Acrescentando o nada ao que me resta
O tempo em total e erma insegurança
Ao nada com certeza já me lança
Na imagem mais atroz, mesmo funesta,
A rede que pudera noutra fresta
A lua se transforma e em tal mudança
A vida noutro tom contrabalança
Gerando a solidão que o fim atesta.
Não quero a sorte rude de quem tente
Versar sobre o que possa e impertinente
Expresse este vazio em rudimento,
Apenas desvendando o mesmo engano,
O passo que pudera soberano
Agora se transforma em sofrimento.
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