16/10
Não tento acreditar no que não venha
Senão a sorte trama o fim do sonho
E quando a solidão tanto eu componho,
A vida não traria nova ordenha,
O manto se anuncia e a voz ferrenha
Do todo que pudera ser medonho
Aonde dia a dia mais me enfronho
E sei que na verdade não contenha
Sequer o quanto pude e mesmo assim
Vagando num tormento já sem fim,
Pousando nos meus vastos temporais,
Anunciando agora o quanto trais
Embora acreditando no jardim
Envolto nos diversos bons florais.
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