sábado, 31 de outubro de 2020

Já não me caberia outro tormento
Bebendo cada gole da esperança
E quando a vida traz o que se cansa
O medo na verdade eu alimento

E sinto sem sentido este elemento
Gerando o que pudera e não se alcança
A vida transbordando em leda lança
Marcando o quanto possa em sofrimento,

Matando a sensação de ser feliz
O mundo sem proveito contradiz
E traça o quanto pude num segundo,

Aquém desta emoção ainda unindo
O passo que queria ser infindo
Ao nada me levando e me aprofundo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Um barco que enfrentasse a correnteza
Marcando com temor o quanto pude
Espero com certeza esta atitude
E nisto a vida gera outra surpresa,

A luta se mostrasse mais ilesa
E nada do que possa em juventude
Enquanto cada engano desilude
A vida dita sempre esta certeza,

Esqueço os desenganos do passado
E quando outro momento busco e invado
Tramando algum alento após o fim,

Não quero acreditar neste vazio
E quando noutro passo eu desafio,
Marcando o quanto quero dentro em mim.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Na sorte mais ingrata que se veja
O tanto quanto pude e não viera
O corte desejado além da espera
Traduz realidade que lateja

E bebo esta esperança mais sobeja
E vendo atocaiada a antiga fera
Não posso e muito menos primavera
Transcende ao quanto quero e se preveja,

Mergulhos nos insanos sentimentos
E bebo dos audazes pensamentos
Vagando sem saber onde pudesse

A luta se desenha e marca e tece
E nisto os meus caminhos em lamentos
Sonegam o que trouxe em rara messe.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Não pude e não teria alguma chance
Sequer acreditasse noutro intento
E quantas vezes busco ou mesmo invento
Ainda que talvez já nada alcance

O mundo que deveras tanto canse
Traduz o quanto quero em sentimento
E vejo muito além o alheamento
E nada mais pudesse enquanto lance

Resumos de momentos variados
E neles outros dias mais ousados
Tramando o quanto possa em luz imensa,

Meu canto sem sentido e sem razão
As horas com certeza moldarão
Além do que minha alma quer e pensa.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

As horas mais diversas entre as quais
Pudesse adivinhar qualquer momento
E quando na verdade sempre tento
Os dias não seriam mais iguais,

Meu canto não teria em atos tais
Além do que tentasse o sentimento
E nada mais trouxesse onde alimento
Em rumos mais diversos, magistrais,

Não pude acreditar noutro cenário
E vejo o meu caminho temerário
No itinerário feito em dor e tédio,

Depois de certos dias, nada resta
Uma ilusão entrando pela fresta
A vida se aproxima em raro assédio.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Ainda quando passa e não procedo
Da forma que queria quem pudera
Traçar a solidão maldita fera
Cerzindo o quanto nega algum segredo,

Meu mundo na verdade se concedo
E bebo a solidão aonde espera
A luta sem sentido destempera
E traça em meu olhar apenas medo,

O cântico em louvor já bastaria
E nada mais pudesse dia a dia
Tramar senão a queda inevitável,

Assim ao me tornar um sonhador,
Matando o quanto pude em raro amor
Traçando outro caminho indesejável.

domingo, 25 de outubro de 2020

Telúrica ilusão trazendo ao sonho
Momento mais diverso do que pude
E sei o quanto morta a juventude
E nisto o todo audaz quero e proponho

E nada mais pudesse e se reponho
Meu canto aonde o nada mais ilude
Gerando dentro da alma o que transmude
E o tanto quanto possa mais risonho.

Ausento dos caminhos e procuro
Ainda que se mostre mais escuro
Cenário em turbulência ou mais atroz,

Seara se aproxima do que eu quero
E sendo este momento audaz e fero
Calando dentro da alma a velha voz,

sábado, 24 de outubro de 2020

Segredos entre tantos que carrego
O mundo não pudera ser assim
O tanto que trouxera vivo em mim
Num passo sem destino em rumo cego,

O todo determina aonde emprego
O tempo demonstrando enquanto eu vim
O nada se desenha e segue enfim,
Aonde poderia e além navego,

Meu canto se transforma em quase um hino
E quando o meu momento eu determino
Usando da esperança como apoio,

