domingo, 31 de março de 2019

Saber nos traz na luz de cada instante
A mágica noção da imensidão
E os dias noutros rumos mostrarão
O quanto na verdade não garante,

E bebo do que possa delirante
E vendo a mais diversa imprecisão
Dos passos tão dispersos, sim e não
E nada se pudesse doravante,

Cerzindo o que me traz decerto aqui
E mesmo onde tentasse e mereci
Vencer os mais atrozes dias vagos,

E sei da indagação a cada passo,
E quando o responder se fez escasso,
Não tenho da certeza os seus afagos.

sábado, 30 de março de 2019

A vida se consagra em vária forma
E quando procurasse o inexplicável
O solo com certeza não arável
A luta a cada instante ora me informa

Da senda que pudesse em rara norma
Traçar outro momento inadiável
E o preço a se pagar neste incontável
Caminho aonde o manto se transforma,

Porém se tens o fácil desvendar
A glória não se faz nem se apresenta
Assim o que pudesse aquém tormenta

Jamais me permitia navegar,
Na ausência de valores quem seria
Senão quem tanto quis em fantasia?

sexta-feira, 29 de março de 2019

O ter é frágil foto e nada mais
Assim como também representando
Um tempo noutro passo desde quando
A sorte novamente trama e esvais,

Expostos aos diversos vendavais
Os dias noutros dias transformando,
O peso se desenha e sei do brando
Agora preparando funerais,

Na calma sem proveito, a sorte vaga
E sei do quanto expresse e sei da maga
Diversidade viva em nossos sonhos,

Por vezes são benditos, salvadores,
E noutras sensações em grises cores
Marcando a velha luz em tons medonhos.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Sabendo quem se é, possa então moldar
Nestes balões de ensaio o que viria
Gerando muito além da fantasia
O fato de poder ou não trançar

Os passos sobre quanto e quando alçar
Gestando dentro da alma a poesia
Enquanto a realidade em agonia
Matasse tão somente devagar,

O ser ou não feliz deveras muda
E quando se procura a mera ajuda
O prazo em divergência nos renega

A sorte desejada ou tão temida
Marcando cada instante desta vida
Deseja a dita audaz atroz ou cega.

quarta-feira, 27 de março de 2019

O quanto de algum ser deveras é
O seu temperamento, força e traz
No olhar ou mesmo um passo mais tenaz
Marcante esta expressão além da fé,

O quanto que algum ser decerto tem
Expressa suas posses e caminhos
Vencendo tais momentos mais daninhos
E nisto novo dia trama alguém,

O quanto que algum ser já representa
Diverso do que fosse ou mesmo tenha,
Marcando com seu passo o que inda venha
Moldar em noite escura e até sedenta,

Nas várias congruências vida afora,
Em tantas expressões, aonde ancora?

terça-feira, 26 de março de 2019

Os bens que tanto podem nos mover
Ou mesmo transformar a cada instante
Apenas a verdade nos garante,
Enquanto não renegue o amanhecer,

As fontes mais diversas; tento ver
E sigo o quanto possa doravante
Marcando os meus anseios quando encante
O passo desenhado ao bel prazer,

Assim o que viria de minha alma
Intrínseco momento em harmonia,
Em outro caminhar se moldaria

O tanto que deveras não acalma,
Corpórea sensação tríade exposta
Intrínseca ou extrínseca resposta...

segunda-feira, 25 de março de 2019

Ceder sempre ao mais forte, diz prudência
Embora a vida seja tão diversa
Do quanto poderia e mesmo versa
Marcando com a sorte a imprevidência,

Negar ou conceber tendo ciência
A luta quando a mesma desconversa
E gera noutra senda ora submersa
Mais longe do que possa em providência,

Aprendo ou quantas vezes; mal tentara
Vencer a luta dura e mesmo amara,
Sentindo este bafio em fera exposto,

Depois de tantos anos, solitário
Pudesse crer num tempo solidário
Deixando para trás qualquer desgosto...

domingo, 24 de março de 2019

O poder que se transforma num direito
Obediência cega, esse valor
Que tanto quanto possa ou não me opor,
Embora se renegue qualquer pleito,

Assim sendo ou não sendo o meu eleito,
A sorte se moldando desta cor
Apenas sendo assim um refletor
Do tempo mais atroz, em raro efeito,

Ascendo ao mais disperso descaminho
E mesmo quando vejo mais daninho
O mundo se desenha de tal forma,

E quantas vezes; busco, pelo menos,
Momentos mais singelos ou amenos
Enquanto a própria dita nos deforma.

