quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Mais um soneto feito e a noite vem
Destroça cada sonho em pesadelo
E quanto tanto amor pudesse vê-lo
Gerando após a vida em vão desdém
Do encanto na verdade sou refém
E o mundo se desenha em vão novelo,
O corte se aprofunda em ledo zelo
E no final meu canto segue aquém.
Espero ao fim da luta algum resgate
E quanto mais a vida me maltrate
Esqueço qualquer luz e nego o verso
Aonde pude ter senão a luta
A vida sem certezas não reluta
E sigo nestes passos vis, submerso.

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