domingo, 20 de setembro de 2020

Navego contra o pouco que me resta
E bebo as mais ingratas fantasias
No quanto tantas vezes poderias
A sorte reproduz ao fim, a aresta.
A luta me sobrasse e sei que desta
Imensa dimensão tu trairias
Em velhas e diversas ironias,
O tempo noutro tempo me detesta.
Restasse muito ou pouco do que eu tive
O mundo sem sentido não me prive
Do sonho que alimenta e me mantém,
Meu tempo se moldando num repente
E quanto mais a dor, a vida sente,
Percebo que vagueio sem ninguém.

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