sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Concentro minha luta
Apenas no vazio
E sei do quanto crio
Ou mesmo se reluta

A sorte quando é bruta
E trama em novo estio
O quanto mais sombrio
E nada além se escuta,

Espero apenas isso,
O verso onde cobiço
Até tranquilidade

Depois de certo engodo
Volvendo ao velho lodo
Perder a liberdade...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Já não me caberia
Ousar em dimensões
Diversas onde expões
Apenas a agonia,

O verso em heresia
As tantas expansões
E nelas explosões
Moldando o novo dia,

Encontro os restos tento
Envolto em pensamento
Que possa libertar

Alçando muito além
O quanto me convém
Expressa o navegar.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

O preço que se cobra
O tempo onde se visse
Depois desta tolice
O risco quando sobra

Do passo em vã manobra
E tanto o que desdisse
Presume esta mesmice
Diversa e se desdobra,

Presumo o fim do caso
E bebo o quanto aprazo
Independente ao sonho,

Apresentando o cântico
E mesmo se semântico
O canto enfim proponho.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O tempo se anuncia
Em nuvens, tão somente
E o quanto se apresente
Marcando novo dia

Vestindo em fantasia
O prazo onde a semente
Pudesse novamente
Traçar o que viria,

Depois de cada engano
O tanto deste plano
Invista no vazio,

Olhando para trás
O que já não se faz
Decerto hoje desfio...

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Um erro costumeiro
De quem deseja tanto
Vencer o desencanto
De modo corriqueiro,

E quando assim me inteiro
Do sonho em tal quebranto
No fundo já me espanto
E sigo o derradeiro

Caminho sem proveito
E sendo agora aceito
Somente o quanto leve

Minha alma disto tudo
O passo onde me iludo
O canto amargo e breve.

domingo, 26 de janeiro de 2020

O encanto se perdeu
O verso não traduz
Sequer a frágil luz
Que o tempo concebeu,

O sonho em apogeu
A luta em contraluz
E o todo onde me pus
Conduz ao que era meu

E bebo a solidão
Na rude sensação
De quem deseja tanto

E nada se apresenta
Somente esta tormenta
E nela o mesmo espanto.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Jogado contra a areia
Das ilusões a vida
Expressa a revolvida
Espera da sereia

E o quanto se incendeia
Presume a repartida
Noção da resumida
Visão de uma candeia

A lua cheia além
E o quanto me convém
Perfuma em tom atroz

O quanto não se quis
E agora em cicatriz
Presumo ser veloz.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Jamais perdesse o rumo
Quem tanto quis o verso
E sei do mais diverso
Cenário onde resumo

Meu passo e me acostumo
Ao todo onde disperso
Ou mesmo desconverso
Bebendo o quanto esfumo,

Vigílias expressando
O dia desde quando
O resto se adentrasse

Hercúlea vontade
Que tanto me degrade
E nisto o mesmo impasse.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Cevasse qualquer sorte
Diversa da que trago
E bebo enquanto afago
O canto que comporte,

Conforta-me saber
Do nada que viria
E mesmo em utopia
A vida sem prazer,

O rumo a se moldar
E nisto esta quimera
Aonde o que se espera
Traduz qualquer lugar,

Diversidade ou caos?
Só sei dos dias maus...
Cevasse qualquer sorte
Diversa da que trago
E bebo enquanto afago
O canto que comporte,

Conforta-me saber
Do nada que viria
E mesmo em utopia
A vida sem prazer,

O rumo a se moldar
E nisto esta quimera
Aonde o que se espera
Traduz qualquer lugar,

Diversidade ou caos?
Só sei dos dias maus...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Do mel de cada olhar
Ou mesmo do veneno
Aonde me condeno
Cansado de lutar,

Sem ter onde aportar
O mundo que apequeno
O prazo quis sereno,
Mas nada irá traçar

Somente o que não veio
E sigo em tal receio
Vencido pelo nada,

A porta de esperança
Enquanto além avança
Também de mim se evada.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Na paz de um grande amor
Jogado em tal encanto
Julgado em mero espanto
Vivendo o resplendor

De um tempo em vão louvor
E nisto o que garanto
Tramando noutro canto
Escuso dissabor,

Já não me cabe crer
No prazo sem limite
E o quanto se permite

Expressa o bem querer,
Podendo noutro fato
Traçar o que retrato

Sem medo ou ironia,
Meu verso se absorvendo
Em tom atroz e horrendo
De nada valeria...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A vida em tal repasto
Gerada pelo não
Expressa a dimensão
Do quanto ora me afasto

E o tempo traz o emplasto
E o corte diz senão
Na corte em amplidão
Meu vida amargo e gasto.

Puindo a roupa antiga
Cenário desabriga
Quem desafia a luta

E molda sempre ou mais
Ainda os temporais
E assim nada se escuta...

domingo, 19 de janeiro de 2020

Não pude acreditar
Nas tramas sem enredo
E quanto me concedo
Tentando caminhar

Encontro outro lugar
Embora seja cedo,
Ainda sem segredo
Que possa desvendar.

Bisonhamente sigo
O tempo em vão castigo
O resto de esperança

E nada se moldando
O prazo emoldurando
A voz que não avança.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Cadenciando a vida
Imersa em tempestade
O quanto ora se evade
Presume outra saída,

E mesmo quando acida
A luta se degrade
E gere a falsidade
Aonde se duvida,

Esquivo companheiro
O amor, meu derradeiro
Momento em cais e porto,

Apresentando o caos
Buscasse outros degraus
Seguindo além do aborto.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Não pude acreditar
Nas tantas heresias
E nisto poderias
O espaço demarcar,

E tento outro lugar
Imerso em agonias
As sortes me trarias
Num ermo caminhar,

Entregue ao ledo tédio
Procuro algum remédio
E nada se apresenta,

Cevasse novo sol,
Quem sabe no arrebol
Vencendo esta tormenta.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Bebendo esta mistura
De sonho e de tormenta
O nada se apresenta
E a morte configura,

Pudesse sem tortura
Beber a mais atenta
Vontade que sedenta
Ultrapassa a amargura,

Já não me cabe o jugo
E quando a dor conjugo
O verso busca a luz,

Embora sequioso
O tempo caprichoso
Transcende ao que me opus.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Brindando ao que se queira
Depois de tanto medo,
O quanto a ti concedo
Bem mais do que bandeira

Na voz mais altaneira
O tanto em teu segredo
Versando noutro enredo
Seguindo sempre à beira,

O caos dentro de mim,
O todo dita o fim
E nada mais se visse

Apenas o cenário
Em roto itinerário
Marcado por mesmice.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Jamais se poderia
Trazer o que se quer
E bebo sem sequer
Tentar outra ousadia,

O verso não traria
Ainda o que puder
E venha o que vier
Adentro esta ironia,

Presumo novo alento
E tento em pensamento
Vencer o que não trazes,

A vida se resume
Aonde em tal ardume
Expresse ledas fases.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Enganos corriqueiros
E sei do quanto pude
Viver a magnitude
Expressa em tais canteiros,

A vida traz luzeiros
E sinto quando ilude
Ainda que transmude
Os sonhos derradeiros,

Não tento outro momento
E passo mesmo lento
Vestindo uma esperança

Enquanto o que me resta
Adentra a fria fresta
E ao vago enfim me lança...

domingo, 12 de janeiro de 2020

As lutas sem descanso
O tétrico momento
Aonde me atormento
E sei que assim me lanço

Pudera e sei que avanço
Jogado em desalento,
E sinto estar atento
Buscando algum remanso,

Mas nada se apresenta
Somente esta tormenta
Em vórtice ferrenho,

Meu mundo em heresia
A vida não traria
O quanto quero e tenho.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Uma expressão além
Do caos desnecessário
O prazo em solitário
Caminho traz desdém,

E sei que o nada vem
Bebendo o itinerário
E neste tom que é vário
A sorte não convém.

Encontro o meu passado
E bebo deste enfado
Jogado nalgum canto,

Ousando noutro verso
Sentir o quanto imerso
Meu tempo desencanto...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Jamais sem imaginara
A vida de tal forma
E nisto não se informa
Além da velha escara,

O corte se prepara
A morte dita a norma
E bebo o que deforma
O passo em vã seara,

Martírios entre balas
Os olhos quando falas
Expressam dor e medo,

Mas sei destas vergastas
E nelas quanto afastas
Do tempo mesmo ledo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A injusta e leda vida
De quem tanto já fez
Além do que tu vês
Gerando a despedida,

A sorte comovida
E nela a sensatez
Produz o que não crês,
Mas cura esta ferida,

A veste incendiada
A sorte desgrenhada
E o preço a se pagar,

Não tendo outro momento
Pudesse onde fomento
Meu verso desnudar...

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Meu verso em descaminho
O caos dentro de mim,
Sentindo vivo o fim
Incendiando o ninho,

Apenas cada espinho
Traduz este jardim
E sem tal estopim
O marco mais daninho,

Bebesse cada gota
Da sorte mesmo rota
E nada se veria,

Somente a frágil luz
Que quanto me conduz
Engana o novo dia...

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

199


Quem dera se pudesse
Ao menos num momento
Abrir ao pensamento
A vida em rara messe,

E quanto se obedece
No próprio alheamento
O quanto teimo e tento
E ao fim o prazo esquece,

Bebesse o que me resta
E nesta rara festa
Soubesse este sentido,

Do caos que adentro e agora
O todo já se aflora
Intenso ou desvalido?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Poderes desta que
Se fez bem mais tranquila
No quanto ora desfila
E o passo onde se vê

O amor que possa e crê
E nada mais destila
Sequer hoje vacila
Quem sinais sabe e lê

Num manto onde se veja
Seara benfazeja
O todo se aproxima

Da luta sem cansaço
E quando posso e traço
A vida muda o clima...

domingo, 5 de janeiro de 2020

Uma unidade ou não
A divindade rege
O bom e mesmo o herege
Em igual dimensão,

E traz a mesma sorte
Deitando sobre nós
O sol, a lua, a voz
O quanto nos conforte,

Porém ao ver a Terra
Desnuda e maltratada
A vida aqui se evada
E o todo em vão desterra

Matando uma esperança
E ao nada enfim nos lança.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Versando sobre o canto
Encantos poderia
E nisto em novo dia
O tempo em tal encanto,

Presumo e quero tanto
Além desta utopia
Vencer a hipocrisia
Marcada em vil quebranto,

Negar o quanto venha
Da sorte que desdenha
A vida num instante

Disperso e sem sentido
O mundo em mim olvido
E ao fim nada adiante...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Invisto o verso em sonho
E traço o meu sentido
E quanto mais lapido
E quanto mais componho

Um novo tom proponho
Depois deste esculpido
O canto sendo ouvido
Aonde em paz me ponho,

E tento sem fastio
Vencer o desafio
No fio da meada

A sorte desenhada
E tento enquanto crio
Ultrapassar o estio.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Nascendo do que tanto
Diverge do caminho
Ainda se mesquinho
O mundo imerso em pranto,

O verso se faz canto
E o manto onde me aninho
Marcando em luz e vinho
O tempo onde me encanto,

Vestindo a luz sobeja
O quanto se deseja
Expressa a liberdade

E nada mais me cala
Adentro o quarto e a sala
Na plena claridade...

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Incenso de minha alma
Vagando em tempo além
E sei do que contém
Grassando em plena calma,

A vida não se esgota
Num rude funeral,
Invade o campo astral
E toma nova rota,

Ou volta ao quanto pude
Sentir em brisa e luz,
Assim o que produz
Refaz a juventude,

E pleno em esperança
Ao todo esta alma avança...