quinta-feira, 31 de agosto de 2023

A folha de caderno, o tempo rude,
As mãos tentando escarpas e montanhas
E quando em novo rumo tu te assanhas,
O verso sem sentido desilude.
Já morta há muito tempo, a juventude,
Ainda quando vês em duras sanhas,
Partidas que julgávamos já ganhas
Mudando a cada passo de atitude.
Vicejas nosso encanto em turbulência
E a vida sem querer qualquer clemência
Jamais se apresentara noutra face.
Meu tempo em agonia; vã promessa,
Aos poucos cada engano recomeça
E nada do que busco a vida trace.

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