segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Meu passo sem sentido e sem proveito
O ledo desejar do que não venha,
Ousando mergulhar da imensa penha
Apenas no teu colo, sei meu leito.
E tanto quanto assolo enfim aceito
Ou mesmo que deveras me convenha
O passo nesta mata ora se embrenha
E o rio se perdendo, vai sem jeito.
O cântico que um dia me trouxeste
Na paz que poderia ser celeste,
Agora se anuncia mais temível,
O vento noutro tom se esvoaçando
O marco se anuncia desde quando
O todo se moldara inverossímil.

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