quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Já nada mais traria qualquer sorte
Senão esta verdade sem motivo
E quando da ilusão agora eu privo
Meu passo sem ter nada que conforte,
O dia se mostrara sem um norte
E o tempo noutro engodo ou emotivo
Gestando dentro da alma este cativo
Momento aonde a vida não aporte.
Esqueço cada passo e sigo em vão
Os olhos se moldando em negação
Arbustos onde quis este arvoredo,
Cerrados e savanas da esperança
Meu passo no vazio ora se lança
E aos sonhos mais mordazes me concedo.

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