sábado, 23 de março de 2019

A força que gerasse este direito
Sufocando quem pensa e mesmo a nega,
A vida se anuncia e sempre cega
Expressa o que deveras não aceito,

Bebendo deste infausto me deleito
E risco cada barco onde navega
Uma esperança amarga em rude entrega,
E nada mais teria satisfeito,

Porquanto a liberdade seja dura,
Ao menos o pensar livre assegura
Embora nada trace senão isto,

E vendo sem valor imediato
O rústico fantoche hoje retrato,
Porém impertinente eu não desisto.

sexta-feira, 22 de março de 2019

A fúria dominante diz dever?
E quando se anuncia em tais vergastas
As horas onde tanto agora afastas
Negando o que pudera conceber,

Expressa o mais temido amanhecer,
As ondas entre rudes noites gastas,
E nelas outras tantas velhas castas
Ascetas que jamais eu pude ver,

Nas setas entre fúrias e terrores
Aonde quer talvez eu mesmo fores
Verás a sincronia desta luta

Aonde que pondera se percebe
Ausente do que possa em rara sebe
E nisto a dor se molda atroz e astuta.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Ceder à tempestade furiosa
Traduz ledo bom-senso, em claridade
Espero por feliz termo em verdade
Gerando a cada instante em polvorosa

Semeio tais espinhos, leda rosa,
E nela mimetizo o que me agrade
E fira quem desfaz a liberdade,
E nisto a sorte mostra-se jocosa,

Matando com as garras afiadas
As ânsias noutras tantas reveladas
Nas relvas e nos ermos deste engodo,

Apenas apresento o quanto trama
Adentrando o cenário feito em lama
E piso em charco pútrido, vão lodo...

quarta-feira, 20 de março de 2019

A força que se mostra em raro físico
Não traz qualquer momento que defina
A sorte mais audaz e cristalina,
E nisto o quanto possa mesmo tísico

Vencer este caminho metafísico
E ter em vagas mãos o que fascina,
Porém quando ao vazio se destina
Não tendo noutro rumo o paradísico

Seguindo o que pudesse em privilegio
Dos tantos caminhares mero egrégio
De um pântano feroz em charcos feito,

E quando esta verdade nos transtorna,
A vida que eu buscara bem mais morna
Explode num momento, contrafeito.

terça-feira, 19 de março de 2019

A força dividindo o quanto possa
A vida sem segredo e sem ventura
E quando neste infausto se assegura
A luta passa a ser somente nossa,

Enquanto a vã batalha nos destroça
Procuro sem sentido uma ternura,
E vejo o quanto possa em vã brandura
E nisto a solidão nega a palhoça

E o bêbado caminho, escravidão,
Tramando cada engano desde então
A ferros nos tratando a cada dia,

Marcando com temor e virulência
Deixando para trás a consequência
Matando o que tentara e não veria.

segunda-feira, 18 de março de 2019

A força por si só não condizendo
Com todo este poder que poderia
Traçar nas mãos de quem a fantasia
Expressa muito além de algum remendo,

E bebo deste infausto já prevendo
O quanto na verdade se faria
Marcando com terror ou alegria
Cenário tão feliz ou mesmo horrendo,

Assisto à derrocada e nada vindo,
O tempo que pudera vejo findo
E singro outro momento em nossa história

Destarte reticente navegante,
Ainda que tentasse e não garante
A senda se anuncia merencória.

domingo, 17 de março de 2019

Na origem desta espécie de primata
Descreve-se o poder que em despotismo
Gerasse tão somente o imenso abismo
Que ainda se percebe e se constata

Na face mais audaz e mesmo ingrata
Enquanto noutro rumo, engano, eu cismo,
Bebendo do que possa o pessimismo
Aonde outra esperança não retrata

Somente a hipocrisia gera o fato
E nele o que deveras mal resgato
Impede a claridade que não veio,

Ainda que se queira novo rumo,
Aos poucos sem defesas me consumo
E sigo sem saber em tom alheio.

sábado, 16 de março de 2019

O escravo que deveras já se entrega
Às vis correntes gera noutro escravo
O passo aonde eu vejo e enfim me entravo
Deixando a caminhada dura e cega,

Ainda quando aquém sorte navega
Marcando o que pudera e já não lavo,
O mundo se desenha e nele cavo
A morte sem astúcia numa entrega,

Encontro cada passo sem sentido
E neste desconexo caminhar
A senda que pudesse adivinhar

Deixada para trás traduz o olvido,
E rústico momento em dor e tédio
Procura inutilmente algum remédio...

sexta-feira, 15 de março de 2019

Os homens rastejando para os reis
Qual fossem meras farsas e dementes,
Alçando sem sentido tais correntes
Enquanto noutros rumos percorreis,

Vacantes emoções que espelhareis
Deixando para trás os previdentes
Momentos onde os raros sonhos; tentes
Tomando as mais diversas e ermas greis,

Assim no sortilégio de um poder
Sem ser legitimado pelo amor,
A vida se anuncia em tal rancor

E nega ou mesmo deixa apodrecer
Nefasta realidade se anuncia
Matando qualquer sonho ou fantasia.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Pastores tendo em mãos raro poder
Expressam o que querem nada mais,
E mesmo quando ali cedo notais
A farsa desenhada em vão querer,

Tentando sem sequer mais conceber
Os dias que pudessem magistrais,
As sortes são deveras desiguais,
Mas nada justifica o que irás ver,

Assisto ao mais inglório dos caminhos
E vendo os olhos rudes e mesquinhos
Marcando a ferro e fogo o pensamento,

Teimando sem sentido e sem proveito
Ainda que tentasse; eu não aceito
Servir como alimária em vão provento.

quarta-feira, 13 de março de 2019

A face consonante deste gado
Marcada a ferro e fogo, trama a fúria
Gerada pela face mais espúria
Do tempo noutro rumo sonegado,

E o preço a se pagar, adivinhado
Expondo cada ser a tal penúria
Mergulho sem sequer saber lamúria
O tanto quanto possa degradado,

Porém buscando além a sorte eu tento
Beber o que viesse em provimento
De quem se fez deveras ânsia e luta,

Mas quando no final nada se vendo
Apenas o momento ora perdendo
Enquanto o dia a dia em vão reluta.

terça-feira, 12 de março de 2019

O quanto se comparte em tal poder
Já não mais caberia dentro em mim,
Desvendo o meu caminho e sei do fim,
Marcando o quanto pude em vão sofrer,

Da morte anunciada eu posso ver
Meu canto sem destino em teu jardim
Negando cada passo de onde eu vim,
Mergulho neste tolo esmorecer.

Apresentando as armas, sonho e paz
Ainda que se tente a vida traz
Nas mãos outro sentido, impertinência,

E o verso sem proveito, a sorte apura
E sei da minha estrada sempre escura,
E nela não se vendo consciência...

segunda-feira, 11 de março de 2019

O amor que possa até trazer na fonte
Poderes tão diversos e temidos,
Assim os dias ermos repartidos
Negando o quanto queira em horizonte

E sei do meu caminho enquanto aponte
O drama em momentos comovidos
E os erros que acumulas – presumidos –
Destroça o quanto pode ser a ponte,

E aprontam-se terríveis heresias
E quando na verdade ainda vias
Retalhos pelos chãos de nossa casa,

A liberdade sangra sem cessar
E dita o quanto possa ou não amar,
E o mundo sem descanso enfim se atrasa.

domingo, 10 de março de 2019

Pudesse ser senhor dos meus anseios
E neles caminhar sem mais temer
O quanto poderia esvaecer
Ou mesmo transmitissem devaneios,

E bebo da ilusão seus fartos seios,
E passo na verdade mesmo a crer
No caso mais diverso do querer
No caos que se presume em tais rodeios,

Vitais momentos rudes, nada mais,
E vejo os olhos puros, em cristais
Daquela que se fez em liberdade,

Porém sem ter deveras consequência
A vida se pendendo em vã demência
O quanto ainda reste já degrade.

sábado, 9 de março de 2019

Após o que pudesse nos unir
A sorte não traria solução
E vejo o que tentara e sei do não
Regendo o quanto tenho em meu porvir,

E nada do que teime em decidir
Desvenda dias tolos que virão
Apenas a temida ingratidão
E dela qualquer tom tenta impedir,

Libertas que também verás o sol,
Beleza se espalhando em arrebol,
Risonhamente a mente traz conciso

O passo que tentara libertário
E agora se guardando em vago armário
Renega ou não demonstra o paraíso.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Nesta interdependência o vício e o caos,
Assim se preparando o que não traz
Nem mesmo algum momento mais audaz
E mata sem sentir velhos degraus,

Os dias em distantes passos, maus,
Os olhos desta fúria tão tenaz
O quanto se deixara para trás
E os cantos noutros ermos, vários graus.

