terça-feira, 5 de abril de 2022

É prenda que se faz, voraz e amena,
Morena que demente me enlouquece
O quanto me seduz tanto envenena
Vontade feita em gueixa se oferece,

Bandida que em vazante é minha foz,
Estrela que seduz, sou girassol,
Do todo que se mostra em nada após
Estremecendo assim todo arrebol.

À toa sem ter culpa no cartório
Catando os seus retalhos pelas ruas,
Embora o meu futuro seja inglório
Eu quero os cernes, todos, carnes nuas

Perpétua redenção em noite clara,
O tempo de sonhar marca e declara.

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