Da chuva que teimosa não se esgota
Nublando toda a Terra, traz em águas
Imagem destrutiva e sempre rota
Tramando no meu peito tantas mágoas.
Retratam cada parte deste sonho
Que agora eu posso ver em pesadelo.
O barco noutro mar, teimoso eu ponho
E sei que assim jamais irei revê-lo.
Mas tento, num instante olhar o céu,
Sonhando com o azul que nunca veio.
Galopa o pensamento qual corcel
Buscando a liberdade sem receio.
Olhando para a noite uma utopia:
A lua se espalhando invade o dia.
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