domingo, 22 de janeiro de 2023

Revolto-me, logo existo.
Albert Camus

Ainda trago em mim capacidade
De ter esta revolta e isto liberta
Palavra tantas vezes mais deserta
E nisto outro sentido se degrade,
Não posso suportar jamais a grade,
E mesmo a solidão enfim me alerta
Do quanto a própria luz ora desperta
Quem vive com temor, sem claridade,
Ao crer possível novo dia em paz
Eu vejo da verdade onde se faz
A luta que não cessa nem desisto,
O manto que recobre o meu caminho
Gerando por si mesmo onde me alinho,
Traduz maior razão por que eu existo.

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