quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Ocasos entre caos e anda mais
O prazo determina o fim de tudo
E quando pouco a pouco desiludo
Os erros são deveras terminais,
Ainda que pudesse noutro cais
O manto se desenha e já desnudo
Eu bebo o meu final e não ajudo
Sequer o quanto pude em dias tais,
Apenas o que tento e não se traça
Espalha mais distante esta fumaça
Gerando a imensidão deste vazio.
O cântico sem fim ou mesmo rude
No quanto a própria sorte agora ilude
Deixando para trás o que desfio.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Ondeias com teus passos meu caminho
E sigo em plena areia; solitário
O canto tanta vez imaginário
O mundo se desenha mais mesquinho
E sigo enquanto ao menos me avizinho
Do tempo num temor quase em fadário
O rumo se traduz no itinerário
Aonde se pudera sem carinho,
Gerando dentro em pouco o caos intenso
Ainda que pudera não mais penso
No todo que me deste como herança
E o vândalo momento se aproxima
Mudando para sempre o calmo clima
Enquanto a solidão invade e avança.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O nada dominando cada passo
Aonde eu poderia ser feliz
E o tempo na verdade contradiz
Deixando para trás o sonho escasso,
Meu mundo com certeza já não traço
Seguindo tão somente por um triz,
Apenas mergulhando em cicatriz
Depois de certo tempo em vão cansaço.
Esgoto o meu caminho sem saber
Do quanto poderia acontecer
E nada mais se vira além disto
Metade da emoção já não existe
E a morte se apontando agora em riste
Alega com ardor o quanto insisto.

domingo, 27 de novembro de 2022

O manto se puindo e nada veio
Sequer alguma luz ou mesmo a paz
E tanto quanto pude e não se faz
O mundo permanece em devaneio
O ledo caminhar em tal receio
O gesto muitas vezes contumaz
Transcende ao que buscasse e sei do audaz
Caminho sem sentido em tosco veio.
Aprendo com meus erros, na verdade,
E o tempo sonegando o quanto invade
Do canto sem sentido e sem razão
As horas são medonhas, nisto eu sinto
O rumo noutro tanto agora extinto
Matando os dias tolos que virão.

sábado, 26 de novembro de 2022

Orgânicas loucuras, medos vários
E os templos do passado derrubaste,
A sorte se transforma em tal desgaste
Marcando os meus delírios, vãos corsários.
Os cantos tantas vezes temerários
Os olhos no final, mero contraste
Ainda quando a vida traz e afaste
Meu passo noutros vãos itinerários.
Esqueço o que pudera ser assim,
E o tempo se desenha e traz enfim
Apenas a mortalha e nada mais.
O marco mais atroz em tempestade
E o vento se desenha enquanto invade
Os dias entre tantos desiguais.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

O manto se desnuda e nada vejo
Somente a solidão que agora invade
Restando dentro da alma a tempestade
E nisto tão somente este desejo,
O marco mais audaz onde lampejo
A morte representa a liberdade?
Quem sabe no final a claridade
Expõe cada momento em raro ensejo.
Podendo acreditar no que viria
Ousando noutro passo em fantasia
O verso se aproxima do irreal
Aumento com meu canto cada medo
E quando no vazio eu me concedo
A sorte desdenhosa, um ritual.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

O medo se espalhando casa afora
E o tempo se desenha sempre em prol
Do quanto poderia em arrebol
E a vida noutro engano agora aflora
O templo no vazio se decora
Dos sonhos sou somente um girassol
Vagando sem destino e sem farol
Apenas o não ser já me apavora,
E o canto se perdendo em rumo escasso
Meu verso se desenha a cada traço
Medonha luz invade o peito e trama
Aquém do quanto pude no passado
O mundo noutro rumo desenhado
Enquanto a solidão volve e reclama.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Ourives da ilusão amor intenso
E nisto não consigo novo fato
Ainda quando em vão eu me retrato
No fim de cada espaço, não compenso
E sei do quanto pude e neste tenso
Cenário outro momento não resgato
E luta se desenha e neste ingrato
Caminho se aproxima em medo imenso,
Espero qualquer luz e nada veio
Somente este vazio aonde alheio
Encontro alguma paz ou pelo menos
Momentos mais suaves num errático
Delírio onde me fiz quase lunático
Bebendo em tua boca tais venenos.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Impedes cada passo e sigo aquém
Do quanto poderia ou mesmo quis
O tempo se desenha e por um triz
Apenas o passado ainda vem,
Escassas emoções, e nada tem
Sequer o quanto pude, um aprendiz
Vencido pelo medo, a cicatriz
Gerando dentro da alma este desdém,
Alheio ao quanto resta dentro da alma
Apenas a verdade não acalma
E o medo se revela a cada passo,
Ainda que pudesse ser diverso
Aos poucos noutro rumo quando verso
A imensa solidão agora traço.

7

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Ouvisse quem me clama e não escuto
Ainda quanto pude noutra sanha
Vencer a solidão desta montanha
E sei que tão somente ora reluto
O passo se desenha e sendo astuto
O corte se aprofunda enquanto lanha
A luta no final já não se ganha
O mundo se traduz e sei que é bruto.
Jogado pelos ermos do caminho
O tempo noutro tempo eu adivinho
E sigo sem saber qualquer alento,
Do pouco ou quase nada que me resta
A vida se permite em nova fresta,
Mas também traz ao fim o sofrimento.

domingo, 20 de novembro de 2022

Intentos tão diversos dizem regras
E nada mais pudera após o fato
Aonde o meu caminho eu mal retrato
E nisto com certeza desintegras,
Os dias se mostrando mais audazes
Os cantos sem sentido, a noite fria,
Aquém do que talvez; mais poderia
Quem diz de outros momentos, novas fases.
Esqueço cada verso e tento além,
Mas sei do quanto é rude o pensamento
E sinto o meu caminho aonde invento
O verso desenhado em tal desdém,
Espreita; eu aproveito e neste medo
A minha solidão bebo e concedo.

sábado, 19 de novembro de 2022

Invades pensamento de quem busca
A sorte noutro cais e nada vendo
Apenas sou de ti mero remendo
E a noite se desenha bem mais brusca,
O prazo determina o fim de tudo
E o canto sem sentido se aproxima
Do todo desenhando em leda rima
O quanto no final me desiludo,
Espero outro momento e sendo assim
O manto consagrado da esperança
Somente no vazio agora avança
E mata o quanto resta dentro em mim,
O solidário sonho se esvaíra
Restando de nós dois dor e mentira.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Intacta maravilha em templo, altar
Amor já não produz sequer o medo
E quando noutro passo eu me concedo
Ao menos tento em ti me imaginar,
Pousando tão somente devagar
Conheço desta sorte este segredo
E quando me deixara desde cedo
Na luta sem sentido a se travar,
O canto se resume e logo espalha
No fio mais atroz desta navalha
O choro se presume em tom sombrio,
Ainda quando pude ser diverso
Do todo que transborda e desconverso
Apenas outro sonho eu desafio.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Imagens distorcidas de quem tenta
Vencer esta agonia sem proveito
E quando no final o canto aceito
A morte se anuncia mais sangrenta
O prazo determina o quanto alenta
E dita o meu caminho em raro pleito
Abrindo sem temor inteiro o peito
A luta a cada dia mais aumenta.
Espero pelo menos um descanso
E sei do quanto possa e não alcanço
Cerzindo dentro da alma este descaso
Vigores entre medos e senzalas
E quando na verdade nada falas
O tempo ultrapassando o velho ocaso.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Idoneidade é tudo o que eu queria
De quem se fez a mais e não me dera
Sequer outro caminho e nesta esfera
Embota o quanto houvera em fantasia,
O mundo se transforma dia a dia
E mata dentro em nós e desespera
O fardo que carrego destempera
E a sorte se desenha mais vazia,
Não pude e não tentara acreditar
No quanto ainda resta de luar
Nas sombras desta noite mais nublosa
O tempo se aproxima do final
E o canto sonegando o ritual
Apenas a mortalha se antegoza.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Insólita presença da esperança
Depois de cada queda no vazio
E o tempo quando muito o desafio
Marcando com terror desconfiança
A sorte no final já nada alcança
O medo se produz e nada crio
Somente o quanto tenho em desvario
E a luta no final já nada amansa.
Apraz-me perceber um dia além
Do quanto na verdade me convém
Ou mesmo se assumindo após o nada,
Imagem de uma vida em luz e tédio
Procuro pelo menos um remédio
Que trague novo rumo ou nova estada.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Imensa noite diz desta ternura
Aonde se desenha o nosso sonho
E quantas vezes quero e te proponho
A vida sem temor, sem amargura,
O quanto deste encanto ora perdura
E traça outro cenário mais risonho,
Adentra no meu peito e assim componho
A sorte desejada em tal brandura,
O verso adivinhando cada passo
E nisto meu cenário outrora escasso
Agora se apresenta em plenitude
Presumo finalmente ser feliz
E nisto vivencio o quanto quis
E nada mais meu rumo agora mude.

domingo, 13 de novembro de 2022

Invades cada ponto do meu canto
E tramas com ternura ou mesmo dolo
O quanto na verdade teimo e assolo
Pousando noutro infausto em desencanto
Apenas o vazio hoje eu garanto
E sigo em desafio, o velho solo,
Aonde poderia haver um colo
Somente encontro o medo, a queda e o pranto,
Nas ondas mais ferozes, nas procelas
Somente esta ilusão que me revelas
Desenha algum futuro em meu olhar,
Pudesse tantas vezes ter nas mãos
Além destes momentos tolos, vãos
Algum momento aonde descansar.

sábado, 12 de novembro de 2022

Usando qual defesa esta alegria
Que tanto pude ver depois do fim,
O rumo se desenha e sendo assim
A morte na verdade não teria
Sequer o quanto possa e mais queria
Gerando cada flor deste jardim,
Eu sinto o meu caminho e quando vim
Matando com terror a fantasia.
A lua se aproxima a cada noite
E o vento se desenha enquanto acoite
O mundo sem sentido e sem proveito,
Das tantas cordilheiras da esperança
O passo sem destino nada alcança

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Intensa vida dita esta esperança
E nada mais pudera após o cais
E sinto quantas vezes transformais
Meu rumo aonde o tanto em paz se alcança
O sonho se desenha em temperança
A luta noutros rumos desiguais
Os ermos de meus sonhos, vendavais
A sorte noutro canto em aliança
Vencido pela dor de quem pudera
Traçar dentro do peito a primavera
Gerando o meu caminho em tom suave
Sem nada que me impeça sigo além
Do quanto na verdade não mais vem
E o passo sem sentido algum se agrave.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Unicórnios vagando em pleno céu
Outeiros da esperança, ou abadias
E nisto na verdade não verias
Sequer o quanto roda em carrossel,
A boca sonegando o farto mel
E tramas entre falsas fantasias
Apenas outros erros, e querias
O mundo desfilando mais cruel,
Aprendo com enganos, disto eu sei
E sinto quanto possa em tua lei
Deitar meu pensamento em noite vaga,
Cerzindo cada engodo em gesto rude,
O quanto da verdade não mais pude
Ou mesmo solitária, a alma divaga.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Um dia sem resposta, a noite vaga
O corte se apresenta feito escara
E o nada na verdade se prepara
Enquanto a solidão aumenta a chaga,
Esgoto o quanto possa e já divaga
Uma alma sem sentido em tal seara,
Apenas o vazio se prepara
E o medo transformando inteira a plaga,
Aplaco com ternura o verso em vão
E sei do meu caminho em direção
Ao nada muitas vezes sem sentido,
Do parto sem proveito, apenas isso,
O sonho sendo audaz e movediço
O canto num momento ainda ouvido.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Uníssona vontade nos tomando
Gerando o caos aonde nada houvera
E sei do meu caminho enquanto a fera
Expressa a solidão em ar nefando,
O quanto poderia desde quando
A morte na verdade destempera
E o sonho se adentrando nada espera
Somente o meu caminho desviando.
Escassas luzes dizem do futuro
No amanhecer apenas asseguro
O fim de um velho ciclo em minha vida,
Depois de tanto tempo, indecisão
Apenas outros erros se verão
Causando a morte atroz e dolorida.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Umbrais abertos dizem da esperança
Que tanto quis e nunca poderia
Vencer a solidão leda e sombria
Enquanto a morte atroz domina e avança.
O mundo sem sentido ou temperança
A sorte noutro engodo me traria
Apenas o que resta em fantasia
E o manto se desnuda em confiança
Esqueço qualquer passo rumo ao caos
E os dias são deveras vãos degraus
Unindo cada encanto ao quanto é rude,
Mergulho nos sofismas do passado
E sei do quanto possa e já degrado
Enquanto a solidão me desilude.

