quinta-feira, 31 de agosto de 2023

A folha de caderno, o tempo rude,
As mãos tentando escarpas e montanhas
E quando em novo rumo tu te assanhas,
O verso sem sentido desilude.
Já morta há muito tempo, a juventude,
Ainda quando vês em duras sanhas,
Partidas que julgávamos já ganhas
Mudando a cada passo de atitude.
Vicejas nosso encanto em turbulência
E a vida sem querer qualquer clemência
Jamais se apresentara noutra face.
Meu tempo em agonia; vã promessa,
Aos poucos cada engano recomeça
E nada do que busco a vida trace.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Além do verso e fato
O mar não mais diria
Da sorte em fantasia
Ou mesmo não constato
Sequer algum regato
Em noite amarga e fria,
A leda poesia
O passo não resgato,
Escravo do futuro
Ainda me asseguro
Nas lendas do passado
E quando se apresente
O fato mais freqüente
Demonstra o amargo fado.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Além do descuidado
Canteiro da esperança
Meu passo não avança
E o resto é desolado,
O corte anunciado
O medo em aliança
Aonde quis pujança
Apenas eu me enfado.
Esqueço o descaminho
E sei de cada espinho
Senzalas de minha alma,
Depois de tanto medo
O quanto eu me concedo
Jamais enfim me acalma.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Além do mais diverso
Caminho em noite fria
O todo não traria
Um passo onde submerso
Ao nada sempre verso
E gestas a utopia
Matando a sintonia
Negando este universo,
Amar e ser além
Do quanto sempre vem
Reinando sobre nós
O prazo determina
A luta é nossa sina
A morte, nossa foz.

domingo, 27 de agosto de 2023

Além do sortilégio
Da vida sem paragem
Enquanto sempre ultrajem
O medo em privilégio
O canto outrora régio
Mudando a paisagem
Gerando esta miragem
Aonde quis egrégio.
Apenas na verdade
O todo se degrade
E nada mais viria
Somente o caos e o fim
E quando diz de mim
Só resta a fantasia.

sábado, 26 de agosto de 2023

Além de qualquer fato
Não pude constatar
Sequer o caminhar
Aonde o não resgato,
A luta neste ingrato
Cenário a torturar
Pudesse devagar,
Porém só me maltrato.
Exponho em verso e prosa
A noite majestosa
E nela apenas isso,
O corte na raiz
Matando o que já quis
E agora não cobiço.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Além do medo e caos
A sorte não trouxera
O quanto em rude espera
Anseia em tais degraus,
As rotas, velhas naus,
A morta primavera
A vida amarga e fera,
Momentos rudes, maus.
Gerando do vazio
Apenas desafio
A luta já perdida,
Batalhas entre tantas
E quando desencantas
A morte nos convida.

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Além da vida o quanto
Pudesse ser diverso
Vagando no universo
Em pleno desencanto
Aonde eu me quebranto
E sei quando disperso
Meu rumo em todo verso
Gerado em rude manto,
Negando algum anseio
O todo que receio
Esboça o ledo fim,
Arcando com engano
Enquanto hoje me dano,
Mortalha viva em mim.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Além do quanto sei
O rumo sem sentido
O tempo decidido
Mantendo a velha lei
E o manto que entranhei
Ou mesmo ora duvido
Do quanto não divido
E nisto eu vejo a grei,
Cerzindo a discordância
A vida numa instância
Diversa da que eu pude
Trazer no olhar sem luz,
Ausência reproduz
A farsa em atitude.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Os velhos sentimentos
Dos sonhos são tiranos
E trazem desenganos
Aonde em desalentos
Adentre os pensamentos
Os cantos noutros planos
E disto após mil anos
Ainda sinto os ventos,
Vestígios do que fora
Uma alma sonhadora
Jogada no porão
Apenas noutro engodo
O mundo diz do todo
Em medo e profusão.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Já não pudera mais
Pousar meu pensamento
Ainda quando enfrento
Os velhos vendavais
E nada nem jamais
Houvera algum alento
E sei do sofrimento
E nele tu me trais,
Resplende dentro da alma
A lua que me calma
Argêntea maravilha,
Mas quando a sorte evade
Matando a claridade
O nada em mim polvilha.

domingo, 20 de agosto de 2023

Um canto em profusão
A luta não cessara
E sei desta seara
Aonde não verão
E desta alegação
O manto se prepara
E nada se escancara
Tornando o passo vão,
Esvaio num segundo
E quando ora me inundo
Profundo delirar,
A carne apodrecida
A morte dita vida
Tocando-a devagar.

sábado, 19 de agosto de 2023

Os sonhos mais visíveis
Os tempos entre nadas
E quando tu te evadas
A sorte noutros níveis
Pudessem mais incríveis
Audazes tais jornadas
E nisto anunciadas
As mãos jamais plausíveis
O mundo palatável
O campo aonde arável
Tentara acreditar
No fruto que deveras
Esboça em primaveras
Vontade de sonhar.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Do nada quando venho
Apenas a carniça
Que a vida jamais viça
E mata a cada empenho,
O tanto em tal desenho
Marcado por cobiça
Na sorte mais mortiça
O corte trago e tenho
Espero alguma luz
E nada reproduz
Cenário onde buscara
Além da minha luta
A marca amarga e bruta
Da vida mais amara.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Nos termos da matéria
O nada se viria
E o tempo em agonia
A sorte em tal miséria,
A luta sendo séria
Bem mais do que seria
O todo em agonia
Apenas sou bactéria
E vejo este momento
Aonde ainda tento
Um novo itinerário
Nanômetros apenas
Enquanto me condenas
Mero protozoário

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

As horas mais diversas
Na cósmica loucura
A vida nos tortura
Em ânsias tão perversas
E quando aquém tu versas
Marcando esta procura
No todo em amargura
Histórias que dispersas,
Esqueço o rumo quando
Meu mundo se moldando
Apenas no vazio,
Carcaça da esperança
Meu sonho também cansa
Do ledo desafio.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

O tempo aonde infindo
Pudesse ter encanto
Diverso do que canto
Do lodo se emergindo,
O sonho ora evadindo
Deixando este recanto
Aonde o que garanto
Com sorte jamais blindo,
Ousasse em novo passo
O quanto sei escasso
O rumo em tom atroz,
De toda a podridão
Desta alma se verão
Os cantos deste algoz.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Num ato elementar
Pudesse discernir
As horas sem porvir
A vida sem lugar
Já nada a se moldar
O preço a se sentir
No quanto inda há de vir
Na noite sem luar,
Lutando pela sorte
Que quando me conforte
Gerasse a fantasia,
Depois do desalento
Aonde o mundo eu tento
O fim iludiria.

domingo, 13 de agosto de 2023

Além destas substâncias
Herdadas do passado
Aonde o nada invado
Marcando tais estâncias
As sortes, discrepâncias
Do todo onde inundado
Presumo este pecado
Em rústicas instâncias.
Esquivo companheiro
No canto derradeiro
Ousando algum sinal,
Matando dentro em pouco
O quanto me treslouco
Num ato mais banal.

sábado, 12 de agosto de 2023

A vida mais remota
Nos ermos do infinito
Apenas acredito
Na sorte em velha rota
A luta se denota
E disto necessito
Ainda quando um grito
Somente aquém se nota,
Esquivo sonhador
Gerando aonde for
O passo em turbulência
A vida não traria
Nem mesmo a poesia
Sequer a consciência.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Donde venho eu posso
Traçar o desvario
E sei que desafio
O quanto não endosso,
E sendo este destroço
Apenas já desfio
O que jamais eu crio
E nisto me remoço.
Recolho cada engano
E quando enfim me dano
Bebendo amargamente
A pútrida noção
Da vida sem razão
Enquanto o todo mente.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Ainda fosse um bardo
Cantando em lira e verso
O quanto hoje disperso
E sei não mais resguardo,
E tento enquanto aguardo
O prazo mais diverso
E nisto este universo
Expressa apenas cardo,
O pranto se transforma
Na luta em leda forma,
Formalizando o caos
O manto se desnuda
A sorte tão miúda
Momentos turvos, maus.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A sonhadora senda
Aonde pude um dia
Vencer esta agonia
E tudo ora se estenda
Enquanto se desvenda
A sorte moldaria
Em mim nova utopia
Ou mesmo a velha lenda,
Resulto deste insulto
E quando em tal tumulto
A vida se previsse,
Amor sem ter futuro
Somente eu asseguro
A torpe e vã crendice.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Vislumbro em tua fronte
O quanto mais quisera
Pousando além da espera
Aonde desaponte
O risco não confronte
Com tudo ou se pudera
Vestir a primavera
E crer noutro horizonte,
A morte se aproxima
E sei do quanto a rima
Espera redenção,
Porém no mesmo nada
A vida desolada
Sonega a direção.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Minha alma não veria
O quanto se tentara
Apenas nesta clara
Noção em agonia,
Gerando a mesma escara
O todo não traria
Sequer a alegoria
E a morte se escancara,
Preparo cada bote
Bem antes que se note
Na traiçoeira senda,
Ainda que pudesse
Viver em plena prece
O nada se desvenda.

domingo, 6 de agosto de 2023

Minha alma se perdendo
A cada novo engano
E quando me profano
Num tempo mais horrendo
Apenas vou revendo
O fado soberano
E sei que mais um ano
Aos poucos num remendo,
O preço a se pagar
O nada a desbravar
O mar de amor em mim,
Apenas não veria
Sequer a fantasia
Caminhos para o fim.

sábado, 5 de agosto de 2023

Enquanto houvesse a fonte
E nada mais pudera
Além do quanto espera
O dia que desponte,
No fundo desaponte
Matando noutra esfera
A solidão mais fera
Desfila no horizonte;
Escusas não se ouvira
E morto em tal mentira
Não resta nada além
Do quanto poderia
Em tom de alegoria
O nada que convém.

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Aonde não desdenho
Sequer o novo passo
E quando aquém eu traço
A sorte deste empenho
Mergulho enquanto eu tenho
Apenas o cansaço
E o medo sendo escasso
Deveras não detenho,
Resumos de outras eras
E nisto destemperas
Marcando com constante
Cenário sem proveito
E quando em vão me deito
A vida não garante.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Na primitiva sorte
Apenas solidão
E os dias não terão
Sequer quem nos conforte
O passo em novo norte
O tempo em previsão
As horas mostrarão
Somente o mesmo corte,
Não pude acreditar
Nas ânsias e ao lutar
Audaciosamente
Meu mundo descaído
E nada mais convido,
A vida sempre mente.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Voassem tais libélulas
Ousando noutro encanto
A vida eu não garanto
Matando velhas células
Ainda sem as pérolas
Que possam noutro canto
Gerar o tanto quanto
Trouxesse além das férulas.
Acasos entre ocasos
E sei dos meus atrasos
E casos sem remédio,
A luta me cansava
Minha alma agora escrava
O medo rege em tédio.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Embrionário sonho
Gerando um pesadelo
E quanto mais revê-lo
Num ar tanto medonho
Aonde em vão me enfronho
E nada em tal desvelo,
A vida nega o zelo
Nos medos decomponho,
Espero apenas isto
E sei que já desisto
Do todo sem valência
Perdendo esta eloqüência
Do encanto ora me disto
Em leda convivência.