A senda mais suave dita em glória
Mudando com certeza a minha história
Separa o nobre trigo deste joio.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Qual larva que tentasse uma crisálida
Após metamorfoses vida afora,
Meu tempo noutro engano se demora
Na sorte que pudesse e segue esquálida,

A vida se desenha aonde pálida
Moldando o quanto vejo e me apavora
Nadando contra a fúria que vigora
E mata esta expressão suave e cálida,

Apenas deixo a casca para trás
E o quanto sem destino se desfaz
Transforma o dia a dia em negação,

A marca mais dorida da esperança
Ao nada com certeza enfim me lança
E traz os dias torpes que virão.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Recônditos que adentro em paz e vejo
Somente algum detalhe e nada além
Do quanto poderia e me convém
E nisto outro momento diz desejo,

A cada novo passo um novo ensejo
E sei do quanto possa e sigo aquém
Viceja dentro da alma o mesmo alguém
E neste caminhar nada prevejo.

Seguindo cada passo sem destino
Aos poucos o final eu determino
Ousando na verdade o quanto quero

E trago no sentido da emoção
Os olhos sem saber da direção
E nisto não seria mais sincero.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Cosmopolita sonho dita um rumo
Diverso do que possa em claridade,
E o mundo se desenha e já degrade
O todo que tentasse e não resumo,

Apenas solidão enquanto esfumo
E o tanto se desenha atrás da grade
Enquanto mais lutasse a liberdade
Traduz o quanto quero em novo prumo.

Meu erro é conceber um raro sonho
E neste desejar tanto proponho
Vestindo tão somente esta ilusão,

Os dias mais audazes e doridos
Os olhos entre dias resumidos
As sombras com loucura tocarão.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Das eras mais diversas poderia
Ousar noutro momento enquanto rude
A senda mais audaz que tanto ilude
Não deixa que veja em harmonia

O quanto na verdade esta alegria
Marcasse com fervor a juventude
E o todo desenhando esta atitude
Aonde se imagina a fantasia.

A vida não renova o quanto houvera
E desta já findada primavera
Apenas este inverno inda virá,

A luta sem descanso não sossega
Minha alma se presume alheia e cega
Mudando o meu caminho desde já.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

No mar imenso aonde pude ver
As procelárias tantas e sequer
Ainda se imagina o quanto quer
Quem vive neste mundo em desprazer,

O manto se recobre e posso crer
No todo que decerto se vier
Trará o meu caminho onde qualquer
Manhã já renegasse o frágil ser,

Ao menos ser feliz quem sabe um dia,
E o mundo noutra face se veria
Gerando dentro da alma algum instante

E nada do que eu quis já se aproxima
Do tanto quanto pude e mata a rima
Aonde o meu vazio se garante.

domingo, 18 de outubro de 2020

Espraia o pensamento e bebe o sol
Tramando com terror o dia a dia
E nada do que possa me traria
Sinais do quanto existe em arrebol,

A vida se desenha e em tal farol
O quanto da emoção deveras guia
Marcando o que pudesse em utopia
Gerando amor que eu quis em raro escol.

Vacante coração já não comporta
E deixa sempre aberta a velha porta
E nada mais pudera além do vago,

E quando no final a sorte dita
O quanto se presume e se acredita
Traçando esta emoção enquanto a afago.

sábado, 17 de outubro de 2020

Não tento outra saída e nem pudera
A vida em avidez dita o futuro
E quando na verdade eu configuro
O passo mais feroz da leda fera

Ainda que pudesse nesta esfera
Gerar outro momento atroz e duro,
Apenas do vazio eu me asseguro
E nada mais ditasse a primavera.

Espero o que inda resta e não mais veio
O mundo se aproxima e sigo alheio
Ao quanto na verdade não teria

Sequer o que pudesse noutro rumo
Bebendo com terror o que consumo
Vibrando a solidão tosca e sombria.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Olhando para trás já não percebes
Sequer o quanto pude acreditar
E nada mais se traça em teu luar
Ainda que invadisse as mesmas sebes

O quanto da esperança tu recebes
E o medo noutro rumo a se tomar
A luta não cansando de buscar
Os dias que doridos tu concebes.

