quinta-feira, 22 de maio de 2014

22/05

Não quero e nem pudesse ter nas mãos
Os dias que se foram e não sinto
O tanto quanto deva ser distinto
Expressa no vazio rudes grãos,

Cevando sobre turvos, toscos chãos
O caos se desenhando onde o pressinto,
Restando dentro da alma o quanto minto
E vivo novos tempos, mesmo vãos.

O prazo se transforma no final
E sei da solidão em tom venal,
Mas quanto mais o sonho propicia

A luta não se faz de nova forma
E toda esta visão já se deforma
Marcando cada passo em agonia.

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