domingo, 6 de novembro de 2022

Urdindo uma saída onde não há
Sequer a menor sombra do futuro
O passo quando infausto; em vão procuro
A vida renegando algum maná
O tempo se aproxima e desde já
O quanto não resumo ou asseguro
Vagando sem destino em tempo escuro
O sol desta esperança não virá.
E o canto se perdendo sem sentido
Aonde nada resta e até duvido
Do prazo que me deste e nada mais,
Invento alguma luz e sinto ainda
O quanto da alegria já não brinda
Exposta aos mais diversos temporais.

sábado, 5 de novembro de 2022

Ungida caminhada rumo ao quanto
Pudesse em liberdade adivinhar
O mundo na verdade a se mostrar
E nisto em todo passo eu mais me encanto
Vestindo a solidão em desencanto
A vida se renega ao desejar
Além do que pudesse algum lugar
E nisto nada mais tento ou garanto,
Escassas noites dizem do passado
E o preço na verdade já cobrado
Com juros sem sentido e nem razão
Meu medo se transforma em consonância
E o corte noutro passo, intolerância
Da vida num engano, uma expressão.

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Ultrizes madrugadas, solitárias
E os tempos se aproximam do final,
O risco se desenha e sei do mal
Que a vida me traria em noites várias,
Os sonhos de quem ama, vidas párias
Os templos desabando, mesmo normal
Desenha dentro da alma o vendaval
E nele minhas luzes temporárias.
Jorrando dos meus olhos, lacrimejo
E tento vicejar cada desejo
E nada se consegue após o fato,
E o rumo se aproxima de algum erro
Do tanto que pudera em vão desterro
Apenas desengano ora retrato.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Unicamente sigo até o fim
O passo que pudera adivinhar
Gerando o quanto quero e sem lutar
A vida não renasce dentro em mim,
O corte se aproxima e sei que enfim
Depois de tanta noite sem luar
Bebendo em tua boca a divagar
O tempo se desnuda e dita o sim,
Esqueço o quanto pude e nada houvera
Senão a mesma noite em primavera
Matando o meu momento em ledo fato,
E quando se aproxima o fim do jogo
Ainda que pudesse em sonho e rogo
O tanto quando vem já desacato.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Unindo cada passo rumo ao tanto
Deveras poderia muito mais
Do quanto na verdade não contrais
E vence o que pudesse e não garanto
O mundo se desenha em tal quebranto
Marcando com temores, vendavais
E os dias se desvendam magistrais
Aonde o pensamento eu tento e canto
Esqueço dos meus erros e presumo
O todo se tornando em raro sumo
Insumo da esperança, uma alegria
O caos se transbordando a cada instante
No fundo o meu cenário não me encante
Bisonha madrugada amarga e fria.

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Trigais entre diversos sonhos vãos,
Mergulho nos meus ermos, nada veio
E o tempo se desenha em tal receio
Matando em ledo aborto tortos grãos
Os olhos se traduzem noutros nãos
E o passo se presume em devaneio
O quanto recolhesse sem receio
Jamais fecundaria os duros chãos,
Esqueço qualquer passo e sigo em volta
Da luta que traduz medo e revolta
Soltando esta palavra em vento e medo,
Ao corte mais atroz já me entregando
O mundo se mostrara desde quando
Apenas ao vazio eu me concedo.