domingo, 28 de fevereiro de 2016

28/2


Não mais quero outro momento
Nem tampouco o quanto vejo
Se eu pudesse a cada ensejo
Enfrentar o rude vento,
O vazio que fomento
No cenário onde dardejo
Procurando outro cortejo
Ou vivendo em desalento,
Jaz vazio sobre o solo
E se tanto agora assolo
Não esmolo um só segundo,
Vendo a vida se esvaindo
O que fora quase infindo
Traz o corte mais profundo.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

27/2


Não tento o passado; caminhos sutis
E sei deste enfado por quanto viera
Ousando sonhar na tal primavera
Que embora se veja no fundo desdiz,
Pudera de fato talvez ser feliz
Ou mesmo quem sabe vivesse na espera
Que tanto traçasse além desta esfera
O sonho que trama velhusco aprendiz,
Restando tão pouco navego sem rumo,
O mundo se mede na força e resumo
O fausto que pude vagando sem medo
Apenas o manto puído, esperança
Palavra se mostra no quanto se lança
O que sem sentido decerto concedo.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

26/2


Numa luta insensata e sem proveito
O momento se perde num instante
O meu mundo no fundo não garante
O que possa e deveras não aceito,
Cada rio escorrendo no seu leito
Outro fato se molde fascinante
E o meu canto sutil, de velha amante
Não sabendo sequer qualquer direito,
Reunindo o momento mais audaz
Com aquele que tanto satisfaz
Gera apenas o tempo de partida
E semeia a diversa tempestade
Onde a sorte deveras já degrade,
No final não se encontra mais saída.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

25/2

No que tanto pude outrora
Nem seria o quanto resta
Da palavra mais funesta
Que decerto me apavora,
O que tanto me devora
Ousaria noutra fresta
Desvendar a rude festa
E tramasse sem demora,
Sem vestígios da passada
Sem sequer marcar na estrada
O que pude e não teria,
A loucura se desenha
Onde a vida não se empenha
Nem sequer em fantasia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

24/2


Mortes trago e se cultivo
O cenário mais atroz
Na verdade perco a voz
E se possa ainda vivo,
Nada vejo e se me privo
Do caminho mais feroz
Vagamente sigo após
O que tento e em dores crivo,
Sem um lenitivo ao menos
Meus momentos mais serenos
Simbolizam falsos sonhos,
O cometa se perdera
Na verdade que tecera
Entre ritos enfadonhos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

23/2


É a força que nos guia
Madrugada, mundo afora
Onde possa a poesia,
A certeza em paz aflora
Venço a própria hipocrisia
E sem ter quando demora
A palavra em utopia
Sensação que me apavora,
Do sentido sem por que
O que agora possa e vê
A loucura nos domina
Onde quis a noite clara
A verdade se escancara
Numa voz tola e assassina.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

22/2

Bem mais sólida que possa
A certeza de uma luta
Que pudesse sendo nossa
Transformar a força bruta
No que tente e já se apossa
De quem tanto ora reluta
Versejando a voz endossa
A vontade mais astuta.
Resumindo o que procuro
Noutro tempo, enaltecendo
O momento configuro
No que seja algum remendo
Desta espera em tempo escuro
Ou no mar ora estupendo.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

21/2

Eu não minto. Na verdade
Vejo a luz em tom real,
O caminho desigual
Não impede a claridade,
O cenário aonde brade
Outro tempo, magistral,
Ou pudera num fatal
Delirar em tempestade.
Agradeço ao quanto venha
E se tanto ainda eu tenha
Devo ao quanto mereci?
Já não posso e nem suponho
Mesmo a vida sendo um sonho,
Meu amor não mais aqui.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

20/2

Eu te peço e não te esqueças
Do que possa nos trazer
Alegria e bem querer
Mesmo além do que ora teças,
Rondam já estas cabeças
E no tanto do viver
Promovendo em cada ser
O que agora me enlouqueças.
Visto o sonho e nada mais,
Entre tantos vendavais
Outros tais se aproximando,
Meu caminho se perdendo
Num momento aonde horrendo
Vejo o mundo mais infando.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

19/2

Que assopra no pensamento
Leve brisa, feita amor,
Onde possa e mesmo tento
Nesta vida sem temor,
Procurando estar atento
Ao que viva em teu louvor
Traduzindo este momento
Feito em rumo redentor.
Nada mais se tenta aonde
O que pense corresponde
Ao caminho que viria,
Navegando mar distante
Outro rumo se levante
Traduzindo em poesia.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

