segunda-feira, 26 de março de 2018

26/03

O canto que entoaste qual sereia,
A sorte quando a quis e não viera
A melodia trama a velha fera
Enquanto uma esperança nos rodeia
A senda quando muito se incendeia
Vestígios do que pude nesta espera
Marcando a solidão, que desespera
Quem segue a própria dor e devaneia.
Preciso toque entoa dentro da alma
Melódica expressão que quando acalma
Roubando cada cena em disparate,
Metade do que fomos; num passado
Que possa traduzir o quanto invado
Matando o quanto a sorte além engate.

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