sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

As hóstias escondidas, nestas matas,
Sanguinolentas marcas entranhadas.
Os olhos derramados em cascatas
Dos pães apodrecidos, mais fornadas.

O riso em tempestade, o gozo fútil
O amor que não se deixa mais flagrar
Arando em terra seca, árida, inútil
Apenas o vazio a encontrar

Deixando o gosto amargo em cada boca
Formando um turbilhão em desespero.
O medo vai tomando cada toca
Na ponta do fuzil, novo tempero.

No quanto pude crer em solução
Vi fogaréus sem dó nem compaixão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário