Veremos neste amor plenos poderes
Um déspota que entorna brilho calmo,
Do jeito que tu sonhas e preferes,
Amor vai destilando na alma um salmo.
Marujo que prepara a redenção
Sabendo construir um manso porto.
Do verbo já se fez anunciação
Deixando o sofrimento exposto e morto.
Na decomposta imagem de um passado,
Arcaico, vil, senil, demente, insano,
Atesto em meu prazer o enunciado
Calando o que trouxera desengano.
Metrificando sonhos em palavras,
No amor encontro enfim benditas lavras...
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