Perdoe-me querida, é desacato;
O tempo de sonhar não acabou.
Lembrando com certeza eu me retrato
No fogo tão divino que queimou
Não resta nem sequer mesmo este prato
O vento, este barraco derrubou.
Poreja em minha pele o teu perfume,
Estás sempre comigo, noite e dia.
Entrego meu amor mais que o costume
E vejo em teu olhar a poesia
Jogada pelos cantos, o ciúme
Matando o quanto bem amor dizia.
Melancolia chega de mansinho,
Não quero em desamor, viver sozinho...
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