Ascendo ao que pude e nada veio
Apenas meu olhar em tal anseio
Jogado sobre as pedras deste cais,

E quando me percebo solitário
Ainda sem saber do necessário
Cenário me aproximo em vendavais.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O manto consagrado da esperança
Gerasse a proteção que tanto quero
E sei que de tal forma sou sincero
Enquanto o tempo mesmo sempre avança

Ainda quando pude em aliança
Vencer o descaminho atroz e fero,
O mundo sem sentido, quando espero
Gerasse no final desconfiança,

A rústica lembrança de um passado
O tempo no vazio anunciado
E o corte sem sentido do que tento,

Invisto cada verso no meu erro
E sei do quanto possa em tal desterro
Viver o meu imenso sofrimento.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Já mais do que se pensa ou mesmo queira
A vida em avidez seria apenas
O quanto na verdade me condenas
E nada desta sorte derradeira.
A noite da esperança mensageira
Ouvindo vozes mansas e serenas
Enquanto no final tu me envenenas,
E sei que das estradas tudo esgueira.
Sepulcro da esperança, eu nada levo,
O tempo que pudera ser longevo,
Abreviado morre pouco a pouco.
O passo sem sentido e sem por que
A vida noutro tom não mais se vê
Aonde me deixaste eu me treslouco.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Um gole da aguardente que trouxeste,
A lenda que se espalha sem sentido,
O mundo noutro tom já resumido,
E o pânico traduz a turva peste,
O quanto no final nunca me deste
O tanto noutro passo agora olvido
E bebo do meu caos vão presumido
Nos termos mais doridos, velho teste?
O fim se aproximando, lentamente,
E o tanto que se quer e mesmo sente
Uma alma sem saber desta expressão,
A palidez domina a tua face,
E o pouco que talvez a vida trace
Eclode num diverso e rude não.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Meu passo sem sentido e sem proveito
O ledo desejar do que não venha,
Ousando mergulhar da imensa penha
Apenas no teu colo, sei meu leito.
E tanto quanto assolo enfim aceito
Ou mesmo que deveras me convenha
O passo nesta mata ora se embrenha
E o rio se perdendo, vai sem jeito.
O cântico que um dia me trouxeste
Na paz que poderia ser celeste,
Agora se anuncia mais temível,
O vento noutro tom se esvoaçando
O marco se anuncia desde quando
O todo se moldara inverossímil.

domingo, 11 de outubro de 2020

Negar qualquer afeto ou mesmo até
O transitar de uma alma sem valia,
Marcando o quanto possa em harmonia
Gerando no vazio o ser quem é,
A vida não pudesse e sem tal fé
O medo noutro tom se mostraria,
Enquanto em sortilégio, a hipocrisia,
Tramasse o que em verdade segue à pé.
O pânico gerado em noite sórdida
A luta se desdenha e sei que mórbida
Não possa mais tramar qualquer cenário
Diverso do que trago em palco rude,
E vivo com temor o quanto ilude
O verso que se fez desnecessário.

sábado, 10 de outubro de 2020

Num tempo tanto atípico e fugaz,
A noite se enluara e se desnuda
A sorte que também tanto me iluda
E o verso que esperança não mais traz.
O medo quando apenas me compraz
O corte na faceta mais aguda
E a luta sem saber de alguma ajuda
Do quanto poderia ser capaz.
No todo ou na metade do caminho,
Apenas mergulhando onde, daninho,
O vento se espalhasse sem ter rumo,
Quarando estas lembranças no quintal,
A vida se anuncia em bem ou mal,
E o pouco que me resta em vão consumo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Acrescentando ao fim apenas fatos
E neles outros tantos que pudera
Vencendo a solidão, teimosa fera,
E nela discernindo vãos retratos,
Os olhos tantas vezes mais ingratos,
Os cândidos caminhos; nossa espera,
E sei da sensação atroz e austera
Coloco agora em limpos, rasos pratos.
O presumir do ocaso dentro da alma
No fundo sem sentido não me acalma
E gera tão somente a ingratidão.
O tétrico momento se aventura
Marcando com terror o que procura
Minha alma nesta vasta imensidão.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

