quarta-feira, 27 de abril de 2016

27/4

O quanto de esperanças já desfaz
O sonho quando o pude, mas não veio,
A luta se desenha em tal anseio
E o quanto se pensara nega a paz,
O tempo muitas vezes mais fugaz,
O olhar onde deveras eu rodeio
O mundo sem sentido e mesmo alheio,
Ousando no que a vida já não traz,
No peso em que se aloja esta esperança
A rústica loucura em tal fiança
Gerada pelo caos e nada além,
O passo num instante tanto cansa
E sei que esta verdade não mais tem
Senão todo caminho em vão desdém.

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