Negando a ventania e o vão granizo,
Amor faz deste estio, eterno mote.
O passo que se dá, sendo preciso,
Não deixa nem serpente, medo ou bote.
Fartura que se mostra em um sorriso,
Do mel de tua boca quero um pote.
O vento em mansidão, agora avisa
Da doce melodia que me alcança.
Palavra mais sublime e mais concisa,
Na brisa se transborda; nossa dança.
A cada novo verso mais se frisa
A força deste amor, uma esperança.
Rebenta, no caminho, pedregulhos,
Não deixa mais restar sequer entulhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário