sexta-feira, 28 de abril de 2023

Atônito; eu percebo o fim de tudo
E a vida não prossegue após o caos,
Ainda que me restem velhas naus
Ao fim não me concebo e desiludo,
A sorte se afastando e me transmudo
Ousando nos momentos torpes, maus
Faltando como sempre alguns degraus,
O coração expressa um sonho mudo,
Apresentar a luta a cada instante
E ao fim de certo tempo não garante
Sequer o quanto quis e não teria,
Amar sem ter noção de ser amado,
E nisto a vida dita o mesmo fado,
Num misto de terror e de alegria.

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