quinta-feira, 20 de abril de 2023

Arisca madrugada sem ninguém
Deitando na sarjeta da esperança
A sorte na verdade já balança
E traça tão somente este desdém,
O quanto na certeza nunca vem
O passo sem destino nada alcança
E o rumo desolado ora me cansa
Marcando cada passo muito aquém,
O todo transformando cada cena
E o tanto quanto possa não condena
E gera outro momento em plena luz,
Assim ao mergulhar sem mais defesas
Dos olhos os meus olhos, meras presas
Teu canto neste instante me conduz.

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