sábado, 30 de abril de 2016

30/4




O rio sempre segue até a foz
Supera corredeiras e cascatas,
Adentra por sertões, cidades, matas
Enquanto nos redime é nosso algoz.
A sorte de tal forma mais feroz
Marcando aonde inútil me maltratas
Ousando nas palavras mais ingratas
Ou mesmo procurando a vida após.
O plano sem sentido, o verso em paz,
O todo se desenha e não se faz
Sequer o que pudesse ou mesmo quis.
Vestindo uma esperança calmamente,
O tanto que se busca nega, mente,
E nisto sou deveras infeliz.

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