sábado, 19 de setembro de 2020

Jamais imaginasse nova sorte
Deveras sou apenas o vazio
E quando no final, eu desafio
O todo que sem paz me desconforte.
Meu tempo se esvaindo não comporte
Sequer o quanto fosse mais sombrio
E bebo deste espúrio desvario
Preparo mansamente corte e morte.
Regendo cada passo eu posso ver
O tanto quanto eu quis a fenecer
E sei que nada houvera em redenção.
Aonde se perdesse o meu caminho
Seguindo velhas tramas, vou sozinho,
No olhar vejo enfim, devastação.

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