Qual larva que tentasse uma crisálida
Após metamorfoses vida afora,
Meu tempo noutro engano se demora
Na sorte que pudesse e segue esquálida,
A vida se desenha aonde pálida
Moldando o quanto vejo e me apavora
Nadando contra a fúria que vigora
E mata esta expressão suave e cálida,
Apenas deixo a casca para trás
E o quanto sem destino se desfaz
Transforma o dia a dia em negação,
A marca mais dorida da esperança
Ao nada com certeza enfim me lança
E traz os dias torpes que virão.
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