22/12
Num erro tão comum eu vejo apenas
As tramas que entrelaças sutilmente
E a vida noutro instante não desmente
Enquanto na verdade me condenas.
As horas que pudessem mais amenas
O tempo noutro fato impertinente
E o corte que deveras se apresente
Expressaria noites tão serenas.
A rude sintonia entre nós dois
Não deixa quase nada p’ra depois
E o verso se exalasse qual promessa
Da vida sem sentido e sem razão
Marcando cada instante rude e vão
No quanto o meu momento se confessa.
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