18/2

Amizade é forte e nisto
A defesa se garante
O que possa doravante
Traduzindo onde persisto
No momento em que eu insisto
Outro passo se adiante
E se vejo num instante
O que agora em paz conquisto.
Meus anseios pela vida,
A certeza consumida
Na notável sensação
Da palavra feita em festa
O que possa e em medo ou festa
Traz perfeita dimensão.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

17/2

Se vier, não temo não;
Mas tampouco desejava,
Outra senda, mesma lava,
Outro rumo, mesmo chão,
Nada seja, desde então
O que a vida já me clava
A palavra sendo escrava
Do que dita coração,
Visto os olhos do passado
Procurando algum futuro,
Outra luta quando evado
Novo sonho, mesmo escuro,
Caminho em tal enfado,
Nem tal sombra; hoje procuro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

16/2

Canto sem ter sofrimento
Nem tampouco uma alegria
O que entorna quando tento
Desvendar a melodia
Traz o olhar bem mais atento
Noutro tom já se faria
O que rege o pensamento,
Simplesmente, poesia.
Nada houvera em minhas mãos
Nem sequer os vários vãos
Que pressinto a cada queda,
O meu mundo se desvenda
Na expressão da tosca lenda
Onde o sonho se envereda.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

15/2

Eu desvendo o mundo inteiro
Sem ter medo do que venha
Ascendendo ao que convenha
Vejo o quanto é costumeiro
O cenário enquanto esgueiro
O meu passo em contrassenha
Vagamente a sorte tenha
O caminho derradeiro,
Tantas vezes fui além
E se possa o que convém
Quero mais que mero passo,
Vivo o tempo quando pude
Mesmo em solo agreste e rude,
Novo encanto que ora traço.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

14/2

Transforma totalmente o que eu pensara,
E trama novo dia onde não há
Sequer esta presença aqui ou lá
Traçando invés da paz, a velha escara,
O canto que deveras lastimara
A solidão tramando desde já
O quanto na verdade calará
Do sonho que de fato se escancara,
Reparo cada engano e sigo alheio
Ao quanto poderia e mesmo veio
Ousando noutra teia, noutro engodo,
O rumo se perdendo e nada trago
Apenas o caminho rude e vago
Trazendo para os pés o tosco lodo

sábado, 13 de fevereiro de 2016

13/2


Imensa e com certeza mais suave
A bela fantasia se desnuda
E sei do quanto; a sorte nos ajuda
Sem nada que pudesse ser entrave,
O tempo se desenha e qual nave
Tramando mesmo a dor cruel e aguda
Apura com certeza a pontiaguda
E tosca sensação que já se agrave,
Resumos de outras eras mais felizes,
E sei das minhas fundas cicatrizes
Ao mesmo tempo busco soluções,
Mas nada se aproxima da verdade
Apenas o que tento e enfim se evade
Renega o que deveras tu me expões.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

12/2

O quanto em harmonia eu sinto a vida
Restando dentro da alma mansamente,
O corpo se entregando não desmente
Nem mesmo esta esperança dilapida,
O tanto quanto resta e não duvida
Quem ama na verdade e tanto sente
O gosto desta sorte e qual demente
Expressa esta ilusão que tanto acida,
O fato desenhado neste instante
Somente outra noção em vão garante
E gera o temporal aonde existe
Um velho coração já sem segredo
Vivendo tão somente o desenredo
Desnudo se demonstra amargo e triste.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

11/2
Encontro o que almejara a vida inteira
Nos lábios carmesins de quem adoro,
E quando do teu lado ora demoro
Percebo rara sorte, derradeira,
A luta se anuncia e já não queira
Viver o quanto em sonho sempre afloro
E cada novo tom eu comemoro
Vagando pela senda costumeira,
Resumos de momentos onde o tudo
Traduz o quanto possa e não me iludo
Apenas me transporto junto a ti,
Durante tantos a mentira
Dominou o que encanto perseguira,
Mas finalmente amor; reconheci.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

10/2

A vida tantas vezes nos concede
Momentos mais diversos, sorte e cruz,
Aonde se pudera e não conduz
Meu erro noutro engodo já procede
E mesmo que o vazio ora enverede
Ainda na incerteza desta luz
O engodo tão somente me seduz
E o passo com firmeza nada impede,
Acentuando o todo que se vê
O mundo se desenha sem por que
E o prazo determina o fim do jogo,
Negando melhor sorte a quem viera
Apenas resta em mim a longa espera
Aonde pude ver ou crer no fogo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

9/2

Sabendo não há servo e nem senhor
O fato de talvez acreditar
Na luta que pudesse desenhar
Com mais franqueza o raro e doce amor,
Não tendo para tal qualquer pudor
Ousando mesmo até no navegar
Percebo o que pudesse anunciar
Tentando qualquer forma de louvor,
Negociando a rude liberdade
Tramando o que tentara e desagrade
Arranco cada farpa e sigo em frente
Sem nada que se faça ou que se impeça
A vida nos pregando nova peça
Ainda quando o todo; a dor enfrente.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

8/2

Amar e ser amigo de quem ame
Ou mesmo se fazendo mais audaz
A luta noutro tom já não me traz
Sequer o que pudera num ditame,
As sortes evadindo, duro enxame
O quanto desta vida é mais tenaz
Meu erro tantas vezes, contumaz,
O tempo noutro canto não reclame.
Proliferando apenas sentimento
O que inda me restasse; enquanto tento
Vencer os meus temores esperáveis.
Na frágil decisão que se avizinha
A morte se anuncia e sendo minha
Palavras são deveras dispensáveis.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

7/2

Na amizade encontrei um ar sereno
Que pude traduzir em liberdade,
Vencido pela fúria, na verdade
O todo que se fez tanto o condeno,
Mas posso acreditar no amor que pleno
Traduza o quanto a vida nos agrade
Rompendo com furor a antiga grade
Tramando a cada instante novo aceno,
Jogado sobre as pedras, espinheiros
Cuidando muitas vezes dos canteiros
Aonde jardineiros; nunca fomos
Procuro no pomar os tantos pomos
E vejo tão somente tais abrolhos
Grisalhas emoções invadem olhos.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

6/2

Caminho que seguira sem pensar
Sequer nos erros tantos que cometo,
Ainda que deveras num soneto
O mundo poderia contornar
As horas onde o todo a se mostrar
Traduz o quanto penso e me arremeto
Ousando noutro tom quando prometo
Vestígios deste encanto a se tocar.
Não pude e nem teria menor graça
A sorte sem sentido agora passa
E veste a hipocrisia e nada além,
O todo que percebo sem juízo
Gerando cada vez mais prejuízo
Enquanto o que me resta não convém.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

5/2

Deixando para trás a barricada
Apontam-se diversas armas quando
O mundo sem sentido desabando
A sorte noutra face desenhada,
E o velho pensamento que ora brada
Expressa o meu caminho mais infando,
E sei do quanto pude desejando
A louca sensação desenfreada.
Exposto ao que viera em pleno ocaso,
Meu passo sem destino sempre atraso
E bebo tão somente a solidão,
Vertendo nos meus olhos o temor
Aonde quis saber do raro amor,
Inutilmente a vida passa em vão.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

4/2



Aos poucos nos meus sonhos o vazio
Desnuda-se decerto enquanto vejo,
O tempo noutro rumo em azulejo
Somente me trazendo o desafio,
E quando a sorte atroz ora desfio,
Tentando acreditar e num lampejo,
O rumo se aproxima malfazejo
Mudando a direção do velho rio,
E sinto tão somente esta verdade
Vergando sobre mim o quanto traça
A luta sem sentido em tal desgraça
Que aos poucos se derrama e nos degrade,
Prescrita solução, agora morta
A vida já se esconde atrás da porta.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

3/2


Meu peito se mostrando deleitoso
Ousando imaginar o que não veio,
Somente se desnuda tal receio
E mesmo sem ninguém meu vivo gozo
Transcende ao quanto fora pedregoso
Caminho que pudera em tal anseio,
E nada deste intento em devaneio
Tramasse algum cenário majestoso.
Restando muito pouco ou mesmo nada,
A sorte quando vaga e desejada
Expressa a frustração deste poeta
Legados que recebo de outras eras
E nelas o caminho aonde esperas
A senda que jamais sonho completa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

2/2

Um desejo solene que habitasse
O tanto quanto possa e não viera
A sorte se desnuda em tal quimera
E molda demonstrando a rude face,
E sei do quanto veja em cada enlace
A morte no final, somente espera
Uma alma sem lembrar a primavera
Que o tempo noutro tanto já desgrace.
Residualmente tento acreditar
No quanto poderia em tal lugar
Sementes neste chão; fertilidade...
Mas quando se aproxima o ledo fim,
A morte se espalhando no jardim,
A cena se traduz onde a degrade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

1/02/16

Já não me bastaria alguma sorte
Diversa da que tanto procurei
E quando no vazio eu mergulhei
Tentando qualquer sonho que se aporte,

O verso se moldando noutro norte
O vento dominando inteira a grei
A vida se expressasse como eu sei
E o mundo anunciasse o quanto corte,

Não quero mais sequer qualquer caminho
Sabendo quanto possa ser sozinho
Vencido pelos erros do passado,

O verso noutro rumo se perdendo
O quanto represento este remendo
Há tanto noutro tom já desolado.