sexta-feira, 19 de setembro de 2014

19/09

Não falo nem pudesse ter a sorte
De quem se molda ao vento e nada mais
As horas tantas vezes desiguais
O canto que esperança em vão aborte.
O verso que ao passado me reporte
O tempo modulando os vendavais
Veredas onde tanto demonstrais
Nem mesmo quando além em paz comporte
Resumo a minha vida nesta espera
E sei que cada ausência desespera
E nada mais teria senão isto,
O fim que poderia ser diverso
E quando sem sentido desconverso
Ainda sem resposta mal persisto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário