segunda-feira, 17 de maio de 2021

Espalha em claridade o brado e a voz
A lúcida emoção que se assenhora,
Não tendo mais porque fugir agora
Eu tento um canto novo, mais feroz.

Cortando como faca o medo algoz,
Exclamo em poesia o que me aflora,
Quem sabe, com certeza não tem hora
Mergulha em cachoeira e bebe a foz.

Mortalhas que eu trouxera do passado,
Jogadas na fogueira/inquisição
Os olhos vão seguindo a procissão

Sabendo do que eu quero, mudo o Fado,
Nos pés a liberdade sem correntes,
O amor vivo rangendo os nossos dentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário