26/05
O manto se desfaz e nada resta
Senão a mesma face que se nega
Gerando a solidão, porquanto cega,
Cedendo ao quanto pude em noite infesta
A vida por si só já não me atesta
E sabe do que possa em rude entrega,
Vagando sem sentido o que sonega
Expressa a solidão em rude fresta.
Navego nestes mares onde um dia
Tentasse conviver em harmonia
Com toda a sensação de ser feliz,
O gesto traduzisse este abandono
E quando do cenário em paz me adono,
A sorte noutro instante se desdiz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário