Ao preparar seu bote já me espera
A fria solidão, velha parceira.
Inverno que adentrou a primavera
Hiberna uma ilusão, amarga esteira.
O quanto que eu pensava enfim poder
Sorrir depois da enchente que encontrara
Aguando meu canteiro eu pude ver,
A flor que se mostrou divina e rara.
Porém a vida trama num falsete
E mata o que pensei ser esperança
Da festa prometida, sem confete
Acaba num momento o riso e a dança.
Catando o que restou desta ilusão
Exponho nestes versos, coração...
Nenhum comentário:
Postar um comentário