O mundo se moldara de tal forma
Que tudo não passou de mera farpa
A sorte se perdendo aquém escarpa
A lua no vazio se transforma,
O peso noutro tom tudo ansiasse
Vagando sem sentido em ledo rumo
O quanto sei deveras e se resumo
Expressaria apenas rude face.
O canto sem sentido ou sem proveito
O manto desenhado em lenta sorte
E a vida que decerto não conforte
Nem mesmo o quanto quero e sei e aceito.
Um novo caminhar em testamento
Deixando para trás o quanto alento.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

No quanto em tais instantes denegrisses
A face que se faz especular,
A vida noutro tom a se moldar
Apenas na verdade consumisses.
Não posso suportar tantas mesmices
Nem mesmo as minhas noites a vagar
Nos ermos que pudesse imaginar
Criando ou vasculhando tais tolices.
Errático, sem ter qualquer momento
Aonde poderia estar atento
Vencendo os meus diversos desacordes,
Mas quando se aproxima o fim da festa
Apenas o que tenha e nada resta
Deveras noutro tom sei que concordes.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Não quero acreditar que noutro tom
A vida se anuncia em egos vários
E sei do que pudera ser tão bom
E mesmo em dias turvos, solitários,
Amar não é deveras nenhum dom,
Os sonhos sempre foram necessários,
Não tire desta boca este batom,
Mudando sem sentido, itinerários.
O prazo não termina quando queres,
Tu és a mais bonita entre as mulheres?
Nem sei se importaria e mesmo assim
Vagando por teus mares, oceanos,
Encontro os portos raros, soberanos,
E o mundo renascendo dentro em mim.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O mundo em profecias tão diversas
Desnuda a farsa a cada novo culto,
E o tanto que pudesse o povo inculto
Tramar o que deveras desconversas,
As loucas heresias mais dispersas,
A cada novo tom, supremo insulto,
E o corpo do Senhor, sempre insepulto,
Trazendo sendas claras ora emersas.
Há tanto o que fazer e mesmo assim,
Abrolhos feito joios no jardim
Dominam; rudes pestes, tal cenário.
Bem sei do quanto a vida nos redime
No amor que Me ensinaste ser sublime
No encanto de poder ser solidário.

domingo, 4 de outubro de 2020

As tantas ilusões que me trouxeste
O rústico momento se desnuda
A face desta faca pontiaguda
O mundo noutro tom bem mais agreste,
O quanto se desenha em rude peste
E a sorte na verdade nada muda,
Apenas o cenário que se iluda
Parindo o quanto quis e não vieste.
Ocasos entre dias mais doridos
E tento acreditar embolorados
Cenários onde os sonhos degradados
Presumem dias falsos, condoídos,
E nisto sobre a mesa rolam dados,
Há tanto estes caminhos decididos.

sábado, 3 de outubro de 2020

Jogado sobre as rocas e os penedos
O barco da ilusão nada traria
Senão a mesma face em agonia
Deixando para trás velhos segredos,
As sortes entre tantos desenredos
O mundo na verdade em sintonia
Diversa do que possa hipocrisia
Expressa meus caminhos rudes, ledos.
Jamais se apresentara minha vida
Destarte sem saber do quanto valho,
Em cada sonho eu vejo outro retalho,
E beijo a solidão, discreta amiga.
A luta não traria melhor sorte
Tampouco o que deveras nos conforte,
Somente o quanto a morte desabriga.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

As tramas tão diversas da esperança
Não têm sequer valor ou dimensão,
As horas escondidas no porão
A luta sem saber não mais avança.
O vértice expressando o quanto cansa
A morte traz no fim a podridão
E o prazo derrotando a negação
Sem ter sequer no olhar tal confiança.
E quando as nossas noites são macabras
Ainda que em verdade os sonhos abras
Presumo qualquer verso que liberte
Bebendo em goles fartos tal vontade
A vida se promete e desagrade
Ainda que esperança ao fim deserte.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Não mais se apresentasse sem sentido
Os erros de quem possa acreditar
No tempo noutro tempo resumido,
Ou mesmo numa sorte a divagar.
O canto sem poder já presumido
A vida se moldando devagar,
O corte na palavra não duvido
O mundo se distando do luar,
A manta que recobre em cada passo
Apenas na verdade frágil xale
E o todo que tramasse neste escasso
Caminho aonde o sonho enfim exale
O sonho que deveras tento e traço
Minha alma num instante já se cale.