Exponho nestes versos, coração
Um velho bandoleiro sem juízo;
Rasgado pelas forças da paixão
Caminha sem destinos, impreciso.
Forrando a sua cama em ledo espinho
Vestindo esta mortalha simplesmente
Vagando em noite fria, vai sozinho
Inebriado sonha tenazmente
E pensa no sorriso da morena
Que um dia veio cedo e já partiu.
Ao longe uma esperança ainda acena,
Num toque tão estúpido e sutil
A morte se anuncia a cada gota
Da chuva que teimosa não se esgota...
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