Sem chances, meu amor, tanto pudera
Vencer o que deveras se previsse
A vida na verdade sem mesmice
Ditando com temor a velha espera,
Não quero e não tentasse esta quimera
E nela outro momento se revisse
Gerando o quanto possa e não desdisse
Sequer o que se tenta e nos tempera,
Ausência de esperança dita o rumo
E quando no final tento e presumo
Marcando com delírios cada verso,
Assim eu poderia ter bem mais
Que os dias entre os tantos desiguais
Marcassem o que possa este universo.
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