Ouvindo ao longe o som dos campanários
Numa expressão diversa e dolorida,
Ausência traduzindo uma erma vida
Em ritos tantas vezes temerários.
Os olhos buscam tons imaginários
E a sorte de tal forma desprovida
Enquanto o dia a dia já se acida
Os sonhos de outros sonhos, estuários.
Expresso a desventura em verso e canto,
O traço mais puído; eu não garanto
E sigo sem saber de algum alento.
Porém o que pudesse ser além
Nos ermos de meu mundo, nada vem
Sequer esta expressão que, tolo, eu tento.
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