segunda-feira, 26 de maio de 2014

26/05

O manto se desfaz e nada resta
Senão a mesma face que se nega
Gerando a solidão, porquanto cega,
Cedendo ao quanto pude em noite infesta

A vida por si só já não me atesta
E sabe do que possa em rude entrega,
Vagando sem sentido o que sonega
Expressa a solidão em rude fresta.

Navego nestes mares onde um dia
Tentasse conviver em harmonia
Com toda a sensação de ser feliz,

O gesto traduzisse este abandono
E quando do cenário em paz me adono,
A sorte noutro instante se desdiz.

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