa em vão assumo
E mato outro momento imaginário,

Vencido caminheiro vão corsário,
Do tempo sem essência sei o sumo,
E agravos tão diversos já resumo
Num erro tantas vezes temerário.

Negar o quanto pude e mesmo cria
A sorte se transforma em agonia
Queimando cada etapa até o ocaso,

Não vejo solução seguindo alheio
O passo se transforma e assim rodeio
O dia se renega e o sonho atraso.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Um mar tão perigoso, uma armadilha
E o caos se aproximando do meu mundo,
E quando deste nada inda me inundo
A luta na verdade não mais trilha

Vencendo a cada engodo outro já brilha
E vejo este momento mais profundo,
Marcando o que pudera e vagabundo
Cenário com certeza se polvilha,

Apenas caberia dentro em nós
O mundo sem saber audaz e atroz
Vivificasse o tempo noutro enredo,

Mas quando vejo o fim e sei da dor
O canto sem saber de algum temor
Traduz a negação que ora concedo.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Sobre as ondas saveiro trafegando
Ousando muito além do que pudera
A sorte no vazio trama a fera
E o tempo se desenha mais infando,

O sonho se perdendo em contrabando
A morte desenhada em vaga espera,
O fogo que se espalha destempera
O mundo noutro peso, se moldando,

Alhures vejo o caos e nada trama
Sequer o que pudesse enquanto em drama
Vencido caminheiro sem amparo,

Meu mundo se apresenta no final
E quando se queria em ritual,
O passo na verdade despreparo.

domingo, 24 de junho de 2018

Jogado pelas ruas, vou inquieto
Num etílico anélito presumindo
Um pária desdenhado; à morte eu brindo
No tempo onde o quisera em paz completo.

E quando no não ser hoje repleto
Traçando o que pudera ser infindo,
Ainda se desnuda e então me blindo
Buscando sem sucesso algum afeto,

Crisálida que a vida aborta e traz
Apenas num momento mais mordaz
O caos sem ter sequer qualquer alento,

Bebesse da esperança invés do gim
Quem sabe até pudesse ter no fim,
O quanto tanto quero e; inútil, tento.

sábado, 23 de junho de 2018

Atribulado enredo em caos e medo,
Expresso o dia a dia de tal forma
E quando no final tanto deforma
Marcando com ternura o quanto é ledo

E o passo noutro rumo enfim concedo
Vestindo o meu cenário e traz por norma
O canto que deveras nos transforma
E dita o meu momento em teu degredo,

Angustiosamente o preço trama
E deixa no passado além do drama
A chama que pudera ser imensa,

O engano se aproxima deste enfado
E quando no final já me degrado
Nem mesmo uma alegria recompensa.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Vivendo tanto quanto pôde outrora
Meu passo molda o caos gerando além
Em desvario apenas sei que vem
O quanto tento e mesmo segue, aflora,

Perdura dentro da alma o que decora
E o passo traz decerto algum desdém
E vejo após o caos o quanto tem
Na luta mais diversa que apavora.

E rondo com ternura outro momento
Depois do que pudera e me atormento
Gerando tão somente a solidão,

Errático cenário se moldando
E nisto cada passo fora brando
Morrendo sem sentido ou direção.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Assombros entre enganos e fantoches
Apenas cada espectro traz em si
O quanto na verdade já perdi,
E sei do quanto enfim tanto deboches,

Ser gauche e perceber o fim do prazo,
A luta não termina e sigo só
Meu passo se desenha em ledo pó
E o todo se traçando neste ocaso,

Vagando sem sentido ou mesmo um porto,
Acode-me o final em rude história
A lua desejada, merencória
O olhar imaginário, semimorto,

E o vândalo caminho entre tempestas
Gerando o que deveras tu não gestas.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Por toda e qualquer parte do cenário
Um ato repetido, a cena igual,
O manto se desenha em ritual
E o tempo muitas vezes solitário,

Ainda que isto fosse necessário
A fossa se aproxima e no final
O corte se derrama e sei venal
O bote noutro engano, temerário.

Escassas noites dizem do que trago
E bebo da esperança o sonho vago,
Matando qualquer sombra que inda reste,

O tanto que pudera ser celeste
No fundo se desenha mais agreste
E traça no meu mundo imenso estrago.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Planetas e satélites, anéis
Aonde em siderais caminhos trace
O vasto delirar gerando impasse
Em rumos tão diversos e cruéis.

Vagando nos astrais em carrosséis
O mundo se transforma e nesta face
O quanto poderia e se tramasse
Vencendo os ermos sonhos meros féis.

O preço a se pagar embute este ágio
E o quanto se cobrasse no pedágio
Dos sonhos sem sentido e sem razão,

Mergulho nos espaços e presumo
Apenas o que tanto já sem rumo
Meus olhos com certeza não verão.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Banhando com dourado cada passo
Que tento após o caos e nada veio
Somente o que pudera em devaneio,
Marcando o meu cenário em descompasso,

E quando noutro rumo me embaraço
Ausento da verdade e me rodeio
Das ânsias mais diversas e permeio
Meu verso com temor a cada traço.

Jogado pelos cantos desta casa,
A cena pouco a pouco se defasa
E marca o que pudera sendo assim,

Meu mundo no cenário em raro tédio
A morte provocando em seu assédio
O quanto se resume agora em fim.

domingo, 17 de junho de 2018

Pavor que aprofundasse cada instante
E nada mais tramasse senão isto,
E quando no final tento e desisto
Apenas o vazio se garante,

No tanto que pudera doravante
Ainda sem remédio em vão insisto
E bebo do infinito onde malquisto
Meu passo na verdade se adiante,

Mortalhas que tecera, dia a dia,
E o tanto quanto quero e não teria
Esconde dentro da alma este não ser,

E quantas vezes roto caminheiro
Buscando o seu descanso derradeiro
Fazendo em funeral raro prazer.

sábado, 16 de junho de 2018

No vale mais escuro da lembrança
O caos se transformando em costumeiro,
Procuro nem que seja algum luzeiro
E apenas o vazio o passo alcança

A senda mais dorida em esperança
Jogada por venal desfiladeiro
Marcando com fatal o derradeiro
Momento aonde a sorte em vão se lança,

Jamais pude conter qualquer aceno
E bebo o que deveras mais condeno,
Profano companheiro do insensato,

E quando alguma luz inda pedisse
Percebo a mesma cena em tal mesmice
E o fim de cada passo; em vão constato.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Olhando para além, numa colina
Cenário tão diverso do que um dia
Pudesse imaginar ou mais queria
E a sorte sem domínio não fascina,

Esqueço o quanto possa e se termina
A luta como tanto se veria
Ousando noutro caos a fantasia
Exala o que deveras determina,

Medonha esta expressão em tédio e dor,
E tanto quanto eu trace em redenção
Marcando o que moldasse e neste não,

Apenas o vazio a se propor,
Não tendo mais sequer alguma paz,
O olhar sem direção não satisfaz.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Abandonando ao léu a velha estrada
Por onde poderia ter no olhar
A força de talvez já se mostrar
Ainda que deveras sempre evada,

Não tento outro cenário na alvorada
Nem mesmo assim pudesse desenhar
A sorte noutro rumo a desnudar
Deixando cada fase abandonada,

Esgoto meu futuro sem proveito
E quando no final a morte aceito,
Entranho nos espíritos dispersos,

E vasto caminhar contra as marés
Olhando para a sorte de viés,
Jogando no vazio os duros versos.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Tomando os meus sentidos, a esperança
Que audaciosamente quero e tento
Ainda já pudesse contra o vento,
Porém neste vazio ora se lança,

A vida se desenha e a confiança
Perdida numa dor, raro lamento,
E sei do quanto teimo e me atormento
Trazendo para além o que afiança,

Sorvendo o doce vento da ventura
O tanto quanto possa e se procura
Gerando novamente outro sinal,

O prazo determina o fim de tudo
E quando mal recebo, desiludo
O tempo noutro passo desigual.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Verdades entre fatos, mero engano
E o tempo se desenha muito além
O manto com certeza não mais tem
Sequer o que pudesse em ledo pano,

Ocaso se transforma e já me dano,
O pranto se desenha e sei que o bem
Tramasse outro caminho e quando vem
A luta se transborda em vago plano,

Esta arrogância toda faz sentido?
O tempo com firmeza enfim olvido
E colho as frutas podres sobre o chão,

Sementes espalhando o vento e o caos,
Os olhos entre tantos vis degraus
E o quanto se perdera imensidão...

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Deparo com meus erros e presumo
O quanto poderia e nunca veio,
Ainda que se veja mais alheio
O tempo noutro tanto vai sem rumo,

E quando na verdade um erro; assumo
O passo se desenha onde rodeio
E o tanto que pudera traz no anseio
Apenas e somente este resumo,

Não vejo a madrugada e nem teria
Somente no final a fantasia
Encontra e venceria algum dissídio

Meu mundo se aproxima do futuro
E traça este momento onde perduro
E nada mais decerto e enfim; divide-o.

domingo, 10 de junho de 2018

Na cuidadosa senda em noite mansa
Presumo qualquer luz que ainda sinta
E sei desta esperança agora extinta
E nela nem a sombra em vão me alcança

A sorte sem sentido agora cansa
E trama o que pudera e não se pinta
Vagando sem porvir por mais que minta
No fundo não tramasse o quanto avança,

Espero novamente algum momento
E bebo tão somente o quanto alento
E tento novamente ser feliz,

Mas sei do quanto é frágil meu caminho
E quando do passado eu me avizinho
O mundo renegando o quanto eu quis.

sábado, 9 de junho de 2018

Na asperidade sinto o que se traz
Marcando com temor o quanto é rude
O tempo que em verdade não mais pude
Embora o desejasse mais audaz,

O canto na verdade velho antraz
Matando a mais sublime juventude,
Levando para além minha saúde
E o corte se moldasse mais mordaz,

Já nada caberia nem a sorte,
Tampouco o que pudera e me conforte,
Apenas desenhando o nada em mim,

Depois de certo tempo o quanto possa
Trazendo em todo olhar a mera troça
Ditame sem sentido e morto, enfim.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

A vida se demonstra tão penosa
E sei que nada posso nem sentir
O quanto na verdade a prosseguir
Enquanto outro caminho o tempo glosa,

A noite desejada majestosa,
O canto sem certeza e sem porvir,
Apenas noutro engano resumir
Matando em nascedouro qualquer rosa,

A luta sem sentido contra a fúria
De quem se desenhando em tal incúria
Não deixa para trás sequer detalhe,

O prazo determina o fim do sonho
E quando a cada engodo enfim me oponho,
A sorte noutro tanto me retalhe.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

A verdadeira estrada que procuro
Depois de tanto tempo solitário
Mudando a cada instante itinerário
Deixando para trás o céu escuro,

Vagando contra a fúria não perduro
E sei deste momento imaginário
E vendo este caminho atroz e vário,
Ultrapassasse enfim o imenso muro.

Não tendo na verdade quem me acolha
A vida se perdendo em cada folha,
No outono deste sonho, quase inverno,

Agrisalhando o rumo de quem tenta
Vencer em calmaria esta tormenta
Nos ermos do passado enfim me interno.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Na tenebrosa senda aonde eu possa
Vestir outro momento em alma impura,
A sorte que deveras se procura
Jamais se imaginara ser tão nossa,

A vida se desenha em rara troça
E o todo se prepara e se depura
No quanto se trouxesse em amargura
Engodo a cada passo a vida endossa,

Restando muito pouco do que fora
Uma alma tantas vezes sonhadora,
Mergulho no vazio e sei do caos,

Ainda que pudesse navegar
Meu mundo sem ter cais onde ancorar
Destrói sem mais defesas velhas naus.

terça-feira, 5 de junho de 2018

24

No meio desta estrada vida além
O tanto quanto pude se desenha
Vencendo o que tentara e já não venha
Marcando cada passo sem alguém

Que possa traduzir o quanto vem,
Mantendo sempre em brasa a velha lenha,
O peso do passado desempenha
O prazo com temor em tal desdém.

Jogado nos esgotos da esperança
O passo sem sentido algum se lança
Matando com temor o quanto trame,

E nada mais se vendo aonde eu rume,
A vida sonegando algum perfume,
As dores se aproximam num enxame.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Das pétalas jogadas sobre o chão,
As marcas do passado aonde um dia
Pudera imaginar o que viria
E nisto presumir em negação,

O passo se aproxima e sei que é vão
O canto de quem tanto não veria
Sequer o que espalhasse em utopia
Tramando noutro engodo e direção,

Espero qualquer dia aonde eu possa
Vencer o que deveras nos destroça
E marca com firmeza em ferro e fogo,

As grises tardes dizem do abandono
E quando do vazio ora me adono,
Não resta nem sequer um sonho ou rogo.

domingo, 3 de junho de 2018

Cidades entre trilhos e tormentas
As ondas invadindo o litoral,
O caos se desenhando e no geral
Apenas meus vazios tu fomentas,

Os ermos de meu passo entre as sedentas
Vontades de quem sabe o magistral
Cenário desenhado bem ou mal,
E quando noutra fonte te alimentas,

Apresentando enfim o todo ou nada,
A sombra noutra sombra desenhada
Reproduzindo ao fim cada momento,

E sinto o quanto pude sendo atroz,
Já nada mais calasse a minha voz
Nem mesmo o que desejo e sei, lamento.

sábado, 2 de junho de 2018

21

No inverno de minha alma nada vejo
Somente o quanto resta de um passado
E quando no vazio ocaso eu brado
Apenas sem sentido o quanto almejo,

Olhando para além, o sertanejo
Imaginando um rico e flóreo prado
Relembra o quanto quis e derrotado,
Aprende com a dor quando dardejo,

Jogado sobre as pedras, rotas asas
Um anjo se derrota e quando atrasas
Percebes o cadáver se esvaindo,

E o quanto poderia ser diverso
Expressa a solidão de cada verso
E o tempo mais audaz, agora findo.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Coroas entre espinhos e fornalhas,
As horas dolorosas; corte e espinho
E singro cada espaço mais daninho
E dele faço um campo de batalhas,

As dores que em verdade sei que espalhas
O passo sem sentido sei mesquinho
E quando no passado agora aninho,
Percebo dos meus sonhos erros, falhas.

Pudesse acreditar noutro momento
E sei do quanto possa e mesmo tento,
Vencidos os meus olhos sem sentir

O peso do passado enverga as costas
E vejo as minhas dores sendo expostas
Matando o que tramasse algum porvir.