17/04
Loquazes sortes ditam o sereno
Momento aonde eu pude e não tivera
Senão a mesma face que insincera
Transcende ao quanto possa e me enveneno.
A cada novo engodo me condeno
E bebo a solidão que destempera
Marcando com terror a primavera
E nisto sei do mundo amargo e pleno,
Num átimo mergulho noutras tramas
E sinto quando vens e logo clamas
Arcando com meus fátuos sonhos rudes,
E breve madrugada se desenha
Aonde essa vontade até ferrenha
Traduz o quanto quero e tanto iludes.
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