terça-feira, 24 de novembro de 2020

Rompendo do passado, estas algemas
Que tanto maltrataram. Não me engano:
Amores vêm e vão; em piracemas,
Qual fossem estações várias de um ano.

Por isso, coração, a dor não temas;
Por mais que venha cedo o desengano,
Renascem outros sonhos destas gemas
E o tempo vai passando soberano.

Assim como os cometas libertários,
O amor não se permite prisioneiro.
Na amargura sem par dos solitários

Eu bebo desta fonte noite e dia,
E dela num mergulho alvissareiro,
Surgindo nos meus olhos, poesia...

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