O escravo que deveras já se entrega
Às vis correntes gera noutro escravo
O passo aonde eu vejo e enfim me entravo
Deixando a caminhada dura e cega,
Ainda quando aquém sorte navega
Marcando o que pudera e já não lavo,
O mundo se desenha e nele cavo
A morte sem astúcia numa entrega,
Encontro cada passo sem sentido
E neste desconexo caminhar
A senda que pudesse adivinhar
Deixada para trás traduz o olvido,
E rústico momento em dor e tédio
Procura inutilmente algum remédio...
Nenhum comentário:
Postar um comentário