sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O quanto a própria vida não responde
Sequer ao que eu queria noutro instante
Apenas o caminho se garante
Sem mesmo procurar nem quando ou onde.
Meu verso que ao vazio corresponde
O tempo se presume e, doravante,
Rumino sobre os erros; inconstante,
O mundo simplesmente ora se esconde.
E vejo tão somente esta rudez
E quanto deste sonho se desfez
Nas tramas mais diversas de um amor.
Vivesse a cada impasse o que me resta
A luz que penetrasse a cada fresta
Pudesse ser o encanto redentor.

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