E sendo bacurau nesta esperança
Noctívago fantoche, garatuja
Ainda que deveras seja suja

Uma alma no vazio não se lança
E alcança qualquer porto, duro ou belo,
E nisto sem defesas me revelo.
Nesta interdependência o vício e o caos,
Assim se preparando o que não traz
Nem mesmo algum momento mais audaz
E mata sem sentir velhos degraus,

Os dias em distantes passos, maus,
Os olhos desta fúria tão tenaz
O quanto se deixara para trás
E os cantos noutros ermos, vários graus.

E sendo bacurau nesta esperança
Noctívago fantoche, garatuja
Ainda que deveras seja suja

Uma alma no vazio não se lança
E alcança qualquer porto, duro ou belo,
E nisto sem defesas me revelo.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Os laços que talvez ainda unissem
Os elos da corrente se rompendo,
E cada passo dita o dividendo
E nele novos rumos se previssem,

Assim ao caminhar entre estas pedras
Às duras penas sigo sem sentido,
E o quanto inda restara agora olvido
E sei que sem mais nada apenas medras,

E medes tais estradas pelos passos
E vejo que jamais te alcançaria
Não fosse este poder da poesia
Em dias tão vorazes, mas escassos,

Depois de tanta luta laços rotos,
Restando para os cães os seus esgotos.

quarta-feira, 6 de março de 2019

O que já fora base noutras eras
Famílias entre caos e desvarios
E nelas se perdendo cedo os rios,
As sortes desde ali já degeneras,

E sei do quanto possa em tais esferas
Marcando dias turvos e sombrios,
As horas se perdendo em desafios
Nas garras mais ferozes das panteras,

Bebendo esta sangria sem limites,
Ainda quando na alma te permites
Acreditar, num passo incoerente.

A rústica cabana, esta palhoça
A vida em tuas mãos, tudo destroça
E mesmo o que se vê de ti se ausente.

terça-feira, 5 de março de 2019

A vida traça em velhas convenções
Engodos que talvez nada calasse,
Versando sobre engano mostra a face
E nela cada sorte vã; expões.

A sorte não traduz as dimensões
Diversas que este lodo nos mostrasse,
Assim ao mesmo tempo, velho impasse
Criando por si só fartos leões,

Sangrias cada vez mais abundantes
De quem se fez somente e por instantes
A vítima ideal da fina fera,

Lupino desvario toma a sorte
E deixa como rastro o medo e a morte
E mesmo do vazio se apodera.

segunda-feira, 4 de março de 2019

Da ordem social vejo esta senda
Diversa e dolorosa e até fugaz,
Poente que ao nascente já se faz
Ou mesmo nova trama não desvenda,

Assim a hipocrisia posta à venda
Espelha o que fizeste com a paz,
E o canto noutro engodo mais tenaz,
Expressa o meu caminho em mera lenda,

Atento ao que viria e não terei,
O manto se anuncia e deste rei
Apenas o demônio do poder,

E na ordem da injustiça, velha casta,
Justiça em caridade então se afasta
Nublando algum sensato amanhecer.

domingo, 3 de março de 2019

A luta não cessando presumira
A doce liberdade, mas sangrenta
E quando se anuncia o que atormenta
Apaga a suave e mansa pira,

E um fogaréu intenso se prefira
Ao passo onde esta sorte virulenta
Expressa o que deveras já se tenta,
Atentando ao final em vã mentira,

Restauro os meus caminhos pós a queda
E sei do quanto tanto torpe enreda
A história sem sentido ou mesmo atroz,

A corte dos meus sonhos, num acaso,
E quantas vezes; luto e não me embaso
Na queda que se mostra em todos nós.

sábado, 2 de março de 2019

O homem nascendo livre se escraviza
E gera seus grilhões, frias algemas
E quando na verdade nada temas
Invades esta senda ora imprecisa,

O quanto em liberdade poetiza
E tenta concentrar nas raras gemas,
Mas quando se percebem os problemas
A liberdade some em mansa brisa,

Às vezes temporais ou calmarias
Procelas onde esta alma se aprisiona,
E quanto ela crê pudesse dona

Diversos desenhares – ledos – crias
E tanto que se quis e nada veio,
Apenas rude encanto sem custeio...

sexta-feira, 1 de março de 2019

O vértice dos sonhos, pesadelo
E o tempo sem sentido ou provisão.
Do quanto sei que tantos poderão
Vencer o quanto tente e sem tal zelo,

Repare cada incauto onde detê-lo
Marchando contra a velha decisão,
Devendo desde sempre o mesmo não
E nada se desvenda em tolo apelo

Presumo entre o que possa e já não devo
Sabendo do momento e se longevo
Espero após a curva a plena paz,

Mas sei do que se fez e sem proveito
Bebendo cada beijo e não aceito
O que pudesse e nada traz...