quinta-feira, 4 de maio de 2023

Áureas as sensações que pude crer
E nelas meu tesouro adormecido,
Aos poucos quando o sonho em mim lapido
Traduzo o quanto resta em bem querer,
O passo se traduz noutro prazer
E vejo o teu olhar enternecido,
E o canto que pudesse ser ouvido
Ainda noutro tom a me envolver,
Vasculho cada ponto desta casa
E o tempo a cada instante se defasa
Ousando no vazio após o todo,
Dos sonhos que inda trago, nada resta
Senão a mesma imagem mais funesta
Gerada pelo medo e pelo engodo.

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